A Lua e o Sol escrita por Juli_Ana


Capítulo 1
A NOTICIA E AS MUDANÇAS




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Tudo tem um começo... Ou já teve


Entrei no meio de uma historia e pior inconsciente, hoje posso dizer que não a males que não tragam um bem. Nada pode ser diferente por alguma circunstancia quando a vida decidiu juntar duas pessoas que deviam estar juntas desde o começo, tudo conspirou contra, essa historia seria diferente se meus pais não tivessem decidido mudar. Minha vida e dele seria uma daquelas historias de amor em que começam como amigos de infância e acabamos como velhinhos rodeados de netos, ou, simplesmente seria o primo insuportável até ele se apaixonar pela prima depois que ela cresce e explode em uma mulher ou, seriam criados separados sem muito convívio e depois de uma tragédia ela fica em coma e ele já tem sua amada mais por obra do destino ele se apaixona pela prima inconsciente.

Eu Ana Black, acordei em outra vida, sem pedir eu era feliz na minha anterior, acordei em algum lugar acho que a principio não assimilei direito, era tudo branco e sem vida só eu e uma cama, monitores e tubos, tudo meio embaçado, confuso, muito claro, e logo as imagens foram tomando formas era um quarto de hospital e pensei comigo:

— “O que aconteceu?” — Eu tentei me lembrar e nada, branco — “A quanto tempo estou aqui?”.

Esfreguei as mãos no rosto pra melhorar a visão, tinha algo colado em minha bochecha, devia ser esparadrapo segurando alguma coisa, Levantei e me sentei na beirada da cama alta e fiquei tonta, mais ai senti algo me machucar a garganta ao engolir a saliva e assim que olhei para baixo vi um tubo transparente pendurado que se estendia para dentro da minha narina direita, e ao levantar o braço vi enormes manchas roxas ao longo do meu antebraço esquerdo e depois no direito onde ali estava um tubo conectado a minha veia, eu o retirei.

Como se não bastasse soro e sonda nasal ainda tinha mais, quando toquei o chão e meus pés sentirão o peso do meu corpo como nunca antes, esquecerão de me segurar e quase cai, mais meu braços me socorrerão antes de chegar ao chão, foi ai que vi outro tubo ligado a um saco cheio de urina e segui o tubo até desaparecer sob minha camisola e toquei nele mesmo sabendo onde ele ia dar olhei o tubo sumir de encontro com uma fralda gigante descartável, pensei comigo:

— “MAIS ESSA”, sondas, duas sondas e fralda. “Virei um bebe, ou a coisa foi séria, eu estava em coma, repeti essas palavras umas duas vezes... ”Em coma”. Respirei fundo e peguei meu saquinho de xixi, e dei meus primeiros passos, segurando a guarda da cama, bem de vagar, bem de vagar,   — vamos garota você consegue Falando comigo e me incentivando, vamos, e alcancei um sofá que serviu de apoio até o banheiro, — Essa foi fácil! Pensei comigo.

Ao me ver no pequeno espelho a sensação era que eu tinha sido atropelada por um trem e definitivamente essa ali no espelho não era eu, toquei o espelho e depois em mim, irreconhecível, estava tão magra e branca, as maçãs saltadas sob a pele rosada, os olhos fundos e lábios vermelhos demais.

 

— Essa não sou eu! — Não estava muito atenta a outros detalhes do meu rosto foi só o choque, de me ver, agora sim pareço um garoto, um garoto, com um tubo no nariz, então vamos lá tirei o segundo tubo o do nariz e depois o terceiro pra mim o mais complicado e doloroso dos três.

Agora pronto livre dos seres invasores, tubos quem precisa deles, junto com eles adeus fralda, lavei meu rosto, e parecia que não sentia a água em mim a uma eternidade por dois motivos o primeiro assim que passei a mão por meu rosto senti que a pele vinha junto, finas camadas, como quando se toma sol de mais, fininhas para serem de sol, e o segundo motivo ainda tinha sangue e alguns fios de cabelo, senti uma alegria em pensar nos meus pais que devem estar loucos para me ver acordada, mais uma checada pra ver se não tinha mais nada a ser retirado, então o odor de meu corpo me fez tomar um banho, com certeza alguém não ia gostar nada, nada do que fiz, alguma enfermeira vai me dar um sermão mais não pude evitar.

Hora de sair e achar alguém que possa me dizer onde estou e onde estão meu pais... Nesse momento senti um pouco de medo como se algo de muito ruim estivesse pra acontecer, mas o que seria pior do que acordar em um hospital, não saber onde, nem quando e nem como se foi parar lá.

O que poderia ainda ser pior do que acordar sozinha. - O quê? Então vamos, de camisola e com meus pés descalços vou sair assim mesmo, esqueço disso depois, eis a porta em minha frente, pensei comigo — E se eu não souber voltar! —Em meu pulso tinha uma pulseirinha de plástico com minhas identificações de paciente onde dizia:

NEUROLOGIA - QUARTO 116 B - ANA BLACK - 18 ANOS

—É... Pois é sou eu! Ufa! Ainda lembro quem sou sem duvida alguma, ando, falo, não deve ter sido algo tão grave e nem deve ter passado tanto tempo, só o lugar ainda é estranho não me lembro desse hospital.

Caminhando pelo corredor ... o FANTASMA!!!!

 

 XXX

 

Capitulo 01

A NOTICIA E AS MUDANÇAS

 

Fatos relatados por Jacob Black


Um belo dia estava pronto pra sair quando ouvi a viatura do chefe Swan estacionar na frente da minha casa, ele não esta com uma cara boa, posso ver daqui do sofá e estava testando quais palavras usar, e isso me chamou a atenção, ele não estava só, Sue estava com ele,  desceu do carro depois de alguns segundos olhou pro céu e fechou a porta da viatura e veio em direção da casa, Billy o viu.

—A que devo a visita Charlie? – Pela sua cara as coisas não estão boas, vamos entre não me de o trabalho de ir até ai, sabe como é!

—É... — ele respirou fundo e segurou o sinto com as duas mãos e entrou:

— Billy não existe uma maneira fácil de dizer o que estou prestes a dizer! — Ele calou-se e respirou fundo estava começando a ficar ofegante...

— O que aconteceu? —Rachel perguntou aflita segurando as mãos.

— Billy, seu irmão e a família sofrerão um acidente, e... e ele e a esposa não sobreviveram.

O velho quase teve um infarto, pensei que ele ia morrer, ficou roxo, e segurando a respiração, com os olhos fixos em algum lugar e suas mãos contraídas contra os apoios da cadeira de rodas que poderia quebrar com tal força, e ele respirou novamente, comigo, Rachel e Charlie tentando socorrê-lo, e ele deu um grito esganiçado, isso me causou um arrepio em toda minha coluna vertebral.

 — Calma pai, calma, alguém chame um medico?

— Pai tome essa água, preciso que se acalme... — Rachel ajoelhada ao lado da cadeira e ele, estava mau, sentindo dor, era visível a sua dor e angustia de perder não só o irmão mais uma família inteira e a dor da morte da minha mãe, me veio a mente nesse momento.

— Calma... pai... calma. —Eu falava tentando manter a minha calma e angustia por vê-lo daquela forma.

—Como Charlie como? —Ele perguntava suplicando uma resposta sua voz agora adotara um tom desesperado.

— Foi um engavetamento, vários acidentes a algumas horas demorarão para localizar os familiares, e eles precisão de vocês, a garota esta viva, mais os médicos estão a operando, esta em estado grave, o policial que me localizou pediu urgência para doadores de  sangue parece que ela tem um tipo raro sanguíneo e esta precisando de muito, muito sangue, eles dizem que é um milagre estar viva.

—O Deus, me ajude tenho que ir, vamos garoto que esta esperando me ajudem vamos Rachel, faça as malas pode me ajudar Charlie? — O Hospital sabe o nome?

—Claro, estou aqui pra te buscar meu amigo, vamos chegar a tempo, eu garanto. —A voz dele era abatida parecia que tudo que disse sobre milagre de estar viva era pouco pra o caso dela, quase morta, sangue raro, essas coisas pareciam um apelo corra e salve, corra e salve, mais meu sangue não era útil, quem sabe Rachel ou Billy, ou outro alguém, mais sangue de lobo não ia ajudar quem sabe até a mataria.

E eles foram os quatro: Billy, Sue, Charlie, Rachel e ela nem se despediu do Paul. O viu de longe ele deve ter ouvido tudo e veio correndo. Acho que todos apareceram, e começaram a dar seus pêsames, eu posso dizer que senti mais não senti tanto assim, esse irmão do meu pai foi embora eu ainda usava fraldas e o vi umas duas vez depois disso, mais nada. Senti pelo velho ele era irmão dele eu também sofreria se perdesse um dos meus irmão e amigos, ficamos por umas duas horas, e pensei que poderia ir ver minha menininha, agora não tinha mais nada a fazer nessa casa era hora de ir. Ela devia estar se perguntado onde eu estava, volto logo e ligo pro velho e vejo como tudo esta e, amanhã é que estarão precisando de mim, preparativos fúnebres e etc.

—Jake... Onde vai? —Era Sam querendo saber, mais ele já sabia, já que era o único lugar obvio para me achar a casa dos sanguessugas. — Da um tempo! Tem que ficar pro caso do seu pai ligar, finja ao menos que se importa com eles! — finja — Ele enfatizou bem a palavra.

— Não posso ajudar em nada agora, Sam e vou voltar logo, aposto que eles nem chegaram ainda quando eu voltar. — Ele se virou e ouvi bufar, e dizer algo do tipo idiota, ou filho da ... Não ligo, eu me importo com minha família, só que não adianta nada ficar em casa e esperar, estarei aqui quando realmente precisarem de mim.

Vi a pequena ela se jogou nos meus braços e brincamos, mais eu estava com a cabeça na merda toda, pensando que devia ter ido mesmo junto com os outros, pelo menos estar do lado do velho e ver se pelo menos a garota sobrevive. Isso tava me deixando meio fora do ar, quando Edward quebrou o silencio e falou:

—Devia ter ido mesmo, sem me meter! — Com aquele ar dele de estou cheio de razão e você de remorso, sempre se intrometendo nos pensamentos, ninguém tem privacidade perto dele.

Tive que concordar, minha cabeça tava dando voltas, e voltas quando decidi ir embora entreguei a Nessie para a Bella e fui. — Depois volto Edward conta os detalhes. —Falei antes mesmo de ela me perguntar algo.

Voltei correndo pra casa, se fiquei mais de vinte minutos com Nessie foi muito, mais hoje meu velho precisa de mim. Esperar é algo tão agonizante.  Mais tenho meus irmãos e eles não falham, parece a porá de um casamento, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença e o resto todo, sempre unidos.

De Embry as meninas eles iam e viam como ondas, em algum momento esquecia que eles estavam comigo, e as horas voaram quando vi já era quase quatro da madrugada quando o telefone rompeu o silencio, em dois passos alcancei e atendi.

— Residência dos Black!

—Jake, é Rachel, estou ligando, — ela suspirou profundo — pra dizer que amanhã os corpos estão chegando a La Push, e a Ana ainda esta em cirurgia!

—As coisas não estão fáceis, ela foi esmagada, os médicos revezam, entram e saem, tem tanta gente aqui esperando por noticias que quando vem um boletim todos ficam aflitos e o papai ta toda a hora com o coração nas mãos, já tomou remédios e tem um medico de olho nele então não se preocupe com ele, não sei mais acho que ela não vai resistir — Silencio, ela estava chorando. —não é justo! —Não é justo! — Ela falava aos prantos repetidas vezes.

— Rachel... Estou aqui, ainda estou aqui, tenho certeza que vai dar tudo certo, se ela agüentou até agora ela vai conseguir. Estou vendo que ela é forte muito forte. Cuida do pai. Ok? Se precisarem de mim eu vou. Ok? E já resolveram o problema do sangue? - Você ou pai podem ajudar?

— Eles já colheram para teste, mais eles estão correndo atrás parece que eles já conseguiram duas bolsas mais ela precisa de mais, espere... Vou desligar agora parece que acabou o medico esta falando com o Charlie, e vou... Quero saber — Desligou e não se despediu tinha angustia nas palavras e confusão no final.

— Eeeee ... Jake o que esta acontecendo?- Seth fala atropelando as palavras pelo nervosismo ainda comigo estavam Seth e Paul.

 — Raquel me disse que parece que agora acabou mais ela desligou pra ver, o Billy ta sendo atendido por um medico, como foi um acidente grande tem muitas pessoas aguardando noticias e algumas estão muito abaladas como o Billy — então eles colocam um medico a disposição dos parentes. Rachel também não esta muito bem, chorou e esta bem nervosa com tantas pessoas feridas em volta e parentes aguardando por noticias.

—Eu poderia ter ido pelo menos eu estaria apoiando eles agora... —Paul com os braços cruzados no peito encostado na mesa da cozinha, se culpando por não ter ido como eu também estava me culpando, ficamos ali eu sentado e ele escorado em silencio. — Assim que Seth ouviu a noticia foi pra casa, Lembro que dormi eu não consegui, fechava meus olhos e via vermelho, as imagem do meu pai e de Rachel e eu tão preocupado comigo, que nem me toquei que eles precisavam de mim, mais do que imaginei, era horrível sentir que faltei com minha família, minha responsabilidade o que esse sentimento faz, essa imprint nos torna doentes, não me deixando ficar com meu velho, nem curtindo minha irmã, nem vigiando se Paul esta a respeitando, meu deveres de irmão  a quanto tempo não fico com eles tempo suficiente e sem discutir, desde que eu tive essa impressão impossível por uma meio humana meio vampira, vivo mais com eles meus inimigos do que com meus amigos, cumpro com meus deveres de lobo e esqueço o resto.

—Belo Filho, belo irmão, não mereço eles nenhum deles.

Preciso me policiar ficar mais por aqui, deixar essa de baba para o Quil, mais é difícil, quando o que se quer é estar com ela, ouvir sua voz, seu sorriso, fazê-la feliz ... Não vou pensar nisso agora, agora sou filho de Billy Black.

O Tempo voa... e eu apaguei no sofá.

— Toca telefone, toca, e toca logo antes que eu te quebre... —Ouvi ao longe Paul falando com o telefone, acordei com essa loucura dele.

—O que é isso? —Levantando do sofá, meu pescoço doendo pelo mau jeito, me espreguicei e fui até ele.

—Café?— Será que ainda tem alguma coisa pra comer ou você devorou tudo?

— A Emily trousse o café aproveite. OK! —Estava sério, e com os olhos fixos no telefone deve ter passado a noite ali aguardando noticias.

— Esse, silêncio me mata! Eles nem ligam nem nada esse suspense ta me deixando nervoso.

—Que horas são Paul?

— Acho quase nove da manhã!

O telefone tocou e nos olhamos ao mesmo tempo, e Paul atendeu o fone.

— Alô?

— Oi amor e quais são as noticias estamos todos esperando que tudo esteja começando a dar certo por ai, e o que os médicos dizem...  — putz. – sua voz era baixa e grave Paul com a mão na testa andando de um lado pro outro e ouvindo tudo que Rachel falava— Vou, vou falar pra ele agora — essa conversa durou uns quinze minutos —Sim, sim a todos os outros. —Estamos aguardando por boas noticias, sabe também estão todos aqui.

— Quando você volta? Ok! Se cuida! Vê se come alguma coisa! —beijo — Eu também. —Ele desligou o telefone e sentou.

— A situação é a seguinte, os médicos dizem que ela tem 1% de chance de escapar, esta com hemorragia interna, teve o rim direito esmagado e o baço rompido e o pior de tudo teve traumatismo craniano e esta em coma, com um coagulo piorando tudo, os médicos tiveram que pedir autorização pro Billy pra continuar por que eles tinham que fazer uma escolha tipo operavam o corpo ou o cérebro e o dois são urgentes mais ela não estava agüentando mais!

— Teve duas paradas cardíacas, perdendo sangue com a hemorragia, ela disse que o estado é muito grave, Rachel a viu ontem disse que a garota ta no CTI, deixaram eles a ver por alguns minutos, ela disse que nunca viu algo assim, ela disse que agente senti dor só de ver ela respirar, o braço direito ta todo cheio de ferros para segurar de tão quebrado, ela tem cortes nas costas que pegaram 30 pontos, no tornozelo tem ataduras por enquanto vão colocar gesso se ela resistir dois dias, mais o rosto tem só alguns pequenos corte, ta nos aparelhos, ta cheia de tubos, sangue, soro, plasma, e outros medicamentos, as bolsas de sangue são trocadas de meia em meia hora, que ela ta muito pálida, os médicos ficaram só com ela doze horas na cirurgia para estabilizar!

— Rachel me falou que se a visse... — e por fim ele se calou, sofrendo junto com minha irmã. —Mesmo inconsciente ela ainda geme de dor. — Cara é triste... — Vi seus olhos marejarem com lagrimas sua voz falhar e no fim limpou a garganta e desviou o olhar pra qualquer lugar fora daquela casa.

— Quando os corpos chegam precisamos fazer tudo, organizar, eu não sei como fazer?! — Tentei afastar a agonia se formando no peito e o bolo na garganta, ocupar  a cabeça como outra coisa ajuda.

— O Billy e o Charlie estão trazendo eles, Billy ta mau —cara — a Rachel disse que ele chorou tanto quando viu a Ana, e ele disse que tem fé que ela vai viver, ele acredita nisso e é o que ta deixando ele em pé.

— Rachel disse que ele tava com ela agora para se despedir elas vão ficar no hospital, pra ter alguém lá pro caso de precisarem de alguém pra assinar algumas coisas, os médicos estão esperando pra ver se ela reage melhor hoje, e se tudo correr bem vão fazer a cirurgia pra remover o coagulo amanhã.

— Sabe Jake eu pensei que não ia passar por algo assim, sabe nem conheço essa garota mais eu não consigo deixar de pensar no que ela esta passando, sabe podia ser nossa irmã essas coisas. E quando ela acordar, como vai ser quem vai contar pra ela que os pais dela morreram! Que ela agora esta só! Sei lá só to pensando!

— Ela não esta só Paul! Ela ganhou outra família, por que acho que não é só você que ta pensando assim, o Billy deve já ta planejando trazer ela pra casa, e ai já sabemos que todos vamos acabar ficando amigos, vou ganhar mais uma irmã. Mais alguém com um grande problema e nessas horas é que nós sabemos ser leais. Ok! — Ele concordou com um aceno de cabeça e ao me voltar para a porta da frente ali estavam nossos irmãos solidários a nossa família. Todos sem exceção.

Estou ficando muito sentimental, acho que to ficando velho, me comovendo, quase chorei vendo o Paul falar, mais não é hora de ser fraco, nunca fui nem quando Bella me fez desejar morrer quando ela estava morrendo.

Por volta das seis da tarde eles chegaram meu velho ta tão pra baixo, to preocupado com ele.

— Oi pai, como esta? – Quer descansar um pouco antes do funeral.

— Estou precisando mesmo descansar mais não conseguiria, filho não conseguiria, eu estou aqui mais com minha cabeça no hospital na sua prima, ela esta tão frágil, tão, tão. — E ele começou a chorar, colocando a mão tremula cobrindo os olhos sua respiração estava agonizada, e era impossível ver ele nesse estado sem sentir um nó na garganta. Coloquei minha mão sobre seu ombro e me agachei em frete a sua cadeira.

— Estou aqui meu pai, vamos conseguir, sabe que vamos ter força, somos os Black! E ela também é, e vai sair dessa.

— Filho não entende o que estou sentindo, ela é como você ou Rachel ou Rebeca, eu a vi nascer, a segurei no colo, você não se lembrar mais ela vinha sempre aqui pra me ver, me ligando, mandando suas cartas e contando tudo que acontecia em sua vida, essa criança é tão filha minha quanto do meu irmão, se ele não vinha nos visitar ela sempre me escrevia contando do pai e do quanto ele sentia falta, foi ela que nos aproximou novamente, quem nos fez dar as mãos depois que ele virou as costas pra tribo e foi embora com sua mulher branca por que ela não se sentia à-vontade entre nós, e quando ela nasceu ele veio me buscar para ver minha sobrinha, a minha sobrinha branquinha.

— E agora ela esta morrendo, essas coisas não deviam acontecer, enterrar jovens, isso não devia ser assim, não viveu nada, uma boa filha, dedicada, estudiosa, Peter me dizia que se existisse filha igual no mundo, poderiam entender o que ele tinha em casa, mais eu sei, e é doloroso enterrar meu irmão e sua mulher, e daqui apouco vou enterrar a filha deles. E assim estamos acabando de enterrar uma família inteira. Minha família Jake. Entendi o que estou sentindo estou enterrando um pouco de mim!

— Sabe quando a Ana nasceu ele me disse é uma menina, que por ela ser filha de uma mulher que não pertencia a nossa tribo e por ser menina isso lhe dava certeza que estava livre, que libertou seus descendentes. Ele tinha outra visão de nossas lendas que pra ele eram reais, ele dizia que não ia dar aos filhos dele uma maldição como herança, e assim ele causou muitos problemas para a tribo, se negando a fazer seu papel diante ao conselho. Bom ele não via justiça em uns terem que se sacrificarem tanto quando se todos estivéssemos unidos poderíamos vencer do mesmo jeito.

— Meu irmão cabeça dura, enquanto eu pensava nas batalhas ele pensava em evitá-las. Um diferente do outro. Ele não aceitou quando o conselho ágio e exigiu que ele voltasse a razão e terminasse o namoro com a garota e ele se impôs casando com ela, e quando todos a olhavam de canto ela exigiu que fossem embora ou ela ia sem ele da mesma forma, não suportava mais todos fomos cruéis com os dois, esperando que ele a abandonasse e voltasse a respeitar as tradições, que nos mantinha vivendo em ciclo fechado.

Todos ouvíamos uma historia enterrada e guardada por uns bons vinte anos, coisas do conselho, impor sua vontade e típico de um Black não se rebaixar. Os enterramos ambos como membros da tribo, esquecendo tudo que foi dito ou discutido, ou vivido agora não era mais hora de relembrar antigas desavenças a chuva daquela tarde lavou todos os pecados que atormentavam meu pai.

Mas alguns dias passaram e tudo continuou na mesma, o Billy vinha para casa e Rachel ia para o hospital, revezando com Sue de vez em quando, eu voltei as minhas visitas aos Cullens, e se passou um mês depois do acidente. Quando Billy pediu para os médicos se poderia transferir minha prima pra o hospital de Forks, mais próximo da família, e seu pedido foi aceito e não demorou muito para todos estarem indo e vindo em visitas a mais nova integrante da família, eu ainda estava evitando ir no hospital por que eu sabia que nada adiantava já que ela estava em coma. Até que Seth com seus comentários junto com Collin e Brady me fizeram repensar.

 

CONTINUA...

 


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Notas finais do capítulo

Um trecho do 1 capitulo...
Espero que gostem dessa historia.

Beijos