Imagine - stray kids escrita por Adnoka


Capítulo 29
. Han (ABO) +18




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DESCOBRI O MEU LUGAR.

 

Acredito que o clichê eterno da aluna transferida é conhecido por todos, mas mesmo assim acho que a minha história tem sido um tanto diferente.

Bem, agora estou caminhando pelos corredores da Universidade para qual fui transferida e nossa, aqui é enorme, muito diferente da faculdade onde eu estava, e o motivo de eu achar minha história diferente das demais?

Bom, estou caminhando agora mesmo para encontrar o meu tutor de transferência, sim, isso mesmo, na verdade, quem encontrarei agora além de meu tutor também é o meu receptor no intercâmbio, logo, para tudo ficar ainda mais favorável para mim que sou extremamente introvertida o Han Jisung é a pessoa com quem irei morar e por conta de o programa a qual faço parte exigir, ele também será uma espécie de tutor meu aqui em Seul.

E o mais estranho nisso tudo? Acho que é o fato de eu ser maior de idade e ainda, sim, precisar de um tutor, é intrigante até eu diria, mas eles disseram ser pelo fato de que sou uma beta e não tenho uma família correspondente, e aqui na Universidade é assim que funciona, um alfa precisa dar tutoria um beta ou um ômega, e foi assim que cheguei nesse corredor gelado e sem fim.

Acho que o encontrei, e se for ele mesmo que os espíritos me guardem, pois ele parece estar bem de mau-humor, ou só entediado sei lá, mas sua postura diz que posso ter problemas.

Pelo que vejo ele é todo estiloso, calça jeans moletom preto de gola v que deixa os seus colares a mostra e o cabelo todo jogado com fios que caem perfeitamente sobre seu rosto, ele é bem bonitinho e agora que me aproximo mais sou invadida pelo seu cheiro deliciosamente perfeito de laranja e canela e aquele tom amadeirado intenso ao fundo, tão forte que jamais esconderia seu lado alfa, mas completamente perfeito para mim que amo demais esses dois cheiros que combinados com madeira se tornaram ainda mais deliciosos para mim.

Clichês a parte, agora estou a menos de cinco passos do alfa, então me desejem sorte.

[...]

Han Pov.

 

Essa história de que todo alfa da Universidade precisa dar tutoria a um ômega ou beta é um saco.

Isso conta nas notas finais?

Sim, mas eu não preciso de ajuda tenho as melhores notas da turma.

Mas é a regra, e como essa beta veio de intercâmbio e eu precisava de alguém para dividir o apartamento comigo tudo veio a calhar então acabei aceitando sem muitas reclamações.

Ela é brasileira e se chama Patríchia ou algo assim, tanto faz, eu com certeza falarei pouco com ela então arrumarei um apelido e ela que aceite.

Acabei vindo bem mais cedo do que devia para esperá-la por que mesmo eu não ligando muito para essa coisa toda no final das contas terei que cuidar dela então é isso, não quero ela perdida por aí e agora estou encostado na parede do lado de fora da reitoria onde ela tem que deixar os documentos para poder ir comigo e infelizmente devo apenas esperar, coisa que odeio, mas nisso sei que a culpa não é dela, mas sim minha por ser um louco ansioso.

Depois de um tempo nisso já me sinto completamente entediado, mas agora entrou no meu campo de visão periférica alguém que acredito ser quem espero e se for mesmo ela...

Bem, ela parece ser bem bonitinha e acanhada e eu diria que... hum... fofa?

Sim, parece fofa em seu vestidinho florido com uma linda jaqueta jeans por cima, cabelos soltos e algumas pulseiras no braço.

Minha visão é ótima, na verdade, por ser um lúpus e ter meus sentidos extremamente aguçados, por isso sei que é ela, sim, e pera aí...

Cara não brinca comigo, essa beta tem o cheiro que eu mais amo no mundo, por ser docinho e especial, pelos deuses do olimpo ela cheira tutti-frutti?!

É... Han, e você achando que odiaria sua cuidada, pode ser que não a odeie tanto assim.

Agora é certeza que é ela quem foi designada a mim, ela está a apenas cinco passos de distância e eu me viro lentamente para ela que ruboriza tanto que me faz pensar se foi uma boa ideia encará-la assim.

É isso, vamos nos conhecer enfim...

[...]

Patrícia Pov.

 

Acho que o alfa me notou, pois bem agora ele está me encarando... droga, eu me sinto tão quente que já sei que devo estar toda vermelha e isso é péssimo para a primeira impressão do alfa sobre mim...

Chega de suspense, vou falar com ele.

— Com licença, Han Jisung? — Não falo coreano e um dos motivos de eu ser designada a ele é por saber falar inglês e será esse o idioma que usaremos.

— Sim, sou eu mesmo, e você deve ser a Patríchia né? — O jeito que ele falou meu nome me fez sorrir e ele notou, droga. — Falei o seu nome errado? Me desculpe.

Ele tomou um semblante mais sério e eu quase desmaio de vergonha.

— Não, não, por favor, foi só o seu sotaque que achei fofo, e sim sou a Patrícia, muito prazer.

Ele me encarou com um olhar mais leve e sorriu para mim.

— Embolei seu nome ao falar, me desculpe vou aprender certinho, ou posso te arrumar um apelido, você tem algum que prefira?

O ouvi, ele tem uma voz doce e forte, e parecia ser gentil.

— Se você quiser me chame de Paty, é mais fácil mesmo.

Ele me ouviu e ficou fazendo como se estivesse buscando a entonação certa e enfim soltou.

— Pattie? — o sotaque quase perfeitamente britânico dele me fez sorrir mais uma vez. — Pattii — Ele tentou novamente e sorriu junto a mim. — Você é bem tímida pelo jeito né?

— Sim, eu sou, e você está quase lá Han, logo conseguirá me chamar certinho.

Ele me encarou e eu recuei um pouco.

— Vamos entregar sua papelada Pattii? Quero levá-la logo ao apartamento.

— Ah sim Han, vamos.

Fui com ele que pelo que vi era bem comunicativo, o completo oposto de mim.

[...]

Depois que entreguei toda a papelada e preenchi uns dez formulários nos quais o Han Jisung teve que assinar a todos por ser o responsável por mim, meu agora tutor oficial me apresentou o campus, almoçamos e enfim ele me trouxe para o apartamento onde viverei com ele até o fim do curso de música e para terminar meu tour do primeiro dia com ele está me apresentando o lugar.

— E aqui será seu quarto, suas coisas chegaram antes de você então eu as trouxe para cá.

— Ah, sim, muito obrigada alfa.

Falo com a voz baixa e ele me encara curioso.

— Seu timbre é bem bonito Pattie, mas você fala tão baixinho.

— Ah me desculpe alfa, deve ser por conta da minha timidez.

— Não se desculpe beta, só estou dizendo, bom vou te deixar a vontade, mais tarde vou levá-la ao bar onde toco com meu grupo e você conhecerá alguns alunos da sua turma.

Não fiquei muito à vontade em ter que sair, mas música é música né? E afinal o Han quer me enturmar, então por que não?

— Você anda com os alunos do primeiro ano?

— Claro que sim, inclusive, o Seungmin é o nosso vocalista principal, você vai ver, eles são todos muito legais até os loucos da minha turma são.

— Han, não se preocupe comigo por favor, eu posso ficar aqui e eu...

— Patríchia, não seja assim, logo você vai ver que sua timidez nem vai mais te incomodar, confie em mim e deixe que o seu tutor cuide bem de você está bem?

Me sinto corar e percebo que ele notou, mas que saco.

— Está bem, mas alfa, logo você vai notar que sou praticamente uma alienígena que caiu na terra e por mais que eu tente, simplesmente não me encaixo em lugar algum nesse mundo.

O Han me encarou com um olhar intenso demais, mas em sua expressão levava uma certa ternura, o que me fez pensar.

Os alfas daqui são mais gentis? Porquê de onde eu vim, dava até medo de encarar um alfa.

— Uma hora ou outra você encontrará seu próprio mundo Pattie; onde tudo irá caber sem precisar se encaixar, então não se preocupe muito com isso está bem?

Aceno que sim com a cabeça e ele sorri para mim.

— Passo no seu quarto as dezoito tá? Vem comigo hoje e se não se sentir à vontade eu não te levo mais, eu prometo.

Por essa eu não esperava, mas me surpreendi muito positivamente com a fala do alfa.

— Tudo bem Han, obrigada por se importar.

— Me chame de Jisung, não vamos ser formais aqui está bem?

— Tá bom Ji… — Me embolei toda na pronúncia do nome dele e ele deu uma risada bem gostosa, me fazendo rir junto.

— Faz assim, me chame de Hannie, ou Sunguie como preferir e logo estaremos mais confortáveis com nossos nomes.

— Está bem Hannie.

Falo sorrindo para ele.

— Então vou lá, fique à vontade e até mais tarde.

— Obrigada por tudo, até.

Ele se vira e me deixa no quarto, o apartamento é todo grande o que me deixa bem à vontade em saber que não incomodarei a rotina do meu tutor se ficar sempre no meu quarto espaçoso.

[...]

Agora pronta para ir, fico esperando o Han aparecer e não demora muito seu cheiro vem me avisar que ele já está na porta.

— Pattye? Está pronta?

A voz dele é doce e suave, acho que deve ser um dos seus atrativos de alfa e o jeito que ele está tentando acertar a pronúncia do meu apelido é fofo demais.

— Sim Hannie, — Abro a porta e o encaro, ele está muito lindo e por um instante me senti tontear. — Podemos ir.

Já eu estava bem simples, calça preta uma camiseta do Jack Skellington que ele encarou por um tempo, cabelos soltos, uma make mais simples, tênis confortáveis, alguns acessórios como anéis e pulseiras e uma jaqueta também preta em mãos junto a minha pequena bolsa preta também.

— Então você é do rock?

Ele me olhava como quem quisesse me decifrar.

— Sou da música, mas sim gosto muito de rock.

— Perfeito, você vai amar o bar para onde estamos indo.

Abaixo um pouco minha cabeça e sinto o alfa tocar em meu queixo com seus dedos, inclinando-a para cima novamente.

— Confia em mim, vou cuidar de você, se não se sentir bem te trago para casa okay? É só me dizer.

Aceno que sim e sorrio pequeno para ele.

— Está bem Hannie.

— Ótimo! Vamos Paty!

Sorri para ele.

— Acertou o apelido.

— É, eu treinei um pouco.

Rimos de sua fala convencida e fomos enfim.

[...]

No Bar da banda “The Zone”

— Hey Seung, vamos passar o som?

— Mas Lino o Han não chegou ainda, precisamos do segundo vocal, barra guitarrista para passar o som né?

— Vem cá, vocês acham que ele ainda tá de marra com a cuidada dele ou já amoleceu?

— Ah, Jinnie, é o Jisung, com certeza a marra dele foi para o saco assim que a viu, ainda mais se ela for fofinha.

— O Binnie tem um ponto Hyunjinnie.

— E sempre estou certo Lino, o Han é um amorzinho, ele só não quer demonstrar de cara.

— Gente, o Sunguie mandou mensagem, ele vai trazer a beta com ele, então se comportem okay?

— Channie, a gente é comportado sempre. — O Felix fala fazendo uma careta brincalhona.

— Tem certeza Lixie? Seu cuidado sumiu depois de encarar a todos nós juntos.

— Ele era um tolo, mas, na verdade, ele só precisou voltar ao país dele Channie hyung.

— Eu sinceramente sou feliz por não ser um alfa, já pensou eu tendo que cuidar de alguém? Eu mal cuido de mim.

— Claro, Innie, você nem precisa cuidar de você ômega fofinho, a gente cuida e seus namorados ali lambem o chão que você pisa.

— É verdade, Lino hyung. — Ele fala sorrindo e todos se derretem por ele.

— Bom, vamos ajeitar tudo, o Hannie avisou que chega em uns cinco minutos.

[...]

— Bom Paty, chegamos, por agora serão só meus amigos aqui passando o som, o bar só abre as oito então teremos tempo para você se enturmar.

Não sei bem se isso era algo realmente bom, mas sorri para meu tutor.

— Está bem. — Falo baixinho e ele fica de frente a mim.

— Hey, não fique com medo, eles são todos legais, e eu já disse, vou cuidar mesmo de você.

— Está bem, vou tentar não morrer de vergonha, obrigada Hannie.

Entramos no bar e o lugar era muito incrível, andamos um pouco e em meu campo de visão os amigos do Han apareceram nitidamente curiosos sobre mim o que quase me fez recuar e sair correndo dali e pelo que se deu acho que o Han percebeu meu receio.

— Estou do seu lado beta, se acalme, seu cheiro doce está uma delícia, mas aumentando consideravelmente então é melhor se acalmar, está bem?

Eu sempre tive isso com meu cheiro, por ser beta todos acreditam que meu cheiro é quase inexistente, mas não é, e diferente dos demais o meu não azeda ou destoa quando fico emocionalmente abalada, ele só fica ainda mais doce o que para alguns sub gêneros é bem atraente, mas para outros é simplesmente repulsivo.

— Me desculpe por isso Hannie, vou tentar me controlar.

E inesperadamente meu tutor segurou em minha mão.

— Não esqueça, estou com você e não sairei do seu lado.

Me senti muito confortável com o gesto do Han, mas todos os amigos deles seguiram seus olhos para nossas mãos unidas como se houvesse um ímã invisível nelas.

É isso, eu vou morrer.

O Han começou a falar com seus amigos em coreano e eu não entendi uma só palavra.

— Meninos, ela está um tanto nervosa então por favor peguem leve com ela está bem?

— Já pedi para eles se comportarem Han, mas não é melhor falar em inglês? Ela tá perdidona.

Eolmana gwiyeounji!!!

O mais alto deles veio até mim falando isso e sorrindo todo bobo, deve ser algo bom então né? Não sei.

— Eu disse que você é fofa. — Ah então era isso — Muito prazer sou o Hyunjin.

— O prazer é meu Hyunjin, sou a Patrícia.

— Patríchia?  Que nome lindo, prazer, sou o Felix.

Eu quase caí para trás com a voz desse alfa, aposto que ele é um dos vocalistas da banda do Hannie.

Um a um foi se apresentando para mim, eles parecem ser muito legais e no final das contas consegui controlar o doce do meu cheiro, principalmente porque o Hannie não soltou minha mão o tempo todo assim como me prometeu e então me senti segura.

— Paty, agora vou deixar você com o Innie, ele é um nenê não se preocupe, mas é que preciso subir para ensaiar.

— Ah, por favor, não se preocupe, eu ficarei bem, pode ir e obrigada por segurar minha mão.

Ele sorriu para mim e me levou até onde o ômega estava.

— Innie, cuide dela para mim está bem?

— Mais fácil ela cuidar de mim Hannie, mas pode deixar ficarei ao lado dela.

Eu sorri sem querer, esse Innie é mesmo um fofo.

— Aproveite o som, espero que curta.

O Han se virou e foi até os demais e assim como suspeitei ele também era vocalista assim como o alfa de voz grossa, isso será interessante não tenho dúvidas.

— Então você veio do Brasil?

— Isso mesmo.

— Legal, meu inglês não é lá essas coisas então me desculpe se eu falar errado.

— Não se preocupe com isso por favor.

— Yaaah você é mesmo muito fofa e o Han já está todo cheio de cuidados com você.

— Acredito que ele seja assim com todos né? — Falo por ser o que realmente acredito.

— Nem sempre... — Ele pegou um salgadinho e comeu — Oh eles vão começar, eu adoro quando eles cantam, você vai gostar também.

Sorri para o ômega e prestei atenção em tudo, e realmente eles eram todos muito bons.

[...]

A noite seguiu até que muito agradável, o Innie apesar de não admitir cuidava de mim muito bem, sempre me perguntando se queria algo ou quando o bar abriu não deixando ninguém se aproximar de nós.

Os meninos vieram e pediram porções e bebidas para a gente e por serem da banda do bar foram atendidos com rapidez, então comíamos juntos e eu bem caladinha os ouvia falando sobre várias coisas.

— Ela é bem quietinha né? Patiiy nos conte algo sobre você.

Olhei para o Lino que era o mais intenso deles na minha opinião e ele sorria para mim.

— Não há muito o que falar Lino, amo música e vim para Seul estudar, perdi minha família muito nova, então me colocaram no programa de tutores de vocês para eu ter um responsável aqui e bem, agora estou aqui pronta para ser mais uma fã do grupo de vocês.

— Vai se juntar ao Innie então, e assim teremos dois fãs.

Sorrimos descontraidamente e a conversa seguiu agradável.

[...]

— Bom, é hora do show, vamos meninos, o palco nos aguarda. — O Seungmin avisou e eles começaram a ir.

— Você está bem Paty? — O Han me perguntou gentil.

— Estou sim Hannie, muito bem, não se preocupe.

— Está bem, vou lá então, aproveite a nossa música.

Todos se foram ficando ali só o Innie e eu.

— Posso estar equivocado, mas sabe, o Hannie parece ter gostado de você.

— Impossível Innie, hoje é meu primeiro dia aqui, ele mal me conhece.

— Não sei não, nunca vi meu hyung tratar ou olhar assim para alguém, e você é bem o estilo dele se quer saber.

As palavras do ômega pairavam em minha mente, mas eu rapidamente as sacudi para longe.

Ele jamais se interessaria por mim, uma beta sem família e estrangeira? Esquece.

Sorrio para o Innie e nós dois nos concentramos no palco, eles já iam começar.

[...]

Aquela noite eu me diverti muito, os ouvi cantando e me convenci que os ouviria pelo resto da vida, eles são realmente bons e o Han cantando é algo realmente surpreendente.

E agora dentro do meu peito batia uma leve impressão que vir para Seul foi algo realmente bom.

[...]

Seis meses depois.

Fim de semestre é um caos, mas com o meu tutor me auxiliando nos trabalhos eu estava bem tranquila.

Quanto a viver com o Hannie, era sempre algo imprevisível, mas sempre surpreendentemente bom, ele levava a sério o fato de cuidar de mim e eu estava muito grata a ele por tudo.

— Esquilinha, — sim, agora ele me chama assim — Hoje vamos apresentar seu último trabalho né? Está nervosa?

— Uma pilha esquilinho, —É, eu sei... nem comentem. — Você, eu sei que se sairá incrivelmente bem, já eu, tenho certeza que não vou conseguir cantar na frente de todo mundo.

Eu estava me arrumando e ele parado na porta me encarando então depois do que eu disse, ele veio até mim e me segurou de frente para ele.

— Fizemos essa música juntos, vou cantar com você, é o trabalho de final de semestre com os tutores, mas acredite em mim esquilinha, você está mais que pronta para isso, então olhe bem para mim.

O encarei me sentido ruborizar, bem menos do que quando comecei a morar com ele, mas ainda, sim, a pele do meu rosto estava quente e eu podia sentir.

Respirei fundo e ele segurou meu rosto em suas mãos quentinhas.

— Esquilinha, acredite em mim, você pode ser tudo.

E aí estava meu tutor alfa me emocionando novamente.

— Hoje eu sei disso Hannie, e tudo graças a você.

Nos encaramos profundamente, o Han estava tão perto de mim que era como se só existissem nós dois no mundo, e ele ainda segurando meu rosto começou a se aproximar lentamente, e meu corpo inteiro se arrepiou.

Se não foi só coisa da minha mente, nesses últimos seis meses tivemos alguns quase beijos, a verdade é que eu me apaixonei pelo Han, mas nunca disse nada a ele por saber que ele poderia não ser recíproco a mim e aquilo seria ruim para nossa convivência.

Mas agora com ele tão próximo assim...

O cheiro dele me invade como se ele estivesse pronto para ser meu, mas mesmo assim eu não consigo acreditar no que está acontecendo e quando nossos lábios quase se tocam...

— Cadê esses dois hein? — Era a voz do Binnie entrando no apartamento atrás de nós e fazendo nós nos afastarmos um pouco em um pulo pelo susto que levamos. — Hannie, você disse que viria buscá-la para irmos e ficou foi?

O Han sorri contrariado e me puxou para um abraço colando sua testa na minha.

— Isso não acaba aqui esquilinha, mas o Binnie tem razão, precisamos ir.

Senti um formigamento no estômago pelas palavras ditas por ele e ele sorriu ainda mais, selando minha testa e em seguida me encarando novamente.

— Você está pronta? Pegou tudo o que precisa?

— Sim, tudo certo.

— Então vamos antes que o Binnie suba e faça um escândalo.

Ele pegou em minha mão e eu fui com ele.

[...]

No auditório da Universidade.

 

— E para finalizar a noite temos a apresentação da nossa aluna de intercambio Patrícia Lins e seu tutor Han Jisung, por favor subam ao palco.

Me senti gelar, todas as turmas de música estavam presentes para a apresentação e agora aplaudiam ansiosos, o Han era muito popular entre todos, e o pior em tudo isso era que eu ainda teria que falar brevemente sobre a música, quando eu sei que eles só esperam por ele.

A professora coordenadora das tutorias das turmas de música me passou o microfone.

— Respire fundo Paty, seu trabalho está perfeito.

— Obrigada senhora Lyn.

E então eu comecei.

— Boa noite a todos os professores e alunos aqui presentes, — Minha voz saiu baixa e o Han se pôs ao meu lado rapidamente sussurrando algo em meu ouvido que ouvi atentamente e sorri entendendo que podia seguir, pois ele estaria comigo. — A música que preparei junto ao meu tutor fala sobre como me sinto e sempre me senti por toda minha vida, ela se chama Alien e ela transmite meus lugares mais profundos, e cada um de vocês está recebendo o encarte feito por mim com a letra da música e toda a estrutura de seu conceito.

Todos seguiam nitidamente ansiosos e já em posse de seus encartes, os nossos amigos estavam na primeira fila da plateia, menos o Channie, o Lino e o Hyunjin que tocariam para nós.

— Antes de começarmos eu gostaria de agradecer a banda The Zone pelo apoio com o instrumental e ao Han Jisung, por ter me recepcionado tão bem e me ensinado tanto, ele tem uma alma incrivelmente ampla e eu sou grata por poder aprender com ele.

O encaro rapidamente e ele sorri acenando para mim.

Lindo, meu coração acelerou com o belo sorriso dele.

— E com vocês; Alien, eu espero que curtam.

O jogo de luzes feito pelo Changbin entrou em ação e as baquetas do Channie anunciaram em três toques que iriamos começar.

Olho para o Han uma última vez e consigo receber todo o seu calor apenas com nossos olhares se cruzando.

Me aproximo do microfone.

Fecho meus olhos e começo a recitar os primeiros versos da canção.

“The only thing predictable about life is

It's some unpredictability

Anyone can be anything

You can be everything.”

Tradução:

“A única coisa previsível sobre a vida é

É que é algo imprevisível

Qualquer um pode ser qualquer coisa

Você pode ser tudo.”

 

Começo a cantar e sinto tudo dentro de mim se libertar, finalmente o que eu tanto gritei por anos foi ouvido, primeiro pelo meu alfa tutor, que me ouviu noites a fio enquanto compúnhamos essa canção, e agora todos que nos olham atentamente aqui no auditório.

Eu estava desnuda diante deles, e isso era libertador.

“Caí na Terra, eu sou um alienígena nesta terra

Parece que não me encaixo nesse lugar

Não importa o quanto eu tente sorrir, me sinto tão sozinha

Alienígenas tentando se misturar com terráqueos

Mesmo que eu diga algo em voz alta, ninguém me ouve...”

O Han entrou cantando e tudo parecia se encaixar e dentro de mim, tudo parecia fazer sentido agora...

Parecia que enfim eu havia encontrado o que sempre busquei.

“Eu caí em um lugar desconhecido e no início estava cheio de expectativas

Minhas lágrimas se acumulam quando a noite escurece, sim

Porque minha confiança também pode ser odiada por alguém

Eu vivi como se estivesse morto, mas de alguma forma fui deixado de fora e sozinho

Mesmo embora eu estivesse no mesmo lugar, eu era um alienígena yeah

Voei e aterrissei forçadamente, sou um solitário cheio de cicatrizes”

 

Enquanto cantávamos era como se o resto do mundo não estivesse ali, peguei o microfone do pedestal e o Han fez o mesmo e por um instante eu pude ver os meninos tocando com um enorme sorriso em seus rostos, o que me deixou muito feliz, parecia que eu pertencia, sim, a algum lugar nesse mundo.

O Han e eu ficamos cara a cara e com nossos olhares se cruzando mais uma vez seguimos cantando.

Eu: É uma noite solitária,

Han: uma noite tranquila...

Eu:  Está muito escuro, mas com minha voz baixa

Eu vou fazer acontecer, entre aquelas estrelas

Han: Estou apenas sozinho, alguém estenda a mão e me abrace...”

 

Nessa hora podemos ouvir os aplausos da plateia e ali eu estava decidida a me entregar... a apresentação, ao momento, e aos meus sentimentos, e quanto mais cantávamos, mais tudo aquilo parecia ser o certo.

“...Porque você me acolheu, não me preocupo com a depressão

Sim, eu tenho que viver

Se eu desabar, tudo será arruinado, até mesmo meus sonhos...”

 

Nossos olhares não deixavam um ao outro, nos encarávamos firme e eu podia me lembrar de todas as noites que passei com ele ao meu lado para escrever essa letra tão significativa para mim.

“... Com o passar do tempo, me tornei uma adulta

Embora não seja perfeita, estou orgulhosa de mim mesma...”

 

Tive um breve vislumbre de quando ele segurou em minha mão em uma dessas noites e me disse...

Han Pov.

Uma noite enquanto escrevíamos Alien eu disse a ela:

“Não importa o que aconteça, eu sempre ficarei ao seu lado.”

 Depois eu segurei firme em sua mão e deixei tenros carinhos ali.

Prometi e assim o farei.

E estar cantando com ela agora fez o meu mundo ganhar novas cores e para ficar ainda mais perfeito o cheiro da minha beta hoje está ainda mais doce para mim.

Acontece que esses últimos seis meses eu me segurei como pude para não me declarar para ela, no começo foi porque eu não queria aceitar que eu estava a amando, pura marra de quem a recebeu crente de que a odiaria.

Mas isso logo caiu por terra, meu lobo instintivamente sempre quis protegê-la e eu nunca estive diferente dele quanto a isso.

Eu queria cuidar dela, e quanto mais eu a conhecia mais isso era só o que eu desejava.

Depois eu só não queria estragar tudo entre nós, mas aí compomos Alien juntos e o mundo dela passou a me pertencer, assim como deixei que meu próprio mundo a servisse.

Só não sei se ela entendeu meus sinais.

 

“...Eu vou fazer acontecer, entre aquelas estrelas...”

 

Canto olhando em seus olhos para que ela entenda que seu olhar para mim são as minhas estrelas e o enorme sorriso que ela deu em minha direção me fez querer a beijar bem aqui e agora.

Mas eu vou esperar.

O momento onde nossos mundos se unirão está breve e eu prometo que não deixarei mais isso passar.

[...]

Patrícia Pov.

 

A música acabou com um belíssimo solado do Hyunjin e quando dei por mim o Hannie e eu estávamos nos encarando com nossas respirações combinadas em um ritmo perfeito, então ele veio até mim e me abraçou, deixando um selar em minha testa.

Eu o apertei no abraço e sorri ainda mais quando o ouvi.

— Eu sempre ficarei ao seu lado, minha esquilinha, você foi incrível e eu estou muito orgulhoso de você.

— Obrigada por estar comigo Hannie.

E ali eu entendi.

O Han é o mundo ao qual pertenço e com ele eu não me sinto mais uma alienígena.

Os aplausos, gritos e assobios nos trouxeram de volta a realidade então o Hannie me levou até a frente e deu um passo para trás para eu receber o reconhecimento e na mesma hora me lembrei de toda a minha timidez e me encolhi, mas logo senti as mãos dele segurando em meus ombros, olhei para o lado e ele estava lá sorrindo para mim.

Fechei o semestre com a nota máxima e todas as turmas do curso de música elogiaram muito nossa apresentação, desde a música em si e como apresentei o encarte com letra e conceito, até a combinação das nossas vozes no palco.

O primeiro semestre estava concluído e nós fomos para o The Zone para comemorar.

[...]

— Aqui esquilinha beba isso, você vai gostar.

O Han me deu um drink muito bonitinho que experimentei na mesma hora, era vermelho bordô e o gosto lembrava cereja, mas tinha um toque de laranja ao fundo, era uma delícia.

— Huuuum... está muito gostoso esquilinho, obrigada.

— Você merece, essa noite é toda sua.

Sorri boba para ele, os meninos estavam todos espalhados, uns pelo bar e outros subindo no palco para cantarem, logo todos estavam cuidando de suas próprias vidas e notei que o Han decidiu ficar ao meu lado.

— Você não vai se juntar a eles Hannie?

— Hoje não, essa noite vou dançar com uma linda beta. — Com seus olhos nos meus, o Han sorria da minha timidez aparente. — Vem Patrícia, dance com seu alfa.

Eu até retrucaria algo com ele, mas a essa altura eu me permiti apenas sonhar.

O Han como meu alfa? Era um dos meus sonhos mais bonitos nos últimos tempos.

Segurei em sua mão estendida em minha direção e fomos para o centro do bar juntos.

— Boa noite a todos, sou o Kim Seungmin e nós somos a banda The Zone e esperamos que aproveitem bem à noite.

— Sim, aproveitem bem, e essa primeira música é de nossa autoria e foi um pedido de um de nossos vocalistas para ele poder dançar com sua esquilinha, Paty, essa é para você e para o Hannie.

A voz intensa do Felix fez meu corpo gelar, e todos que estavam ali apenas começaram a aplaudir.

— Algo imprevisível.

O Hyunjin falou com sua doce voz no microfone e eu encarei o Han por saber qual era a música em questão.

— Hannie...

Ele me puxou para mais perto e colocou minhas mãos envolta do seu pescoço.

— Se conseguir preste atenção na letra esquilinha, fiz algumas alterações de última hora.

A voz do Seungmin começa a canção e o Han começa a guiar meu corpo lentamente, a letra é linda, a melodia é perfeita e tudo cintilando com as luzes que nos envolvem faz com que eu me sinta flutuar nos braços do alfa.

E tentando prestar atenção na letra eu ouço.

“... Ter você ao meu lado tornou-se um doce hábito

E esse algo imprevisível entre nós

Fez tudo em mim fazer sentido...”

 

Estamos igualmente ligados pelo olhar um do outro e lentamente o Han vem até mim, aproximando seu rosto do meu.

Sinto sua respiração se chocando com a minha e lentamente fecho meus olhos, mas ainda posso o ver sorrir antes dos seus lábios tocarem os meus e o nosso primeiro beijo finalmente aconteceu.

Os lábios do Han eram exatamente como imaginei, macios, quentes e uma delícia sem fim.

Nossas línguas já pareciam se conhecer e depois de um tempo no nosso próprio ritmo elas também já se pertenciam.

Ficamos assim quase o resto da noite toda, curtindo um ao outro, o bar e os amigos que ficaram felizes em finalmente nos ver assim.

[...]

— Esquilinha... — ele falou com seus lábios ainda colados aos meus.

— Hum...

— Vamos para casa?

Já estava tarde e eu um pouco cansada, então apenas acenei que sim e ele seguiu com as ações.

— Bom, a gente tá indo nessa, a noite foi show, meninos, até mais.

— Ah, vocês já vão? — O Binnie falou todo agarradinho no Lixie.

— Claro amor, eles querem ficar juntinhos não é Hannie?

— Lixie não perturbe eles. — O Channie falou, ele estava também todo agarradinho no Lino.

— Vão lá seus lindos, eu também já, já levarei meus nenês para casa. — O Hyunjin sorriu com seus dois namorados sentados um em cada uma de suas pernas.

— Vocês não prestam sabia? — O Hannie falou sorrindo e eu só sorria também.

— Cuide bem da sua esquilinha Hannie, agora vão logo.

— Tchau para você também Lino, maknaes.

— Tchau gente, obrigada por tudo hoje foi muito bom graças a todos vocês.

Um sonoro “tchau esquilinha” foi dito pelos sete, e eu de mãos dadas ao alfa deixamos o bar.

[...]

Em casa.

— Nossa, o dia hoje foi intenso, não é? Você está bem esquilinha? Quer alguma coisa? — O Han falava enquanto pegava água na geladeira. — O que quiser é só me dizer tá bom?

— Ta sim, Hannie...

Na verdade, não estava, a única coisa que eu queria naquele momento era mais dos beijos dele, mas eu jamais falaria isso em voz alta.

De onde estava ele me encarou nos olhos.

— Que se dane, — ele disse vindo até mim — Meu lobo está gritando em minha mente esquilinha, e não é só isso, eu já não aguento mais ficar me segurando assim, seu cheiro está acabando comigo e eu a quero muito.

Com ele já tão próximo a mim eu apenas o encarei mais a fundo, a verdade é que meu próprio lobo o chamava com fúria dentro de mim, eu nunca achei que uma simples beta pudesse sentir algo desse tipo, sempre fui muito apagada com relação a instintos e no fim, sou só uma beta.

— Se você não me quiser assim, me fale está bem, eu me afasto de você e não tocarei mais no assunt...

Como eu mesmo não podia falar nada por achar que se abrisse minha boca eu desfaleceria nos braços do alfa, avencei em um beijo que foi logo respondido pelo Han com entusiasmo.

E ele entendeu, esse era o meu sim para ele, minha entrega por completo ao meu alfa.

Nosso beijo foi esquentando e as mãos dele já caminhavam pelo meu corpo até que ambas pararam em minha bunda e em um movimento firme ele me puxou para seu colo fazendo com que eu me encaixasse perfeitamente nele.

— Vamos para o meu quarto.

Soltei um som em confirmação e voltamos a nos beijar, eu segurava em seus cabelos e ele apertava com vontade minhas nádegas fazendo eu me sentir pulsar em meu meio.

Entramos em seu quarto e ele foi direto rumo a cama onde ele se sentou comigo ainda em cima dele e foi aí que eu o senti todo duro embaixo de mim e eu acabei gemendo involuntariamente em seu ouvido que fez ele me morder com força.

— Aaaahhh... Haan... — Gemi seu nome e pude o ver sorrir.

— Linda, perfeita e gostosa para caralho... estou perdido...

Eu estava de vestido por isso completamente já vulnerável a ele que pulsava enlouquecidamente em baixo de mim, e nossos beijos foram tomando um ar mais luxurioso, entre mordidas e chupões descontrolados.

Tirei a camiseta dele e me deparei com aquela belíssima tatuagem em seu peito, eu já havia visto sem camisa, poucas vezes, mas já.

E agora olhando o corpo do alfa assim de perto me dava mais impressão ainda de que eu havia alcançado a perfeição.

Com a ponta de meus dedos percorri a extensão da tattoo dele a olhando com adoração.

— Você gosta dela não é esquilinha?

Desci até seu peitoral segurando meus cabelos para trás e a beijei, passei minha língua nela e pude ver a pele dele se arrepiar.

— Sim Hannie, eu adoro sua tattoo, — Passei minhas mãos pelo abdome dele — seu corpo... — Avancei para mais um beijo. — Eu adoro você.

Só por me ouvir falar os olhos do alfa se tornaram alaranjados, lindos, perfeitos assim como tudo no Han.

Então ele levou suas próprias mãos ao meu corpo e subiu deslizando por ele para enfim de livrar do meu vestido e assim que o fez ele me encara com um olhar safado.

— Eu também adoro seu corpo, — ele vem e beija meus ombros — sua pele, seu cheiro, esquilinha eu adoro você.

Enquanto ele fala ele solta meu sutiã e eu sinto meus seios sendo libertos do aperto do tecido, mas logo a sensação muda para a de ter os lábios do Han neles, os mordiscando e os chupando com vontade.

— Hannie...

— Não está mais aguentando esquilinha?

Levo minha mão ao membro dele que já estava duro como pedra e começo a massagear ali arrancando gemidos do alfa.

— Acho que nenhum de nós está Hannie.

Ele me colocou deitada de lado e tirou sua calça e cueca vindo por cima de mim e enchendo meu corpo todo com seus doces selares enquanto se livra da última peça que estou usando e quando ele está todo em cima de mim eu o viro, quero muito o sentir comigo por cima dele e ele apenas se deixa levar.

— Minha beta quer cavalgar em mim?

— Muito...

— Aaah que droga... você é uma delícia sabia?

— Sou? — Falo me colocando em cima dele — Você acha mesmo Hannie?

Me encaixo em seu membro e o sinto pulsando enquanto ele lentamente vai sendo engolido pelas minhas paredes que o aperta com vontade.

— Puta que pariu, e tem como não achar? Você é gostosa pra caramba.

Sorrio para o alfa e me apoio em seu peito começando meus movimentos em cima dele enquanto o vejo delirar por mim.

Sem parar, em um ritmo perfeito vou subindo e descendo no colo do meu alfa que agora mesmo morde seus lábios me encarando ainda mais desejoso.

— Posso virar você? — ele me pede ofegante e a voz dele é música para mim.

— Sim alfa, você deve.

E antes que eu dê conta ele me girou na cama me deixando de costas e sem se demorar voltou a entrar em mim com vontade me fazendo sentir...

Seu peso sobre mim.

Seus movimentos colados ao meu corpo.

E seu cheiro se intensificando e se misturando cada vez mais com o meu, o que estavam me desconfigurando por completo e meus gemidos altos por seu nome o deixavam ainda mais dominante.

— Me chama vai... — ele puxou meu cabelo na medida certa para me enlouquecer ainda mais. — Chame pelo seu alfa.

— Jisung... aah… Han...

Ele se apertou em mim se afundando com vontade e falou em meu ouvido.

— Isso... a porra... que perfeita meu amor, — me apertei contra ele deixando tudo ainda mais sensível e pude sentir o nó dele se formando dentro de mim. — Continua esquilinha, seu alfa vai enlouquecer, mas eu quero sentir você também amor.

Continuei assim como ele me pediu me colando nele tanto que nossos corpos pareciam que iriam se fundir e dentro de mim tudo parecia que iria explodir, até que fui nele com força me derramando tanto que meu corpo já não aguentava mais e tremia por inteiro.

— Aaaah porra...

Ele veio em mim com vontade também e segundos antes do nó dele se formar ele me virou para ficar de frente para si o que aumentou ainda mais a sensação de ser preenchida por ele.

Senti o nó dele inchando em mim, doeu como um inferno e para me ajudar a aguentar aquilo eu o mordi.

— Você está acabando comigo. — Ele me disse ofegante.

— Você fez isso comigo primeiro Hannie.

— Você é. — ele me beijou. — Muito. — Ele mordeu meu lábio. — Gostosa.

Ele me deu um beijo intenso e ficamos nele um tempinho.

— Minha e só minha gostosa.

Sorri encabulada, era como se meus sentidos estivessem voltando ao normal.

— E fofa... pelos deuses do olimpo, como pode ser tão sexy e tão fofa assim?

— Você por um acaso já olhou bem para si Hannie? — falei me escondendo em seu peito.

— Você me acha sexy esquilinha?

— Sim Hannie, e muito fofo também.

Ele nos arrumou em uma posição confortável para esperarmos o tempo necessário, me abraçou carinhosamente e enquanto fazia carinhos nos meus cabelos ele me disse.

— Que bom que esse nosso algo imprevisível se transformou em nós dois deitados juntinhos na minha cama.

Sorri e ele me olhou rapidamente sorrindo também.

— Você nunca mais estará sozinha, e nunca mais falará algo sem que alguém te ouça ou te deixe sem respostas Paty.

— Por que você estará comigo Hannie?

— Sim, eu nunca sairei do seu lado, você agora é a minha beta esquilinha.

— E você o meu alfa Hannie.

Nos beijamos mais uma vez com muito carinho e ainda com seus lábios colados aos meus ele completou.

— Você é o meu tudo.

Nesse instante tudo em mim vibrou com a voz do meu alfa.

— E você o meu mundo.

E foi assim que descobri a qual lugar eu realmente pertenço.

E esse lugar se chama Han Jisung.

“The only thing predictable about life is

It's some unpredictability...”

Alien - Han Jisung


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Notas finais do capítulo

Nota:

Eolmana gwiyeounji - É a forma de pronuncia da escrita: 얼마나 귀여운지 que nada mais é o que o Hyunjin disse mesmo "que fofa".



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