A Vingança de Hermione Granger escrita por Tamara


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

- Só revisei uma vez, então se encontrarem algum erro, agradeceria se me avisassem ♥
— Para reescrever esse capítulo precisei ter uma overdose de música pop, Britney na veia, o resultado está aí, depois me falem o que acharam, porque demorei demais nesse capítulo. KKK
— Iria dividir esse capítulo em dois, mas terminaria sem sentido, então resolvi postar estando maior do que o habitual mesmo. MAS, prometo que os próximos serão menores.
— A foto mostra as roupas das meninas, para vocês terem uma noção melhor do que descrevi.

Boa leitura! ♥



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Capítulo 14

A festa – Parte I

 

Um sorriso de satisfação se formou em seus lábios vermelhos, mal acreditou que tudo estava dando certo. A música alta animava os ali presentes, aos poucos os convidados começavam a entrar no que se transformou em um salão de festas.

Luna ajudou Pâmela e Thereza com a decoração, foi ideia dela usar as quatro cores das casas: vermelho, amarelo, verde e azul. Utilizaram de feitiços para dar um toque mágico ao local, velas coloridas eram suspensas no ar, em alguns cantos fumaças aromatizadas remetiam o cheiro individual favorito de cada um, Hermione, por exemplo, sentia o cheiro de livros novos e grama recém cortada.

Além de terem providenciado ambientes com confortáveis pufes para os que não desejavam dançar, a comida servida foi cortesia dos maravilhosos elfos, que não hesitaram em fazer centenas de aperitivos a pedido de Hermione.

Thereza cumpriu com a promessa de conseguir bebidas, a morena tinha seus contatos. Gina ficou encarregada de separar as melhores músicas do mundo bruxo, Hermione, por sua vez, acrescentou algumas músicas trouxas.

Hermione voltou o olhar com carinho para as amigas, estavam tão lindas. Luna trajava um vestido azul que combinava perfeitamente com a personalidade dócil da jovem sonhadora; Pâmela optou por um vestido preto com detalhes em renda; Thereza ousou em um vestido de cetim verde; enquanto Gina, trajava um dourado que caia perfeitamente bem ao seu corpo.  

— Está tudo perfeito. – Pâmela esboçou um sorriso, satisfeita com o resultado dos esforços incessantes das cinco garotas.

— E por que vocês ainda não estão mexendo o quadril? – Gina perguntou após beber uma dose de firewhisky, animando-se instantaneamente. 

— Você nunca esteve tão certa. – Pâmela concordou, levando a ruiva para o centro da pista de dança, junto de Luna.

— Vem, Hermione! Garotas precisam de um pouco de diversão. – Thereza persuadiu a garota que logo deu-se por vencida.

Junto às amigas e em meio à uma ou duas doses de firewhisky, a grifinória entregou-se ao ritmo da música.

(...)

Parvati Patil terminou de pentear os seus longos cabelos negros, deixando a escova sobre a cama, antes de sair do quarto. Harry havia insistido que deveriam comparecer à festa daquela Granger e das amigas, mas ela foi incontestável em negar. Por mais que soubesse ser prudente comparecer, ela não queria dar aquele gostinho para Hermione.

Como de costume, adentrou o quarto masculino, sem se importar com os que compartilhavam o quarto com o namorado. Ela sempre fazia isso, e nunca a contestavam. Mas ao ver Harry, não pôde disfarçar sua surpresa.

— HARRY POTTER! Pode me explicar que roupa é essa? – Tentou em vão não gritar, mas sua fala saiu estridente, estava com tanta raiva.

Harry, que estava em frente ao espelho terminando de arrumar sua gravata vermelha, não ficou exatamente surpreso com a reação da namorada. Além disso, ele não entendia a surpresa, já que havia avisado que comparecia naquela festa, com ou sem Parvati.

— Não entendo a surpresa, Parv. – Disse com impaciência, voltando o corpo para trás.

Rony e Dino, que terminavam de se arrumar, recolheram suas vestes e sussurraram um “até logo” para o moreno, antes de sair do quarto, deixando que o casal se resolvesse à sós.

— Não me diga que você que você vai à festa daquela... daquela pessoa. – Caminhou em direção à Harry, capturando o seu olhar enquanto esperava por uma resposta à altura. Aquilo só poderia ser um pesadelo. – Você não pode! – Completou autoritária, mas mediante o olhar consternado de Harry, percebeu o erro.

— Tanto posso, como irei. Sonhe com os anjos, Parv. – Aproximou-se da indiana, depositando um beijo em seu rosto, antes de retirar do quarto, deixando-a estática e com lágrimas nos olhos.

Isso não vai ficar assim, Potter. – Sussurrou para si mesma, engolindo o choro, antes de voltar para o seu quarto. Respirou fundo, não poderia se descontrolar, deveria agir analiticamente. Mas antes disso, precisava descontar sua raiva em alguns vasos e objetos quebráveis.

(...)

— Harry, o que foi aquilo? Você foi cruel com a sua namorada. – Disse Rony, enquanto caminhava ao lado do moreno em direção à sala precisa.

— Eu sei. – Suspirou, culpando-se momentaneamente por isso.

Mas logo deixou a culpa de lado, Parvati estava cada vez mais insuportável, desejando tomar o controle de sua vida em absolutamente tudo, até mesmo as amizades ela estava monitorando.

— Harry? Você me escutou? – A voz de Rony o trouxe para o presente, deixando os pensamentos sobre o seu relacionamento em decadência para mais tarde. – A gravata? Está boa? – Completou mediante o olhar desorientado do amigo.

— Está, Rony.  – Harry o tranquilizou. – Luna não vai resistir aos seus encantos. – Piscou para ele, que ficou mais vermelho do que o habitual com o assunto “Luna”.

— Quem sabe depois de algumas doses de firewhiskey eu não me declaro para ela... – Murmurou, recebendo tapinhas no ombro de Harry.

(...)

Draco Malfoy se olhou mais uma vez no espelho, não era exatamente uma surpresa estar irresistível, mamãe o fizera bem feito.  As vestes pretas contrastavam com a gravata verde, não seria Draco sem um toque sonserino, tinha orgulho da sua casa.

Pôs os cabelos loiros para trás, antes de olhar mais uma vez para o relógio, Pansy estava atrasada. Suspirou impaciente, paciência não era o seu forte.  

Enquanto esperava a amiga, seus pensamentos viajaram para a bendita grifinória que tirava sua paz. Mal vira Hermione nos últimos dias, estavam sempre tão ocupados, ela principalmente.

Pensou então no quase beijo que tiveram no salão comunal deles... por Salazar, aqui foi, no mínimo, quente. Tê-la tão próximo, tão entregue, afastar-se foi mais difícil do que tinha previsto, mas aquilo era um jogo, não era? E em um bom jogo, ele tinha que abaixar as defesas da adorável adversária, fazê-la sentir vontade de mais. Mas, parece que Merlin estava de mau humor, de modo que o feitiço estava virando contra o feiticeiro.

Maldita, Granger.

— Draco, estou pronta. Vamos! – A voz de Pansy o tira dos seus devaneios. – Como estou?

— Está linda! – Respondeu no automático, nem ao menos reparara nela.

— Acreditaria em suas palavras se ao menos tivesse reparado em mim. – Pansy falou em um tom monótono, sem demonstrar emoções.

O loiro surpreendeu-se com a fala, voltando o olhar para a amiga. Estava realmente bela com o vestido bordô contrastando com sua pele.

— Não sei do que está falando. – Tentou se fazer de desentendido, estendendo o braço para a amiga, que aceitou de bom grado.

— Vou fingir que acredito. – A sonserina esboçou um sorriso malicioso, caminhando ao lado de Draco em direção à sala precisa. – Faz um bom tempo que você não repara em ninguém, além dela.

Para a surpresa de Draco, Pansy retomou o assunto; ele entreabriu os lábios pronto para contestar, mas ela o impediu:

— Não tente negar, vejo como olha para ela. Sinceramente? Não vejo problemas em você... se relacionar com a Granger. – Ela demorou alguns segundos para encontrar a denominação certa. – Porém, se não quiser compartilhar, aconselho que se declare o quanto antes; porque, meu amigo, ela está rodeada de vários garotos que querem provar o seu sabor. – Ela esboçou um meio sorrindo mediante o olhar assustado de Draco, conhecia-o melhor que ele mesmo.

Draco engoliu em seco, processando aos poucos as palavras de Pansy. Desde quando uma única garota habitava os seus pensamentos por tanto tempo? E espera aí... compartilhar? Quem falou em compartilhar? Merda.

(...)

Tédio era uma palavra que não existia ali. Todos pareciam estar tão animados. Todos, exceto um. Draco Malfoy estava encostado em um dos pilares, imóvel, com os olhos fixos na adorada anfitriã. A morena sabia como deixar-se ser levada pelo ritmo da música, ele nunca pensou que ela dançasse tão bem; além de estar tão linda naquele vestido vermelho. Por Salazar, ele queria tanto tirar aquele vestido.

Quando, finalmente, ela estava sozinha, um sorriso malicioso se formou em seus lábios delineados. Deixou a bebida em um balcão e em passos firmes caminhou em direção à grifinória.

Hermione se deixava embalar pela música, seus quadris iam e vinha naquele ritmo agradável. Fechou os seus olhos, deixando-se ser conduza pela magia que uma boa música poderia causar. Estava tão distraída que só percebeu que havia alguém atrás de si, quando braços fortes envolveram a sua cintura.

Não abriu os olhos, não voltou o olhar para trás, continuou a dançar. Aquela proximidade estava tão boa que nem ao menos se importava em quem estava atrás; porém, por mais que negasse, ela sabia quem era. Deixou que seus glúteos pressionassem levemente o quadril dele, pode sentir ele arfar, o que a fez sorrir com satisfação.

Continuaram na dança ousada, moviam os quadris no ritmo das batidas. Se tinha alguém os observando? Pouco se importavam. Com a mão destra, ele afastou os cabelos do pescoço da garota, abaixando um pouco o corpo e embrenhando-se na curva do pescoço da morena.

Roçou o nariz em sua pele, antes de depositar um beijo no pescoço. Ela estremeceu com o toque, tombando a cabeça para o lado, levando uma das suas mãos para trás, deixou que os dedos se embrenhassem nos fios loiros, puxando os seus cabelos sem força.

Ele levou aquilo como um incentivo, continuou a beijar e chupar, sentindo a sua fragrância e o sabor agridoce de sua pele. Ela afastou a mão dos cabelos do sonserino, e sem pressa se virou para ele.

Seus olhos cor de mel encontraram os azuis acinzentados, a luz estava fraca, mas ainda poderia distinguir o cinza dos olhos. Ela continuava a fita-lo, com um sorriso nos lábios e um olhar indecifrável.

Com as pontas dos dedos, ele acariciou suavemente a face da garota, quando finalmente aproximava-se para tomar aqueles lábios deliciosos, ela pôs as mãos em seu tórax, parando-o.

— Eu preciso fazer algo antes, não podemos. Não agora. – Ela justificou-se mediante o olhar inquisidor dele. – Aproveite a festa, loiro. – Frisou o novo apelido, antes de aproximar os lábios dos dele, e depositar um demorado beijo no canto dos seus lábios. E sem mais palavras, afastou-se do garoto, que somente a observou partir, estático.

— Que cara de bobo é essa, Draquinho? – Blaise perguntou, envolvendo o amigo pelos ombros e estendendo um copo com firewhisky para ele.

Draco voltou o olhar ao amigo sonserino, não o respondeu, mas aceitou a bebida de bom grado. Bebeu o líquido de uma só vez, sentindo o álcool queimar em sua garganta.

— Onde está Nate? – Mudou de assunto, entregando o copo vazio ao moreno.

— Nate sumiu, deve estar se divertindo com alguma sextanista. Algo que eu também vou fazer. – Respondeu, direcionando o seu olhar para uma ruiva que dançava a poucos metros dos dois. – Draco, quem é aquela gata? – O moreno mordiscou o próprio lábio inferior, enquanto observava a garota mover os seus quadris no ritmo da música agitada.

Draco voltou o olhar para onde Blaise observava, arqueou uma das sobrancelhas ao reconhecer aquela que o amigo admirava, rindo pelo nariz.

— Você não tem chance com a Weasley menor. – Foi impossível não rir com a expressão de surpresa do amigo.

— Ginevra Weasley?! – Continuou a admirar a garota com o vestido dourado, assim que ela se virou para trás, constatou ser realmente a grifinória. Na opinião de Blaise Zabini, uma garota bonita é uma garota bonita, não importa quem seja. – Acho que vou me divertir um pouco, meu amigo.

Draco observou enquanto Blaise se aproximava da Weasley, e voltou a rir ao assistir a garota ruiva praticamente correr do seu não tão irresistível amigo.

(...)

Hermione sentia uma contração incômoda na barriga, o maldito Malfoy a deixara excitada. Queria tanto beijá-lo outra vez, mas não poderia, não naquele momento. Além disso, Draco era um assunto confuso para a garota, até pouco tempo atrás o odiava, e agora... agora nem sabia mais o que sentia.

Demorou um pouco para encontrar as amigas, as quatro estavam sentadas sobre alguns pufes vermelhos.

— Não acredito que já estão cansadas! – Exclamou com as mãos na cintura, olhando-as com repreensão.

— Estamos jogando verdade ou consequência. – Pâmela respondeu, puxando Hermione pelo braço para que se sentasse ao seu lado.

Ela deu de ombros, observando a garrafa girar e parar nela. Revirou os olhos, que surpresa, não?

— Eu quero verdade. – Respondeu rapidamente ao constatar que a outra ponta parou em Thereza, ela sabia o quanto a garota poderia ser cruel nos desafios.

— É verdade que está caidinha por um sonserino? – Um meio sorriso malicioso formou-se nos lábios de Thereza assim que completou sua pergunta.

Hermione sentiu-se enrubescer, notando os olhares curiosos das amigas sobre si.

— Er... então... – Gaguejou, entregando-se nesse ato. – Depende do ponto de vista, vocês sabem que tudo depende do ponto de vista, para algumas pessoas pode ser que sim, já para outras pode ser que não... – Começou a se enrolar em suas próprias palavras. Mas graças a Merlin, Gina a interrompeu:

— Já entendemos, Hermione. – Sua voz tremeu. – Vamos para a próxima. – Ao que disse, a ruiva girou a garrafa outra vez.

Hermione não entendeu o aparente nervosismo da amiga, mas nada disse. A garrafa parou de Thereza para Luna, a loira engoliu em seco, e com medo de uma pergunta visivelmente constrangedora como a de Hermione, optou pelo desafio.

— Você, Luninha do meu coração, vai... – A sonserina pensou por alguns instantes, mil desafios passaram em sua mente, mas daria o mais brando deles. – Vai ter que subir naquele palco e cantar Not Myself Tonight, conhece a música?

— Meu Merlin! – Luna arregalou os olhos, surpresa com o desafio, sabia que seria algo cruel, mas não imaginou que fosse tão terrível assim. – Sim, conheço a música. Mas, mas... por favor. – Clamou por misericórdia, recebendo um revirar de olhos da morena.

— Luna, já ouvi você cantar, lembra? – Respondeu, e antes que ela voltasse a protestar, Thereza segurou em seu pulso e a levou até o palco.

Luna estava atordoada, deixando-se ser levada por Thereza. E por Merlin, de onde esse palco surgiu? Nem ao menos o tinha notado até então.

Para o terror de Luna, Thereza subiu no palco e anunciou a sua entrada em um microfone. Microfone?! A loira mal notou que as amigas estavam ao seu lado, escutou palavras de incentivos, e leves empurrões para cima do palco.

Elas eram loucas, todas loucas!

Mal notou que já estava em cima do palco, deu-se conta disso quando a música parou e uma luz clara quase a cegou momentaneamente. Sério que tinha que ter uma luz focada nela? Aquilo poderia piorar? Claro que poderia, porque todos estavam em silêncio, olhando para a loira naquele palco.

— Oi. – Sua voz tremeu, estava tão nervosa. – Vocês não precisam prestar atenção em mim, podem fazer o que faziam antes. – Sorriu, mas todos continuavam a olhar com curiosidade.

Ninguém respondeu, claro que ninguém respondeu. Escutou um “Vai, Luna” de Hermione, fora isso, tudo continuava tão silencioso. Um silêncio perturbador demais para Luna, e para melhorar o seu dia, em frente ao palco, Ronald a olhava com curiosidade e visivelmente ansioso para escutar a sua voz.

Ela desviou o olhar para os próprios pés.

— You know tonight... – Começou a cantar, desafinando terrivelmente.

Escutou algumas vaias, o que a fez recomeçar na mesma frase.

— Meu Merlin! O que eu fiz? – Thereza balbuciou, nervosa por estar vendo a nova amiga passar vergonha por sua culpa.

— O que você pensou que iria acontecer? – Hermione perguntou com ironia. – Que ela ia subir lá em cima e arrasar?

— É. Nos filmes sempre dá certo. – Respondeu sem graça. – Vai lá, Luna! – Gritou, incentivando a amiga.

Luna sorriu mediante a tentativa de animação de Thereza, ela estava muito enganada se achava que Luna a perdoaria tão cedo.

Por sua vez, Hermione fez um feitiço para que a batida da música preencha o salão.

Ao escutar o ritmo da música, Luna fechou os olhos, e por um momento, esqueceu-se de que estava sendo observada. Para o alto com tudo, cantaria como gostava de fazer quando estava sozinha. 

 

You know tonight

I am feeling a little out control

Is this me

You wanna get crazy

Because I don't give a...

 

Você sabe que essa noite

Estou me sentindo um pouco fora do controle

Essa sou eu?

Você quer ficar louco?

Porque eu não dou a (mínima)...

 

A voz de Luna surpreendeu aos que estavam ali presente, com seu jeito delicado, ninguém imaginaria que tivesse uma voz tão poderosa. Ao abrir os olhos, um sorriso se forma em seus lábios, enquanto continua a cantar.

Captura o olhar de Ron, que a admirava com um sorriso encantadoramente besta.

 

I'm out of character

I'm in rare form

And If you really knew me

You'd know its not the norm

Cause I'm doing things that I normally won't do

The old me's gone I feel brand new

And if you don't like it fuck you

 

Estou fora do caráter

Estou em forma rara

E se você realmente me conhecesse

Você saberia que não é a norma

Estou fazendo coisas que normalmente não faria

Meu antigo eu se foi, me sinto nova em folha

E se você não gosta disso, foda-se

 

A letra era contagiante, continuava a cantar com toda a sua alma, movendo os quadris enquanto sua voz preenchia a sala-precisa.

 

The music's on and I'm dancing

I'm normally in the corner just standing

I'm feeling unusual

I don't care cause this is my night

I'm not myself tonight

Tonight I'm not the same girl same girl

I'm not myself tonight

Tonight I'm not the same girl same girl

I'm dancing a lot and I'm taking shots and I'm feeling fine

I'm kissing all the boys and the girls

Someone call the doctor cause I lost my mind

A música está tocando e eu estou dançando

Eu normalmente fico no canto, só esperando

Estou me sentindo incomum

Eu não me importo, porque essa é a minha noite

Eu não sou eu mesma hoje à noite

Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota

Eu não sou eu mesma hoje à noite

Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota

Estou dançando muito, tomando doses, me sinto bem

Estou beijando todos os garotos e garotas

Alguém chame o médico, porque eu perdi a cabeça

 

Sentia-se eufórica enquanto cantava, não importava mais estar ou não sendo observada. Dançava ao ritmo da música que tanto a estava representando. Naquela noite ela não era a mesma, estava perdendo a cabeça, e aquilo era muito melhor do que imaginou.

 

Cause I'm doing things that I normally won't do

The old me's gone I feel brand new

And if you don't like it fuck you

The music's on and I'm dancing

I'm normally in the corner just standing

I'm feeling unusual

I don't care cause this is my night

I'm not myself tonight

Tonight I'm not the same girl same girl

I'm not myself tonight

Tonight I'm not the same girl

 

Estou fazendo coisas que normalmente não faria

Meu antigo eu se foi, me sinto nova em folha

E se você não gosta disso, foda-se

A música está tocando e eu estou dançando

Eu normalmente fico no canto, só esperando

Estou me sentindo incomum

Eu não me importo, porque essa é a minha noite

Eu não sou eu mesma hoje à noite

Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota

Eu não sou eu mesma hoje à noite

Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota

 

E já que não era a mesma, poderia fazer coisas que não faria pela manhã, não é? Com um sorriso maroto, enquanto cantava, Luna desceu do palco e para a surpresa de todos aproximou-se de Rony, segurando em sua gravata e o levando até o palco.  O ruivo por sua vez, somente a observava com fascínio, sua voz era tão bela, como nunca tinha escutado antes?

 

In the morning

When I wake up

I'll go back to the girl I used to be

But baby not tonight

I'm not myself tonight

Tonight I'm not the same girl same girl

I'm not myself tonight

Tonight I'm not the same girl same girl

 

De manhã

Quando eu acordar

Eu voltarei a ser a garota que eu costumava ser

Mas, amor, não esta noite

Eu não sou eu mesma hoje à noite

Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota

Eu não sou eu mesma hoje à noite

Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota

 

Luna continuava a cantar, enquanto dançava junto ao ruivo. Algumas pessoas perguntavam se aquela era mesmo Luna Lovegood, nunca a viram tão bela e solta.

Assim que a cantou as últimas frases da música, a loira deixou que seus olhos azuis encontrassem os dele. Levou sua mão destra até o colarinho e sem mais palavras, puxou-o contra si com certa brusquidão. Antes que Ron entreabrisse os lábios para falar qualquer bobagem, a loira colou os lábios nos dele; beijando-o como sempre imaginara, com paixão e carinho.

Palmas e vaias de incentivos foram ouvidas, os alunos estavam eufóricos com o show e o beijo do casal.

— Será que sempre terei que dar o primeiro passo, Ronald Weasley? – Perguntou em meio ao beijo, enlaçando seus braços no pescoço dele.  

— Não mais, Luna Lovegood. Posso te garantir. – Respondeu com um sorriso, antes de tomar os lábios dela outra vez. Os lábios da loira eram os mais doces que já provara, não havia mais ninguém com quem ele queria estar, tinha certeza disso.

E antes que ela falasse algo, ele a pegou em seus braços, fazendo-a soltar um grito estridente causado pela surpresa.

— Ponha-me no chão, Rony! – Exclamou entre risos.

— Só quando formos para um lugar mais discreto. – Respondeu em um sussurro próximo ao ouvido da loira, fazendo-a se arrepiar, enquanto saia com ela do palco.

(...)

— Eu sou demais. – Thereza vangloriou-se pelo que deveria ser a décima vez. – Além dela arrasar cantando, acabou dando o primeiro passo na relação dela com o Rony.

— Sim Thereza, você é demais. – Pâmela a respondeu com tom de desdém, embora tivesse que concordar que nessa a amiga acertou.

— Sou mesmo. Sabe o que eu preciso, meninas?

— Um ego maior? – Hermione perguntou com ironia.  

— Engraçadinha. Preciso fazer alguma loucura. – E ao que disse, um moreno de porte atlético da Corvinal olhava-a com interesse, piscando para ela em seguida. - Acho que vou dar uma chance, divirtam-se... – E antes que pudessem responde-la, aproximou-se do corvinal.

Pâmela e Gina, por sua vez, saíram para buscar mais bebidas e conferir se estava tudo em ordem. Hermione soltou um suspiro, observando a sua volta, um meio sorriso malicioso se forma ao avistar Harry sozinho com um copo de cerveja amanteigada em sua mão.

Como imaginara, ele veio à festa sem a namoradinha. Parvati Patil pensava que a surpreenderia não vindo, quando na verdade era tão previsível. Pegando um copo de firewhisky, a garota caminhou em passos leves e decididos à mesa onde ele estava.

(...)

Draco bebeu mais uma dose de firewhisky, estava frustrado, não tinha como negar. Frustrado com os próprios sentimentos, os amigos estavam se divertindo com garotas, até Pansy estava tendo algo com um corvinal idiota, enquanto ele estava ali... sozinho e pensando nela. Quando foi que ficou assim?

Tentando esquecer as tensões que o inundavam, Draco deixou-se levar pela música. Não pensaria mais nela, não pensaria mais em nada. Em menos de cinco minutos encontrava-se em uma dança sensual com uma loira sonserina, cujo o nome ele não se lembrava e nem ao menos fazia questão de lembrar.

Em poucos segundos os lábios da garota estavam junto aos seus, beijando-a com ardor.

Mãos, toques, suspiros.

Mas não era ela que ele queria estar beijando, não eram aqueles lábios que ele queria explorar.

— Ah Malfoy, nem acredito que eu e você estamos juntos... – Ela falou suspirando entre os beijos.

Aquelas palavras o fez sentir-se enojado consigo mesmo, não deveria ficar com aquela garota pensando nela. Contudo, isso nunca foi problema para Draco Malfoy antes, o que o deixou ainda mais confuso. Talvez estivesse mesmo se apaixonando por Hermione Granger.

— Eu preciso ir. Foi um prazer conhecê-la. – Selou os lábios, antes de se afastar delicadamente.

— Mas você já me conhecia... – Ela disse confusa, ele culpou-se mentalmente por isso.

— Foi um prazer conhecê-la melhor. – Reformulou a frase rapidamente, e antes que desse tempo dela responder, esgueirou-se dela como a boa serpente que era.

Para Draco Malfoy, o que acabou de acontecer só constatava uma coisa que já sabia: ele queria Hermione Granger. E queria o quanto antes, seu corpo ansiava pelo dela. E ele a teria, ainda essa noite.

Andava distraído com os seus pensamentos, que mal notou tombar em um corpo menor.

— Deveria olhar melhor por onde anda, Draco.

Ele se espantou ao ouvir aquela voz novamente, não era possível, ela tinha ido embora. O que estava fazendo ali novamente? Ao voltar o olhar para a dona da voz, constatou ser quem temia, não escondeu a surpresa ao vê-la. 

— Astória?!

(...)

— Olá, Potter. – A voz doce de Hermione tirou Harry de seus devaneios, voltando o olhar para a garota que um dia foi sua melhor amiga. Merlin sabe a falta que sentia da sua amizade.

— Oi, Hermione. Como vai? – Perguntou enquanto a olhava de cima para baixo discretamente, estava tão terrivelmente bela, aquilo deveria ser um crime.

— Um pouco tediosa. – Respondeu, sentando ao seu lado. – Vejo que não trouxe a sua namoradinha.

— Ela não quis vir, e você já sabia que isso ia acontecer. – Entregou o cansaço em seu tom de voz. Por alguns instantes ele realmente pensou que teriam uma conversa civilizada, sem joguinhos.

— Sim, e também sabia que você viria. – Sorveu um gole do seu álcool, voltando os olhos enigmáticos aos dele. – Por que veio, Potter?

— Porque não tinha nada melhor para fazer. – Deu de ombros, voltando a manter as suas feições duras, não se entregaria tão fácil assim. – Por que está aqui? – Rebateu, arqueando uma das suas sobrancelhas.

— Porque estava com tédio e você é um bom passatempo. – Falou naturalmente, mantendo os olhares, ela poderia jurar que viu tristeza nos verdes do moreno, aquilo a fez engolir em seco, sentia-se... culpada?

Não! Não desistiria agora.

— Quando vai parar de me torturar? – Sua voz mal saiu em um sussurro, mas a proximidade permitiu que Hermione escutasse, estavam cada vez mais próximos.

— Quando você estiver com o coração despedaçado. – Respondeu em um tom de voz baixo, quase rouco.

Estavam tão perigosamente perto, quando se aproximaram tanto? Ela passou a língua envolta dos lábios, ao notar que o olhar dele decaiu para os seus lábios.

— O que quer que eu faça? – Perguntou em rendição.

— Beije-me, Potter.


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM! KKKK Então, gostaram? Odiaram? O que esperam para o próximo capítulo? Qual a parte preferida de vocês?

Música que a Luna cantou é Not Myself Tonight da maravilhosa Christina Aguilera.



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