Baile de Halloween escrita por alsakura


Capítulo 12
Capítulo XII


Notas iniciais do capítulo

O.K., gente. Eu sei que a Sala Precisa pode materializar tudo, menos comida. Mas essa, é a Sala da JK. A MINHA Sala Precisa pode materializar comida. Hope you enjoy.



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Levantei muito cedo e o Sol mal tinha nascido. Não aguentava mais ficar deitada. Então, me levantei e parei em frente à janela.

O dia estava nublado e, provavelmente, começaria a nevar no dia seguinte. Senti um arrepio no corpo e, só então, notei como estava frio.

Troquei de roupa o mais rápido possível e saí do dormitório. O Salão Comunal estava vazio e os restos de brasa da lareira já haviam sido retirados pelos elfos domésticos

Já ia sair do Salão Comunal, quando uma mão segurou meu pulso. Me assustei e me virei para ver quem era, temendo que fosse Rony. Suspirei aliviada ao constatar que era apenas Gina.

– Ah, Gina. Você me assustou – eu disse.

– Desculpa, não era a minha intenção – ela respondeu.

– Tudo bem, mas por que está acordada tão cedo?

– Porque vi você se levantando e eu queria falar com você. Mas não tente mudar de assunto – ela me repreendeu. – O que meu irmão queria com você ontem?

– Ah, isso... – olhei para o chão. – É que... É complicado, Gina.

– Eu tenho todo o tempo do mundo.

– Mas eu não – ela me olhou, confusa, e eu continuei. – Vá trocar de roupa e descemos para tomar café. Aí sim, posso te explicar tudo.

– O.K., mas não fuja. Eu volto já.

Fiz que “sim” com a cabeça e ela subiu para o dormitório feminino. Me sentei em uma das poltronas em frente à lareira apagada e fiquei esperando até que Gina voltasse. Ela o fez cerca de cinco minutos depois.

– Vejo que não fugiu – ela riu e eu a acompanhei. – Estou pronta. Vamos.

Me levantei e me postei ao seu lado. Fomos andando pelos corredores vazios do castelo, até o Salão Principal. Quando chegamos, este estava vazio. Somente o Professor Dumbledore, o Professor Flitwick e a Professora McGonagall estavam lá. Eles acenaram para nós e retribuímos o gesto.

Nos sentamos na mesa da Grifinória e nossos pratos se encheram de comida. Pães, torradas, geléias, ovos e mais algumas coisas. Nossas taças se encheram de suco de abóbora e então, Gina quebrou o silêncio:

– Será que agora você pode me contar o que meu irmão queria?

– Ele me convidou para ir à Hogsmead, Gina – respondi.

Os olhos dela se arregalaram e seu queixo caiu. Ela estava incrédula.

– E então...? – ela incentivou, ainda boquiaberta.

– E então o que, Gina? – minha voz se alterou em pouco e eu apoiei os talheres no prato. – Eu disse que não, é óbvio!

– Isso eu tinha deduzido sozinha, Hermione! – ela reouve suas feições. – Eu quero saber o que mais. O que você disse depois que negou o convite?

– Ah, eu pedi desculpas e disse que já tinha alguém.

– Mas ele vai querer saber quem é esse “alguém”, Hermione!

Um pequeno grupo adentrou o salão e nós nos viramos para ver quem eram os integrantes. Meia dúzia de quartanistas lufanos. Eles se sentaram à mesa de sua casa e voltamos a conversar.

– Mas eu não tive escolha, Gina – argumentei. – Eu não queria magoar o Rony!

– Mas ele vai ficar magoado de qualquer jeito, Hermione – disse Gina, calmamente. – Mais cedo ou mais tarde.

– É, eu sei disso – lamentei e olhei  relógio. Ele marcava sete horas. – Gina, eu preciso ir.

Ela me olhou sem entender e eu continuei:

– Não quero ter que encontrar o Rony.

– Você não vai poder fugir dele para sempre, Hermione – ela disse.

– Eu sei. Mas vou adiar um pouco esse encontro. Eu preciso de um tempo. E ele também. Não é como se fôssemos voltar a aprontar por Hogwarts como antes.

Ela confirmou com a cabeça e eu me levantei.

– Tchau – dissemos em coro, uma para a outra.

Saí do Salão Principal e fui para a biblioteca que, à essa hora, já devia estar aberta. Entrei e cumprimentei Madame Pince. Ela já estava acostumada a me ver chegar à biblioteca tão cedo.

Fui até uma estante, procurar alguma coisa para ler. Fui analisando os livros de uma prateleira na altura de meus olhos, e me deparei com uma capa roxa brilhante. Retirei o livro da estante e li, escrito em dourado, o título. “Literatura Fantástica: Contos da Vida Moderna”.

Achei que era um título interessante para um livro bruxo e o levei até uma das mesas. Ele era fino, diferente dos livros que eu estava acostumada a ler. Me sentei em uma das cadeiras e abri o livro. Ele era dividido em pequenos contos, com títulos interessantes. Comecei a ler e só parei quando uma coruja parda pousou ao meu lado. Desamarrei a carta que ela trazia presa ao bico e a abri. “Como assim? Ele fez o que? Eu sabia que não devia ter me afastado! O que mais? Ele te beijou? Ele fez alguma coisa com você? Te amo, estou com ciúmes e sinto sua falta, Draco.”

Sorri. Ele estava com ciúmes e isso mostrava que ele me amava. Peguei uma pena na mesa de Madame Pince e respondi no verso da carta. “Não se preocupe, Draco. Ele nem me tocou. Estava tão nervoso que chegava a tremer. Mesmo sem poder ver seu rosto, fico imaginando o quão fofo você deve estar com ciúmes. Te amo, não precisa sentir ciúmes, também sinto sua falta, aquela que te ama.” Dobrei e prendi a carta ao bico da coruja e observei-a sair voando pela janela.

A hora do almoço chegou e eu nem percebi, de tão entretida que estava com aquele livro. Avisei à Madame Pince que eu ia levá-lo, ela fez o registro e eu deixei a biblioteca.

Minha barriga doía de tanta fome, mas se eu fosse para o Salão Principal, iria encontrar Rony. Pensei por um segundo e me lembrei de um lugar: a Sala Precisa.

Os corredores do castelo estavam quase vazios, já que era hora do almoço. Peguei algumas passagens secretas e, em poucos minutos, cheguei ao corredor do sétimo andar. Atravessei três vezes em frente à tapeçaria de um trasgo dançando ballet e uma grande porta preta se materializou.

Entrei na sala, e esta estava toda decorada em um tom claro de rosa, com uma mesa, farta dos mais variados tipos de comida, em seu centro. Me sentei e fiquei pensando no que comer primeiro. Escolhi frango frito e purê e nem vi o tempo passar enquanto me entupia de comida.

Quando terminei de comer, fechei os olhos com força e uma poltrona reclinável, de couro branco, apareceu em um canto da sala. Me deitei nela e cabei pegando no sono.

 

 

Hermione estava no banheiro dos monitores, tomando um banho quente e demorado, quando sentiu uma mão em seu ombro. Ela abriu os olhos e viu um garoto bonito, ruivo e com sardas no rosto, encarando-a com um sorriso bobo.

– Rony! – ela se assustou e escondeu os seios com as mãos. – O que está fazendo aqui? Eu tinha certeza de que tinha trancado a porta!

– E você tinha trancado – respondeu Rony, com simplicidade.

– Então como entrou aqui?

– Eu sou um bruxo, Hermione.

– Mas isso não te dá o direito de vir aqui e tirar minha privacidade!

– Eu tenho tanto direito de estar aqui quanto você. Afinal, também sou monitor.

– É, mas podia ter tido, pelo menos, o mínimo de consideração. Aliás, o que você quer aqui? Porque não parece ser apenas um banho.

– Não, não quero só um banho.

Ele foi se aproximando de Hermione, enquanto esta recuava. Ela chegou à parede da banheira, onde se encostou e não tinha mais saída.

Ele estava perto, muito perto. Perto demais. Perigosamente perto. Ele tocou os lábios dela com os seus, enquanto ela tentou afastá-lo.

Não a forçou a nada. Apenas deixou seus lábios juntos, até que ela desistiu de tentar afastá-lo, relaxando as mãos em seus ombros. Ele, então, pediu passagem com a língua e ela cedeu.

Hermione achou melhor cooperar, ao invés de tentar repeli-lo, já que não sabia qual seria sua reação.

Suas mãos envolveram o pescoço dele e ele abraçou sua cintura.

O beijo estava calmo, mas foi se acelerando. Hermione entrelaçou os dedos no cabelo de Rony e puxou-o para mais perto. Ele a abraçou com mais força, e aprofundou o beijo. Um explorando cada centímetro da boca do outro. Depois de um tempo, Rony afastou sua boca da dela e começou a beijar seu pescoço. Ela virou a cabeça para dar mais espaço a ele, respirando ofegante.

Rony desceu mais um pouco, até sua boca encontrar os seios de Hermione e escorregou suas mãos até o quadril dela. Ela já começara a gemer baixinho, quando uma voz a despertou:

– Se divertindo?

Rony levantou a cabeça com sobressalto e Hermione se virou para ver quem era o dono da voz, embora não fosse necessário, pois ela a reconheceria em qualquer lugar.

Draco estava recostado em uma das pilastras, observando-os com uma expressão decepcionada.

 

 

Abri os olhos de uma vez, suando frio e respirando ofegante.

“Foi só um sonho” pensei.

Esperei até que meu coração desacelerasse e levantei da poltrona. Olhei o relógio e vi que já passara da hora do jantar. Mas eu não sentia fome, depois do almoço reforçado.

Saí da sala e vi a porta sumir atrás de mim. Fui para o Salão Comunal da Grifinória e me sentei junto a Rony, Harry e Gina, em frente à lareira. Meu sonho veio à minha mente e sacudi a cabeça para espantá-lo.

– Onde estava, Hermione? – perguntou Harry.

– Eu acabei pegando no sono e só acordei agora – respondi.

Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios por um bom tempo. Tanto Rony quanto eu estávamos um pouco desconfortáveis e evitávamos olhar um na direção do outro. Depois de um bom tempo, quando começamos a bocejar, resolvemos que já era hora de irmos dormir.

Nos despedimos e, antes que eu subisse para o dormitório, Rony segurou minha mão e me puxou. Estávamos sozinhos no Salão Comunal, em um silêncio desconfortável, até que ele o quebrou:

– Hermione, eu não queria que o que aconteceu estragasse nossa amizade.

– Não vai, Rony – respondi. – Nossa amizade é mais forte que isso.

Ele sorriu e eu o acompanhei.

– Como se nada tivesse acontecido? – ele perguntou, incerto.

– Como se nada tivesse acontecido – afirmei.

– Será que eu posso...? – ele abriu os braços, envergonhado.

– Claro, Rony – ri e o abracei.

– Boa noite – ele desejou quando nos separamos.

– Boa noite.

Subi para o dormitório feminino e ele para o masculino.

Troquei de roupa e deitei. “Apesar do pesadelo, fiz as pazes com Rony” pensei e sorri. Adormeci rapidamente e não sonhei.


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Notas finais do capítulo

Aqui estou eu, novamente pedindo desculpas pela demora. Espero que entendam que não ganho a vida escrevendo, então nem sempre sobra muito tempo. Já comecei o próximo capítulo, então postarei em breve. Ai, que melancólico que isso ficou! Cruzes! É o seguinte: espero que gostem e comentem. E PELAMORDEDEUS, será que alguém pode fazer o favor de indicar essa fic? Estou precisando de mais leitores, gente! Obrigada por lerem :D
(Nossa, foi a maior nota final que eu já fiz.)



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