A Contadora de Histórias escrita por lady_animedark


Capítulo 7
06


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, gostria de agradecer a todos os reviews, é com muito prazer que os leio e os respondo.
Admito que demorei mais do que o previsto para escrever esse capítulo, espero realmente que gostem. Um pouco mais de mistério no ar. E também contando a história de uma das personagens.



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A carga que se carrega com paciência é mais leve.”

                                                                     Ovídio

Mais tarde, no consultório de Tsunade, a loira encontrava-se sentada diante de uma pequena lareira saboreando uma bebida de cor rosada, era licor de amora, seu favorito.

_Pensei que havia parado de beber. _murmurou um homem, atrás de Tsunade.

Tsunade nada respondeu, apenas abriu um sorriso maroto e virou-se para o local de onde tinha vindo a voz. Conhecia muito bem o dono daquela voz, reconheceria em qualquer dimensão existente.

_Velhos hábitos são difíceis de esquecer, certo? _murmurou a loira, bebendo um curto gole. _ Afinal, ainda não aprendeu a se anunciar.

_Acho que já nos conhecemos há bastante tempo para nos preocuparmos com certas formalidades. _disse o homem, mantendo-se calmo.

Não pôde evitar sentir um leve arrepio sobre sua pele. Aquele ser ainda mexia bastante com todos os seus sentidos. Já estava na hora de esquecê-lo, certo?

Seus olho cor de mel tentavam admirar o rosto dele por entre a escuridão, porém estava sendo uma missão quase impossível, já que ele encontrava-se próximo a janela, onde a luz não alcançava.

Um silêncio incomodo se instalou no ambiente, apenas o som de algumas gotas de chuva batendo na janela podia ser ouvido.

_O que faz aqui? _perguntou Tsunade, levantando-se.

_Pensei que sentia minha falta. _brincou o homem, soltando uma gargalhada sinistra.

_Oras, chega disso. _disse Tsunade, perdendo a paciência. _Diga de uma vez o que quer!

Um longo suspiro foi ouvido, um trovão cortou o céu iluminando brevemente o cômodo. Novamente aquela face que tantas vezes vivera assombrando seus pensamentos, estava ali, na sua frente.

_ Soube que você está em missão. _murmurou o homem, um pouco mais brando.

Uma centelha iluminou-se em sua mente, então havia um propósito naquela visita.

       Tentava não quebrar a taça que estava em suas mãos, o nervosismo estava acabando consigo. Não eram burros, obviamente sabiam de seus sentimentos por aquele crápula e resolveram usá-lo para arrancar seus segredos.

_Não é assunto seu. _disse Tsunade, nervosa, segurando a taça de cristal fortemente nas mãos.

Ele não disse mais nada, estavam certos. Ela escondia algo e precisava descobrir o que era.

_É verdade? Realmente? Pensei que... Não é apenas uma lenda? _perguntou o homem, descontrolado.

Tsunade não conseguiu conter uma risada histérica, estava mesmo falando disso com ele?

_Você e eu sabemos que muitas lendas são bem mais do que isso. _disse Tsunade, com um sorriso sádico na face.

_Então, é verdade? _perguntou ele, com um tom sério.

_Está certo. Façamos o seguinte: eu te conto o que deseja saber, mas em troca nunca mais deve me procurar. _disse Tsunade suspirando.

Um sorriso malicioso se abriu nos lábios do estranho, se aproximou lentamente da loira como um felino que está prestes a atacar.

_Hum... Acho que será meio difícil que você queira que eu vá embora. _disse ele pegando a taça das mãos dela. _ Temos muitos assuntos pendentes minha cara. _falou, sedutoramente mordendo a orelha esquerda dela e lançando o que restava da bebida no fogo, levando o ambiente a completa escuridão.

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_Que demora Sakura! _falou Mayume, assim que viu a filha entrando ensopada pela porta da frente. _Kami-sama! Vá agora tirar essas roupas, antes que se resfrie.

_Calma mãe! Eu já to indo. _disse Sakura, subindo as escadas antes que a mãe inventasse mais alguma.

A jovem Haruno havia demorado mais do que o previsto para chegar em casa. Saíra tão atordoada do consultório que sentiu que precisava esfriar a cabeça antes de enfrentar os Harunos.

Despiu-se da sua calça jeans colada e de sua blusa preta. Procurou por todo o guarda-roupa e finalmente encontrou seu querido conjunto de moletom rosa de coelhinhos. Apesar de ser meio infantil, o adorava. Havia ganhado ele em seu aniversário de treze anos, Yushi, sua cunhada, havia tricotado para ela.

Sakura sempre lembrava com saudade da cunhada. Eram grandes amigas. Toshio e Yushi começaram a namorar no início da adolescência, quando tinham apenas quatorze anos. Foi um romance tumultuado, os pais dela não eram a favor desse namoro. Após quatro anos juntos, resolveram se casar. Sakura ainda se lembrava da cerimônia. Apenas a família dele estava presente na pequena capela de Konoha. Tudo estava tão simples: apenas lírios brancos compunham a decoração. O vestido de Yushi era apenas o vestido de Mayume, só que ele havia sido reformado. Ele era longo de seda com pequenas estrelas bordadas pelo seu comprimento, as longas mangas acabavam em uma bela cascata de pequenas estrelas. A Haruno jamais havia visto noiva mais bela.

O casamento durara apenas cinco meses. O que ninguém imaginava era que Yushi estava grávida de dois meses quando se casou. Durante a volta da festa natalina daquele ano, o carro de Toshio e Yushi derrapou na estrada de neve e capotou. O jovem rapaz nada sofreu, além de alguns leves arranhões. Porém, Yushi estava com seu corpo totalmente machucado e m corte profundo na cabeça. Havia pouco tempo para ela e para o bebê. Um parto prematuro teve que ser feito para que a criança tivesse chance de sobreviver.

Havia sido uma cirurgia complicada, Yushi estava demasiadamente ferida e lutava com seu último fôlego para trazer seu bebê ao mundo, não deixaria sua filha morrer daquele jeito. Hana nasceu bastante fraca, porém estava viva. Yushi não tivera a mesma sorte, morreu logo após o nascimento da menina. Nem tivera a chance de ver o rosto dela.

Toshio fico desolado, não sabia se seria capaz de suportar tanta dor dentro de si. Havia acabado de perder a única mulher que um dia amou verdadeiramente. Largara tudo por ela e quando finalmente tinham uma vida juntos, ela havia sido roubada dele daquela forma tão bruta. Apenas um pequeno detalhe impedira que ele entrasse em estado de depressão: sua pequena Hana.

O jovem Haruno havia tomado uma decisão, dedicaria toda sua vida para dar um lar feliz e confortável para aquele pequeno ser. Seria o pai e a mãe dela, jamais deixaria que algo a magoasse. Cuidaria do último presente que Yushi lhe deu, da única prova de que um dia amou e foi verdadeiramente amado.

 


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Notas finais do capítulo

Não me matem, pode parecer que estou enrolando, mas estou apenas explicando. As coisas vão ficar mais claras a partir do oitavo ou nono capítulo.
beijinhoos :**



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