Os últimos dragões escrita por Break
Em uma ilha, onde o sol se escondia atrás de densas nuvens de cinzas e as ondas quebravam furiosamente contra rochas de obsidiana, erguia-se um castelo negro, o lar de Daemon e Rhaella, um refúgio que parecia moldado pela própria Valíria em seus dias de glória. Os moradores das pequenas vilas abaixo do castelo viviam sob a sombra dos dragões e do casal que agora governava a ilha, seus soberanos tão distintos quanto complementares.
Daemon, com sua presença avassaladora e força implacável, era um homem de poucas palavras e muitas ações. A espada Irmã Sombria, que ele portava com orgulho, era um legado de um ancestral rebelde, um eco de um passado de glória e sangue. Conseguir a espada foi um feito inimaginável, ganhou de um homem bêbado num bar do porto. Ele havia sido nomeado em homenagem ao Príncipe Rebelde, e, assim como ele, parecia destinado a deixar sua marca no mundo. Em pouco tempo após tomar as rédeas do lugar, transformou a ilha em um local próspero, uma fortaleza de poder e riqueza construída com determinação feroz e uma visão única das coisas.
Rhaella, por outro lado, era um contraste marcante ao irmão. Delicada e serena, sua presença trazia paz onde a de Daemon semeava guerra. Desde o nascimento, era evidente que Rhaella era diferente de Daemon. Enquanto ele havia lutado por três dias para nascer, com a fúria e a força de um dragão, Rhaella veio ao mundo quase como um sussurro, tão pequena e frágil que as parteiras temeram por sua vida. Ela era o equilíbrio para a tempestade que era Daemon, uma luz suave para contrabalançar a escuridão que ele carregava.
A ilha prosperava sob o domínio deles, mas havia uma aura de mistério e perigo que permeava o ar, como as brumas que frequentemente envolviam o castelo. Os dragões, gigantescos e imponentes, eram tanto protetores quanto ameaças constantes, seus rugidos ecoando pelas montanhas de obsidiana, misturando-se com o som das ondas quebrando nas rochas. Dragões que chocaram na cratera abaixo do castelo.
Daemon e Rhaella eram amados e temidos, respeitados e admirados. Eles eram o sangue do dragão, as últimas chamas reais da casa Targaryen, sobreviventes de uma linhagem quase extinta, mantidos em segredo, longe dos olhos de Westeros. Daemon, com sua força e destemor, e Rhaella, com sua graça e gentileza, formavam um equilíbrio perfeito, governando a ilha com uma harmonia que, apesar das diferenças, era inquebrantável. Juntos, eles eram como a espada e o escudo, a guerra e a paz, um reflexo de tudo que Valíria, ou até Westeros, um dia representou.
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O dia estava acabando em King's Landing, mas a inquietação de Robert Baratheon apenas crescia. A notícia da gravidez de Daenerys Targaryen parecia uma punhalada em suas costas, reabrindo feridas que ele acreditava já terem cicatrizado. A ideia de um novo dragão nascendo no mundo o enfurecia mais do que ele estava disposto a admitir. Ned Stark, sempre calmo e sensato, tentara trazer alguma clareza à mente de Robert., mesmo que parecesse um esforço inútil.
— Ela é apenas uma menina, Robert, casada com um selvagem. O que pode realmente fazer contra você? — Ned perguntou olhando nos olhos de Robert — E Viserys não passa de um tolo obcecado por uma coroa que jamais terá. Não vale a pena desperdiçar seu sono com eles.
Mas as palavras de Ned, tão lógicas e ponderadas, mal conseguiam penetrar a nuvem de paranoia que começava a envolver o rei, era uma névoa tão espessa que poderia ser cortada por uma espada e ele temia que a espada para cortar sua paranoia fosse a Irmã Sombria. A ameaça parecia palpável, como um peso em seus ombros, mesmo que todos ao seu redor insistissem que não havia perigo real.
Naquela noite, após se afogar em vinho e tentar redirecionar suas preocupações para prazeres fugazes, Robert caiu em um sono perturbado. Porém, como nas noites anteriores, a paz lhe foi negada de maneira amarga. Ele se viu novamente em uma sala mal iluminada, o calor da lareira a única fonte de luz, onde uma figura etérea o aguardava, como a maldita sempre parecia aguardar.
A garota valiriana estava lá, sentada em uma poltrona próxima à lareira, a mesma vadiazinha que o assombrava há dias. Seus olhos lilases brilhavam suavemente, refletindo as chamas dançantes. Ela parecia mais real do que antes, como se tivesse cruzado a barreira entre o sonho e a realidade e se tornado física. Em seus braços, ela segurava um bebê, aparentemente robusto, envolto em panos finos. Ao lado dela, sentado na guarda da poltrona, estava o homem que sempre a acompanhava, o guerreiro com a Irmã Sombria na bainha, uma figura imponente que sorria com uma ternura doce para o bebê, como se admirasse sua obra, como ele nunca havia sorrido para seus filhos.
Robert sentiu o coração acelerar. O que era aquilo? Uma visão? Um aviso? Ele tentou falar, mas as palavras não vieram. Tudo o que podia fazer era observar, impotente. Ela ergueu os olhos, encontrando os olhos de Robert.
— Daenerys não é uma ameaça para você — sussurrou a garota, sua voz suave, mas carregada de uma força que Robert não podia ignorar.
O rei sentiu um arrepio percorrer sua espinha. As palavras dela ecoaram em sua mente, ressoando com uma verdade que ele não queria aceitar. Era como se aquela visão estivesse tentando lhe mostrar algo que ele não conseguia ver, uma realidade que ele estava se recusando a enxergar. Mas antes que pudesse entender o que realmente significava, a imagem começou a desvanecer, deixando Robert sozinho, suando e ofegante, com o som de seu próprio coração martelando em seus ouvidos. Os lençóis bagunçados embaixo do seu corpo.
A sombra da dúvida e do medo cresciam dentro dele. O que aquela garota significava? E por que, apesar de tudo, ele não conseguia afastar a sensação de que ela e o homem ao lado dela representavam algo muito maior, algo que ele não podia controlar?
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As notícias chegaram aos ouvidos de Robert como um trovão, um som que ecoava por todo o salão da Fortaleza Vermelha. Dragões, dizem os rumores, foram avistados nas ruínas da Antiga Valíria. O mensageiro que trouxe a notícia parecia assustado, seu rosto pálido e o olhar furtivo, como se as palavras que carregava pudessem invocar algo sombrio.
A princípio, Robert achou a ideia absurda, algo tirado das histórias para crianças. Mas quanto mais ouvia, mais a semente da paranoia começava a brotar em sua mente. As visões da garota valiriana, do homem com a Irmã Sombria, as palavras que ela sussurrava em seus sonhos... Tudo isso se entrelaçava com o medo primitivo que ele sempre teve dos Targaryen, do que significava o sangue do dragão. Robert sempre soube o que significa ser o sangue do dragão, mas as últimas gerações eram tão fracas que quase o deixou esquecer.
Naquele mesmo dia, Robert convocou o Pequeno Conselho, cada um de seus homens de confiança. Ele não conseguia disfarçar sua inquietação, andando de um lado para o outro enquanto os conselheiros se reuniam.
— São apenas boatos, Robert — disse Ned com sua típica franqueza. — Não há montadores de dragões no mundo há mais de um século, e mesmo que esses boatos sejam verdadeiros, um dragão sem um cavaleiro é apenas uma fera selvagem. Não há ameaça real.
— Não há o que se preocupar, majestade — começou o grande meistre Pycelle. — Todos sabem a história da Vermithor, a fúria de bronze, após perder seu montador, Hugh Hammer, atacou todos como iguais — o homem viu o olhar curioso do rei em sua direção, o que deu energia para continuar. — Um dragão sem cavaleiro não tem aliados nem inimigos. Não é uma ameaça.
Mas a tranquilidade dos conselheiros não acalmou o coração de Robert. Ele parou por um momento, voltando-se para o velho amigo, as sombras das tochas dançando em seu rosto suado, fazendo as gotas de suor reluzir as chamas.
— E se não forem apenas boatos, Ned? E se os Targaryen encontraram um modo de voltar, mais fortes do que antes? — Ned suspirou, vendo o peso da paranoia que apertava o amigo.
— Mesmo que houvesse dragões, quem os montaria? Viserys é um tolo, e Daenerys... é apenas uma menina, casada com um Dothraki que teme o mar — Robert encarou Eddard como se ansiasse cada vez mais o que ele ia falar. — Ela é uma Khaleesi, monta cavalos, não dragões — Ned disse por fim, respirando profundamente.
— Majestade, é provável que os pescadores tenham se confundido com as inúmeras estátuas que ainda permanecem nas ruínas. As lendas falam de estátuas que lembram dragões, feitas em homenagem aos antigos deuses valirianos. Não há razão para acreditar que algo mais esteja à espreita nas sombras de Valíria — foi a vez de Petyr Baelish falar. — Não há vida em Valíria.
Robert ouviu as palavras de seus conselheiros, mas a inquietação continuava a crescer. Algo dentro dele sussurrava que havia mais naquela história, algo que eles não estavam vendo, algo que nem Varys deveria saber ainda. A cada dia que passava, as palavras da garota valiriana ecoavam em sua mente, e a imagem do homem ao lado dela, com aquele sorriso enigmático e a lâmina de aço valiriano reluzindo, o perseguia até em suas horas mais solitárias.
Robert sabia que Ned tinha razão, mas a paranoia já estava enraizada, uma sombra que o acompanharia, não importando quão lúcido tentasse ser. Mesmo com as palavras de seus conselheiros, uma parte dele não conseguia afastar a sensação de que o perigo estava mais próximo do que eles imaginavam, espreitando nas sombras, aguardando a hora de soltar suas chamas sobre eles.
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Na ilha valiriana, o sol estava começando a se pôr, lançando uma luz dourada sobre a paisagem áspera e os edifícios de obsidiana. Em uma parte isolada da ilha, Daemon estava ocupado com uma tarefa que exigia sua atenção impiedosa. Um ladrão de ovelhas, capturado enquanto tentava fugir com sua carga, estava ajoelhado diante dele, tremendo sob a fúria do senhor da ilha.
Daemon, com a sua presença ameaçadora e os músculos tensos, estava claro que não era um homem para se brincar, ninguém desafiava ele. Seu olhar, normalmente ardente e intenso, estava agora mergulhado em uma tempestade de raiva, como uma nuvem de tempestade se formando a cada respiração. Ele não poupava palavras ou gestos, tratando o ladrão com a dureza de um lorde que não tolera a desobediência.
— Não há espaço para ladrões nesta ilha — Daemon vociferava, sua voz retumbando como um trovão. — Apenas aqueles que respeitam a ordem e trabalham duro têm um lugar aqui — o ladrão, com olhos arregalados e lábios secos, tremia enquanto implorava por misericórdia, mas Daemon não parecia ser o homem que ofereceria compaixão porque não era. — Você vai pagar por cada um dos animais, se não com dinheiro, com sua vida.
A situação estava se tornando cada vez mais violenta, e os pastores que reclamaram do roubo mantinham distância, cientes de que interferir não era uma opção, até porque ninguém interferia nos assuntos de Daemon, ninguém exceto Rhaella, que se aproximava vagarosamente, seus passos suaves e cuidadosos ecoando uma fragilidade que contrastava com a brutalidade do momento. Seus olhos lilases como lavandas observavam a cena com uma mistura de preocupação e tristeza. Ela parou a uma distância respeitosa, sua presença quase etérea enquanto observava o marido.
— Daemon — ela disse, sua voz, embora baixa, era suficiente para alcançar seus ouvidos. Doçura em sua voz um contraste marcante com a violência que acabara de testemunhar.
Daemon, virando-se bruscamente, olhou para Rhaella. A raiva que antes dominava seu rosto começou a ceder, dando lugar a uma expressão de afeto e ternura. Sem uma palavra, ele largou bruscamente o homem que estava prestes a punir, sua atitude mudando de maneira abrupta. A transição foi tão dramática que até o ladrão, agora ciente de sua sorte, notou a diferença. A fúria de Daemon havia se transformado em um amor doce e delicado, dedicado apenas para sua esposa.
Rhaella, com sua presença serena e gentil, aproximou-se ainda mais, e Daemon, agora completamente diferente do homem que havia ameaçado o ladrão momentos antes, se dirigiu a ela com um olhar de adoração. O contraste entre a violência que acabara de mostrar e a ternura que oferecia a Rhaella era palpável, um lembrete de como ele era capaz de mudanças rápidas, indo da raiva pura para o amor profundo.
Com um gesto carinhoso, Daemon tocou a mão de Rhaella e a conduziu para longe da cena. O ladrão, agora solene e amedrontado, observou enquanto Daemon e sua esposa se afastavam. A sensação de alívio e medo ainda pairava no ar, enquanto a cena revelava a complexidade e profundidade do relacionamento entre Daemon e Rhaella.
Quando Daemon e Rhaella se afastaram um pouco da cena de violência, Daemon puxou-a para junto de si, encostando as testas uma na outra. A sua presença era um escudo contra o mundo externo, e o calor de seu corpo oferecia um extremo para a suavidade de Rhaella.
Os olhos de Daemon encontraram os dela, e naquele instante, ele viu algo que apenas um verdadeiro dragão poderia ver. Nos olhos lilases de Rhaella, ele enxergava a chama interna, uma centelha de força e coragem que desafiava a delicadeza de sua aparência. Era a chama dos Targaryen, um brilho que simbolizava não apenas a sua herança, mas a profunda conexão entre eles. Sua mãe sempre dizia que eles foram feitos para queimar juntos. E queimariam.
Daemon sorriu com uma expressão de adoração, um sorriso que iluminava seu rosto de maneira que contrastava com a severidade de momentos anteriores. Sem precisar de palavras, ele baixou a cabeça e beijou-a demoradamente, cada toque de seus lábios carregado com uma mistura de paixão e ternura. O beijo era uma promessa silenciosa, um lembrete de que, apesar das adversidades e das tempestades que poderiam surgir, a ligação entre eles era inabalável.
Enquanto os dois se afastavam lentamente do beijo, Daemon manteve os olhos fixos nos de Rhaella, seu olhar carregado com um amor que parecia transcender as palavras. Ele sabia que, apesar das aparências, o que eles compartilhavam era algo raro e precioso, algo que merecia ser protegido acima de tudo.
— Daemon, venha para o quarto comigo, por favor. Preciso de um tempo a sós com meu marido — Rhaella, com uma expressão suave e um sorriso que irradiava ternura, disse num tom de voz baixo, apenas para ele ouvir.
Sua voz era um sussurro gentil, como se cada palavra fosse um convite para um refúgio tranquilo longe das preocupações e das tensões do mundo exterior. Ela tomou a mão dele com um gesto carinhoso e guiou-o suavemente, sabendo que, após a intensidade do momento, o conforto e a intimidade de seus momentos privados seriam o melhor bálsamo para ambos.
Daemon, entendendo o que ela queria e apreciando o cuidado com que ela o convidava, seguiu-a com um olhar de devoção. Juntos, eles se afastaram do tumulto e da violência, caminhando em direção ao quarto, onde poderiam desfrutar da paz e do carinho que sua relação lhes proporcionava. O ladrão, que agora era capturado pelos pastores, pouco importava para ele.
No quarto principal do castelo, Daemon guiou Rhaella até a cama com uma delicadeza que parecia quase incongruente com sua natureza feroz. Seus toques eram cuidadosos, como se ela fosse feita de vidro, capaz de se quebrar ao menor movimento brusco. Ele conhecia sua fragilidade, e naquele momento, seu único desejo era garantir que ela se sentisse segura, amada e, acima de tudo, desejada.
Com um gesto suave, ele a colocou por cima, entregando-lhe o controle, permitindo que ela ditasse o ritmo. Rhaella, com sua natureza gentil, assumiu a liderança, cada movimento seu cheio de cuidado e intimidade, refletindo o profundo vínculo que compartilhavam. O mundo exterior, com todas as suas preocupações e perigos, desapareceu, deixando apenas os dois, unidos por um amor que transcendia o tempo e o espaço.
Quando finalmente chegaram ao fim, Rhaella repousou contra o peito de Daemon, ambos ofegantes, mas serenos, satisfeitos e completos. Daemon a envolveu em seus braços, seu rosto sério suavizando-se com uma expressão que ele raramente mostrava a qualquer outro. Ele a observou por um momento, os olhos violeta escura brilhando com uma intensidade quase reverente.
— Eu conquistaria o mundo por você — Daemon admitiu em um sussurro rouco, sua voz carregada de sinceridade e devoção. Essas palavras, simples mas carregadas de significado, ecoaram no quarto silencioso. Para Daemon, Rhaella era mais que sua esposa; ela era seu porto seguro, sua paz em meio ao caos. E por ela, ele estava disposto a enfrentar qualquer desafio, derrubar qualquer inimigo, e, se necessário, erguer-se acima de todos os reinos. Rhaella, ainda envolvida nos braços de Daemon, levantou a cabeça para olhar nos olhos dele.
— Eu não desejo o mundo, Daemon. Apenas você já é o suficiente para mim — disse ela com um sorriso doce e uma expressão serena.
As palavras de Rhaella eram como uma âncora para Daemon, reafirmando que, apesar de sua ambição e força, o que mais importava para ela era a presença dele, e isso era tudo o que ela precisava para ser feliz. Ele sorriu, tocando suavemente o rosto dela, absorvendo a profundidade do amor que compartilhavam.
Mas mesmo nesse momento de paz, um servo interrompeu a tranquilidade, trazendo notícias de além-mar. Daenerys, a prima distante de ambos, havia se casado com um khal dothraki. A informação pairou no ar, pesada e carregada de implicações. Daemon, sempre atento a tudo que envolvia o sangue do seu sangue, ouviu com interesse, mas sem muita emoção.
Rhaella, por outro lado, reagiu de forma diferente. Embora nunca tivesse conhecido Daenerys, o pensamento de uma garota tão jovem, nascida de sua mesma linhagem, sendo dada em casamento a um guerreiro selvagem, a fez tremer involuntariamente. A ideia de casar-se com alguém tão diferente, tão feroz, era algo que ela mal podia conceber. Rhaella conhecia a gentileza que seu irmão-esposo lhe reservava, mas também conhecia sua fúria — e se perguntava como seria para alguém sem a delicadeza de Daemon.
— Casar com um selvagem… — Rhaella murmurou, visivelmente perturbada. Seus olhos lilases ficaram sombrios, e ela apertou o corpo contra o de Daemon, buscando conforto. — Eu... não consigo imaginar — Daemon, percebendo o temor nos olhos da esposa, puxou-a ainda mais para perto, envolvendo-a em um abraço protetor.
— Você nunca precisará se preocupar com isso, Rhaella — ele disse com firmeza. — Nunca permitirei que algo assim aconteça com você. Irmã Sombria faria picado do primeiro selvagem que te reivindicasse como esposa — a garota sorriu e ele a segurou firme, sentindo a tensão dela aos poucos se dissolver sob seu toque. Mesmo com as incertezas que rondavam a notícia sobre Daenerys, Daemon estava determinado a proteger Rhaella de qualquer mal, de qualquer medo que pudesse assombrá-la. Ela era o seu mundo, e ele faria qualquer coisa para mantê-la segura e feliz.
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