Imagine - stray kids escrita por Adnoka
Te odiei de primeira.
Tenho uma amizade de longa data com o Changbin, e apesar disso quase não conheço o ciclo de amizades dele e dos inúmeros convites que recebo para ir vê-lo em um dia de gravação com seu namorado gato o Bang Chan e um amigo dele o Han Jisung eu nunca podia ir, afinal quando uma estudante de direito tem tempo para viver de fato?
A resposta é uma só: Nunca!
O que implica em eu também nunca estar presente em festas, ou nas saídas a barzinhos, baladas, etc... O Binnie só não me deserda por me amar muito, mas sei que falho com ele.
Mas acontece que esse meu amigo irá passar por algo importante com esse seu grupo, eles são musicistas, cantores, escritores, produtores, enfim, na música não há nada que eles não façam.
O nome do grupo deles é 3RACHA e sinceramente?
Sempre que o Binnie me mostra algo deles eu me sinto entusiasmada, eu adoro de verdade a letra e a forma como eles fazem bem o seu trabalho, deixando sua marca enraizada em suas obras.
E não há quem ouça uma música deles que não sinta o mesmo.
Então hoje resolvi fazer uma surpresa para o meu melhor amigo, ele me disse que passará o dia no estúdio deles, criando, gravando, e que ele não poderia ir me ver na facu como havíamos planejado, e para minha sorte hoje meu professor do período todo faltou, logo estou livre, mas meu Binnie não sabe disso e eu resolvi que vou lhe fazer uma surpresa.
Passo no meu dormitório para deixar os materiais e mudar de roupa, ficando o mais confortável possível no meu jeans preto surrado e minha camiseta preta que amarro um pouco acima da cintura, deixando do jeito que gosto e colocando minha jaqueta por cima.
Estou desleixadamente arrumada como costumo dizer e adoro estar, dou um jeito no cabelo, coloco meus acessórios, passo um perfume e um gloss brilhoso com gostinho de morango, arrumo meu coturno, pego minha pequena bolsa e vou para o tal estúdio, essa será minha primeira vez lá desde que eles mudaram para um lugar maior o que é uma vergonha uma vez que sou a melhor amiga do Bin e já deveria ter ido conhecer seu novo lugar de trabalho.
Chego no prédio e é bem enorme lá, eu nem imaginava, passo na recepção e a recepcionista desconfia de mim que peço para não avisar ao Binnie, pois eu estar ali será uma surpresa para ele, e para a convencer mostro meu celular para ela com fotos minha do Binnie desde que éramos adolescentes.
— Certo, eles ficam no décimo andar, o andar é todo do 3RACHA então é só entrar.
— Ah, muito obrigada moça, aqui, para você por ter sido tão legal. — Dou a ela uma barra de chocolates das que estou levando para o Bin e ela sorri agradecida.
Já no elevador, quando as portas estão prestes a fechar, um garoto coloca o pé na porta e eu o encaro.
— Ah, estava de fone, por isso não me ouviu gritar. — Ele falou e eu, que havia acabado de desligar o aplicativo de música, pude o ouvir resmungar.
Ele encarou o botão do décimo andar já aceso e me olhou curioso.
— Você vai para o décimo?
— Uhum... — falei meio a contra gosto.
— E quem você procura lá?
Pensei em dar uma resposta atravessada para ele, que curioso! Mas resolvi relevar.
— O Seo Changbin.
Ele não me disse nada em resposta e terminamos de subir em silêncio.
Quando o elevador finalmente parou no décimo andar e abriu suas portas, eu fiquei boquiaberta com o luxo do estúdio, eu não entendo nada do ramo musical, mas aquilo impressionaria qualquer leigo como eu, e eu acredito fielmente que qualquer entendedor assíduo do assunto também.
— Fique aqui e não mexa em nada, vou chamá-lo para você.
Aquilo me irritou, como assim “não mexa em nada” quem aquele cara de esquilo pensa que é?
Mas eu não o respondi e ele sumiu andar adentro.
— Eu não acredito! — O Changbin correu para me abraçar e eu o enchi de selares pelo rosto. — Channie, amor, venha ver quem Deus enviou para nos avisar do fim dos tempos!
Ele continuava abraçado a mim e o Bang Chan apareceu sorrindo largo e correndo até mim.
— No waaay!!! Olha só quem está aqui! — Ele me abraçou forte, me levantando do chão e me dando um selar forte na bochecha. — Nossa cupido, nossa amiga desnaturada que nunca vaio nos ver trabalhando! Realmente Binbin vamos todos morrer no fim do dia.
Nós três sorriamos pelas piadocas idiotas deles.
— Me coloca no chão, Christopher Bang! — Ele me desceu com cuidado. — Posso ir embora se quiserem, mas também levarei comigo os chocolates belgas que trouxe para vocês.
— Nem fodendo!! Hoje você só sai daqui para ir beber com a gente e passe para cá meus chocolates, você sabe o quanto eu os amo. — Dei os chocolates para ele e o orientei a dividir entre eles e o Changbin me pegou pela mão e saiu me levando e eu puxei o Chris para ir com a gente. — Vem Minji, vou te mostrar o estúdio.
Ele saiu me mostrando cada canto até que entramos em uma sala de gravação e o rapaz do elevador estava lá.
— Se livraram da intrusa? — Ele estava de costas para a porta e não nos via — Garota estranha, o que ela queria com você Binnie?
Tanto o Changbin quanto o Chris fizeram uma careta de constrangimento pelo amigo deles e eu mesma me coloquei a responder, indo para frente dele, onde dia um sofá bem confortável, me joguei nele e encarei o chato.
— Para sua tristeza não pequeno esquilo, eu ainda estou aqui, estranha e tudo e pelo que os namoradinhos ali disseram só saio daqui com eles, então não se incomode demais comigo está bem?
Ele estava com os olhos arregalados e eu sorri vitoriosa, mas logo ele retomou o semblante mal-humorado dele e fingiu que eu não estava lá.
— Hannie, essa é a Minji, minha melhor amiga que eu sempre falo para você.
Posso ter viajado, mas tenho certeza que os olhos do tal Han se arregalaram ainda mais, ao que tudo indica o Binnie falava mesmo muito de mim para ele.
— Que seja, é um prazer Minji, o Binnie fala muito de você. — Eu nem o respondi, fingi que estava ouvindo música novamente. — Quem vem a um estúdio de música e fica ouvindo música no fone?
Ele encarou seus amigos que apenas se divertiam com aura da intriga vinda de nós dois.
— Quem te falou que estou ouvindo música?
— Se não está, por que não respondeu meu cumprimento?
— Me cumprimentar por obrigação não é um gesto digno de resposta, mas como disse, não se preocupe comigo, vou apenas observá-los e você nem notará minha presença incômoda Han Jisung.
Não sei bem porque, mas aquele garoto chato havia chamado minha atenção, ele era lindo e muito estiloso apesar de insuportável.
Não demorou muito eles se arrumaram para começar uma gravação.
— Minji, amor, vem aqui. — Me levantei e fui até o Binnie — tome, coloque esses fones, você vai ouvir nossa gravação e depois me diz o que acha está bem?
— Ah, legal, está bem, sim, Binnie.
— Vamos um por vez, então não se assuste, por hora não ficará aqui sozinha — O Chris falou apertando minha bochecha e eu odiava quando ele fazia isso.
— Para com isso, Chris, qual é! — Eles sorriram e pude ver o Han já na cabine de gravação me encarando com cara de poucos amigos. — Vem cá vocês dois — eles se abaixaram na minha direção. — Qual é a desse Han? Parece que chupou limão.
— Ele está um tanto estressado Min, mas acredite em mim, ele é um amor.
— Difícil hein, mas se você diz...
A tarde passou bem depressa e eu a passei todinha ouvindo os três, e cara eles eram mesmo ótimos, fora que eram engraçados também e se divertiam muito enquanto gravavam.
Fora os talentos natos que eram, todos cantavam lindamente, o rap deles era perfeito e eu estava maravilhada com o idiotinha do Han, ele era muito bom mesmo.
— E por hoje é só!
O Changbin falou e os três que antes gravavam uma parte juntos saíram da cabine e eu involuntariamente os aplaudi arrancando sorrisos deles.
— E aí Min? O que achou?
— Vocês três são excelentes, sério eu amei a música, amei as vozes, a sincronia de vocês, os raps ficaram perfeitos em métrica e rima, foi de arrepiar a alma, obrigada por me permitirem os ouvir.
Aquilo era para o Changbin que eu falava, respondendo sua pergunta, mas os três inflaram o peito felizes e orgulhosos de si e eu notei um pequeno sorriso tímido tomar os lábios do Han.
— Bom, fico feliz que tenha gostado tanto minha amiga, agora vamos arrumar aqui e sair para beber.
Acenei que sim e observei discretamente o Han, ele parecia relutante, não sei se pela minha presença no after deles ou se porque ele não desejava ir, então aguardei a movimentação.
— Rapazes, vão vocês, eu vou para a casa. — Ele finalmente falou, seu semblante estava indecifrável.
— Ah, nem vem Hannie, você prometeu hoje cedo.
Peguei a deixa.
— Relaxem meninos, é por minha causa que ele não quer mais ir, dito isso foi um enorme prazer mesmo poder os ouvir, tô indo nessa, aproveitem e bebam por mim.
Peguei minha bolsa e sai dali tão rapidamente que mal pude entender o que o Changbin gritava atrás de mim.
Entrei no elevador e quando as portas iam se fechando, um pé as impediu.
— Não seja egocêntrica, Minji, nem tudo gira em torno de você sabia? — O Han falava parecendo estar mesmo irado. — Estou desanimado por que terminei um namoro recentemente, quer dizer, nem tão recente assim, mas ainda estou desanimado e acho que tenho esse direito... — Ele me encarou nos olhos. — Olha me perdoa tê-la tratado mal, se você ficar, eu me animo e vou também, não por mim, faça isso pelo Binnie está bem? Ele adora você.
O encarei nos olhos, não me convenci muito, mas também o cara veio se desculpar, o que eu poderia fazer?
— Está bem Han Jisung, eu ficarei.
Decidi ficar, pois eu também havia terminado um namoro recentemente e sabia exatamente como era se sentir nessa fase idiota de um pós-relacionamento, e como ele mesmo disse, meu melhor amigo merece que eu não ligue para o chato do amigo dele e passe mais tempo ao seu lado.
— Vem, ainda vamos finalizar e fechar tudo, sai do elevador.
Ele me estendeu a mão e eu sorri soprado, saindo da caixa de metal sem segurar na mão dele.
— Mas se demorar muito Binnie vou embora hein. — falei para o meu amigo deixando o Jisung para trás.
— Não vai demorar Min, senta essa bunda aí e não enche, te amo.
Fiquei olhando para eles arrumando tudo, e ao que parece o Han Jisung evitava olhar em minha direção, nos odiamos de primeira e eu nem consigo entender o porquê, só sei que era recíproco.
[...]
De fato, eles não demoraram e agora estamos em um bar, o Love in Pub e eu simplesmente sorri pela ironia, meu amigo realmente não tinha tato, levando seus dois amigos recém separados e que nitidamente se detestaram para um bar que leva amor no nome.
— É sério mesmo Bin? Love in Pub?
— É sério sim, e vocês dois aproveitem a noite, nada de caras fechadas pelos babacas dos seus ex.
Só o Changbin sabia do meu término e o Chris me encarou surpreso.
— É sério que você não namora mais o tal do Hwang?
— É sim e se falar o nome dele de novo viro as costas e saio fora.
O Jisung apenas sorriu pequeno, acredito que por se identificar comigo.
— Não vou falar, juro juradinho, agora vem, vamos nos sentar e beber, eles têm uns drinks ótimos, você vai adorar minha cupida favorita.
Depois de um tempo, alguns drinks e uma música gostosinha, o Binnie e o Chris foram dançar um pouco, deixando o Jisung e eu para trás.
Eu olhava meus amigos orgulhosa, foi difícil os unir, mas hoje eles têm o amor mais bonito que já vi, e sem notar que sorria boba para eles dei um suspiro um tomei um gole do meu redblue ice um drink onde as cores, azul e vermelha das bebidas não se misturavam, era docinho, e deliciosamente intrigante.
— Então você é a culpada pelo meu inferno pessoal?
O Jisung falou chamando minha atenção.
— Inferno pessoal? — falei já dando risada por achar que entendi do que se tratava.
— Sim, esses dois são um grude sem fim, se pegam sempre que podem, e estão sempre de flerte, — ele olhou para os dois dançando juntinhos e sorriu — obrigada por ter os unido, mas o grude deles é difícil de aguentar e você vai me pagar por isso.
Eu sorri de volta para o Jisung, não sei se era o efeito da bebida, mas eu estava querendo ir dançar também.
Não pensei muito no que faria a seguir, e quando vi já havia feito.
— Sei que você me odeia, eu te odeio também, mas vou te dar duas opções, não pense só responda, — Disse o pegando de surpresa.
— Está bem eu acho...
— Um, você vem dançar comigo e continuamos a nos conhecer melhor e quem sabe até simpatizemos com a cara um do outro no fim da noite, ou dois, eu vou pegar o primeiro que aparecer para dançar comigo e provavelmente nossa noite se encerrará aqui.
Falei tão decidida que ele se assustou, não o dei tempo para ponderar, mas juro que agora que falei quero muito que ele aceite a primeira opção que dei.
O Jisung ponderou o mais rápido que pode e se colocou de pé.
— Vamos dançar Minji, já estamos aqui, não é? Não temos nada a perder.
Ele estendeu sua mão para mim e dessa vez eu a segurei e o segui para a pista.
Os dois chegaram onde queriam e se encararam por um tempo, mas logo começaram a dançar.
A Minji dançava com vontade já o Jisung mais a olhava do que outra coisa, a música ia os envolvendo e não demorou muito o Han já se pegava pensando em como seria a beijar, ele negaria a quem quer que fosse, mas desde que colocou os olhos nela no elevador mais cedo naquele dia que ele havia gostado do que viu e quando descobriu quem ela era de fato se amaldiçoou mil vezes por nunca ter aceitado os inúmeros convites do Changbin para conhecê-la.
Ele não queria se interessar por ninguém nem tão cedo e talvez tenha sido isso o que fez a odiar tanto.
A verdade é que nunca deu certo esse encontro para ambos, pois, no fundo, bem agora a Minji também estava arrependida de não o ter conhecido antes, uma vez que teve inúmeras oportunidades, mas todas eram frustradas por algum motivo aleatório.
De longe o casal Changbin e Christopher os observava, eles continuaram dançando, mas estavam nitidamente eufóricos com a proximidade recente dos dois que agora dançavam ainda mais próximos.
— Mal consigo acreditar, conseguimos juntar esses dois finalmente Channie!
— Estou tão empolgado que nem sei dizer, será que eles vão se beijar meu Binnie?
— Ai... por favor, que se beijem, sim, os dois merecem ser felizes juntos, e u sempre achei que eles combinam em tudo.
— Eu também acho que eles combinam, até sofrendo de amor eles estão... Bin, amor, e se isso ferrar o rolê deles?
— Nem brinca com isso Channie, e vamos para de olhar para eles fixamente antes que eles percebam e isso os afaste pela vergonha.
— Tá bom amor, então que tal me beijar agora?
Os dois se envolveram em um beijo quente, e se embalaram no ritmo da música que tocava, deixando seus amigos se entenderem sozinhos, e torcendo para tudo dar certo para os dois.
A Minji seguia dançando animada, e o Jisung se balançava o suficiente para dizer que a seguia, mas, na verdade, ele estava hipnotizado por ela, ele pensou inúmeras vezes em tocar no corpo alheio e a puxar pela cintura a levando para mais perto ainda de si, mas o receio o impedia.
A verdade é que ele estava enlouquecendo, ele a queria, mas achava aquilo uma sandice sem igual, o que ela pensará dele, há pouco ele havia sido hostil com ela, e agora a desejava assim?
Ele não sabe dizer se era só atração física, ou se ele havia mesmo se cativado com o jeito espontâneo e fofo dela, e sua cabeça que tentava se aprumar em uma linha de raciocínio simples colapsou quando ela veio até ele sinuando seu corpo contra o dele no ritmo da música alta que tocava no Pub aumentando o contato entre eles.
Sua reação foi uma só, segurar com vontade a cintura alheia e torcer para que aquilo não acabasse nem tão cedo.
— Hanji, — ele não fazia ideia de onde surgiu aquele apelido, mas decidiu que mudaria seu registro só para poder a ouvir chamando assim mais vezes. — Vou buscar algo para beber, você quer alguma coisa?
Ele sorriu, ela estava nitidamente animada.
— Fique aqui Minji, eu vou buscar algo para a gente.
Ele acenou para o Changbin e o Chris que agora os olhavam atentos sinalizando para eles se aproximarem para ficar de olho nela, e os dois foram até a amiga, se aproximando sem dizer nada e logo o Han foi rumo ao bar.
— Já volto.
— Okay...
Assim que ele saiu ela se virou aflita para seus amigos.
— Binnie, Chris, acho que fiz merda.
— O que foi Min?
— Forcei o Hanji a dançar comigo, agora ele não sabe como me dar o fora, acho que vou embora enquanto ele está no bar, assim eu o poupo e...
Os dois se empolgaram ainda mais em ouvi-la o chamando por um apelido fofo notando que ela o fazia sem se dar conta.
— Amiga, por que você acha isso?
— Eu praticamente o forcei a vir para a pista comigo e ele mal dançava ficava só me olhando... me arrependi de ter feito isso, ele não precisava ter aceitado também.
— Amiga pelo que conheço do Jisung, ele só não te beijou ainda porque acha que você vai dar um fora nele.
— Ah, cala a boca Bin, não me faz passar mais vergonha ainda.
— Não cupida, eu concordo com o Bin, o Hannie é muito tímido, se ele veio é por que queria vir acredite em mim.
O Jisung voltou com duas bebidas e se encostou nela sorrindo.
— Aqui Min, essa foi a que você mais gostou então a trouxe para você, mas peguei essa para mim, e quero que você experimente também.
A Minji sorriu tímida e acenou que sim, ia experimentar a bebida dele, e em seguida tomou um pequeno gole.
— Meu deus é de pêra?
— É sim, gostou?
— Hanji, eu amei, pêra é uma das minhas frutas favoritas, que delicinha.
Ela sorriu e ele amou ainda mais a ver sorrindo, se esquecendo por hora que em algum momento ele a havia detestado.
— Pode tomar ela toda, eu tomo a que trouxe para você, eu também gosto dela.
— Vamos tomar as duas juntos o que acha?
Ele se sentiu eletrizar pela proposta dela, dividir copo, canudo, era um beijo implícito e ele se pegava pensando se ela havia pensado nisso.
E ela pensou, só não diria em voz alta.
Assim que ambos beberam dos dois copos o Changbin sorriu largo.
— Agora vocês já se beijaram!
O Chris sorria achando a constatação de seu namorado muito fofa, e a Minji e o Jisung tomaram um rubor que só não foi percebido graças as luzes azuis do lugar.
Os quatro beberam juntos, depois voltaram para a pista e dançaram mais, dessa vez o Jisung já chegou a segurando para dançar colado a ela e a Minji já foi o envolvendo com seus braços passando em volta do pescoço alheio.
Não tinha o que fazer, a química era natural entre eles.
— Você é muito linda sabia?
— Não, não sou não, você disse que eu era estranha lembra?
— Esquece que disse aquilo tá, eu fui um babaca.
— Relaxa, acho que nos odiamos de primeira, acontece é normal até.
— E você ainda me odeia?
— Sim, mas agora eu gosto de odiar você, e não se iluda você está igual a mim nessa.
Ambos sorriram se envolvendo ainda mais em uma dança onde mal ouviam a música que seguiam.
— É, acho que você tem razão, está bem Min, vou acreditar em você.
Os dois sorriram, e notaram uma proximidade ainda maior, a música que tocava agora era mais lenta então eles apenas se aproveitavam.
— Minji...
— Uhn?
— Posso te beijar?
— Pensei que nunca me pediria isso Hanji...
Os dois se olharam por um instante e lentamente inclinaram seus rostos buscando um encaixe perfeito para seus lábios e assim foi.
Ambos sentiram seus corpos eletrizarem com o toque quente de seus lábios e não demorou muito suas línguas tomaram o lugar de seus corpos dançando juntas uma melodia que eles mesmo criavam.
Minji POV
As mãos do Hanji me apertavam na cintura e eu apenas queria mais contato com o corpo dele, seu beijo era lento, gostoso e intenso e a tanto tempo que não me sinto assim que acho que agora estou com mais raiva ainda dele.
Por que tão gostoso Han Jisung?
Aumento o aperto em sua nuca e ele geme baixinho, merda eu o ouvi gemer e aquilo me enlouqueceu.
Quem ele pensa que é para causar arrepios em minha pele sensível?
Já não ouço a música que toca, mal consigo pensar em algo que não seja o corpo dele se enroscando no meu.
Estou odiando gostar tanto de como você me embala Hanji, e estou amando o odiar assim.
Han POV
Ela tem os lábios mais deliciosos que já provei na vida, e o jeito que está se entregando a mim está me enlouquecendo.
O beijo dela é como uma obra de arte, tem tantos detalhes, tantos encaixes, e a forma como ela agarra em minha nuca... o cheiro dela está me inebriando e eu estou em um beco sem saída.
Sem querer solto um gemido involuntário e sinto ela se derreter em meus braços o que me faz apertar ainda mais sua cintura exposta...
Por que tão gostosa Minji? Por que tão minha?
Quem ela pensa que é para dominar todo meu ser desse jeito? Quem deu permissão a você hein?
Me sinto eletrizar em tê-la para mim, vou me empolgando no beijo e isso me ferrou, pois agora sinto uma ereção vindo e eu posso enlouquecer a qualquer momento.
Estou odiando o jeito como ela me domina por completo, corpo, mente, sentimentos e sensações... odeio ela, mas estou amando tudo que me faz a odiar tanto.
[...]
— Vamos para minha casa? — Ele perguntou a ela já completamente perdido de desejo. — Não precisa se não quiser, mas saiba que quero muito sair daqui com você.
Ela sentia o aperto dele em sua cintura, “golpe baixo Hanji” ela pensava, estava uma bagunça completa e entendia que já era tarde demais para dar para trás naquela situação.
— Está bem, vamos.
Eles avisaram seus amigos que disfarçaram o máximo que puderam, mas estavam prestes a soltar fogos de tanta alegria e logo saíram do Love in Pub.
Ela entrou no carro dele, e enquanto ele dava a volta ela cogitou se arrepender, mas assim que ele entrou, ele a puxou para um beijo quente e ela voltou a se derreter em seus lábios.
— Eu sei, também estou com medo, venha comigo e se quiser desistir ficaremos apenas conversando a noite toda, pode ser?
— Está bem Hanji.
Eles seguiram o rumo deles e no percurso alguns carinhos aconteciam, junto a provocações irritantes vindas de ambos que ainda brigavam entre si, mas a briga maior era internamente, onde os dois se odiavam em segredo por estarem se entregando tão fácil assim.
[...]
— Chegamos...
Ele levou o carro ao estacionamento e ela pôde ver que ele tinha uma bela casa.
Ele parou o carro e ambos sentiram um peso gostoso em seus corpos, uma tensão e uma aura sexual inegável dominava a ambos que queriam urgentemente mais contato um com o outro.
O Jisung a olhou, ela respirava pesadamente e seu peito subia e descia com força, levando ele a encarar o formato dos seios dela de baixo daquela camiseta e só aquilo já o fez delirar.
Ele inclinou seu corpo em direção a ela e sussurrou em um tom mais grave.
— Me deixa soltar você...
Ele se encaixou nela para remover o cinto e o pescoço dele ficou na altura da boca da Minji que mesmo tensa não se aguentou e avançou na pele alheia dando beijos, lambidas e mordidas ali, o que fez ele se deixar marcar com prazer.
— Não faz assim Min, ou eu te pego aqui mesmo.
— Ótimo, pois é aqui mesmo que quero que me foda Hanji...
Ele sorriu ladino a encarando enfim.
— Você é irritante demais, sabia?
— E você não fica atrás nisso, então pare de me torturar assim e ande logo com isso...
Ele voltou a se sentar direito no seu banco e puxou a alavanca que daria mais espaço para eles.
— Vem, sobe em mim, sou todo seu.
A Minji sorriu, ela estava com vontade de esmurrar a carinha convencida dele, mas, ao mesmo tempo, ela ansiava por sentar nele e o sentir com força dentro dela.
Por estarem no estacionamento protegido da casa do Jisung ela o encarou já tirando sua roupa, ficando completamente desnuda da cintura para baixo e levando ele a loucura.
— Vai ficar só me olhando Hanji, ou vai facilitar para nós tirando sua roupa também?
Ele sorriu.
— Que raiva de você garota. — E começou a se despir, mostrando a ela a rigidez aparente em sua parte íntima.
Ela o olhou sedenta e antes de qualquer coisa ela foi até o membro teso já desnudo do Jisung e agarrando com vontade e após encarar o semblante desejoso dele em si ela o abocanhou com vontade, o chupando e o engolindo com todo o desejo e raiva que sentia por se entregar assim ao dono de sua ira.
E o dono da ereção pulsante já se via em calamidade em tê-la se entregando a ele.
— Caralho, que boquinha boa você tem.
Ele gemeu arrastado quando ela desceu fundo em seu membro e ele pôde sentir sua glande tocar o fundo da garganta dela, o membro longo nem a fez titubear e o Jisung achou que enlouqueceria só com aquilo.
Ele buscou tocá-la levando a mão para a bunda desnuda dela e a apertando com vontade.
— Que tal montar em mim de uma vez? Vem rebolar para mim vem?
Ele não pode ver, mas ela fechou seus olhos, apertando suas órbitas, completamente rendida ao tom deliciosamente grave dele, ela tirou lentamente o pau alheio de sua boca, mas não sem antes chupar com vontade a cabeça babona que já expelia tanto pré-gozo que conseguiu tirar o resto de sanidade que ela tentava manter.
E então ela foi, subiu no colo dele já rebolando com vontade, fazendo ele notar o quão molhada ela já estava, o que o deixou irremediavelmente louco por ela, por aquele corpo que ele jurava ser a perdição mais deliciosa que ele já teve acesso em sua vida toda.
Certamente eles iriam pensar nisso depois, talvez até se arrependessem de não terem tido mais juízo, mas o contato de suas peles ardentes não deixou com que eles raciocinassem e sem muita demora as reboladas incessantes dela se roçando em seu membro fez o encaixe dos corpos deles acontecer naturalmente e ele a invadiu vagarosamente se deleitando com o aperto das parentes quentes dela por toda a extensão do seu pau latejante.
Minji Pov.
Me encaixei no pau do Hanji e o ouvi em meu ouvido.
— Puta que pariu Minji, que bucetinha gostosa do caralho...
Ele gemeu para mim, gemia meu nome e aquilo foi um golpe baixo do cacete, se ele sequer imaginasse o quanto eu amo que falem no meu ouvido, talvez esse idiota já tenha percebido isso, estou rendida e mais que literalmente fodida nas mãos do Han Jisung.
— Gostou dela Hanji... — o encarei nos olhos e ele parecia que teria um surto em breve. — Gosta se eu rebolar assim?
Comecei a quicar nele rebolando com vontade no processo, ele morde o próprio lábio me encarando e em um movimento habilidoso ele retirou minha camiseta, ele queria me ver e eu estava amando me exibir para ele.
Nosso aperto estava me enlouquecendo, eu me roçava nele desesperadamente em busca de todo o contato possível e em um gesto um tanto atrapalhado eu também tirei a camiseta dele o encarando ainda mais perdida naquele corpo lindo que ele tem.
— Gostoso do caralho...
Falei em um tom mais raivoso do que pude prever e o riso safado que ele deu me deixou ainda mais enlouquecida.
Eu estava viciando no Han Jisung assim como o odiei, de primeira.
Jogo minha cabeça para trás buscando tentar manter uma mínima sanidade, em vão, pois o gostoso embaixo de mim aproveita minha vulnerabilidade e abocanha meus seios, alternando entre eles, chupadas, mordidas e lambidas em um enquanto no outro apertões certeiros de mão cheira e carinho no mamilo, eu estava uma completa bagunça de sensações, desejos e sentimentos.
Não quero me apegar a ele, não posso, mas acredito que será algo impossível...
Continuo a cavalgar nele e me roçar com vontade naquele corpo delicioso e senti as mãos deles em minha bunda, me apertando e me ajudando nos movimentos, intensificando tudo para nós dois.
— Hanji... caralho... me fode vai... por favor... me fode...
Han POV
Ouvi-la pedindo por mim daquele jeito não ajudou em nada o meu estado, eu já estava perdido nela, seu corpo deliciosamente perfeito subindo e descendo no meu pau, a pele dela macia em minhas mãos, seus seios nos meus lábios, que transa perfeita, eu estava perdido, mas ouvi-la me pedir para fodê-la, aah que golpe baixo Minji sua insuportável.
— É o que quer não é sua safada? Então toma...
Comecei a estocá-la com uma fúria que não conseguia controlar, e quando notei que a chamar de safada fez foi atiçá-la ainda mais, eu entrei em delírio, ela pulava no meu pau e eu metia nela com vontade.
Estava delicioso, nossos corpos suavam, grudavam e nós dois só queríamos mais um do outro, e nenhum de nós dois negaria isso ao outro.
Ela era deliciosa em cada detalhe e assim como eu a odiei de primeira, eu me encontrava agora irremediavelmente viciado nela.
— Mais Hanji... por favor, mais forte...
Quem ela pensa que é para destruir meu juízo assim? “Mais Hanji, por favor?” Que inferno de mulher perfeita.
— Eu te odeio sabia? Aaah… merda...
Metia nela como ela pedia choramingando por mim e ela descontava seu prazer em mim, me arranhando me mordendo e avançando nos meus lábios, me beijando com fúria e chupando minha língua com uma destreza que só fazia foder meu psicológico de vez.
Eu quero ela para mim... não só dessa vez, eu a quero para mim para sempre.
— Eu também te odeio Hanji, agora vou gozar para você com todo meu ódio...
Ela se desfez no meu pau, sorriu ladino me encarando enquanto puxava meus cabelos com vontade e eu não me aguentei, me afundei dentro dela e gozei com força.
— Cacete... seu pau é uma delícia, Hanji... eu te odeio, mas você é um gostoso do caralho.
— Olha quem fala... eu odeio você, mas você é perfeita para mim sabia? Tão gostosa...
Sorrimos por sermos dois idiotas e nos afundamos em mais um selar intenso.
— Vai me convidar para entrar ou vamos ficar transando a noite toda aqui mesmo?
Ela mordeu meu lóbulo e eu a mordi no ombro, precisava marcar sua pele, fazê-la minha será minha prioridade a partir de agora.
— Vamos entrar, quero poder te odiar na minha cama agora.
— Vamos... eu vou odiar ter você me odiando em todo canto que você quiser.
Vestimos nossas camisetas apenas para atravessar o quintal e o fizemos de mãos dadas, sorrindo feito bobos e nos odiando por estarmos gostando tanto um do outro.
Naquela mesma noite nós nos pedimos em namoro e o melhor foi que dissemos sim um para o outro, aquilo foi rápido, não posso negar, mas foi perfeito para os dois e assim passamos a nos amar igual foi o nosso ódio no começo de tudo.
De primeira.
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