Laços escrita por namihenderson


Capítulo 3
Capítulo 3 - Pipoca & Filme




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- Neji, Neji! – corria sem rumo, não importava onde fosse eu corria por uma floresta desconhecida atrás do dono dos cabelos compridos que parecia não escutar meus gritos. Continuei. Por que ele me deixara? Por que ele não me deu uma explicação ou um adeus? Que seja. Eu já não avistava mais o Hyuuga quando minhas pernas ficaram bambas depois de tanto tropeçar e cair sobre troncos de árvores. ”Pyro pyro mania ma ma mania” Dei graças a deus e agradeci pela primeira vez meu despertador do celular ao acordar. Mas que pesadelo era esse? Era um dos piores pesadelos, eu, um Hyuuga, ou melhor, o Hyuuga, uma floresta desconhecida aonde ele ia embora sem dar uma explicação. Levava apenas a roupa que vestia e parecia não me escutar, ou melhor, fingia não me escutar. Nunca tive pesadelos assim. Esse Neji, o que ele fez comigo? Será que estou apaixonada? A última vez que sonhei com um garoto foi com meu ex-namorado, aquele cachorro idiota. Sem paciência para desligar o despertador ele continuou a tocar a música “pyromania”. Dia de cinema com as amigas, nada como começar com uma ducha de água quente e torradas no café da manhã. Eram sete horas. Me arrumei e fui correndo para a faculdade para mais tarde ir ao cinema com as melhores malucas de Konoha Hagakure. Mesma rotina, mesmo ônibus cheio, mesmo motorista apressado e cobrador gentil. Dei o sinal e desci no ponto mais perto da minha querida faculdade de publicidade. - Olá futura madame Hyuuga – Temari sorria quando me viu entrar na sala - Cala a boca – me apoiei na mesa deixando minha bolsa no chão - Novidades? Novo pesadelo não é? – a maluca que estava do meu lado avaliando slogans de marcas de empresas já me conhecia muito bem. Aparência assim pela manhã é porque tive um pesadelo daqueles. - Sim. – suspirei e dei uma pausa – com o Neji – fitei o chão. - Hm, sei – ela riu sem desviar do que fazia – e como foi?

 

- Eu não me lembro muito bem, eu estava em uma floresta e aparentemente cansada. Corri atrás de Neji gritando mas ele não me ouvia depois fiquei cansada e cai – expliquei sem muitos detalhes. - Às vezes é muito ruim ler livros da Stephenie Meyer antes de dormir - Boba! – eu ri da “piada”, mas era verdade, eu amo os livros dela. - Você está apaixonada Mitsashi – ela sorriu para mim, feliz – e pelo bonitão do Hyuuga. - Vou contar pro Shikamaru hein! – debochei depois da loira ter dito “bonitão” se referindo a outro homem que no caso não é seu futuro marido. - Vingativa – voltou a olhar para os slogans no computador. - Olá meus queridos publicitários – o professor entrava na sala deixando seus pertences em cima da mesa sorrindo. A aula havia começado. - Professor – uma aluna levantou a mão para pedir uma informação. Não prestei muita atenção no que ela havia perguntado, na verdade não prestei atenção na aula toda. Meu foco, meus pensamentos não saiam de Neji, a cena de quando cai em cima dele ontem não saia da minha cabeça nem se eu me batesse com a apostila ou me socasse, algo que eu possa desviar a atenção para outro local. - Mitsashi – o professor me chamou, levantei a cabeça como se tivesse prestado atenção em tudo que ele havia dito. – continue a leitura, por favor – peguei o livro, desanimada. Temari apontou o parágrafo que eu teria que ler e continuei. - “Foi, porém, após a Revolução Francesa em 1789, que a publicidade iniciou a trajetória que a levaria até o seu estágio atual de importância e desenvolvimento”. - Muito bem – o homem com o livro aberto nas mãos ajeitou seus óculos e o colocou em cima da mesa, ligou o computador e mostrou aos alunos algo sobre “Revolução Francesa”. Tentei prestar mais um pouco de atenção na aula e em meia hora o sinal anunciava que estava na hora de um lanche. - O mesmo de sempre – me sentei no banco da cantina colocando o dinheiro sobre a mesa.

 

- Quero o mesmo que ela – uma voz fria e arrogante reconhecível. Era ele, nada mais nada menos que o homem dos olhos claros que não chegavam a ser azuis, era quase branco, eram pérolas. Virei-me para vê-lo melhor. Estava sentado do meu lado, blusa informal, calça jeans. - Ficou legal – Neji olhou para um logo mal-desenhado em cima da mesa, não desviou da frase que poderia atrair milhares de clientes e me deixar com dinheiro. - Que bom que gostou, mas ainda não sou nenhuma profissional, ainda não acabei. Sou Tenten – fiquei olhando para a mesa, talvez eu estaria um tomate como Hinata – Mitsashi Tenten. - Sou Neji, Hyuuga Neji – beijou minha mão depois de ter se “apresentado”. Eu já sabia seu nome, não precisa de tanta formalidade, mas eu havia gostado daquilo. - Seus desenhos são incríveis – sorri tentando elogia-lo também. - Que bom que gostou, mas ainda não sou nenhum profissional. – eu ri e ele sorriu. O “homem da cantina” ou garçom colocou dois sanduíches com coca-cola em cima da mesa. Tomamos e comemos. Debochamos e rimos um da cara do outro quando estávamos comendo. - Bueno – Neji colocou o guardanapo que havia usado em cima da mesa pegando com a outra mão a coca. - Muito bom, caprichou hoje, Pierre – sorri para o moço que agradecia depois de termos elogiado o lanche que havia feito. Vinte minutos passaram, e muito rápido. Tínhamos que nos despedir e eu finalmente poderia ir para a sala considerada a mais misturada da faculdade, que ia desde caipiras a patricinhas fúteis. - Então lá vou eu encarar mais uma lição de revolução francesa – fiz uma cara de desanimo debochada para Neji que riu. Me levantei e ajeitei minha roupa para encontrar Temari. - Tudo bem, vou encarar uma lição de photoshop agora – ele sorriu de novo. Continuou sentado quando me despedi dele. Caminhei em direção a Temari que me esperava na escada que dava a cantina.

 

- Amiga, o mp4 – Temari apontou para o meu aparelhinho querido de música que havia ficado no chão. Neji abaixou e o pegou. – ele pegou. - Eu vi – me virei e fui arrastada junto com algumas pessoas barulhentas e fúteis até minha sala, é a pior coisa ficar no meio do caminho parada. Resolvi voltar, mas ele não estava mais lá e nem meu mp4. Decidi que amanhã pegaria com ele. O tempo passou rápido, fui para casa, almocei, tomei banho e coloquei minha bermuda jeans com minha blusa branca preferida, prendi meu cabelo em dois coques e por fim coloquei minha maquiagem. As meninas me esperavam na porta de casa com o carro de Ino. - Ta linda! Amei muito seu cabelo – Sakura estava saltitante a me ver. - Obrigada fofa – sorri - Ei, nós temos hora – Ino gritava de dentro do carro, estava na parte do motorista. Entramos no carro e fomos ao shopping. A cada loja que passávamos comentávamos sobre alguma coisa, mas ninguém tinha dinheiro suficiente para comprar, apenas apreciávamos. Logo depois de passar por umas vinte lojas lindas sem comprar nada subimos a escada vermelha do cinema. Lá estava aquela pipoca me seduzindo com aquele cheiro que não resisto. Corri para comprar, obvio. Depois de estar tudo pronto seguimos para a sala sete. - Boa-tarde – o bilheteiro sorriu para cada uma pegando nossos ingressos e rasgando a parte inferior. - Boa-tarde – Hinata riu e cutucou Sakura para falarmos “boa-tarde” também. Depois de passar pela sala escura fomos aos lugares mais altos do cinema. Pipoca para tudo quanto é lado, Temari ria com a Sakura descabelada depois de uma luta com sua bolsa. - Ruiva-desbotada! – Ino debochou

 

- Fica quieta porquinha – Sakura e Ino riam dos apelidos de infância que deram uma a outra. Finalmente ficamos quietas para assistir o filme. Era tão lindo, admito que chorei no final. Era um garoto super popular e descolado que se apaixonou por uma menina estudiosa. Mas no final a menina morre de uma doença e ele chora muito, eu também chorei junto com ele e com as meninas. Parecíamos crianças mimadas que choram depois de levar um esporro dos pais ou aquelas que colocam o dedo na boca e começam a chorar dentro das lojas para os pais comprarem um brinquedo inútil que seria largado dois dias após. Saímos saltitantes com pipoca para tudo quanto é lado, rimos muito e parecia que o bilheteiro não nos reconhecera mais. Crianças. A definição para o que nós somos juntas. - Mitsashi, Haruno, Sabaku, Yamanaka e Hyuuga – cantarolávamos pelo shopping. Todos nos achavam loucas. Fomos para o carro, às meninas me deixaram primeiro em casa e então tomei um outro banho e deitei. Rezei para não ter outro sonho e dormi feito pedra. Final do terceiro capitulo


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