E se Fosse Diferente? escrita por Rosalie_McCarty, Hayley_Voorhees


Capítulo 1
Caress


Notas iniciais do capítulo

Em uma realidade paralela, conto uma versão diferente de Vampire Knight.O que teria acontecido se Juuri e Haruka não tivessem morrido? E se Rido fosse morto pelos Kuran? O que aconteceria com Ichirou e Zero? E o que seria do Diretor Cross Kaien? Muitas coisas seriam bem diferentes. O clã Kuran teria 4 membros, Yuuki e Kaname cresceriam como irmãos - e amantes - além de terem a chance de viver uma vida melhor sem o peso do clã em suas costas e... Bom, muitas coisas seriam diferentes com certeza! Que tal regressar no tempo e pensar num passado diferente? O que mais mudaria? Só o tempo pode dizer...



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Vampire Knight - And if it were different?

 

capítulo 1 –

 

Caress

 

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Yuuki olhou impaciente para seus pais que tentavam distraí-la a todo custo, se fosse qualquer outro dia ficaria feliz em ouvir as várias histórias sobre a infância deles, mas não hoje. Ela simplesmente não conseguir assimilar o que eles diziam, sabia que suas bocas se moviam, entretanto, só conseguia escutar um nome saindo dos lábios deles: Kaname.

 

Suspirou profundamente antes de virar-se para sua mãe com os olhos chorosos, sentia tanto a falta dele que doía em seu peito. Ela não conseguia ficar afastada dele por muito tempo.

 

- Okaa-sama? – chamou-a baixinho enquanto balançava as pequenas perninhas no sofá. Esperou sua mãe acenar levemente com a cabeça para continuar. – Kaname Onii-sama vai demorar muito? – perguntou temorosa.

 

- Não, Yuuki-chan. Logo ele estará de volta. – respondeu suavemente acariciando os longos cabelos castanhos da filha e sorrindo calorosamente. – Você sente falta dele, não é?

 

- Sim, porque Yuuki ama o Onii-sama! – exclamou dando um reluzente sorriso para seus pais, as pequenas presas cintilando contra a luz do lustre.

 

Haruka e Juuri trocaram olhares divertidos, com certeza Kaname havia escutado a exclamação inocente de sua irmã. Eles podiam ouvir seus coração batendo num ritmo rápido mesmo que ele se forçasse a ficar calmo. Não demorou mais que um ou dois segundos para ouvirem a porta ser aberta com cuidado e por ela aparecer gloriosamente Kuran Kaname coberto de neve branca.

 

- Tadaima, Yuuki. – disse suavemente abrindo os braços para receber sua pequena preciosa que não tardou a se jogar em seus braços absorta em sua própria felicidade. Ele tinha voltado pra ela.

 

- Okaerinasai, Kaname Onii-sama! – respondeu após recuperar o fôlego ganhando um suave beijo na testa dele. – Venha, você deve estar cansado e está frio... – murmurou parando um momento para tocar as mãos dele com as suas, a diferença de temperatura era enorme.

 

- Não precisa se preocupar, eu estou gelado porque está nevando lá fora. Está vendo essa coisa branca na minha roupa? – apontou para seu casaco onde um pouco de neve não tinha derretido. Yuuki tocou com cuidado aquela 'coisa' estranha e molhada, só sabia o que era através de livros, sua mãe sempre a amostrava fotos dizendo que seu nome significava aquilo.

 

Céus, será que sua mãe estava com raiva quando lhe de esse nome e ele serviu como uma espécie de punição? Não conseguia entender como sua mãe, seu pai e até seu irmão podiam dizer que essa água congelada era bonita. Eles só podiam estar brincando.

 

- Vamos sentar, ai você conversa com o Otoo-sama e a Okaa-sama enquanto lê um livro comigo. – ele sorriu permitindo que ela lhe puxasse até o grande sofá daquela sala sem janelas ao lado de seus pais.

 

Haruka e Juuri trocaram um sorriso compreensivo, eles sabiam a adoração que existia entre Kaname e Yuuki. Era como se eles perdessem o foco de tudo quando estavam juntos.

 

Como esperado, Yuuki pegou seu livro favorito cheio de imagens, desde uma linda cerejeira com suas flores rosadas até o belo pôr-do-sol numa praia. Kanam contou para seus pais tudo sobre a visita que fizera aos Ichijou e como o patriarca Ichiou era estranho, Juuri não conseguir prender a risada.

 

Mesmo tendo nascido no clã Ichijou, Kaname tinha muito... respeito pelo mais novo: Ichijou Takuma. Ele era completamente diferente das víboras a qual ele era obrigado a chamar de família. Pobre Takuma. Saiu de seus devaneios quando sentiu Yuuki puxar suavemente a manga de seu casaco. Olho para baixo encontrando um par de olhos castanhos brilhantes.

 

- É lindo, não é, Onii-sama? – perguntou apontando para uma foto de um amanhecer no alto de uma montanha. Seus pequenos dedos traçaram todos os contornos da imagem com um pequeno sorriso. – As vezes eu me pergunto se poderei ver algo assim de verdade... Se vou conseguir sentir a quentura do sol, a sensação do vento batendo no rosto e a grama macia sob meus pés...

 

Ela foi impedida de falar porque no instante seguinte os braços fortes de seu irmão se fecharam em torno dela, as emoções dele eram tão intensas que ela sentiu o sangue correr para suas bochechas.

 

Kaname separou-se dela acariciando seu rosto com carinho antes de voltar-se para seu pai.

 

- Por quanto tempo ela vai ter que continuar nessa sala sem janelas? Quanto tempo vão mantê-la presa aqui em baixo? Porque não a deixam pelo menos dar uma volta comigo pelo jardim? Ela vai estar mais segura que em qualquer outro lugar. Nada pode tocá-la enquanto eu estiver por perto. – respirou profundamente depois de despejar tudo o que o incomodava sobre o estado de Yuuki.

 

- Kaname. – a voz de seu pai era baixa e tensa. – Você sabe muito bem que não é nosso desejo mantê-la aqui, mas não podemos arriscar a segurança. – ele enlaçou sua mão com a da esposa. – Não acha que nós também não gostaríamos de poder levá-la para conhecer todos os lugares bonitos que já mencionamos para ela ou lhe amostramos através de fotos?

 

- Entenda querido, o nosso sangue é muito cobiçado. Uma puro-sangue tão jovem e indefesa como Yuuki é um alvo fácil para eles... Consegue ver como ela é frágil e quebradiça ainda? – Juuri falou suavemente, a verdade imposta através daquelas palavras tão carinhosas fez Kaname abaixar a cabeça derrotado.

 

- Yuuki está bem. – levntou a cabeça olhando para Yuuki que sorria amorosamente para ele tocando seu rosto com a ponta dos dedos. – Por isso, não faça essa cara de preocupação, Onii-sama.

 

Sorriu suavemente para ela, emocionado com a capacidade que ela tinha de desarmá-lo completamente com simples palavras ditas de forma tão inocente.

 

- Yuuki. – ele chamou-a e a viu corar quando olhou bem fundo em seus olhos antes de puxá-la para o seu colo abraçando-a novamente. – Eu prometo que vou tirar você daqui, prometo que quando esse dia chegar, nada assustador vai se aproximar de você. Eu vou transformar esse mundo podre em um lindo mundo para a minha preciosa Yuuki-chan.

 

- Eu acredito em você, Kaname. – murmurou fechando os olhos e desabando no ombro dele. Finalmente, depois de dias intermináveis ela iria conseguir dormir de forma relaxada sabendo que acordaria e ele estaria ali.

 

xVxKx

 

A princesa de puro-sangue abriu os olhos devagar, o quarto estava totalmente escuro e ela demorou um pouco para assimilar aonde estava e quando descobriu, quase caiu para trás. Estava no quanto do Kaname, na cama do Kaname, vestindo o casaco do Kaname e... Caramba! Deitada ao lado do Kaname que lia um livro tranquilamente.

 

- Olá, Yuuki. Por acaso não tem dormido direito? Você desmaiou completamente no meu colo. – ele a olhou sério, mas logo suavizou sua expressão ao ver os olhos de Yuuki marejando. – Você tem que se cuidar, meu amor. Não quero ver você doente por minha causa.

 

- É que eu... Não consigo dormir quando você não está por perto. – admitiu envergonhada sentando-se na cama. – É como se eu dependesse de você mais do que tudo, mas do que água, ar ou até mesmo energia. – seu rosto estava quase pegando fogo.

 

- Hum... Então minha irmãzinha está querendo dizer que me ama? – ele sorriu travesso colocando seu livro em cima da mesa no canto da parede e se deitando novamente ao lado dela.

 

- Basicamente sim... – disse num quase sussurro. – E você sabe disso! Aposto que escutou eu dizendo antes de entrar na sala. – resmungou fazendo um beicinho infantil.

 

- Escutei sim. – falou risonho colocando uma mecha teimosa do cabelo dela atrás da orelha. – Mas eu gosto de te ouvir falando isso. Quer que eu fale primeiro? – sugeriu e ela acentiu levemente. Ele ergueu-se um pouco até alcançar a orelha dela respirando um pouco antes de sussurrar como se compartilhando um segredo. – Eu amo você.

 

- Eu também amo você, Kaname. – sussurrou de volta aninhando-se contra ele e sentindo seus olhos voltarem a pesar, dessa vez seu corpo pedia por um pouco de energia. Corou.

 

- Você deve estar fraca, pegue um pouco da minha energia, Yuuki. – disse fingindo não perceber que era esse assunto que a fazia corar.

 

Devagar ela se sentou na cama, ele a imitou inclinando-se um pouco e esperando os braços dela envolverem seu pescoço. Hesitante, ela selou seus lábios com os dele sentindo como se a energia dele agora fluísse por cada poro de seu corpo. Apertou-se um pouco mais, incapaz de se separar. Ele a enlaçou pela cintura movendo a cabeça para encaixar seus lábios novamente, cada vez mais forte.

 

Ele se afastou um pouco atordoado.

 

- Me perdoe... Acho que eu exagerei um pouco. Você está bem? – ele olhou para ela curioso levando alguns segundo para entender do que ela falava. Naquele momento, pra ele, tudo estava na mais perfeita ordem... Só que ela achou que ele tinha se separado dela por ela ter drenado energia demais.

 

Riu consigo mesmo.

 

As vezes ele esquecia que a sua amada noiva tinha apenas cinco anos de idade.

 

- Estou bem, de verdade. – ele pensou por alguns instantes se continuava com aquele assunto ou mudava. – Yuuki... ? – ela olhou para ele curiosa. – Você quer aprender a fazer uma coisa que noivos fazem?

 

Os olhos dela se iluminaram e ele se sentiu perverso por ensinar aquilo à uma criança de apenas alguns anos de vida... De qualquer forma era a ordem natural das coisas, cedo ou tarde ele teria que ensiná-la a fazer aquilo. Porque não agora mesmo, já que era parte do assunto?

 

- Quero sim, Onii-sama! O que noivos fazem? – perguntou de forma entusiasmada sentando-se novamente na cama e olhando para Kaname enquanto ele fazia o mesmo dando uma pequena risada.

 

- Fique bem paradinha. – murmurou aproximando seu rosto do dela com cuidado, inclinando um pouco a cabeça para seus lábios ficarem numa posição confortável para toca os dela. Yuuki enrugou as sobrancelhas e bufou jogando-se na cama.

 

Kaname continuou congelado no lugar enquanto ela o encarava irritada, o que ele tinha feito de errado?

 

- Ah, Kaname! Que golpe baixo, se você quer que eu pegue um pouco mais de energia porque está preocupado com a minha saúde, não precisa contar uma mentira de forma tão deslavada. Achou mesmo que eu não ia perceber que era pra conseguir energia?

 

Ele piscou sem entender, a ficha começou a cair lentamente e logo ele estava gargalhando tanto que ficou até um pouco sem fôlego. Esfregou os olhos com a mão colocando a outra na barriga dolorida e encarou os olhos desconfiados dela com um divertimento inumano.

 

- Não é pra conseguir energia, embora seja parecido. Se chama beijo, Yuuki-chan. Nunca viu o Otoo-sama e a Okaa-sama se beijando? – perguntou curioso.

 

- Já, mas é que... Eu não achei que... Quer dizer eu não... Eu achei que... – murmurou de forma confusa abaixando os olhos. – Eu não pensei que você iria fazer isso. Pensei que só ia acontecer quando nos casarmos.

 

- Bom, quando formos mais velhos eu vou te ensinar outra coisa muito importante para podermos dar netinhos para os nossos pais. – ela o encarou surpresa mas logo sorriu afirmando. – Enquanto isso, posso te ensinar o que é um beijo?

 

- Sim. – disse envergonhada ficando na mesma posição de antes e esperando ele aproximar seu rosto do dela. – O que eu devo fazer?

 

- Faça tudo o que eu fizer. – sussurrou antes de selar seus lábios mais uma vez com os dela. Dessa vez ele não parou no selinho, como Yuuki estava acostumada, ele continuou movendo os lábios até ela separar os dela e então ela sentiu algo quente e macio tocar seu lábio inferior. Seus olhos se arregalaram: Era a língua dele.

 

Assim que entrou na pequena boca da sua irmã, Kaname explorou-a avidamente procurando pela dela, não demorou muito para achar. Começou a tocá-la suavemente ensinando Yuuki o que era pra fazer e logo suas línguas estavam se tocando, movendo-se de um lado para o outro na boca dela.

 

Kaname separou seus lábios para poderem respirar, sua mão voou para a nuca dela, puxando-a mais para perto e colocando-a no seu colo enquanto Yuuki enlaçava seu pescoço, apertando-se contra ele. Seus lábios desceram dos lábios dela e traçaram beijos até seu fino pescoço, dando pequenas mordidinhas que fizeram apenas pequenos fios de sangue escorrerem, ele lambeu com vontade.

 

As pequenas mãos tamparam sua boca quando ela escutou algo como um gemido vindo dela mesma. Kaname olhou para ela com um olhar divertido e voltou a beijar a parte sensível, recebendo mais e mais pequenos gemidos musicais.

 

Beijaram-se por alguns minutos e depois ele a deitou na cama, deitando-se abraçado com ela e juntando suas testas. Os pequenos lábios de Yuuki estavam vermelhos e um pouco inchados, mas curvados um sorriso reluzente.

 

- É melhor que conseguir energia. – comentou ela antes de um bocejo coçando os olhos. – Nós podemos fazer isso sempre? – perguntou envergonhada, ainda se lembrava dos gemidos que tinha dado só de senti-lo tocar seu pescoço.

 

- Sempre que você quiser, é só pedir, meu amor. – garantiu ele escorrendo os dedos pelos longos cabelos castanhos dela e fechando os olhos. – Eu sempre vou fazer o que você desejar.

 

- Então... Nunca se afaste de mim, fique sempre perto o bastante para eu poder te tocar e então... Tudo vai ficar bem... – sussurrou voltando a cair num sono profundo.

 

Um sorriso se formou nos lábios dele enquanto murmurava um 'Eu vou ficar, amor.' e se entregava ao mundo de sonhos mais uma vez. Era tudo tão fácil e natural quando estava perto dela...


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Notas finais do capítulo

Uma curiosidade sobre o capítulo. Ele se chama Caress, que significa:

— carinho

— afago

—carícia

—mimo

—beijo

Então, eu tentei expressar todos esses sentidos no texto, espero ter conseguido.


Beijinhos,

Rosalie.