A Vingança de Hermione Granger escrita por Tamara


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Já estava com saudade de vocês! Boa leitura, lovelies. ♥



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Capítulo 11

Provocações

O terminal estava particularmente tumultuado naquela manhã, bruxos esbarravam uns nos outros, andando apressados com varinhas e jornais em mãos. No meio da pequena multidão, duas garotas carregavam suas malas, olhando com curiosidade para o local até então desconhecido.

— Será que as pessoas são receptivas? E o quadribol? Espero mesmo que tenha vagas para a equipe de quadribol, você sabe como eu sou... – Quando Pâmela ficava ansiosa, a tendência era falar cada vez mais.

Thereza, sabendo disso, segurou a mão da amiga e a apertou suavemente.

— Vai dar tudo certo... – Assegurou, Pâmela assentiu em concordância, sentindo-se melhor com o apoio recebido.

Não foi difícil encontrar o meio-gigante, Hagrid era facilmente reconhecível. Com simpatia, ele as recepcionou.

— Infelizmente não há trens para Hogwarts no momento. Vocês têm preferência sobre o meio de transporte que usaremos? – Ele as informou, após as apresentações.

— De jatinho! –Thereza falou imediatamente, com um sorriso nos lábios. A garota sempre foi racional, mas deixou que as influências externas do mundo trouxa a fizesse idealizar uma entrada triunfal em sua nova escola.

— De quê? – Hagrid perguntou sem entender.

— Tete, a louca sou eu, lembra? – Pâmela acusou, surpresa com o pedido da amiga, certamente a estadia no mundo trouxa não fez bem para a amiga.

— Só imagina nossa chegada glamorosa, o vento soprando os nossos cabelos. – Suspirou, imaginando a típica cena dos filmes que foi obrigada a assistir.

— Isso é loucura, mas você pode ter um pouco de razão... Hagrid, isso é possível? – Foi impossível não visualizar a cena, e a animação foi uma consequência. De que servia ser uma bruxa se não podia realizar algumas fantasias adolescentes?

— Er... mas por que vocês querem isso? Não pode ser algo mais... normal? – Ele estava confuso, nem ao menos sabia o que era um “jatinho”, e teve sérias dúvidas em relação à sanidade mental das garotas.

— Por favor, precisamos de emoção. – Thereza apelou, tentando ao máximo ser persuasiva, sendo apoiada pela amiga.

— Eu... eu vou ver o que posso fazer. – Rendeu-se. Por Merlin, onde fui me meter?— Mas prometo que terão emoção!

(...)

O vento gélido desalinhava os cabelos soltos, sentiam gotas de água tocar em suas faces. E a paisagem com que foram agraciadas não poderia ser mais bela, era uma pena que elas não estavam prestando muita atenção na visão que tinham.

— Agora você se sente realizada, Tete? – Pâmela pergunta com uma falsa docilidade.

— Bem... não era exatamente o que eu imaginava... mas pelo menos ele tentou. – Disse praticamente em um sussurro, encolheu-se antecipando a ira de Pâmela.

— Não era exatamente o que eu imaginava?! – Vociferou, mal acreditou na desculpa da amiga, mal acreditou que se deixou levar nas palavras da morena.

— Calma! Poderia ser pior!

— O QUE PODERIA SER PIOR DO QUE ESTAR INDO TODA EXPRIMIDA NA MOTOCICLETA VOADORA DO HAGRID? – Gritou com fúria.

— Meninas! Não briguem aí atrás. – Hagrid as advertiu. – Segurem firmem que vou aumentar a velocidade.

— A velocidade está ótima, não precisa aumentar. – Thereza suplicou, mas sabia que não iria adiantar, então segurou firme nas costas do meio gigante, e fez a amiga apertar os braços nela.  

— Vocês não queriam emoção? Estou dando emoção. – Ele soltou uma sonora gargalhada, antes de aumentar a velocidade. Hagrid tinha um senso de humor peculiar.

Elas tentaram em vão reprimir o grito em suas gargantas. E os pingos de chuva, melhoraram ainda mais o seu humor. Assim que Hagrid aterrissou na frente do portão de Hogwarts, elas saíram da motocicleta em um pulo.

— TERRA FIRME! Obrigada, Merlin. – Pâm exclamou, enquanto ajoelhava-se no chão e levantava os braços para o céu, a garota adorava um bom teatro.

— Menos, Pâmela. Quase nada. – Thereza sussurrou, olhando para os lados em seguida, o alivio por não terem telespectadores foi instantâneo. – Agora, com o que sobrou da nossa dignidade, vamos entrar com classe em Hogwarts.

— Vamos, meninas! Vamos fugir da chuva. – Hagrid as apressou.

Só foi passar pelas grades do portão que a chuva aumentou consideravelmente, da pequena garoa formara uma tempestade. Uma entrada triunfal? Nem tanto. Inesquecível? Certamente. 

(...)

Os últimos dias foram estressantes para Hermione. Mal conseguia respirar, era metralhada de perguntas constrangedoras, sem contar as cantadas que recebia. Perdeu a conta de quantos convites para Hogsmeade recebeu em apenas três dias. E a constatação de que Hogwarts era habitada por um bando de hipócritas nunca foi tão certa.

Os únicos momentos bons foram com os amigos. Conversou com Rony, o ruivo estava receoso de que Hermione estivesse magoada por ele, o que era uma grande besteira, ela o amava e não seria a mágoa com Harry Potter que mudaria isso. A reaproximação com Ronald aliviou seu coração.

Contou para Gina e Luna tudo que aconteceu durante a viagem, elas ouviram extasiadas seus relatos, sonhando por uma viagem e transformação como a de Hermione, compararam-na com as protagonistas das comédias românticas trouxas que tanto assistiam. Contudo, Hermione não falou sobre Draco com elas...

Draco? Quando passou a ser Draco? Quando deixou de ser Malfoy? E, por qual razão mal o ver nos últimos dias a deixou tão decepcionada? Merda. Ela não poderia nutrir sentimentos por ele, poderia? Não. Definitivamente não.

Não voltaria a se apaixonar tão cedo, precisava se concentrar na sua vingança, e assim o faria.

Espera. Se apaixonar? Quem falou em apaixonar? Por Morgana...

Deixando seus pensamentos de lado, ela apertou os passos em direção à diretoria. Ao chegar no local, um sorriso formou-se em seus lábios. Mal reparou nos ali presente, e sem dizer uma só palavra, a morena se jogou nos braços das amigas.

— Estava com saudades de vocês! – Exclamou enquanto era envolvida em um caloroso abraço.

— E nós estávamos com saudades de você. – Pâmela disse, depositando um beijo no rosto da prima.

— Depois você vai ter que nos atualizar de tudo... – Thereza completou, dando uma piscadela para ela.

— Fico feliz que se conheçam, mas precisamos iniciar a seleção. – McGonagall as interrompeu, fazendo Hermione afastar-se das amigas.

A diretora optou por fazer a seleção com somente um monitor de cada casa presente, evitaria tumultos, e daria mais privacidade para as intercambistas. Somente quando posicionou o corpo ao lado dos demais colegas monitores, que o viu. Foi impossível não sustentar os olhos nos cinzas dele.

Draco esboçou um meio sorriso, antes de acenar em um cumprimento formal. Se Hermione não conhecesse a malícia subentendida naquele sorriso, diria que ele somente foi cortês.

Sentiu suas bochechas corarem, depois da visita em seu quarto assim que retornou à Hogwarts, eles mal trocaram uma ou duas palavras. Mas os olhares... os olhares eram frequentes. Sem palavras iniciaram um jogo. Um jogo divertido, mas perigoso. 

Subentenderam uma pequena guerra de olhares entre si, e temia não sair a vencedora.

— Podemos começar com você, Srta. Granger? – Notou os olhares assombrosos dos ali presente, quando McGonagall chamou por Pâmela.

— Granger? – Ana Abott, monitora da Lufa-Lufa, perguntou com curiosidade.

— Somos primas. – Respondeu, sanando a curiosidade dos demais colegas que escutaram a conversa.  

Sem mais delongas, Pâmela sentou-se sobre o banco, e o velho chapéu seletor cobriu o topo de sua cabeça.

— Um caso raro, duas bruxas de uma família trouxa... não muito diferente da sua prima, muito corajosa e inteligente. Ousada também, e vingativa quando lhe convém. Sonserina seria uma opção. Sua lealdade e proteção a faria ter futuro na casa amarela..., mas sem dúvidas a coragem, determinação e impulsividade se sobressaem. Grifinória é a sua casa! – O veredito final fez Pâmela suspirar de alívio, desejava ficar na mesma casa da prima.

Hermione sorriu para ela. Voltando a atenção para Thereza, que ocupava o lugar que outrora foi de Pâmela.

— Hum... interessante. Muito interessante. Determinada, de uma inteligência rara. Extremamente leal. Corajosa, sim, muito corajosa. Grifinória seria prudente. Porém, também é persuasiva e sedutora, o seu sangue-puro a fará ter um futuro brilhante na Sonserina. Vai almejar tudo que deseja, não tema minhas escolhas... – O chapéu parecia tentar convencer Thereza de sua escolha, a decepção era visível na face da morena, mas deu-se por vencida. - Sim, Sonserina é a sua casa!

Hermione não pôde esconder a decepção, desejava a amiga consigo. Thereza demonstrava o mesmo desânimo.

Despediram-se da diretora e saíram de sua sala, pararam no corredor para tentar animar Thereza.  

— Vamos, Thereza, anime-se... – Hermione disse para a amiga, abraçando-a de lado, Pâmela fazia o mesmo.

— Como vou me animar? Você não falou que Sonserina era a pior casa, Hermione? – Thereza resmungou em um muxoxo.

— A pior casa? – Draco perguntou arqueando as sobrancelhas. Foi somente naquele momento que as novas integrantes de Hogwarts voltaram a atenção para o loiro.

Naquela hora, mal lembrou que ele ficou encarregado de apresentar o salão da sonserina para a nova integrante da casa verde, pensou que o loiro tinha partido com os demais monitores.  

Merda, por que ele tinha que escutar aquilo?

— Er... rótulos, o que são rótulos, não é? Bobagens... – Hermione balbuciou, um tanto sem graça com a atenção. E ao olhar para o lado, franziu as sobrancelhas ao ver as amigas analisando descaradamente o loiro.

Que merda elas estavam fazendo?

— Suas amigas parecem interessantes, Granger. – Malfoy interrompeu seu raciocínio, voltando o olhar com interesse para Thereza e Pâmela. – Sou Draco Malfoy, prazer em conhece-las. – Ao que disse, ele cumprimentou cada uma delas com um beijo em sua mão, enquanto curvava suavemente o corpo.

Quem fazia reverencias nos dias atuais? Por algum motivo que Hermione não soube explicar, aquilo a irritou profundamente.

— Parece que temos um gentleman aqui, hm? – Pâmela comentou com malícia, arrancando um meio sorriso galanteador de Draco.

Galanteador? Ele estava mesmo sendo galanteador com as suas amigas?  Hermione revirou os olhos, engoliu em seco, antes de esboçar um sorriso amarelo.

Eles engataram em uma conversa animada, a qual Hermione não se deu ao trabalho de ouvir realmente. Aquilo já estava beirando ao ridículo.

— Acho que Sonserina não vai ser tão ruim, afinal... – Thereza sussurrou próximo ao ouvido de Hermione. – Depois nos vemos no seu quarto. – Completou, antes de aceitar o braço estendido de Draco, e o acompanhar até o salão comunal da Sonserina.

Antes de partir, Draco tombou a cabeça para trás, procurando pelos olhos castanhos de Hermione. Assim que os encontrou, piscou para ela, carregando aquele maldito meio sorriso em seus lábios.

Então era isso, não era? Ele queria provoca-la, fazia parte do novo joguinho subentendido entre os dois. Ela nada disse, não o deixaria saber do poder que tinha sobre si, somente os observou se afastar.

— Priminha, você não deveria deixar o seu ciúme tão evidente. – Pâmela parecia particularmente divertida com a situação.

— Quem está com ciúmes? – Hermione perguntou entredentes, e antes que Pâmela retrucasse, arrastou a prima para a sala comunal da Grifinória, mandando-a guardar suas suposições para si.

Ciúmes? De Draco Malfoy? Nem em sonho.

(...)

Por Merlin. Estava perdendo o ar, sabia que estava perdendo o ar, quando respirar ficou tão difícil? Aos poucos tentava se controlar, mas quando tentava parava parar de rir, voltava o olhar para Gina e Luna, as gargalhadas eram inevitáveis.

— Se fossem vocês na motocicleta voadora do Hagrid não estariam tão risonhas assim... – Pâmela as acusou, jogando amendoins de chocolates nelas, antes de levar o doce aos lábios.

— Na verdade, foi um pouco engraçado... – Thereza admitiu, acompanhando as meninas nas sonoras gargalhadas. Pâmela, por sua vez, deu de ombros, voltando a comer.

— Hermione não nos falou que vocês eram tão divertidas... – Gina comentou, assim que conseguiu parar de rir.

As meninas se deram bem quase que instantaneamente, Hermione ficou aliviada com aquilo, temia ter que se dividir em duas. Nos últimos dias, constatou que amizades eram muito mais importantes que romances. As amigas ajudaram a costurar seu coração partido, não sabia o que seria de si sem elas, tinha tanta sorte de as ter em sua vida.

— E como é a sala comunal da Sonserina, Thereza? – Luna perguntou com curiosidade.  

— É bem elegante, eu gostei. E o que falar dos garotos da Sonserina? Por céus, Draco Malfoy e seus amigos?! Senhoras, que pedacinhos de mal caminho... – Thereza abanou-se com uma das mãos, arrancando risadas de Luna e Pâmela.

— Mas, não se engane, eles podem ser traiçoeiros. – Gina advertiu, desejando mudar de assunto. A ruiva notou que assim como ela, Hermione não estava achando o rumo da conversa muito divertido.

— Ah, querida, Thereza sabe se defender como ninguém... – Pâmela assegurou, mas Thereza somente deu de ombros.

— Na verdade, eles não fazem o meu tipo, eu prefiro homens mais velhos... – Não via necessidade de mentir para as garotas, garotos de sua idade nunca chamaram sua atenção realmente.

— Já sei o que vamos fazer agora! – Luna praticamente gritou, as demais olharam-na assustadas. Antes que falassem algo, a loira pegou a sua varinha e materializou uma caixinha branca.

Para a surpresa de Hermione, Luna tirou diversas fotos da caixa, espalhando-as pelo chão do quarto da morena.

— Onde você conseguiu isso? – Perguntou surpresa, e ao ver uma foto sua em seu pior ângulo, sorrateiramente estendeu os dedos e a escondeu atrás de si.

— Consegui com Colin Creevey, sempre sonhei em me reunir com um grupo de amigas que sejam novas na escola, e apresentar os alunos por meio de fotos ridículas. Isso é tão emocionante. – As garotas não puderam deixar de sorrir com a animação evidente da loira.

E a brincadeira realmente se mostrou interessante, Luna e Gina apresentavam os alunos de Hogwarts por meio das fotos, contando o que sabiam de cada um deles. Passaram horas naquilo, enquanto se empanturravam de doces e riam alto com os comentários divertidos. 

— Deveríamos fazer uma festa. – Pâmela comentou, recebendo olhares assustados de Luna e Hermione.

— Uma festa em Hogwarts? – Hermione perguntou sem entender. Aquilo era contra centenas de regras, sem chances, se fosse descoberta poderia perder seu posto de monitora.

— Pode ser na sala precisa, todas as festas ocorrem lá. – Disse a ruiva do grupo, estava animada com a perspectiva de um pouco de diversão.

— Como assim todas? Por que nunca me convidaram? – Perguntou uma Hermione incrédula.

Desde quando Hogwarts tinha festas? E por que ela nunca foi convidada para nenhuma?

— Ah, Mione, você é a monitora. E sempre tão certinha, estragaria qualquer festa proibida. – Gina respondeu com naturalidade, levando outro pedaço de chocolate aos lábios.

— Mas e eu? Não sou monitora e mesmo assim nunca me convidaram para festa nenhuma. – Luna interveio, por alguma razão sentiu-se triste com a notícia.

— Você... bem, você é você, entende? – Gina respondeu hesitante. Como responderia que não era convidada por parecer ser tão estranha?

— NÃO! Não entendo! Só por causa do meu jeito, talvez um pouco diferente, todos me tratam como uma aberração, até você que diz ser minha amiga, não é Gina? – Ninguém nunca viu Luna falar tão alto.

A loira, sempre tão pálida, estava vermelha de raiva. Nenhuma das quatro esperavam uma reação daquela, não de Luna, sempre tão calma. Desse modo, não reagiram quando Luna levantou abruptamente, e saiu do quarto sem mais uma palavra.

— E-eu... não foi minha intenção. – Gina sussurrou, a culpa invadia a ruiva dolorosamente. Não era sua intensão magoar a amiga.

— Depois conversa com ela, vocês vão se entender... – Thereza assegurou, sorrindo docilmente para a nova amiga.

— Sim, depois vou me desculpar... – Balbuciou, Hermione apertou sua mão, tentando passar tranquilidade para a ruiva.

(...)                                            

No dia seguinte, Hermione mandou um bilhete encantado para Luna, pedindo para falar com a loira, mas foi ignorada. Suspirou pesadamente, entendia como ninguém a dor da amiga, e só queria ajuda-la. Mas daria aquele tempo para ela.

Estava a caminho da biblioteca, quando viu uma cena já conhecida. Harry estava aos beijos com Parvati, aquilo já não a abalava mais. E um meio sorriso formou-se em seus lábios.

Estava na hora de um pouco de diversão, só um pouquinho.

Em passos vagarosos aproximou-se do casal apaixonado, atraindo olhares dos estudantes ali presentes. Aquela dúzia de alunos não tinham nada melhor para fazer, já que pararam tudo, para observar a “nova Hermione” postar-se em frente ao casal.

Pigarreou, chamando a atenção dos dois. Imediatamente, Harry empurrou Parvati para o lado, olhando com surpresa para Hermione.

— O que você quer? – Parvati perguntou com irritação, olhando-a de cima para baixo. Hermione sentiu o olhar analítico dela, mas aquilo não a afetou.

— Hermione, e-eu... – Harry balbuciou, mas foi interrompido pela antiga amiga.

— Poupe-me, Potter. – Interrompeu, voltando o olhar com repugnância para ele. Aquele olhar doeu como uma facada em Harry. - Como Minerva tão bem frisa. – Continuou. – É terminantemente proibido beijos pelos corredores de Hogwarts. 20 pontos a menos para cada um, e uma semana de detenção limpando a sala de troféus. – Completou autoritária, prescrevendo a detenção em seu bloco de notas encantado, entregando o papel para cada um deles em seguida.

Harry e Parvati estavam atônitos, desde quando eram repreendidos por beijos? Ninguém levava a sério aquelas regras.

— Como assim? – Harry perguntou sem entender, pegando a folha de detenção ainda sem entender. Aquela não era Hermione.

— Você escutou, Potter. E me agradeçam, fui gentil.

— Hipócrita! – Parvati acusou. - Quando era VOCÊ se agarrando com o meu namorado não era proibido. – A indiana tentou se controlar, mas sua vontade era pular no pescoço de Hermione e esganá-la. Quem ela pensa que era para humilhá-la daquele modo?

— Querida, eu jamais faria uma coisa dessas. – Forçou um tom de voz dócil, antes de dar a volta piscou para a garota.

— Sua... – Parvati rugiu, ameaçou alcança-la, mas foi segurada por Harry.

— Sem escândalos, Parvati... – Ele advertiu a namorada; observando Hermione se afastar, ela estava tão confiante, como nunca a notou tão bonita assim antes?... E por Merlin, ela acabou de dar uma detenção para ele?! Merda, Harry sentia estar cada vez mais em apuros...  

(...)

Procurava por livros com o conteúdo da matéria que perdeu durante a viagem. Mas, para seu desapontamento, constatou não ser muita coisa, e tudo que passaram, ela já sabia. Estava desapontada por não ter nada para ler, mas ao erguer os olhos não acreditou no que viu, uma capa de livro familiar. Era um livro trouxa?!

“Orgulho e Preconceito” era um dos seus livros preferidos, iria adorar relê-lo. Pôs-se com as pontas dos pés, mas não conseguiu alcançar o livro, esquecendo-se de que era uma bruxa, arrastou uma cadeira e subiu no móvel. Ainda assim, teve que se esticar para alcançar o livro. Por que os melhores exemplares eram escondidos tão no alto?

Hermione estava tão compenetrada em alcançar o livro, mal notou que tinha companhia.

— Algumas coisas nunca mudam. – A súbita interrupção a fez soltar um grito agudo devido ao susto, desequilibrando-se em seguida.

O choque contra o chão teria deixado diversas escoriações se o corpo do homem não tivesse amortecido sua queda. Fitou seus olhos azuis acinzentados, enquanto os braços fortes envolviam o seu corpo.

E por Merlin, que braços eram aqueles? Ela estava em cima, literalmente, de Draco Malfoy.

— Você está bem? – Perguntou preocupada, notou que ele soltou um gemido de dor assim que Hermione fez menção de se levantar.

— Estou, só não se mova rápido demais. – Ele respondeu, voltando o olhar ao dela.

Draco continuou com os braços envolta de sua cintura, enquanto as mãos de Hermione repousavam em seu peitoral.

— Está certo... – Ela respondeu praticamente em um sussurro.

Notou que os olhos de Draco desceram para os seus lábios. Sentia o coração palpitar em seu peito, estavam tão próximos, pôde sentir a respiração do loiro contra a dela.

— Eu acho que vou te beijar, Hermione... – Ele sussurrou, sem saber o motivo de falar aquilo. E assim que voltou o olhar ao dela, notou-a rubra, teria rido de sua timidez, se ele mesmo não estivesse assim.

— Não acho que seja uma boa ideia... – Sua mente tão racional fez questão de atrapalhar, mas seu coração vacilante queria calar a boca dele com a sua.

— Com certeza não é... – Ele concordou, novamente a morena fez menção de se levantar, mas ele segurou sua cintura com firmeza.

Ela voltou o olhar indagador a ele, e antes que pudesse falar alguma coisa; Draco, esquecendo-se de suas dores, inverteu as posições. A morena arfou com a súbita mudança de posições; ela estava confortavelmente presa, com o corpo do loiro sobre o seu.

— Mas vou te beijar mesmo assim... – Completou, aproximando vagarosamente os lábios dos dela.

Os lábios estavam tão próximos, só mais um pouquinho...

— Está esperando um convite, Draco? – Ela o provocou em um sussurro, desejando os lábios dele contra o seu. Para o alto com toda racionalidade.

Com um meio sorriso sacana, ele aproximou os lábios dos dela, roçando-os sem pressa. Hermione arfou com a provocação, arqueando o corpo contra o dele. Antes que pudesse ter a chance de reclamar de sua demora, ele colou os lábios nos seus. Beijando-a como há muito desejava.  


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Notas finais do capítulo

Não me matem por parar na melhor parte! kkk O que acharam do capítulo? Gostaram? E o que acham que vai acontecer nos próximos capítulos? Adoro interagir com vocês. ♥