Baile de Halloween escrita por alsakura


Capítulo 7
Capítulo VII




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Eu me sentia mais calma depois daquele pedido. Mesmo depois de todos esses anos brigando com o Malfoy, agora ele me acalmava. Me sentia completa quando estava com ele.

Entre encontros nos intervalos e fins de semanas, o fim de Novembro foi se aproximando. O clima já estava mais frio e tivemos mais uma ida à Hogsmead. Acordei cedo nesse dia, na expectativa de passá-lo com Malfoy, no castelo.

Quando cheguei ao Salão Principal, este estava quase vazio. Havia apenas o Professor Dumbledore e a Professora McGonnagall na mesa dos professores e alguns alunos dispostos espaçadamente nas mesas das casas. Me sentei na mesa quase vazia da Grifinória e comecei a comer calmamente, sem nenhum pouco de pressa. Cerca de meia hora depois, Harry e Gina adentraram o salão de mãos dadas, com Rony bufando e reclamando em seus calcanhares.

– Qual o problema dele? – perguntei apontando para Rony, enquanto os três se sentavam à minha frente.

– A gente vai ficar segurando vela – o próprio Rony respondeu.

– Não – respondi.

– Sim, para os dois melosos aqui do lado – ele indicou Harry e Gina com a cabeça.

– Não. Eu quero dizer que não, eu não vou à Hogsmead.

Harry e Rony me encararam perplexos, mas Gina continuou comendo.

– Por quê? – eles perguntaram ao mesmo tempo.

– Porque eu tenho outras coisas para fazer – respondi sem encará-los.

– Por exemplo... – pediu Rony.

– Nada que te interesse, Ronald.

Gina e Harry abafaram risinhos.

– É claro que interessa! Já tem um tempo que você me deixa sozinho com esses dois - ele gesticulou para Harry e Gina. – Eu só queria saber o motivo.

– Mas você não vai saber. Sinto muito – respondi e voltei a comer.

– Mentira tem perna curta, Hermione. Não é isso que os trouxas dizem? – ele me fuzilou com o olhar.

– Rony, dá um tempo – Harry começou.

– Não, Harry. Deixa – o cortei. – É, Rony. É exatamente isso que os trouxas dizem. E é verdade. Mas para a sua infelicidade, preciso te dizer que há uma grande diferença entre mentir e omitir.

Para isso ele não teve desculpas. Harry, Gina e eu ficamos observando ele abrir e tornar a fechar a boca, tentando me contradizer.

– Se você não tem um argumento plausível, assunto encerrado – e voltei a comer, deixando um Rony com as orelhas tão vermelhas quanto os cabelos.

Nessa hora, três pessoas adentraram o Salão Principal. Um lindo e loiro na frente, seguido por dois brutamontes de cabelos escuros. Malfoy, Crabbe e Goyle.

– Malfoy – Rony murmurou e bateu o garfo com força no prato.

– Malfoy – murmurei e os cantos de meus lábios se levantaram involuntariamente.

Rony e Harry me encararam com os olhos arregalados e Gina me fitou, balançando a cabeça negativa e lentamente.

– É... – procurei uma desculpa. – Ser desprezível – afirmei com a voz tremendo.

Busquei apoio em Gina e ela sustentou meu olhar, suspirando aliviada.

Os três garotos se sentaram e meu olhar cruzou com o de Malfoy. Harry e Rony voltaram a comer, pouco convencidos por minha desculpa improvisada.

– Bom, vamos indo? – Gina perguntou me salvando de um interrogatório.

– Claro – Harry se levantou, seguido por Rony.

Os três saíram do salão, e eu saí logo em seguida. Fui para o Salão Comunal e esperei até que o relógio batesse nove horas. Quando esse o fez, fui até o já conhecido espaço entre a Floresta Proibida e o lago e vi, recostado a uma árvore, o dono do cabelo mais loiro e dos olhos mais profundos que eu conhecia.

Ele abriu os braços e eu corri de encontro a ele.

– Senti sua falta – ele admitiu. – E vou sentir ainda mais no Natal.

– Ainda falta um mês – respondi.

– Eu sei, mas mesmo assim. Você vai ficar aqui com o Potter e o Weasley ou vai para casa?

– Vou ficar. Fico desde o segundo ano por causa do Harry. Você sabe disso – me soltei de seus braços e o olhei nos olhos.

– É, eu sei. Mas eu não gosto da ideia de você passando o Natal com o Weasley – ele admitiu.

– Ah, Malfoy! Achei que tínhamos superado isso – reclamei, suplicante.

– Você não entendeu! Ele gosta de você, Hermione – ele disse como se explicasse a uma criança quanto é dois mais dois.

– O que? Bebeu, Malfoy? – perguntei, incrédula.

– Eu vejo como ele olha para você.

– É mesmo? Como?

– Do mesmo jeito que eu.

– Mesmo que isso seja verdade, é de você que eu gosto! – pus minhas mãos no rosto dele e me aproximei, tocando seus lábios com os meus suavemente.

Nos separamos e ele sorriu abobadamente.

– Repete? – ele pediu, sorrindo de orelha a orelha.

– É de você que eu gosto – suspirei.

Ele me beijou novamente e me puxou para o chão. Sentou recostado à árvore e me fez sentar ao seu lado, apoiando a cabeça em seu peito musculoso.

– Eu te amo, Hermione – ele disse sem me olhar.

Minha boca se escancarou, mas fechei-a logo em seguida e a transformei em um lindo sorriso. Meus olhos brilhavam de emoção. Me virei para encará-lo e disse:

– Eu também te amo, Malfoy.

Ele se virou para mim e deu um sorriso tão grande quanto o meu.

– O que acha de começar a me chamar de Draco? – ele perguntou, divertido.

– Posso tentar, se você quiser. Mas não vai ser fácil depois de passar seis anos te chamando de Malfoy.

– Então tenta, por favor. Afinal, agora nós estamos namorando – ele sorriu com a menção da última palavra. Eu acompanhei seu sorriso.

– Tudo bem. Eu te amo, Draco.

– Eu também te amo, Hermione.

Passamos o resto do dia ali, sentados, conversando e nos beijando, sem se preocupar com o almoço. Quando a hora do jantar foi se aproximando, nos levantamos e demos um último beijo. Uma de suas mãos segurava minha cintura, enquanto a outra massageava minha nuca. Já as minhas envolviam seu pescoço, deixando meus dedos se entrelaçarem som seus cabelos.

Só nos separamos quando o ar faltou e ficamos no encarando com sorrisos bobos nos lábios e a respiração ofegante.

– É melhor você ir primeiro – ele quebrou o silêncio e gesticulou para a saída. – Se alguém nos visse saindo juntos...

– É, eu sei. Seria uma confusão... – respondi, rindo.

– Pois é – ele também riu.

Ele me deu um beijo rápido, e me direcionei para a saída.

– Tchau, Malfoy – eu disse.

– Draco – ele me corrigiu rindo.

– Eu disse que ia ser difícil – eu também ri. – Tchau.

– Tchau, Hermione.

Voltei para o castelo e fui para o Salão Principal. Rony, Harry e Gina já estavam sentados, comendo. Me sentei junto a eles e Harry foi o primeiro a falar:

– Oi, Hermione. Nós íamos te procurar, mas a Gina disse que era melhor não.

– É, ela estava certa – eu disse. – Como foi em Hogsmead?

– Bem – os três responderam, mas só Rony continuou. – Exceto pelo fato de que eu tive que aturar a melação desses dois.

Harry e Gina se entreolharam, impacientes.

– Rony, dá um tempo – censurei-o. – Por que você não pára de reclamar um pouquinho? Eles estão namorando! Ponha-se no seu lugar.

– Qual? O de irmão pentelho? – ele ironizou.

– Não! O de pessoa que sabe perceber quando está sobrando!

Ele me fuzilou com os olhos. Harry e Gina me olharam, agradecendo com os olhos. Rony passou o resto do jantar sem dar uma palavra sequer, enquanto Harry, Gina e eu conversávamos animadamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Logo posto mais. Mas para isso preciso de reviews. Então,... Ah! Vocês já sabem o que fazer.



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