A Vingança de Hermione Granger escrita por Tamara


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ♥



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Capítulo 18

Segredos e revelações

Errado. Ela sabia que aquele beijo era errado. Mas os lábios finos contra os seus fazia-a perder a noção do que era certo e errado.

Perigoso. O corpo másculo contra o seu, prensando-a contra a parede fria. Ela deslizou a mão destra até os fios negros, enquanto o homem tomava os seus lábios com mais fervor. Era tão perigoso, mas tão delicioso.

Toques. As mãos cada vez mais ousadas, eles queriam mais. Mas mais não teriam, porque aquilo já foi errado demais, até mesmo para Thereza Rouge.

Foi abrupto a separação dos corpos, ele a olhou com desejo e culpa.

— É melhor você ir. Boa noite, Srta. Rouge. – A voz rouca de Brendon Murray, ele virou de costas, não ousando fita-la, tinha medo de se deixar levar pelo desejo outra vez.

Thereza entreabriu os lábios, ainda desconcertada com o melhor beijo que já tivera. Ela não o respondeu, arrumou suas vestes e com o queixo erguido abandonou a sala do novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Só queria tirar algumas dúvidas, ele se ofereceu para isso, estava indo tudo bem. Mas o maldito era tão sensual, e quando a boca dele tomou a sua com desejo, perdeu toda a racionalidade.

A morena não se importava por ele ser mais velho, para ela era um ponto a favor. Contudo, sabia que relacionamentos entre professor e aluno raramente tinham finais felizes.

Sabia já ter passado do toque de recolher; desse modo, apertou os passos. A última coisa que precisava era de uma detenção. Abafou um grito ao tombar o corpo contra uma garota, segurou-a pelos ombros, impedindo que as duas caíssem sobre o chão.

— Por Merlin, Hermione! Quase me mata de susto! – Ralhou a mais velha, mas ao notar o tremor nos olhos da amiga, arqueou uma das sobrancelhas. – Aconteceu algo?

Hermione estava com os pensamentos presos na conversa que acabara de ter com Veronica, os pés a guiavam no automático, apenas notou ser Thereza quem atropelou quando esta chamou sua atenção. Ainda estava atordoada, a conversa... por Morgana, não poderia confessar o que sabia com a amiga sonserina, não naquele momento.

 - Desculpe, Thereza. – A grifinória se desculpou, esboçando um sorriso gentil. – Não aconteceu nada, mas o que faz nos corredores a essa hora? – Arqueou uma das sobrancelhas, mudando de assunto imediatamente.

— E-eu... estava tirando algumas dúvidas com o professor Murray. – A sonserina falou tão rápido que Hermione mal teve tempo de processar suas palavras, notou o rubor nas bochechas de Thereza; aquilo, definitivamente, não era típico dela. - Boa noite, Mi.

Antes que pudesse despejar mais perguntas, a americana saiu em disparada para as torres da sonserina. Estava atônita com a atitude inesperada da amiga, mas logo sorriu, parece que a Srta. Rouge também tinha os seus segredos.

Assim que passou pelo quadro mágico, um sorriso se formou em seus lábios ao observar que Draco dormia em um dos sofás, com um livro em suas pernas. Ela retirou os saltos, e nas pontas dos pés caminhou em direção ao loiro.

Agachou o corpo para ficar na altura de sua face. Os lábios levemente entreabertos, a respiração pesada, os fios loiros caídos em seus olhos... por Merlin, era encantador até mesmo dormindo. Levou a mão destra até a sua face alva, mas antes que os dedos tivessem a chance de toca-lo, sentiu dedos frios prenderem o seu pulso.

Com o susto, teve o ímpeto de soltar um grito agudo, mas conseguiu abafá-lo em sua garganta. Os olhos cinzas fitaram os seus com algo além de divertidamente, seria desejo? Hermione não tinha certeza, mas sentia suas pernas falharem por um segundo a cada vez que ele a olhava tão intensamente.

— Tem o costume de observar os outros dormindo, Srta. Granger? – Tentou brincar, mas a voz rouca o entregou. Ele a queria, e era recíproco.

Ela fechou os olhos por alguns instantes ao sentir o toque em sua face, estavam cada vez mais próximos, as respirações tornaram-se uma rapidamente.

— Só você. – Respondeu em um sussurro.

Não importou quem deu o primeiro passo, quem tomou os lábios de quem. Beijavam-se com paixão, naquele ritmo próprio e delicioso dos dois. Draco apertou a cintura fina, enquanto Hermione posicionava-se no colo de Draco, entrelaçando suas pernas nele.

Ar. Esqueciam-se de respirar quando estavam absortos pelas sensações de prazer e paixão que os envolviam, ela queria sempre mais da boca do sonserino, e tinha a consciência daquele sentimento ser mútuo.

Hermione deslizou as mãos por baixo da camisa do loiro, arranhando-o naquele processo. Draco, por sua vez, deslizou as mãos até os glúteos da morena, apertando-os, antes de guia-la em movimentos libidinosos e sensuais.

Corpo contra corpo. Desejo. Paixão. Os lábios dele deslizaram em seu pescoço, a caminho do vale entre os seus seios.  Os botões da camisa dela foram abertos sem pressa. As mãos do loiro deslizaram até o fecho do sutiã, abrindo-o. E quando tomou os seios em seus lábios, ela só queria mais.

Mais.

Entregar-se-ia.

Estava por um fio de perder toda a racionalidade. Mas sua mente traiçoeira a levou para o passado, para quando se entregou pela primeira vez, para quando foi traída.

Se Harry Potter, que foi seu amigo por toda a vida, fez o que fez... o que Draco, que sempre a odiou, poderia fazer com o seu coração? A verdade é que tinha medo, medo de se entregar e de sair machucada.

— Aconteceu algo? – A voz do loiro a fez acordar para a realidade, voltou os olhos aos seus, não notou que os tinha marejados até ter a imagem de Draco embaçada a sua frente.

— Não... desculpe... eu não posso... – Balbuciou, envergonhada de suas próprias ações. Qual era o seu problema, afinal? Desejava o loiro, queria-o como nunca quis ninguém antes, mas... por qual razão tinha que voltar ao passado sempre estava prestes a pular do penhasco? Amaldiçoou-se internamente um milhar de vezes.

— Tudo bem, meu bem. – Draco esboçou um sorriso compreensivo, envolvendo-a em seus braços confortáveis.

O loiro suspirou, maldizendo-se pela pressa, sabia que Hermione ainda estava ferida, era óbvio que ela iria ter dificuldades para entregar-se a outro novamente. Porém, a grifinória era tão quente, e cada pequeno gesto fazia-o deseja-la ainda mais.

Teria paciência, sabia que com o tempo teria não só o corpo da indomável grifinória, como também o seu coração. Por completo, sem amarras, sem fragmentos deixados pelo caminho. Seria somente os dois.

Estava esperando Hermione para contar sobre Astória, sabia que a história com a sonserina poderia abalar o relacionamento dos dois, mas a morena demorou mais do que havia previsto, e toda a sua coragem ruiu assim que encontrou os olhos cor de avelãs que tão bem conhecia.

Ele ajudou-a a vestir a blusa. Aninhou a garota em seus braços, levando-a para a sua cama. E assim que se deitou ao lado de Hermione e passou a acariciar os cachos macios; constatou, de uma vez por todas, o que mais temia: Draco Malfoy estava completamente e verdadeiramente apaixonado.

(...)

Hermione acordou com os braços de Draco a envolvendo, um sorriso se formou em seus lábios, enquanto aconchegava-se junto ao homem. Ao voltar os olhos para o relógio, constatou faltar pouco para os primeiros raios da manhã. Seus pensamentos a levaram para as lembranças ainda recentes, antes do encontro com Draco, não imaginou que por trás da tradicional família Patil um segredo sujo fosse tão perfeitamente escondido...

 

— Dois anos atrás, escutei uma conversa entre Parvati e Padma, eu já tinha notado coisas estranhas, mas fingia não ver... Parvati... – Veronica fechou os olhos, revivendo toda a humilhação causada pela indiana sem escrúpulos, então não mais se culpou pelo o que falaria. – Parvati matou uma pessoa.

— Ela o quê?! – A voz saiu mais alta do que o planejado, Hermione estava perplexa com a acusação contra a indiana. Apesar de toda a maldade de Parvati, não imaginou que fosse tão cruel a ponto de assassinar alguém.

— Ela não matou com as próprias mãos, mas teve grande culpa. – Veronica retificou-se imediatamente.

Hermione deixou escapar um suspiro de alivio, embora não estivesse tão aliviada assim. Não voltou a interromper a de cabelos rosas, fez menção para que ela continuasse, e prestou atenção em cada palavra de Veronica.

— Os Patil são sócios majoritários de uma das maiores empresas de porções do mundo bruxo, e um desses sócios, Arnold Robinson, frequentava com periodicidade a residência dos Patil. Ao contrário dos demais sócios do Sr. Patil, Arnold era mais jovem, beirava aos vinte e quatro anos, de boa aparência, rico. – Veronica acomodou-se sobre a cadeira. – Parvati e Arnold se envolveram, ficaram juntos por todo o período de férias, trocavam cartas e marcavam encontros furtivos. Parvati com seus 15 anos se envolvendo com o sócio do pai já era um escândalo por si só.

— Mas não foi só isso. – Continuou. – Arnold era casado, sua esposa se chamava Emily, e tinham um filho de dois anos. Um cretino, canalha da pior espécie, envolvendo-se com uma adolescente, tendo mulher e filho pequeno... – Teceu seu comentário de repúdio, tendo a aprovação de Hermione, mas logo continuou: - Parvati mandava cada vez mais cartas, deixando o relacionamento dos dois mais evidente. Arnold, temendo o fim do seu casamento, afastou-se de Parvati. O problema é que Parvati ficou louca, possessa por ter sido deixada para trás, para ter Arnold para si novamente, ela inventou uma gravidez. E enquanto ela chorava, gritando a plenos pulmões estar grávida do homem mais velho, a esposa dele chegou no local. Claro que Parvati tinha armado tudo, ela enviou uma carta para Emily, visando que a Sra. Robinson os flagraria.

— Você já deve imaginar o que se sucedeu... o escândalo iminente, os pais de Parvati envolveram-se nessa história, acusando Arnold de se envolver com uma menor de idade. Arnold deixou boa parte de sua riqueza para que os Patil mantearem segredo, entraram em comum acordo. Porém, isso não foi o pior, não... Parvati ainda dizia estar grávida, importunou Emily com cartas melodramáticas com pitadas de maldade. Emily tinha histórico depressivo, sentindo-se pressionava e com o casamento arruinado, a jovem Emily jogou-se do décimo-quinto andar da empresa do marido. Parvati não esperava por um suicídio; mentiu, alegando ter perdido o bebê devido ao estresse. Mas Arnold não acreditou, culpou-a pela morte da esposa, mas bem sabemos que ele é ainda mais culpado do que ela. Enfim, ele pegou o seu filho e se mudou para a França; enquanto, os Patil se encarregaram de manter a trágica história envolvendo sua filha longe da mídia, eles souberam depois que a gravidez era falsa.

— Por Merlin... – Hermione estava horrorizada com a história. – Como Parvati pôde ter sido tão cruel a ponto de forjar uma gravidez e importunar a pobre Emily... – Suas palavras saíram em choque, aos poucos absorvia toda a informação.

Era um escândalo. Se essa história vazasse, a vida social de Parvati estava arruinado, assim como o nome dos Patil.

— Eu sei. Esse é o maior segredo de Parvati, ao menos que eu saiba. Podemos usar isso contra ela? – As palavras tinham um amargor em sua boca, mas Veronica desejava que Parvati provasse do próprio veneno, ao menos uma vez.

— Isso é muito sério, Veronica. Não sei se poderemos usar, envolve mais pessoas... seria cruel demais, destruiria vidas, reviveria um passado doloroso, e tem o filho de Emily... e se o escândalo parar em jornais bruxos? O filho da pobre mulher terá o seu nome manchado e em evidência. – Hermione explicou cautelosamente, pesando todos os prós e contras.

— Eu sei... – Suspirou com tristeza, tombando a cabeça entre as suas mãos.

— Mas ter conhecimento do segredo mais sombrio de Parvati é um trunfo. – Hermione esboçou um meio sorriso malicioso, voltando o olhar para Veronica em cumplicidade. – Assim que Parvati tentar algo contra nós novamente, e ela vai tentar, jogaremos nossas cartas sobre a mesa.

— Você não é tão terrível quanto eu imaginei... – Veronica foi arrebatadoramente sincera, o que fez Hermione deixar escapar uma suave risada.

— Grande parte da minha pose de vadia fria é puro teatro. – Piscou para ela, fazendo-a rir verdadeiramente, algo que não fazia há um bom tempo.

Elas sabiam que uma amizade surgiria daquele momento, muito além do rancor compartilhado pela mesma pessoa, as risadas trocadas disseram muito mais. Hermione a acompanhou até o seu salão comunal, utilizando das vantagens de ser monitora-chefe para ultrapassar o toque de recolher.

Porém, as palavras de Veronica ainda martelavam em sua cabeça, poderia acabar com a vida de Parvati se quisesse, mas isso custaria caro demais.

 

E enquanto revivia os podres de Patil, pensou que Harry estar com uma pessoa tão egoísta como ela já deveria ser vingança o suficiente.

— Você está bem? – A voz sonolenta de Draco tomou a sua atenção, ela somente assentiu em concordância, apertando-se contra o corpo do sonserino.

— Estou ótima. – E realmente estava, com ele estava melhor do que nunca. - Dormiu bem?

— Muito bem. – A pitada de malícia impregnada no tom de voz a fez sorrir. Sentiu os dedos dele entre os seus cabelos, aquilo era tão bom que a fez fechar os olhos novamente. – Eu estava pensando...

— O quê? – Incentivou-o a continuar, mediante a evidente hesitação.

— Sábado é dia de visita à Hogsmeade... – Continuou, o loiro havia pensado sobre isso até pegar no sono, era um grande passo, sabia disso, e temia ela negar. – Aceita ir comigo? – Completou.

Para surpresa de Draco, um sorriso se formou nos lábios de Hermione, ela virou o corpo com o intuito de ficar de frente para ele. Em seguida, beijou-o em um selo demorado e repleto de ternura.

— Eu adoraria. – Mediante a resposta afirmativa, ele a apertou em seus braços, depositando beijos em sua face, o que fez Hermione rir alto com a atitude.

— Um sonserino e uma grifinória? Draco Malfoy e Hermione Granger? Está preparada para ser o centro dos holofotes outra vez? – Draco perguntou com divertimento, sabia que a partir do momento em que fossem juntos para Hogsmeade, oficializariam o relacionamento perante todos.

— Para o bem ou para o mal, já tem um tempo que o meu nome não sai da boca dos nossos adoráveis colegas. – Ela deu de ombros, rindo em seguida. – Sei de algo que vai abalar ainda mais as estruturas de Hogwarts. – Era o momento perfeito para falar pela amiga ruiva. – Nate está solteiro, certo? O que acha dele acompanhar a Gina? – Perguntou naturalmente, não dando a entender ser algo de importância.

— Nate e Gina?! – Draco não disfarçou a surpresa, sabia que tinha algo além naquele pedido, provavelmente a mais nova dos Weasley sentia algo pelo seu amigo. De toda forma, não seria ele a negar um pedido da sua leoa. – Tudo bem, vamos unir sonserinos e grifinórios. – Riu baixinho, certamente esse passeio à Hogsmeade daria o que falar.

(...)

Os dias que sucederam sábado passaram tranquilamente. Hermione se encontrou com Harry mais duas vezes para finalizarem o trabalho, agiram civilizadamente um com o outro, por vezes trocaram comentários leves, uma ou duas piadas.

Para Harry era a oportunidade de uma aproximação, de uma possível reconstrução do relacionamento dos dois, ao menos da amizade; mas para Hermione não era nada além de falsa simpatia, ao menos era para ser. Porém, ela sabia que a proximidade com Harry era perigosa, embora estivesse apaixonada por Draco, Harry foi o seu melhor amigo por anos e temia esquecer todo o mal que ele lhe causou. Embora a ideia de vingança fosse algo cada vez mais distante, ainda queria que ele sentisse uma pontada de toda a dor que ela sentiu.

Ademais, Rony e Luna continuavam firmes. Thereza sumia misteriosamente, fazendo-a confabular teorias junto à Pamela. Sua prima estava certa de que Thereza encontrava-se em um relacionamento secreto com algum sonserino. Pamela, por sua vez, passou a semana dedicada aos treinos de quadribol, flertando ocasionalmente com William Turner, artilheiro da Corvinal.

Já Veronica continuava reclusa, permitindo vez ou outra a aproximação de Hermione. A morena insistiu para que ela as acompanhasse no passeio para Hogsmeade, mas Veronica disse que precisava ver a família naquele final de semana, a grifinória sabia ser somente uma desculpa; mas não insistiria, cada um tinha o seu próprio tempo para lidar com a dor e as mudanças.

— Por Merlin, Hermione! Como quero matar você... era para ser tudo platônico. – Gina sibilou pelo o que parecia ser a décima vez.

Hermione não pôde deixar de rir mediante o desespero da amiga. Somente contou para a ruiva que ela tinha um encontro com Nate na noite seguinte, sabia que ficaria raivosa por ter feito isso sem a sua permissão.

— Não seja mal-agradecida. – Pamela revirou os olhos. – E você está linda. – Completou com um sorriso de satisfação, afinal fora ela quem preparou a ruiva.

— Obrigada, meninas... – Agradeceu com timidez, realmente estava exagerando, mas estava tão nervosa.

— Vai dar tudo certo. – Hermione piscou para ela, enquanto desciam as escadas.

Thereza não iria acompanha-las, disse que tinha trabalhos inacabados. Seja qual for esse trabalho inacabada, acadêmico não era. Luna, por sua vez, já saiu na primeira carruagem com Rony, acompanhados de Harry e Parvati, um preço a se pagar por namorar Rony, menos mal que Neville se juntou ao grupo.

Enquanto desciam as escadas, sentiam olhares sobre si. Pamela, que iria acompanhada de William Turner, fez questão de produzi-las. A americana trajava uma calça preta justa ao corpo, as botas também pretas tinham o salto alto, e o suéter azul marinho caia bem ao seu corpo. Gina, por sua vez, usava um vestido de inverno preto, meias também pretas e sapatos de altura mediana. Enquanto Hermione vestia um sobretudo vermelho, meias pretas e botas de cano curto com saltos.

— Will está me esperando, nos vemos lá, garotas. – Pamela se despediu, caminhando em direção ao de cabelos castanhos até os ombros, olhos quase negros e porte atlético.

Há poucos metros de distância, Draco Malfoy observava Hermione com as amigas. Os olhos se encontraram, trocaram um sorriso cúmplice, enquanto ela caminhava em sua direção, junto a Gina. O sonserino sabia que não eram somente os seus olhos que as acompanhava, todos olhavam para as garotas.

— Elas estão lindas. – Nate comentou com sinceridade. A princípio não havia compreendido o pedido do amigo, mas não seria nenhum sacrifício acompanhar a ruiva em Hogsmeade.

— Por que Hermione e Gina estão vindo na nossa direção? – A voz fina de Elisa se fez presente. 

— Isso é tão injusto... – Blaise lamuriou próximo ao ouvido de Draco, culpando-o por estar acompanhado da amiga de Parvati Patil.  

Draco ignorou o pesar do amigo, seus olhos e seus pensamentos estavam todos em Hermione.

— Bom dia, Malfoy. – Ela cumprimentou, com um meio sorriso malicioso nos lábios vermelho que tanto lhe apeteciam, postando o corpo em frente ao seu.

— Não é assim que se cumprimenta o namorado, Granger. – Namorado? Então agora iriam rotular?

E antes que Hermione tivesse a oportunidade de falar algo, ele envolveu a sua cintura, e pressionou os lábios contra os dela.

Beijaram-se na frente de dezenas de alunos; enquanto provavam do sabor um do outro, os colegas de Hogwarts olhavam com surpresa para o casal, em sua maioria atônitos. Hermione jurou ter sentido um flash sobre eles, mas nada importava quando tinha a boca de Draco sobre a sua.

Há poucos metros da carruagem, a loira observava com um meio sorriso o casal. Era observadora o suficiente para já ter notado a estranha aproximação dos dois, sempre imaginou que toda a frustração que ele nutria por Hermione Granger ia além da raiva e rancor. O relacionamento do puro-sangue com a sangue-ruim poderia ser uma surpresa para todos, mas não para Astória.

— O que você está fazendo aqui, Astória?

Ela voltou sua atenção para o dono da voz grossa, segurou o ímpeto de rir. De todas as pessoas do mundo, não esperava encontra-lo na sua tão amada Hogwarts.

— Eu poderia fazer a mesma pergunta. – Retorquiu com divertimento, a ironia presente em cada palavra e gesto.

— Não brinque comigo, Astória. – Ele a advertiu, a voz imponente, rude, repleta de ameaças subentendidas. Se fosse outra pessoa, certamente teria ficado com medo, mas Astória não tinha medo dele.

— Não estou aqui por você, meu bem. Fique longe do meu caminho, que eu fico do seu. – Respondeu feroz, não dando a oportunidade de retorqui-la.

Deixou-o sozinho, enquanto caminhava em direção a uma das carruagens. Tinha um casal a observar.  


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?
Será que esse passeio à Hogsmeade vai causar "tretas"? Sim ou com certeza?
Eu queria postar a visita à Hogsmeade nesse capítulo, mas daria muito grande e estava ansiosa para postar logo.
E quem vocês apostam que é o homem conversando com a Astória?

Até o próximo capítulo, lovelies ♥



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