E se Fosse Diferente? escrita por Rosalie_McCarty, Hayley_Voorhees


Capítulo 3
Irrelevant


Notas iniciais do capítulo

Antes de postar quero agradecer de verdade à todos que me mandaram reviews, não sabem como eu adoro respondê-las!

Postando esse capítulo, eu vou estar igualando a sequência de postagens - no FFnet só foi postado até esse.

Estou com um enormeee problema para postar lá (talvez algo errado com o pc que eu estou usando), por isso o capítulo quatro que já está pronto(!) vai ser postado aqui o mais rápido possível o/

Esse capítulo é completamente narrado pelo Kaname!



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Vampire Knight - And if it were different?

 

Capítulo 3

 

Irrelevant

 

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Kuran Kaname

 

Cruzei os braços olhando descrente para meus pais, Cross Kaien me encarava ansioso e eu estava definitivamente irritado. Só podia ser brincadeira, eles não podiam estar falando sério sobre nos mandar para um colégio interno com humanos.

 

- Vocês têm noção de como seria complicado cuidar de tudo? São muitos alunos e eu ainda teria que cuidar da Yuuki o tempo todo. – disse sério me recostando na poltrona, nem mesmo eu tinha saco pra isso, não a Yuuki, o colégio. – E, além disso, sabem que minha atenção estará totalmente voltada para ela.

 

É claro que eles sabiam, num lugar cheio de nobres e humanos eu não conseguiria ficar um minuto afastado da minha irmãzinha, mesmo que, basicamente, ela esteja segura naquele lugar... Pelo menos na imaginação fértil do Cross-san.

 

- Kaname, pense bem. É uma oportunidade única! – me virei para o meu pai de má vontade. Droga, porque a Yuuki tinha que ter os olhos tão parecidos com os dele? – Sempre foi a nossa maior vontade ver você e a Yuuki-chan agindo como crianças normais, sem a pressão de ser um Kuran. Além do mais, vocês só vão daqui à alguns anos, quando a Yuuki estiver com 14.

 

Olhei pensativo para o projeto de construção, o dormitório dos humanos era consideravelmente menor que o nosso por motivos óbvios (Nenhum dos nobres iria querer morar em algum lugar menos luxuoso que suas casas).

 

Que coisa mais criativa, nosso dormitório é chamado de 'dormitório da Lua'. A sala de estar era bem espaçosa, com grandes sofás espalhados, lustres de diamantes, televisões de plasma... Os quartos eram bem grandes, com camas King Size e um monte de parafernália distrativa.

 

- Bom, minha opinião realmente não vai valer nada no final. – murmurei deixando o projeto em cima da mesa de centro e encarando os três que me olhavam curiosos. – Yuuki com certeza vai querer ir quando falarmos com ela. – dei de ombros. – mas só vou aceitar com algumas condições.

 

- Pode dizer, Kaname-kun. – dei uma risada, Cross-san estava ajoelhado na minha frente segurando um bloquinho e uma caneta, atento aos meus pedidos. Se eu não conhecesse, jamais acreditaria que uma figura assim existisse.

 

- Primeiro, ao invés de fazer um quarto pra mim e outro para a Yuuki, é preferível juntar os dois e fazer um quarto maior que dos outros. – ele assentiu fazendo suas anotações. – Segundo, quero uma banheira de hidromassagem, um closet do tamanho que temos aqui em casa e passe livre para não assistirmos aula quando não quisermos. – hesitante ele concordou e eu deixei escapar uma risadinha ao ver a face falsamente indignada da minha mãe. – Terceiro, quero que o contato entre humanos e vampiros seja restringido ao máximo. – olhei seriamente para ele. – Não vou poder tomar conta de tudo o tempo todo, minha irmã é prioridade para mim.

 

- Claro, seus pedidos serão atendidos, Kaname-kun. – ele saltitou alegremente de volta para seu lugar segurando a mão da minha mãe. – Juuri-san, tenho que ir agora. Vou tornar o colégio um ambiente perfeito para seus lindos filhos.

 

- Agradeço, Kaien. – ela sorriu levantando-se e lhe dando um abraço. – Confio em você para cuidar dos nossos pequenos, não é, Haruka?

 

- Com certeza, nossos filhos estarão em boas mãos lá. – papai apertou a mão do loiro maluco com uma força controlada, guiando-o para a porta em seguida.

 

Esperei até não ouvir mais a voz do Cross-san e, então, me levantei preguiçosamente. Ainda não conseguia acreditar que eles me acordaram no meio do dia para falar isso, porque raios não esperam até a noite?

 

"Não seja tolinho, Kaname. Eles queriam te pegar grogue pra não fazer objeções."

 

Dei uma risada.

 

- Se não se importa, Okaa-sama, vou voltar para cama. Yuuki vai sentir minha falta se eu demorar muito. – disse de forma suave caminhando para fora da sala.

 

- Kaname. – suspirei me virando de frente para ela que se encontrava de pé atrás de mim. Tirei a mão da maçaneta e esperei que ela continuasse. – Poderia falar com você por um instante?

 

- Claro, vamos lá pra baixo. – falei num to neutro recebendo um aceno positivo dela enquanto seguíamos para a sala sem janelas onde a Yuuki ficava antigamente.

 

xVxKx

 

Sentei no sofá enquanto minha mãe fechava a porta, eu sabia do que ela queria falar. Foi à três dias atrás, Yuuki tinha acordado assustada e com a garganta ardendo – de acordo com as próprias palavras dela. Levei um susto quando ela entrou no meu quarto e se jogou em cima de mim quase arrancando minha camisa.

 

Certo, eu quase perdi a razão, mas tinha tudo sob controle quando minha mãe entrou no quarto... Certamente ela não teve a mesma impressão.

 

- Querido, eu estou preocupada. Sabe, eu sei que vocês estão crescendo e que isso é inevitável, mas... – só pelas bochechas coradas dela eu tinha certeza de que ela estava falando mesmo daquele dia.

 

- Okaa-sama, – eu a enterrompi. – eu sei sobre o que você quer falar e respeito o cuidado que você está tendo com a sua filha, mas nunca duvide que eu vou protegê-la de tudo, sempre. Até de mim mesmo. – disse suavemente. – Não sou uma criança apesar de você me tratar como tal.

 

- Eu sei, Kaname. Jamais duvidei disso, querido. – olhei para ela tentando entender qual era o ponto. – Você não sabe como é... Eu vi o desejo que ela, inconscientemente, sente por você... Quase posso senti-lo se esfregando na minha pele como lava derretida...

 

- Sinceramente, não estou entendendo aonde quer chegar. – apoiei meu cotovelo no braço do sofá escorando minha cabeça, eu estava cansado de verdade.

 

- Filho. – ela agachou na minha frente com as mãos no meu rosto. – não importa pra mim ou seu pai que você seja o antepassado do nosso clã, você é o nosso filho e irmão da nossa preciosa princesa gentil. Sua mente já passou pela infância à muito tempo e eu sei como é difícil se controlar e não fazer amor com quem amamos.

 

- Não é o sexo, Okaa-sama. Meu relacionamento com a Yuuki vai muito além disso e você sabe. – dei um sorriso cansado olhando pra um quadro onde eu carregava minha irmãzinha nas costas e ela me abraçava pelo pescoço sorrindo largamente. – Desde o momento em que eu a vi, sabia que ela era meu destino e invejei o verdadeiro dono deste corpo por ter nascido irmão dela.

 

- Hey, você é o irmão dela mais do que qualquer um no mundo! Você a ama e vai sempre amá-la como ninguém e ela vai retribuir esse amor com a mesma intensidade. Só não siga os passos do Rido, não transforme todo esse lindo amor numa obsessão doentia. – finamente eu entendi aonde ela queria chegar.

 

- Rido te amava como eu amo a Yuuki? – perguntei suavemente.

 

- Sim... Eu vejo o mesmo brilho em seus olhos que via nos dele. Não quero que aconteça novamente... – suspirei abraçando-a e deixando que ela chorasse no meu ombro como nunca se permitiu chorar nesses três mil anos de existência.

 

Me separei dela fazendo um pequeno aceno para a porta onde Yuuki apareceu coçando um dos olhos com seus longos cabelos castanhos um pouco bagunçados balançando em volta dela.

 

Quando me viu, um sorriso luminoso se espalhou pelo seu rosto e logo senti seus braços pequenos e quentes apertando-me contra si.

 

- Onii-sama... Porque não voltou para a cama? Fiquei esperando o maior tempão. – tive que rir do seu resmungo rouco e preguiçoso.

 

- Desculpe, Okaa-sama queria conversar comigo. – olhei para Juuri que devolveu meu olhar com compreensão. – Já que estamos aqui, o seu aniversário de 6 anos está chegando, Yuuki. Que tal irmos à cidade comprar alguns presentes?

 

- Sério? Isso seria demais! – afundei meu rosto na base de seu pescoço e fechei meus olhos sentindo o doce cheiro que ela exalava. Murmurei um "Vamos dormir" antes de pegá-la no colo e sair daquela sala claustrofóbica.

 

xVxKx

 

Yuuki me acordou mais tarde, eram quase 20:00pm e o céu se encontrava escuro. Dei um gemido derrotado levantando da cama e indo tomar um banho quente de banheira.

 

Ela vestia um curto vestido tomara-que-caia azul-marinho, seus longos fios castanhos estavam soltos, com sua franja presa por uma tiara de safiras. Um sapato preto como o de uma boneca cobria seus pequenos pés e suas mãos estavam cobertas até os cotovelos por luvas brancas.

 

- Algum motivo especial para eu ter sido acordado? – perguntei divertido vendo Yuuki andar de um lado para o outro na sala.

 

- Bom, meu aniversário de casamento com a Juuri também está chegando e, como estaremos bem ocupados por um tempo, achamos que seria divertido comprar os presentes hoje. – olhei para o Haruka que estava confortavelmente encostado na parede ao meu lado. – E nós temos que comprar um presente de noivado para vocês.

 

- Noivado? – Yuuki pulou no meu colo passando o olhar de mim para meu pai, seus olhos brilhavam de felicidade. – Quando vai ser nossa festa de noivado, Onii-sama?

 

- Hum... Creio que daqui a um mês e meio, quero que seja bem próximo ao seu aniversário. Uma única festa enorme, o que acha? – perguntei balançando-a suavemente enquanto cantarolava uma canção qualquer.

 

- Mon amours, vamos indo? – assentimos para Juuri que apareceu na porta com um largo sorriso.

 

xVxKx

 

A conversa que eu tive mais cedo com a minha mãe pareceu ter tirado um grande peso sãs costas dela, isso era visível enquanto ela deslizava pelas ruas da cidade de mãos dadas com a Yuuki.

 

Eu e meu pai aproveitamos a distração delas para comprar nossos presentes, eu achei um lindo anel de noivado cravejado de diamantes rosados. Combinava tanto com ela que valia cada centavo dos 3,5 milhões de euros.

 

Coloquei o presente numa caixinha de veludo preta, guardando no meu bolso antes que ela pudesse perceber. Meu pai comprou um belo colar que combinava com o vestido vermelho-sangue que a minha mãe escolheu para usar na minha festa de noivado.

 

Era incômodo ver todos nos olhando enquanto passávamos, ainda mais o olhar de cobiça destinado a nossas acompanhantes – mesmo que a minha tivesse apenas 5 anos –, que pareciam alheias a isso.

 

Fiquei pensando na conversa que tive com a Juuri, será que o meu rosto me entregava tanto aquele dia? Será que eu era tão doentiamente apaixonado pela minha pequena que enlouqueceria se ela não me quisesse mais?

 

... Talvez...

 

Mas de uma coisa eu tinha certeza, jamais poderia matá-la para não vê-la com outro, isso me mataria. Além do mais, Yuuki é o meu mundo e uma pessoa com ao menos um fio de sanidade nunca poderia destruir o próprio mundo.

 

Isso era irrelevante.


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Notas finais do capítulo

Espero que o capítulo tenha agradado! Sei que ele ficou pequeno mas eles já estão quase indo para a Academia Cross.

Queria passar um pouco do amor que o Kaname sente pela Yuuki, já que a maioria das pessoas ache-o meio insensivel. Ele a ama, isso é um fato. Só que o amor que ele sente por ela, as pessoas não conseguem compreender.

O próximo capítulo é o noivado deles e uma visita não-tão-agradável aparecerá!

Sabe quem é?

Um dica: Eles são conhecidos como os gêmeos amaldiçoados