Baile de Halloween escrita por alsakura
Notas iniciais do capítulo
Gente, desculpa pela demora do capítulo. Fiquei doente e acabou atrasando. Mas espero que gostem.
O domingo estava frio e era o dia da partida de quem ia passar o Natal em casa. Draco era uma dessas pessoas e infelizmente não teríamos como nos despedir.
Fui para o Salão Comunal esperar Harry, Rony e Gina levantarem para irmos tomar café da manhã. Eles chegaram cerca de quinze minutos depois e fomos para o Salão Principal. A maior parte das pessoas já havia terminado e deixado o salão, mas Draco ainda estava lá. Tão bem como Crabbe, Goyle e Pansy Parkinson. Não sei por que, mas aquela menina estava muito estranha. Ela me fuzilava com os olhos desde que passei pela porta.
– É impressão minha ou a Pansy está com algum problema com você? – sussurrou Gina.
– Não, ela está me encarando desde que chegamos – respondi.
– Será que ela sabe de alguma coisa? Sobre você e o Malfoy, quero dizer.
– Pouco provável. Afinal, todo mundo sabe que ela gosta do Draco. Ela já teria se manifestado. O cérebro dela é pequeno de mais para juntar as peças tão soltas desse quebra-cabeça.
Gina abafou um risinho e voltou a comer. Pansy desviou seu olhar de mim para Draco. Este fixou seus olhos nos meus e deu uma piscadela. Retribuí o gesto e sorri. Mas fui despertada pelo garfo que Pansy deixou cair em seu prato com tamanho estrépito, que fez com que todos no salão se virassem para olhá-la. Ela sorriu envergonhada e voltou a comer como se nada tivesse acontecido.
Gina e eu nos entreolhamos, estranhando o comportamento de Pansy.
Voltamos para o Salão Comunal da Grifinória assim que terminamos o café. Nos sentamos em frente à lareira e começamos a conversar.
– Até que enfim – disse Rony. – Descanso!
– Mas não vamos deixar de estudar, pois os exames se aproximam – eu disse e os três me fuzilaram com os olhos. – Não está mais aqui quem falou – anunciei, erguendo as mãos em sinal de paz.
– Você é maluca. Depois de seis meses estudando, você vai querer que estudemos na semana do Natal também?
– Não, Rony. Esquece o que eu disse. Eu – dei ênfase à palavra – vou estudar durante a semana do Natal. Vocês vão fazer o que quiserem.
– Melhor assim – ele sorriu vitorioso.
Uma coruja parda entrou voando pela janela do salão e parou ai meu lado. Desamarrei a carta de seu bico e sorri, prevendo o remetente.
– Licença – pedi e fui para o dormitório. Para a minha surpresa, a coruja me seguiu.
Me sentei na minha cama e abri a carta. “Já que não poderemos nos despedir pessoalmente antes de eu partir, resolvi escrever. Só quero que saiba que eu te amo e que espero que possamos conversar por cartas durante essa semana solitária. Ah! E se algum garoto der em cima de você na minha ausência, é só me avisar que eu dou um jeito nele quando voltar. Beijos, você sabe de quem.” Ri com a última parte e peguei uma pena na mesinha de cabeceira. Respondi logo abaixo do que ele havia escrito. “Também te amo e não se preocupe, pois se alguém der em cima de mim, eu mesma darei um jeito nele. Beijos, H.” Amarrei a carta no bico da coruja e a vi sair pela janela. Esperei pela resposta, mas esta não veio. Presumi que ele já tivesse partido no Expresso de Hogwarts.
Voltei para o Salão Comunal e me juntei a Harry, Rony e Gina, que ainda estavam sentados nos mesmos lugares. Gina me deu um olhar significativo e me limitei a afirmar com a cabeça.
– Então, quem é o escritor misterioso? – perguntou Rony.
Engoli em seco e Gina me salvou outra vez.
– Com licença, Rony – ela disse e puxou o rosto de Harry para si, beijando-o calorosamente. Ao que ele correspondeu, deixando Rony com as orelhas vermelhas.
Eu sorri e Rony, com os olhos arregalados, pigarreou. Eles não tiveram reação e Rony pigarreou ainda mais alto. Ainda sem reação deles, Rony se levantou e cutucou os dois em seus respectivos ombros.
Eles se separaram sem fôlego e Rony foi o primeiro a falar:
– Eu ainda posso tirar a permissão para vocês namorarem.
Os dois se entreolharam e Gina começou a rir.
– Eu não preciso da sua permissão para nada, Rony – ela disse.
– Precisa se não quiser que a mamãe e o papai saibam – respondeu Rony, ainda com as orelhas vermelhas.
– Saibam de que? – ela arqueou uma sobrancelha. – Que eu estou namorando o Harry? Pode contar. Aliás, acho que eles iriam gostar. Ou melhor, aprovar.
– Então por que você mesma não conta para eles?
Harry e eu olhávamos de um para o outro, acompanhando a discussão.
– Porque o Harry passa as férias lá em casa e isso se tornaria incômodo – Gina respondeu calmamente.
– E... – foi a vez de Rony arquear a sobrancelha.
– E eles não precisam saber de certas coisas que acontecem – ela sorriu.
– Chega, Gina – murmurou Harry.
Meu queixo despencou e meus olhos se arregalaram. As orelhas de Rony tornaram a ficar vermelhas e seus punhos se fecharam. Ele olhava de Harry para Gina e de Gina para Harry, com o lábio inferior tremendo de raiva. Harry massageava as têmporas e olhava para os pés fixamente. Gina não se deixou abalar e continuou encarando o irmão. Este, se levantou e foi para o dormitório prevendo que explodiria se não o fizesse.
– Harry, desculpa – pediu Gina.
– Tudo bem. Mas dessa vez você foi longe de mais – ele respondeu.
– É, eu sei.
– Vocês querem que eu vá falar com ele? – me manifestei pela primeira vez.
– Não. Deixa que eu vou – respondeu Harry.
– Não – afirmou Gina. – Eu conheço o irmão que tenho. Eu vou.
Ela se levantou e seguiu rumo ao dormitório masculino.
– Então, é verdade? – perguntei ao Harry.
Ele confirmou com a cabeça e eu continuei:
– Onde? Quando? Por que não me contaram?
– Na Sala Precisa, há uns dois meses. Se tivéssemos te contado, o Rony ia ficar ainda mais furioso quando descobrisse.
– É, você tem razão.
–A Gina está demorando – comentou Harry, agoniado.
– Se acalma Harry. Você sabe como é o Rony.
– Exatamente por isso que eu estou ficando preocupado. Porque além de conhecer o Rony, eu conheço a Gina. E se ela ficar estressada vai acabar falando um monde de coisas que não deve.
– É, mas a Gina sabe se controlar. Muito mais que o Rony – comentei.
– Eu vi – ele ironizou.
Eu ri e ficamos em um silêncio agonizante por um longo tempo, até que Gina apareceu na escada.
– Até que enfim! – disse Harry, enquanto Gina se sentava conosco. – Como foi?
– Razoavelmente bem – ela respondeu calmamente.
– E o que aconteceu? – perguntei.
Flashback ON
Gina bateu na porta do dormitório masculino com os nós dos dedos e a abriu lentamente. Rony estava deitado em sua cama, olhando fixamente para o teto.
– Rony, posso falar com você? – perguntou Gina entrando no quarto e fechando a porta atrás de si.
– Não – ele respondeu.
– Mas eu vou falar assim mesmo – ela se sentou na beirada da cama de Rony e continuou. Rony, desculpa. Eu não queria ter dito aquilo.
– Mas você disse – ele retrucou.
– Mas só porque você me irritou. E, de qualquer modo, sua reação foi um tanto quanto exagerada.
– Exagerada? – ele se sentou em um pulo. – Eu descubro que o meu melhor amigo está dormindo com a minha irmã e você quer que eu fique como? Calmo?
– Antes de ser seu melhor amigo, o Harry é meu namorado. E se não tivesse sido com ele, teria sido com outro. Você devia estar feliz de ter sido com alguém que você conhece e confia.
– Mas você é minha irmãzinha – ele lamentou.
– E isso é mais um motivo para você me apoiar, Rony. Ou você preferia que tivesse sido com o Dino, por exemplo? Eu não cometi nenhum crime, Rony. Aliás, foi por isso que não te contamos. Sabíamos que você reagiria assim. O Harry disse que não podíamos contar nem para a Hermione, ou seria pior se você descobrisse que só você não sabia.
– É, o Harry realmente me conhece – ele riu.
– Pois é. Agora que você já sabe de tudo...
– Não – ele cortou Gina. – Ainda tem mais uma coisa que eu quero saber. Quanto tempo tem isso?
– Uns dois meses – respondeu Gina.
Ele confirmou com a cabeça e suas orelhas começaram a ficar vermelhas.
– Se acalma, irmãozinho – disse Gina. – Vai ficar chateado comigo?
– Não. Eu não conseguiria, mesmo se quisesse – ele respondeu e sorriu.
– E com o Harry?
– Também não, Gina – ela sorriu e ele continuou. – Mas eu vou ter uma conversa séria com ele.
– Só pensa no que vai dizer, O.K.? – ele confirmou com a cabeça e ela continuou. – Agora dá um abraço na sua irmãzinha.
Eles sorriram e se abraçaram.
– Bom, vou descer – disse Gina ao se separar do irmão. – Você vem?
– Não. Mas avisa ao Harry que depois eu vou querer falar com ele – respondeu Rony. – A sós.
– Tudo bem. Tchau – ela se levantou e saiu do dormitório.
Flashback OFF
– E aqui estou eu – disse Gina quando acabou de narrar sua conversa com Rony.
– Até que ele reagiu bem – comentei.
– É verdade – disse Harry. – Mas eu não entendi uma coisa. O que o Dino tem haver com isso?
– Nada. Mas eu não acredito que está com ciúmes! – disse Gina, sorrindo de orelha a orelha.
– Porque está sorrindo?
– Porque você está com ciúmes e isso é tão bonitinho – ela se levantou da poltrona e se sentou no colo de Harry. – Sabe que eu sou só sua, não é?
– Acho bom – ele riu e deu um beijo no pescoço de Gina.
Pigarreei e os dois me olharam.
– Querem que eu saia? – perguntei.
– Não – respondeu Harry. – Acho que eu vou falar com o Rony.
– Não acha melhor dar um tempo para ele? – perguntei.
– Não. É melhor você ir agora que eu já amansei a fera – disse Gina.
– Tudo bem – ele respondeu.
Gina se levantou de seu colo e ele levantou em seguida. Deu um último beijo na namorada, acenou para mim e foi para o dormitório masculino.
– E então, como está o namoro? – perguntou Gina, assim que Harry sumiu na escada.
– Ótimo – respondi. – Só que infelizmente, ele foi passar o Natal em casa.
Quando Gina ia responder, um grupo de quintanistas entrou pelo buraco do retrato e tivemos que mudar de assunto. Começamos a falar sobre coisas aleatórias, até que minha barriga roncou.
– Estou com fome – comentei.
– Percebi – ela riu. – Vamos almoçar?
– Não vai esperar o Harry?
– Não, depois ele vai com o Rony. Ele está demorando demais lá em cima.
– Tudo bem.
Fomos para o Salão Principal e este estava quase vazio, já que quase todos haviam ido passar o Natal em casa. Ficamos lá por um bom tempo, mas nem sinal do Harry ou do Rony.
Quando voltamos para o Salão Comunal da Grifinória, os dois estavam sentados em suas habituais poltronas, rindo e conversando.
– Muito bom – disse Gina. – Sabia que ficamos até agora esperando por vocês no Salão Principal?
– Desculpa – disse Rony. – É que a gente começou a conversar e acabamos perdendo a hora.
Nos sentamos junto a eles e eu perguntei:
– Então quer dizer que vocês se acertaram?
Eles se entreolharam e disseram em coro:
– Por aí.
– Que bom – disse Gina. – Eu não disse que não tinha motivo para estresse? – ela se dirigiu ao Rony.
– Pois é – ele respondeu e sorriu.
– Vamos fazer alguma coisa? – perguntei.
– Tipo o que? – perguntou Rony.
– Não sei. Que tal Snap Explosivo?
Houve um uníssono de concordância e Rony sugeriu:
– Nós dois – ele gesticulou para si e para mim – contra vocês dois – gesticulou para Harry e para Gina.
– Pode ser – respondi e troquei de lugar com Harry para que ficássemos ao lado de nossas respectivas duplas.
Rony foi pegar o jogo no dormitório e passamos a tarde inteira jogando-o. Nós dois ganhamos a maior parte das rodadas, já que Rony é o melhor de nós na maior parte dos jogos bruxos de tabuleiro.
Fomos jantar e ficamos até tarde no Salão Principal. Quando voltamos para o Salão Comunal da Grifinória, ficamos conversando sobre assuntos aleatórios até de madrugada.
Por volta das três horas da manhã, fomos para nossos respectivos dormitórios.
– Gina? – chamei aos sussurros.
– O que foi? – ela perguntou, usando o mesmo tom baixo.
Puxei-a pelo braço até a minha cama e fechei a cortina. Peguei a varinha e murmurei “Abaffiato”.
– Gina, eu queria te pedir desculpa – eu disse.
– Pelo que? – ele perguntou.
– Por você ter entregado o seu segredo, tentando proteger o meu.
– Imagina, Hermione! Aliás, foi ótimo não ter que continuar escondendo aquele segredo até de você. Foi um peso que tirei das minhas costas.
– Nesse caso, que bom que não estraguei tudo.
– Esquece isso, O.K.?
– Tudo bem.
– Agora me deixa dormir, porque estou tonta de sono.
– Boa noite.
– Boa noite.
Ela foi para sua cama e adormeci assim que minha cabeça tocou o travesseiro.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Leitores, além de reviews, peço indicações. Só assim para postar mais. Brigadinha por lerem e espero que estejem gostando da fic.