E se Fosse Diferente? escrita por Rosalie_McCarty, Hayley_Voorhees


Capítulo 2
Uncle


Notas iniciais do capítulo

Antes de postar o próximo capítulo quero agradecer à todos que me mandaram reviews!

Sei que é um saco ficar esperando novas atualizações, mas espero que tenham paciência comigo. Juro que estou fazendo o máximo para ser rápida e completa, só que o Notebook que eu estou usando é do meu irmão... A gente quase se bate pra usar.

Novo capítulo fresquinho.

N/A: hoje finalmente tio Rido-gostoso-sexy-tudo-de-bom morre! Hehehe.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/81566/chapter/2

.

 

Vampire Knight - And if it were different?

 

- Capítulo 2

 

Uncle

 

.

 

Yuuki abriu os olhos fitando o teto - praticamente invisível aos olhos humanos – com seus sensíveis olhos de vampiro. As pesadas cortinas cobriam o sol que devia estar brilhando gloriosamente do lado de fora Permitiu-se dar um suspiro, queria poder saber como é o mundo do lado de fora mais do que tudo...

 

Um olhar para o lado a fez discordar de si mesma, Kaname era tudo o que ela mais iria querer eternamente.

 

Sua expressão endureceu quando o motivo de seus pesadelos encheu sua mente, ela jamais conseguiria se esquecer daqueles olhos: um vermelho e outro azul brilhando de expectativa como uma criança que fez ou iria fazer uma travessura.

 

O seu corpo estremeceu antes que ela pudesse controlar e no instante seguinte sentiu um aperto de ferro em sua cintura, seu corpo se encheu de deleite ao fitar os olhos castanho-avermelhados de seu irmão mais velho. Virou seu corpo de frente para ele lentamente acariciando seu rosto macio perdida em seus pensamentos.

 

- Qual é o problema, Yuuki? – saiu de seus devaneios e encontrou os olhos quentes e preocupados dele. – O que foi que aconteceu?

 

- Eu tive um pesadelo... – murmurou se aconchegando no peito dele, mesmo sabendo que tinha um lindo sol lá fora, o inverno ainda dava os sinais de sua presença deixando o quarto gelado. – Não sei porque sempre sonho com uma pessoa assustadora, parece um homem... Ele me encara como se estivesse com fome e seus olhos brilham de forma cruel, um olho é vermelho e o outro é azul. – franziu o cenho tentando se recordar se já conhecia aquela pessoa.

 

Sentiu o corpo de Kaname se enrijecer um pouco, já ia lhe perguntar qual é o problema quando sentiu o corpo dele a abraçar mais forte deixando-o quase em cima dela. Ergueu a cabeça para fitá-lo e corou furiosamente ao se ver muito próxima dos lábios dele. Deus, ela queria prová-los novamente.

 

- Nunca vou deixar que ele chegue perto de você. – murmurou cada palavra tão lentamente que Yuuki quase colocou a língua pra fora para sentir o gosto.

 

- Onii-sama eu... Eu... Você pode... – balbuciou corada, como poderia perguntar isso pra ele? Quer dizer, ele disse que quando ela quisesse era só pedir mas... Na hora ela não imaginou-se pedindo isso pra ele.

 

- Eu me perguntou quando você vai começar a se acostumar com isso. – ele balançou a cabeça dando um sorriso divertido. – Não é errado ou imoral, meu amor. É só uma demonstração de carinho entre pessoas que se amam. – acariciou a nuca dela suavemente com a ponta dos dedos. – Se ficar envergonhada de pedir, é só me beijar.

 

Yuuki sorriu envergonhada apoiando-se nos cotovelos e fechando os olhos para tocar os lábios avermelhados dele com os seus. A mão dele que acariciava seu pescoço puxou-a mais para perto e no instante seguinte a língua dele acariciava o lábio inferior dela explorando sua pequena boca, esfregando-se nos pequenos caninos.

 

Com o rosto corado ela deixou seu corpo cair no colchão macio correndo os dedos pelos macios e lisos fios castanhos dele. Se separaram ofegantes, Yuuki tinha os lábios inchados e Kaname lutava internamente com a vontade de afundar seus caninos no fino pescoço de sua irmã.

 

Deus sabe como ele sabia o que poderia acontecer se ele não parasse por ali mesmo. De qualquer forma perguntaria para seus pais quando... Poderia 'ensinar' Yuuki coisas bem mais... Legais que um simples beijo.

 

Balançou a cabeça.

 

- Acho melhor irmos dormir. – murmurou com a voz rouca recebendo um pequeno aceno dela que abraçou-o pelo pescoço dando-lhe um pequeno selinho e acariciando o lábio inferior dele com sua língua. – Você brinca com meu autocontrole. – gemeu derrotado enquanto Yuuki ria aconchegando-se nele.

 

xVxKx

 

As notas suaves do piano ecoavam pelo cômodo sem janelas onde Yuuki ficava quase 24 horas por dia, exceto quando dormia com Kaname no quarto dele. Juuri escorava-se no peito de Haruka com os olhos fechados e Kaname sorria para sua irmãzinha orgulhoso, ela havia aprendido a tocar maravilhosamente bem.

 

Suas pequenas mãos deslizavam enquanto ela mantinha os olhos fechados, era a primeira vez que ela tocava para seus pais desde que Kaname havia ensinado-a a tocar. Ela estava envergonhada. A música que tocava era especial para ela, uma música que ela havia composto para Kaname, nela a pequena expressava todo o amor que sentia pelo irmão. Era um sentimento quase palpável de tão intenso.

 

- Maravilhoso, Yuuki-chan. – assim que a música acabou, ela foi envolvida pelos finos porém fortes braços de sua mãe. – Vamos comprar outro piano para ouvi-la tocar junto com Kaname-kun. – os cheirosos cabelos ruivos de Juuri acariciavam o rosto de Yuuki fazendo seu sorriso aumentar.

 

- Com certeza será memorável. – Haruka concordou piscando para a filha. – Estou impressionado, Yuuki-chan. Demorei um ano para poder tocar uma música sem me perder e você, com apenas alguns dias, toca sem nada. – ela corou com o elogio do pai, será que ele tinha idéia de como era bonito? Claro que tinha! Não que ela estivesse interessada amorosamente por ele, mas era impossível negar sua beleza, tal como era impossível negar a de Kaname.

 

Assim que Juuri soltou-a, Yuuki correu até seu irmão, que a esperava de braços abertos, pulando em seu colo quente e aconchegante.

 

- Eu estava pensando enquanto eu tocava... – ela murmurou depois que todos se sentaram nos sofás, ela se lembrou de todos os momentos que teve com Kaname e por algum acaso ela começou a se perguntar uma coisa. – Como é o Takuma-kun, Onii-sama? Você sempre fala dele com tanto carinho... Gostaria de conhecê-lo. – a pergunta com certeza o pegou de surpresa.

 

- Bom... – ele disse pensativo tocando os lábios na testa dela distraído. – Ele é loiro, tem olhos verdes... É meu melhor amigo, você sabe e gosta muito de mangás.

 

- Mangás? – ela riu escorando-se no peito dele. – Acho que nunca conseguiria imaginar um vampiro Otaku. – admitiu.

 

- Pois acredite. – Kaname suspirou escovando os longos cabelos castanhos dela com o dedo. – Vocês se dariam bem, ele é como você... Um vampiro com um caloroso sorriso gentil. Ninguém jamais saberia como é poderoso até o atiçar.

 

Um arrepio cruzou o corpo de Yuuki, os olhos de cores diferentes apareceram em sua mente e ao ver o olhar que seus pais e seu irmão trocavam, ela sabia que algo estava errado. Eles estavam rígidos demais.

 

- Kaname... Por favor cuide da Yuuki. Voltaremos logo. – Haruka falou para o filho mais velho enquanto se levantava com Juuri. Yuuki agarrou a camisa dele com força, olhando para os olhos quentes do pai de forma chorosa.

 

- Não vá... O que está lá fora é o que me visita nos sonhos, não é? É com o que está lá na neve que eu tenho pesadelos. – sua voz não passava de um sussurro doloroso. – Aquela pessoa com um olho vermelho e outro azul. – seu corpo estremeceu.

 

- Meu amor, eu te amo de todo o coração. – ele a abraçou, permitindo que ela chorasse em seu ombro. – Nunca se esqueça que eu te amo, entendeu? Nunca se esqueça que eu faria qualquer coisa por você.

 

- Também te amo, Otoo-sama. – sussurrou enquanto ele se afastava e sua mãe a abraçava apertado. – Não me abandona, Okaa-sama.

 

- Vou estar sempre com você, Yuuki-chan. – Juuri deu um beijo no rosto dela. – Seja uma boa menina e se comporte, ouviu?

 

E então eles saíram de seu campo de visão.

 

xVxKx

 

Do lado de fora, na nevasca, Kuran Rido – membro exilado do clã mais poderoso de puro-sangues da história -, olhava a mansão dos Kurans com um brilho de expectativa nos olhos e os lábios curvados num sorriso cruel.

 

- Então é mesmo verdade, Onii-sama. – o tom frio de Haruka era totalmente diferente do amável que ele usava com Yuuki. – Achei que estivesse sob os cuidados do conselho, bem longe de nós.

 

- Estou emocionado com a recepção calorosa. Mas tenho que dizer que estou decepcionado. – Rido fez uma expressão falsamente indignada. – Como puderam esconder minha linda sobrinha de mim?

 

- Seu maldito! – Juuri vociferou dando um passo para frente. – Você não vai tomar outro filho meu! Não vou deixar que toque na Yuuki!

 

- Yuuki? – o rosto dele estava brilhante de satisfação. – Lindo nome, mau posso esperar para devorá-la inteira. – gemeu fechando os olhos como se pudesse sentir o gosto dela em seus lábios.

 

Um rosnado horripilante escapou de Juuri e Haruka, ele deu um passo para frente olhando de forma significativa para a esposa que assentiu voltando para a mansão.

 

xVxKx

 

- Okaa-sama! – Yuuki abraçou a mãe aliviada. – Cadê o Otoo-sama? Ele está com aquela coisa assustadora? – encarou Juuri sem entender quando ela soltou seus pequenos braços de sua cintura.

 

- Kaname... – a ruiva se aproximou par beijar o rosto do filho mais velho com carinho. – Você sempre foi um ótimo filho, deixo a Yuuki sob seus cuidados. – ele arfou com a frase dela.

 

- Okaa-sama, onde vamos? Porque o Onii-sama não está vindo com a gente? – a pequena lutou desesperada contra sua mãe que a arrastava para uma porta. Esticou o braço na direção de Kaname chamando por ele em desespero. Porque ele não se virava? – Onii-sama! Kaname Onii-sama!

 

Ele não se virou e a porta fechou num baque seco.

 

- Desculpe, meu amor. – ela não pode ouvir o murmurou dele enquanto seguia para fora da sala. Ele se permitiu suspirar pesadamente, detestava ter que ignorar um chamado de sua irmã por causa daquela pessoa.

 

Juuri colocou Yuuki prensada contra a parede e começou a fazer uma espécie de ritual, a pequena não sabia se desconhecia ou estava tão nervosa que não conseguia se concentrar o suficiente para reconhecer.

 

- Quando eu terminar este ritual, todos os seus sentidos de vampira estarão adormecidos. – os olhos dela se arregalaram em pavor enquanto negava veemente com a cabeça. – Da próxima vez que você abrir os olhos será apenas uma humana.

 

- Não! – Yuuki gritou tão alto que Juuri se assustou. – Eu não quero ser humana! Não quero esquecer... Não importa se eu vou ter pesadelos eternamente desde que o Onii-sama, você e o Otoo-sama estejam comigo... – ela ergueu seus olhos marejados agarrando o branco vestido de sua mãe. – Por favor, não me deixe sozinha... Eu... Eu sei que vocês ainda tem que ficar me protegendo mais eu prometo que se você ficar comigo... Eu vou ser boazinha... Eu vou aprender a me proteger... Ai eu não vou ter que ficar aqui... A gente vai poder ser uma família de verdade...

 

A ruiva apertou-a em seus braços, uma fina e solitária lágrima escorreu pelo rosto aristocrata. E, então, Yuuki pegou a mão de sua mãe correndo para fora da mansão. Era hora de enfrentar seu pesadelo.

 

xVxKx

 

Uma nuvem de poeira se misturou com a neve assim que o braço de Haruka destruiu mais um dos servos de Rido. Ele bateu as mãos no casaco coberto de areia, ou algo parecido, que havia se fixado graças a umidade causada pela neve.

 

- Porque simplesmente não me entrega a criança? Sabe que isso é perda de tempo, eu vou encontrá-la mais cedo ou mais tarde e cravar meus dentes nela. – ele gemeu deliciado. – Tudo porque você e a Juuri resolveram brincar de casinha junto com o Kaname e se tornaram quase humanos. – disse a ultima palavra com desprezo. – Consegue ver? – apontou para a pequena cicatriz em seu estômago onde a poucos instantes se encontrava um buraco. – Mesmo para proteger sua preciosa filha você não consegue me matar.

 

- Então eu terei o cuidado de acertar sua cabeça da próxima vez. – Haruka disse pegando um dos servos de seu irmão e transformando-o num monstro de dentes enormes. – Vá e mate seu mestre!

 

A criatura grudou na cabeça de Rido que não parou de sorrir por um instante, nem parecia sentir os grossos dentes daquela coisa em sua cabeça, furando seu cérebro. Num único movimento, Rido destruiu o monstro que mordia sua cabeça e lançou uma espada de caçadores na direção do irmão mais novo. Ah, o sabor da expectativa.

 

- Haruka! – o grito de Kaname acordou o pai do que quer que ele estivesse pensando naquele momento e no último instante ele desviou, a espada cravada bem ao seu lado. – Seu maldito, cometi um imenso erro de cálculo por deixar você vivo. – disse com desprezo pegando a espada de caçadores. – Eu gostaria de fazer isso bem lentamente mas, pela Yuuki, vou matá-lo bem rápido.

 

- Mesmo? – Rido deu uma risada. – Como ousa falar assim com seu tio, Kaname? Será que brincar de casinha com a Yuuki-chan subiu à sua cabeça? – o sorriso de arrogante aumentou ao ouvir o rosnado do outro.

 

- Não repita o nome dela com sua boca imunda. – ele avançou lentamente ficando de frente para o tio. – Haruka já perfurou sua cabeça, eu só preciso cravar essa espada ali para você não mais ser capaz de se curar.

 

Ele avançou rapidamente em direção ao tio desviando dos servos que se atiravam em sua frente, deixando-os por conta de seu pai. Quando a espada estava quase cravada no machucado, os braços de Kaname pararam de se mexer como se cordas o segurassem.

 

- A vida é realmente muito interessante, não? – Rido sussurrou próximo ao ouvido do sobrinho. – Você nunca vai poder me matar, Kaname. Porque eu sou o mestre que te despertou do seu sono e permitiu que você pudesse brincar um pouco com a filha dos meus queridos irmãos.

 

- Então eu posso despedaçar seu corpo e quando você se recuperar, eu já vou ter arrumado um jeito de matar você definitivamente. – sua mão se levantou com a palma na direção do tio mas quando ele ia lançar seu poder nele, o grito de Yuuki o congelou, pior e mais forte do que as cordas que o prendiam ao Rido.

 

- Yuuki. – os olhos de Rido brilhavam como uma criança travessa e um sorriso verdadeiramente feliz se desenhou em seu rosto ao ver Yuuki estancar no lugar onde estava e encará-lo com medo e curiosidade ao mesmo tempo. – Você é igualzinha à Juuri quando tinha sua idade... Tão linda... Mas... Se cabelo é como o do seu pai... – ela podia dizer com certeza que ele era no mínimo louco.

 

Haruka e Kaname bloquearam sua visão, ambos com os olhos rubros esperando um movimento em falso para atacarem o outro que nem parecia notá-los. Vários servos se amontoaram em cima de Haruka e eles pareciam aparecer cada vez mais como formigas, Kaname foi ajudá-lo confiante de que Juuri conseguiria segurar o irmão por alguns intantes, o suficiente para ele poder entrar na frente de Yuuki.

 

- O que quer comigo? Porque fica olhando pra mim assim? O que você quer? – nem mesmo ela sabia de onde tinha tirado a coragem para enfrentá-lo assim, ela só sabia que não agüentava mais aquilo. Iria enlouquecer.

 

- Que lindo a princesinha dos puro-sangue é tão feroz. – a voz dele esbanjava deleite. – Não sabe como me deixa feliz saber que eu tenho um lugar reservado em seus sonhos. – ele sorriu.

 

Num flash ele estava de frente para ela segurando seu rosto com firmeza. Seu punho foi até sua boca enchendo-a com sangue fresco e no instante seguinte ele colou seus lábios com os dela, apenas um pequeno selinho para obrigá-la a beber seu sangue. Kaname avançou furiosamente sobre ele, Juuri matava os servos que apareciam pela floresta, eles eram intermináveis.

 

Rido segurou Yuuki com força pelo pescoço, ela lutava furiosamente mas era apenas um filhotinho comparada a ele. Olhou para Kaname que matava os vampiros que tentavam impedi-lo de se aproximar de seu mestre, ele estava de mãos atadas. Se atacasse Rido, certaria Yuuki. O que se pode fazer num momento desses?

 

- Vamos, me mostre seus olhos vermelhos brilhando de desejo... – ele sussurrou próximo ao ouvido da pequena que tinha os olhos vermelhos e vidrados em algo distante. – Você deseja meu sangue pequena? Quer meu sangue?

 

- Kaname... – ela sussurrou empurrando o tio para o lado e caindo no chão, sua garganta ardia mas ela não sentia vontade de lamber o sangue que Rido a oferecia, ela só conseguia escutar o sangue doce e quente de Kaname chamando por ela.

 

Algo como dor passou pelos olhos de Rido quando ele avançou sobre ela, Juuri se jogou sobre ele, que com um balançar do braço jogou-a ao lado de Yuuki enquanto Kaname pegava a espada de caçadores e cortava o tio tanto quanto podia.

 

O som de metal rolando no chão chamou a atenção de Yuuki que arregalou os olhos ao ver a Artemis próxima ao seu braço. Ela já tinha ouvido falar sobre ela, uma arma de caçadores que pertencia aos Kurans e alguns membros conseguiam segurá-la... Também sabia que a arma rejeitava profundamente os puro-sangue, mas ao olhar para Kaname e ver seu desconforto por não conseguir matar aquela pessoa, todas as dúvidas desapareceram.

 

Esticou o braço com cuidado segurando a Artemis, um choque percorreu todo o seu braço fazendo-a morder o lábio inferior até um pouco de sangue escorrer. Forçou a mão mais um pouco olhando para Kaname que continuava numa dança graciosa e fatal com Rido.

 

- Vamos sua arma maldita, me odeie o quanto quiser, me dê choque o quanto quiser mas eu não vou te soltar até conseguir ajudar meu irmão! – sua voz não passava de um sussurrou dolorido. – Anda, eu não vou te largar mesmo que perca o braço!

 

Juuri fez um movimento para se aproximar da filha mas Haruka a impediu apertando um pouco a mão no braço dela, ela assentiu contrariada vendo seu pequeno 'bebê' segurar a arma que havia parado de dar choques e agora se transformava numa foice grande demais para a aparência pequena da princesa de puro-sangue.

 

Kaname conseguiu imobilizar Rido colocando a espada de caçadores na lateral de seu corpo, transpassando-a. Acenou levemente para Yuuki que acertou a foice por trás pegando no coração dele. Rido cuspiu um pouco de sangue.

 

- Minha linda sobrinha, minha linda Yuuki... Tão feroz... – ele era louco. Ela já tinha se dado conta disso. Enquanto desaparecia, ele estava sorrindo para Yuuki de forma doentia esticando seus braços para ela que tinha se afastado e encarava-o com os olhos arregalados.

 

E então, ele desapareceu.

 

Yuuki caiu de joelhos no chão com as mãos cobrindo o rosto, chorava compulsivamente com a última descoberta, Deus... Como aquele homem podia ser seu tio?

 

Se assustou quando sentiu alguém se ajoelhar de frente para ela e se jogou nos braços de Kaname quando seus olhos marejados fitaram-o.

 

- Porque ele tinha que ser assim... ? Porque ele mudou tanto? Haruka... O que aconteceu com o nosso Onii-sama? – Juuri murmurava em choque escondendo o rosto no peito do irmão, ele afundou o rosto nos cabelos ruivos dele sussurrando 'eu não sei, meu amor' e acariciando-a.

 

Kaname suspirou aliviado enquanto envolvia Yuuki mais forte em seus braços, era como se as cordas invisíveis que o impediam de se mover tivessem sido cortadas 'cortadas pela Artemis da Yuuki' ele se respondeu mentalmente dando um pequeno sorriso.

 

- Meu amor, você está bem? – perguntou preocupado fazendo-a erguer os olhos chorosos para olhá-lo.

 

- Ele era nosso tio, Kaname? Então... Porque ele queria fazer mau a nós? – ele beijou sua testa suavemente, haviam coisas que Yuuki não tinha idade para saber, principalmente a falta de escrúpulos de algumas pessoas que não mediam esforços para ter poder.

 

- Já acabou, Yuuki. Ele nunca mais vai assustar você, eu prometo. – sussurrou escondendo o rosto no cabelo dela como seu pai fazia.

 

Sentiu Yuuki se enrijecer um pouco, seus pequenos braços envolvendo o pescoço dele e seu corpo se inclinando um pouco para alcançar o pescoço dele. Os seus olhos brilhavam vermelhos e seus lábios estavam separados, deixando sua suave respiração se transformar em neblina por causa do frio.

 

Ele fechou os olhos em expectativa, oferecendo seu pescoço para sua amada irmã enquanto ouvia o pulsar do corpo dela com a necessidade. A mordida foi suave e prazerosa, bem na sua veia principal. A língua de Yuuki lambiam o sangue que saia do machucado avidamente e seu corpo se apertava ao dele querendo mais daquele calou.

 

Quando ficou cheia, ela olhou para ele confusa, uma fina linha de sangue escorrendo pelo canto de sua boca. Ele segurou o rosto dela com as duas mãos, o cabelo de ambos cobrindo seus olhos e lambeu o sangue com cuidado dando um pequeno selinho nos lábios dela.

 

Yuuki conseguiu sorrir para ele, suas pequenas presas brilhando com a luz da lua. Ouviram a suave risada de seus pais e os viu emocionados com o que acabara de acontecer com a filha, ela já não era uma criança. Estava a um passo de ser uma vampira adolescente, que não precisava mais de energia para sobreviver.

 

De repente, tudo estava mais suave.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Bom, eu tenho que dizer que não gosto muito de matar o tio Rido... Sabe como é, tio lindo, gostoso, disponível... E com um filho gatíssimo como o Shiki – suspira.

Mas a vida é assim, uns morrem para que outros sobrevivam ( bom isso é no caso de animais, sakas? Tipo, um leão mata um antílope para se alimentar – eu não conheço muitas pessoas que torcem para o antílope. – O que diabos isso tem a ver com matar o Rido? ).

Juro que vou postar logo! Se quiserem deixar reviews eu fico feliz, sabe como é, eu sempre acho que não ficou bom o suficiente para postar... Só deus sabe quantos rascunhos eu fiz pra conseguir postar isso. Hehehe.


Beijos,

Rosalie.