Pase lo que pase - VONDY escrita por beanunees


Capítulo 21
Fire




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/813834/chapter/21

P.O.V DULCE MARIA

 

A melhor decisão que tomei essa semana foi me isolar do mundo com o Christopher em La Condesa. Ele havia preparado tudo minuciosamente para garantir que nada pudesse nos interromper durante o nosso final de semana. Disse que avisou a todos para não ligarem ou mandarem mensagens e, em seguida, desligou o celular. Eu, por outro lado, mantive o meu ligado, caso algo acontecesse com a Mapi e eu precisasse voltar para a realidade de uma hora para outra.

Passar a tarde nos braços do meu verdadeiro amor era como um refúgio em outra dimensão. O sentimento de segurança, amor e acolhimento me invadiu de uma forma quase indescritível. Com ele, eu não precisava ser nada além de mim mesma. Não havia máscaras, nem expectativas; apenas a conexão pura que sempre tivemos, mesmo quando estávamos separados por circunstâncias.

Depois de uma tarde relaxante assistindo filmes, entre beijos roubados e risadas leves, senti o desejo de tomar um banho antes de começarmos a fazer a pizza caseira. Era algo que sempre fazíamos juntos entre uma turnê e outra, e me trouxe um calor nostálgico lembrar desses momentos compartilhados na cozinha, brincando, rindo e cozinhando como se o mundo lá fora não existisse.

Na bolsa, trouxe apenas o essencial, principalmente os produtos para o meu cabelo ruivo, que têm exigido cuidado redobrado desde que decidi mantê-lo assim, mesmo após o fim do contrato com a Garnier. O ruivo sempre foi algo marcante para mim, uma parte da minha identidade que decidi abraçar por completo.

Quanto às roupas, bem, eu não me preocupei. Sabia que acabaria usando as roupas do Chris, como tantas outras vezes. Adorava essa sensação, como se estar envolta nas camisas largas e confortáveis dele fosse mais um jeito de nos conectarmos, de nos envolvermos em nosso próprio pequeno mundo. E esse final de semana prometia ser exatamente isso: uma redescoberta da nossa intimidade, longe de tudo e de todos.

Ao sair do banho, encontrei Christopher na cozinha, já preparando os ingredientes para a pizza. Ele sorriu quando me viu vestida com uma de suas camisas antigas, e eu não pude deixar de retribuir. Era como se cada detalhe desse final de semana fosse cuidadosamente desenhado para nos lembrar de quem éramos juntos – e do que ainda poderíamos ser.

Ao me aproximar da cozinha, o cheiro fresco dos ingredientes que Christopher já havia começado a preparar tomou conta do ambiente. A massa da pizza estava sendo aberta por ele com uma leve concentração nos olhos, enquanto seus dedos deslizavam pelo balcão como se conhecessem aquele ritual há muito tempo.

— Isso me lembra os velhos tempos — comentei, me apoiando no batente da porta, observando-o com um sorriso suave.

Ele ergueu os olhos, interrompendo o movimento das mãos, e deu aquele sorriso meio torto que sempre me desarmava.

— Você sempre foi melhor nisso do que eu — respondi rindo, aproximando-me da bancada para ajudá-lo. Ele me estendeu um pedaço de massa e fez um gesto com a cabeça para que eu continuasse.

— É só seguir o instinto — disse ele, com aquele tom leve, mas profundo ao mesmo tempo. — Como tudo o que a gente faz juntos, não é? Sempre funcionou assim.

Enquanto preparávamos a pizza lado a lado, o clima leve que dominava o ambiente começou a se intensificar. Cada movimento parecia coordenado, como se estivéssemos numa dança invisível, sincronizada pelo tempo e pelas memórias compartilhadas. Eu não conseguia tirar o sorriso do rosto; cada segundo ao lado dele me fazia sentir mais viva, mais em casa.

— Você falou com a Mapi antes de vir? — ele perguntou, me observando enquanto eu cortava os ingredientes.

— Falei sim, ela estava superanimada para passar o final de semana com minha irmã. Foi difícil deixar ela ir, mas ela precisa desse tempo também — expliquei, tentando mascarar a saudade que sempre ficava quando eu estava longe da minha filha.

— E você? Está bem? — Ele parou o que estava fazendo, olhando diretamente para mim, sua preocupação evidente. A pergunta tinha peso, não era apenas sobre o momento, mas sobre tudo o que estávamos enfrentando.

— Estou melhor. Tudo tem sido um processo. Às vezes parece que estou equilibrando tantos pratos ao mesmo tempo: ser mãe, minha carreira, lidar com a mudança. Mas estar aqui com você... — hesitei, deixando as palavras saírem aos poucos. — Estar aqui me lembra de que as coisas podem dar certo. Que podemos dar certo.

Christopher se aproximou lentamente, apoiando as mãos nas minhas costas e me puxando gentilmente para perto. Ele inclinou a cabeça, seus olhos nos meus, e me deu um beijo suave, terno, como se quisesse confirmar aquilo sem palavras. Foi um beijo que me trouxe paz, mas também despertou a urgência de sentir mais, de não deixar aquele momento escapar.

Nos afastamos só o suficiente para o encarar, ainda próximos. Seus dedos deslizaram pelos meus cabelos úmidos, e ele sorriu.

— Vamos terminar essa pizza antes que eu te arraste para o sofá e esqueça do jantar.

Soltei uma risada, sentindo meu corpo relaxar completamente ao lado dele. Voltamos a preparar a pizza, agora com um clima ainda mais íntimo, trocando olhares e toques leves, saboreando cada instante como se o tempo não existisse.

Quando finalmente colocamos a pizza no forno, nos sentamos no sofá, ele deitou a cabeça em meu colo, e eu comecei a acariciar seus cabelos. O ambiente estava silencioso, mas não precisávamos de palavras. A cada toque, a cada olhar, parecia que estávamos reconstruindo algo que nunca deveria ter sido quebrado.

— Você acha que vamos conseguir, Dul? — ele perguntou baixinho, quase num sussurro, enquanto eu passava os dedos pelos seus cabelos.

— Eu acho que estamos no caminho certo — respondi, sentindo meu coração acelerar. — E isso é o mais importante.

Ele fechou os olhos, como se minhas palavras fossem tudo o que ele precisava ouvir, e naquele momento, enquanto o calor do forno começava a encher a sala, o futuro parecia um pouco mais brilhante.

Enquanto eu continuava fazendo carinho nos cabelos de Christopher, sentia o calor do corpo dele se espalhar por todo o meu. Ele permanecia deitado no meu colo, os olhos fechados, mas havia algo no ar que fazia o ambiente mudar, como se a eletricidade entre nós estivesse se intensificando a cada toque, a cada silêncio compartilhado.

Meu coração começou a bater mais rápido quando ele ergueu a cabeça, abrindo os olhos lentamente e me encarando com aquele olhar profundo, cheio de intenções. Sem dizer uma palavra, Christopher se levantou e se aproximou de mim no sofá, os lábios roçando levemente os meus. O toque suave se transformou num beijo mais intenso, seus dedos se movendo pela minha nuca e descendo pelas minhas costas, trazendo meu corpo ainda mais para perto do dele.

— Dul... — ele sussurrou entre um beijo e outro, seus lábios mal se afastando dos meus. — Eu esperei tanto por isso...

Eu podia sentir a urgência em cada movimento dele, o desejo acumulado em cada toque. Minha respiração ficou mais pesada, e as mãos dele agora percorriam minha cintura, subindo e descendo, explorando cada curva. Não demorou muito até que nos levantássemos, nossos corpos colados, e ele começasse a me guiar lentamente em direção ao quarto.

A atmosfera parecia mais carregada de desejo a cada passo que dávamos. Ao chegar ao quarto, Christopher me virou de frente para ele, nossas respirações ofegantes, e começou a me despir com cuidado, como se estivesse saboreando cada momento. Ele me puxou para a cama, e os lençóis frios contrastavam com o calor que emanava dos nossos corpos. A intensidade crescia a cada beijo, cada toque, enquanto nos perdíamos um no outro, os sons suaves dos nossos suspiros preenchendo o quarto.

Perdidos naquele momento de entrega e paixão, parecia que nada mais importava. O tempo parecia suspenso enquanto explorávamos o corpo um do outro, redescobrindo cada sensação, cada centímetro da pele. Nossos corpos se moviam juntos, como se soubessem exatamente o que o outro queria. Era como se todas as dúvidas e incertezas do passado tivessem se dissipado, deixando apenas o desejo e a conexão profunda que sempre existiu entre nós.

No auge daquele momento, a realidade se esvaiu por completo, e por um tempo tudo o que existia era ele e eu. O calor dos nossos corpos, os toques, os beijos — era como se estivéssemos nos reconectando de uma forma que há muito tempo não fazíamos.

Mas, então, de repente, um cheiro forte começou a invadir o quarto. Meu nariz franziu, e Christopher parou, percebendo ao mesmo tempo que eu. Nos olhamos confusos por um segundo, até que o som agudo de um alarme começou a soar, nos arrancando bruscamente daquele transe.

— A pizza! — dissemos ao mesmo tempo, quase rindo em meio ao momento interrompido.

Christopher se levantou rapidamente, puxando a calça e correndo para a cozinha, enquanto eu, rindo, tentava me recompor e segui logo atrás dele. Quando chegamos à cozinha, o forno soltava fumaça, e o cheiro de pizza queimada era inconfundível.

— Eu acho que passamos um pouquinho do ponto... — ele disse, com um sorriso brincalhão, tirando a assadeira do forno.

A pizza estava arruinada, completamente queimada, mas ao olhar para Christopher, suado e rindo da situação, eu não pude deixar de me sentir feliz. Estar ali, rindo juntos depois de tudo o que passamos, parecia o começo de algo novo.

— Bem, sempre podemos pedir uma pizza de verdade — brinquei, me aproximando e passando os braços ao redor dele.

— Ou podemos pular direto para a sobremesa — ele sugeriu com um olhar malicioso, fazendo com que eu risse e o puxasse para outro beijo, esquecendo completamente da pizza queimada e aproveitando cada segundo daquele reencontro tão esperado.

A cozinha, com seu cheiro de pizza queimada, logo se tornava um detalhe irrelevante no meio da atmosfera carregada de desejo que ainda pairava entre nós. Rindo do desastre culinário, Christopher se virou para mim, puxando-me de volta para seus braços, e eu senti o calor do seu corpo imediatamente se misturar ao meu. O sorriso malicioso nos lábios dele era tudo o que eu precisava para entender que aquela noite estava apenas começando.

Ele me puxou suavemente pela cintura, nossas respirações sincronizadas, e em um instante estávamos de volta ao quarto. O silêncio ali não era mais interrompido por alarmes ou fumaça; apenas nossos corações acelerados e o som dos lençóis sendo puxados enquanto nos deitávamos juntos de novo.

Christopher deslizou suas mãos pelos meus braços, subindo até meu rosto, como se quisesse memorizar cada detalhe, cada sensação. Nossos olhares se cruzaram, e ele sorriu, inclinando-se para me beijar com mais intensidade, dessa vez sem pressa. O beijo era profundo, cada toque mais delicado e intencional, carregado de um desejo quase palpável. Sua boca explorava a minha, e eu sentia cada parte do meu corpo despertar em resposta.

Ele se deitou sobre mim, os corpos se alinhando perfeitamente, e senti o peso confortável do seu corpo contra o meu. A textura da sua pele quente contra a minha me fez suspirar, e minhas mãos encontraram o caminho para seus ombros e costas, traçando linhas invisíveis de desejo. Ele se movia com cuidado, como se pudesse me machucar ou como se quisesse guardar cada segundo desse momento em suas memórias.

O quarto estaria tomado pela escuridão se não fosse pela luz do poste da rua, e a luz indireta apenas realçava o brilho nos olhos dele, que não deixavam de me observar. Seus beijos desceram para o meu pescoço, e eu arqueei o corpo em resposta, sentindo cada toque como uma corrente elétrica passando por mim. Ele estava fazendo questão de beijar cada centímetro do meu corpo para me mostrar que ele estava marcando o território novamente.

Christopher me envolveu nos braços, e eu senti o desejo crescer, preenchendo todos os espaços entre nós. A cada estocada, a cada beijo, era como se todas as barreiras que antes existiam entre nós estivessem desaparecendo. Confesso que eu não lembrava o quão grande ele era, e demorei a me acostumar com o seu pau dentro de mim.

— Estou te machucando, amor? — perguntou quando percebeu que eu estava tensa demais.

— Não, amor. Eu só não lembrava o quanto você era grande. Só vou levar alguns segundos para me acostumar.

— Maria, Maria. Assim você me deixa mais louco por você. — Me responde com a voz rouca de desejo por mim.

À medida que meu corpo se acostumou, ele começou a se mover com mais rapidez, o nosso tesão aumentou cada vez mais, levando-nos a uma euforia indescritível. O calor que nos envolvia parecia tomar conta de tudo, nossos corpos estavam suados e a nossas respirações estava cada vez mais descompassadas.

Eu sentia meu corpo todo se retrair e com isso ele acelerou seu ritmo e me fez chegar ao clímax primeiro, eu estava me desmanchando embaixo ele quando ele finalmente chegou a vez dele de explodir dentro de mim.

Nossos corpos relaxaram, as respirações ofegantes começando a desacelerar. Ele permaneceu sobre mim por alguns segundos, os lábios ainda colados aos meus, até que rolou suavemente para o meu lado, puxando-me para seus braços. Me aconcheguei ao peito dele, sentindo o ritmo do seu coração, agora calmo, enquanto o silêncio tomava conta da noite.

Eu fechei os olhos, satisfeita e tranquila, e ele me beijou a testa suavemente.

— Eu esperei tanto por isso — ele murmurou, sua voz baixa e carregada de emoção.

— Eu também, Chris — respondi, sentindo o conforto de finalmente estar onde eu sempre quis.

O mundo lá fora poderia esperar. Tudo o que importava agora era o momento que compartilhávamos, apenas nós dois, na intimidade que sempre pertencera a nós. E, de alguma forma, sabíamos que aquele era apenas o começo de algo ainda maior. 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me matem por não escrever um hot bem detalhado, eu ainda estou sabendo lidar com cenas como essas, prometo que farei melhor nos próximos, ok?

Finalmente nós vencemos, irmãs. AMÉM.

Vejo vocês no próximo capítulo.

Beijinhoooooos...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pase lo que pase - VONDY" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.