Kidanapped Sister escrita por Any Sciuto
Grisha Callen caminhava por uma rua escura na noite mais escura de Los Angeles. Ele já fez muitas coisas imprudentes e encontros desse tipo significavam que o informante não queria ser detectado por ninguém.
Ele manteve seu telefone no bolso, junto com um gravador de voz já ligado. O outro barulho naquele beco escuro que ele entrou, o ponto marcado do encontro eram os saltos de um sapato, dando a primeira indicação de que a pessoa era uma mulher.
— Você está com um grampeador? – A voz da garota perguntou. – Não ficarei irritada. Acho que as pessoas precisam de uma garantia hoje em dia.
— Minha esposa me proibiu de sair sem um, desculpe. – Callen confessou. – Ela meio que está rastreando meu telefone.
— Garota esperta. – A mulher entregou um bolo de folhas e pastas. – Eu não posso dizer que a agencia para a qual eu trabalhava levou em consideração, mas sendo quem são, eu não estou surpresa.
— Você disse que seu codinome era gavião, certo? – Callen perguntou. – Esse tipo de codinome me parece forte.
— Eu levei evidencias de uma série de assassinatos interligados e eles não deram a mínima atenção. – A garota cuspiu. – Esses filhos da puta eram ligados ao cara. Eu fingi minha morte para escapar e espero manter assim.
— Você sabe que eu preciso checar a veracidade, certo? – Callen sentiu um arrepio. – Mas se quiser me adiantar...
— Assassinatos de mulheres abaixo dos trinta anos, sempre uma mulher de cabelos castanhos, com autoridade elevada, mas não do tipo de sua esposa. – A garota sorriu. – Sim, eu investiguei. Sou desconfiada e com complexo de controle.
— Então, todas foram assassinadas em datas especificas? – Olhando o mapa, Callen notou uma linha vermelha circulando várias cidades. – Espere, ele não foi para New Orleans.
— Todas as cidades que ele atacou eram cidades com boas policias, mas falhas. – Allie se encostou na parede ao lado dela. – Eu acho que ele sabia algo sobre a cidade que o impediu.
— Você esteve bastante envolvida nisso. – Callen observou a garota olhar para ele, respirando fundo. – Moça?
— Agente Callen, acho que você deveria correr. – Allie se virou a tempo de empurrar Callen para o lado e receber um tiro. – Ache o homem.
Callen não queria deixar a jovem no chão, mas ele não podia ver o assassino da jovem. Ele correu para o carro, pegando o celular e discando frenético para o 911 antes de ligar o carro e fugir de lá rápido o suficiente e dirigir longe.
— Agente especial G Callen. – Ele bufou de medo. – Eu tenho uma pessoa baleada na avenida Carnie. Por favor.
— Certo, estamos mandando uma viatura. – A atendente disse e enviou os carros.
Só então, Callen ligou para Elisa, ansioso para descobrir se a esposa dele estava mesmo perto dele. Tudo o que ele precisava era de sua garota e um lugar iluminado.
Elisa observou seu marido entrar no restaurante quase vazio e se levantou, correndo para dar um abraço nele, quase como se ele tivesse desaparecido por anos.
— Está tudo bem, agora. – Elisa suspirou para ele. – Eu deixei sua irmã no nosso carro. Ela adormeceu durante nossa vigilância.
— Sim, com Sam fora, eu fico feliz que ela esteja com a gente. – Callen respirou. – Eu vi aquela moça levar um tiro e eu só fugi.
— Você quase morreu, Grish. – Elisa começou a olhar os documentos de casos. – Que coisa.
— Vendo algo estranho, amor? – Callen a observou pegar sua caneta e um guardanapo. – O que foi?
— As datas. – Elisa começou a anotar, esperando que sua memória ativasse. – Elas são todas datas que eu por algum motivo sei quando foram.
Any pegou seu telefone. Ela havia recibo uma mensagem de alguém, mas não reconheceu o número. Era uma ameaça mais do que explicita.
Abrindo a porta, ela foi atingida por algo e caiu no chão, deixando seu telefone cair debaixo do carro de Elisa.
Felizmente, a mensagem de alerta dela avia sido enviada antes de algo acontecer. Seu corpo começou a enfraquecer, com tremores e uma dor aguda, dizendo a ela que o que quer que estava naquela seringa estava agindo rápido demais.
— Grisha.... – A voz de Any era fraca demais e ela fechou os olhos, sentindo que alguém a puxava, mas não podendo fazer nada.
Callen e Elisa se assustaram quando uma mensagem de Any chegou. O sangue de ambos gelou antes de simplesmente colocarem duas notas sobre a mesa, pegassem os documentos e corressem até o carro.
A palavra de perigo era “menta com chocolate” e já estava pré-digitada. Correndo até o carro, Elisa notou a porta aberta e a janela quebrada. Havia dois policiais e quando viram a juíza, eles perceberam que as coisas eram mais sérias.
— Agente federal. – Callen usou seu distintivo. – O que aconteceu aqui, oficial?
— Agente Elisa. – Ela usou seu distintivo também. – Sou a dona do carro. Minha cunhada, onde ela está?
— Eu acho que ela está em perigo. – Um dos oficiais foi direto. – Oficial Itadori e oficial Getou. Várias pessoas nos chamaram sobre quatro homens atacando uma garota e a sequestrando.
Callen discou o número de sua irmã, torcendo que ela ainda tivesse seu celular. Todos olharam para debaixo do carro e Elisa exigiu luvas. Ela as colocou e se abaixou, notando o aparelho com a tela quebrada, mas ainda funcionando.
Grisha congelou ao ver o aparelho, sentindo o frio subindo pela espinha e a gota de suor que mesmo em um tempo frio deslizou pela sua testa.
— Lise... – O agente sentiu seu peito arder de medo. – Ela foi levada.
Elisa apertou as mãos, tomando cuidado com o aparelho e colocou ele em um saco de provas antes de puxar seu marido para um abraço. Os documentos que Callen havia recebido nem mesmo meia hora antes em sua bolsa.
— Parece que eu entendi. – Elisa odiava a conclusão que ela chegou. – A vítima dele era Any.
Depois de jogar a garota dentro de sua van, os quatro homens se separam. Cada um ganhou quase 11 mil reais pelo sequestro. Eles fizeram tudo pelo dinheiro. O homem que queria a promotora para si mesmo esperava em um ponto da rodovia não querendo ser visto por ninguém.
Ele começou tudo isso apenas para descontar o fato que Any e Elisa não aceitaram a apelação dele depois que seu filho matou oito mulheres com requintes de crueldade.
Apesar de Elisa ter condenado seu filho, Any foi quem recebeu a maior parte da culpa por parte do homem. Ela havia juntado as peças e conseguido a confissão. Foi horrível ver a garota ser parabenizada por ter colocado o assassino na cadeia.
Ele queria se vingar de Any. Então, seguindo a mulher, ele descobriu o roteiro de palestras que ela daria. Ele matou uma mulher a cada noite de palestra da promotora, evitando New Orleans.
O homem estava atrás do sangue da jovem promotora e ele iria conseguir de qualquer jeito. Colocando o rádio na última altura, ele não ouviria nada se não quisesse.
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