Laços escrita por namihenderson


Capítulo 11
Capítulo 11 - Obrigada.


Notas iniciais do capítulo

Falta pouco para acabar hein!



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Nunca imaginei, nunca senti o que era realmente o amor, nunca me apaixonei por alguém e agora sim eu posso dizer que eu posso retirar o “nunca” da frase, e o que eu fiz pode ser loucura para muitos, pode ser idiotice para outros, oportunidades para alguns e felicidade para outros. Mas o que eu fiz não foi para o bem ou mal de outras pessoas e sim para o de uma única pessoa, não só para ela como para mim, é aquele negócio que você pode fazer tudo que puder fazer para deixar seu amado feliz, o que te trás felicidade mesmo abrindo mão de uma coisa valiosa, mas isso não importa. “O amor não é uma futilidade ou um divertimento, é um sentimento profundo, que decide de uma vida. Não há o direito de o falsificar.” E como sempre estou de acordo com as frases de Júlio Dantas a respeito disso. E eu estou aqui esperando o elevador subir e eu poder finalmente colocar os pés machucados por um sapato alto nele.

 

- Bom-dia Tenten – e lá estava a voz doce de Konohamaru, o ex-pivete, o ex-Naruto.

 

- Olá Konohamaru. Bom-dia!

 

- Como vai o Neji? – ele riu sem graça. Perai, ele sabe do Neji? Notícias correm.

 

- Ele... está bem – olhei para o teto procurando alguma coisa para me concentrar e em breve ficar zen numa paranóia que tenho de ficar autistando. – e então... como vai a senhorita Hanabi?

 

- Está tudo bem com ela também – Konohamaru riu, colocou a mão no cabelo e riu de novo sem graça – Sabe Tenten... ela está... grávida.

 

- GRÁVIDA? COMO ASSIM? – parei de austistar, coloquei um pé em direção a porta do elevador, uma mão no espelho e eu com certeza parecia uma louca, as câmeras iriam me filmar e imaginei por um instante o segurança se assustar com a minha aparência. Mas espera! A Hanabi... aquela garotinha... a irmã da Hinata está grávida! Eu to muito velha, meu Deus, voltei ao meu estado normal e me deixei escorregar pelo espelho caindo de bunda no chão imundo. Olhei para cima e a letra T ficou iluminada, o que significa que eu tinha que me levantar, arrumar o cabelo rapidamente no espelho e sair correndo para pegar o ônibus, depois de uma notícia dessas... preciso comprar um presente! Mas o que? Ai, sou péssima com essas coisas de bebê, ah, claro preciso de mais um presente, o aniversário do Konohamaru foi no domingo passado. E foi o que eu exatamente fiz, levantei, me olhei no espelho, até que eu não estava tão mal e ajeitei a roupa e sai dando um curto “tchau e parabéns” ao Konohamaru que ficou assustado com minha rapidez segurando a porta. O ônibus já estava no ponto, sai correndo feito uma louca e subi no ônibus ainda mais bagunçada. Sentei-me no primeiro banco que vi. Acredite se quiser, eu já estou quase nos meus vinte e seis anos e o Konohamaru nos seus vinte e a Hanabi vinte e um, eles já estão praticamente casados! Entendeu? Casados! E o Konohamaru vai ser pai! Isso não vai prestar.

 

- Então se ligue, busque felicidade – um garoto se apoiou na minha cadeira, estava com o fone nos ouvidos e com certeza no volume máximo e ainda cantava, vê se pode – Para existir história tem que existir verdade – ignorei o garoto e desci do ônibus depois de ter passado por alguns pontos. Caminhei até a faculdade e lá estava eu, não mais como coordenadora de artes. Sentei-me em um dos bancos da pracinha e esperei alguém interessante chegar, ainda faltava dez minutos para o sinal tocar quando senti mãos quentes em meus olhos. Neji que não era.

 

- Eu sou péssima em adivinhações... – suspirei ainda com os olhos tampados.

 

- Sou eu – escutei a voz de Sakura, tirou as mãos de meus olhos e correu para ficar em minha direção, ficou agachada, tirou da bolsa um envelope e me entregou.

 

- O que é isso? – olhei para o envelope e estava escrito “Sasuke & Sakura”. Opa, casamento? Eu to muito velha, acho que vou desmaiar.

 

- Cinco anos de namoro já é o suficiente para resolver nossos preparativos para um casamento... e eu quero que você seja a madrinha, junto com o Neji! – Sakura levantou, colocou o dedo indicador em minha testa.

 

- Amiga...

 

- O que foi? Você ta bem?

 

- Nenhum pouco.

 

- O que houve?

 

- Eu to velha! – choraminguei feito criança, ou feito... velha?

 

- Cala a boca Tenten! – com o dedo indicador empurrou minha testa fazendo minha cabeça ir para trás e voltar.

 

- Mas... estou feliz por você – levantei e abracei Sakura com toda a força que tinha.

 

- Ai amiga, eu também estou feliz por você.

 

- Por mim?

 

- Você entregou o premio ao Neji, e voltou com ele, não é mesmo? Estou feliz por você ter feito a coisa certa – por um momento deixei uma lágrima escapar, e dessa vez não era lágrimas de tristeza ou decepção e sim de orgulho e felicidade.

 

- Obrigada! – soltei Sakura que olhou para mim feliz. – vou lá amiga! – fiz um sinal com a cabeça de que o sinal tocou, nos despedimos e eu fui para a sala. Temari estava lá, tinha chegado mais cedo, sentei-me ao seu lado.

 

- Ta sabendo? – Temari só não me sacudia com aqueles olhos brilhantes porque eu estava mais afastada dela.

 

- Da Sakura? Ou do Konohamaru? – essas novidades acabam com minha auto-estima.

 

- Da Sakura! Eu vou ser madrinha com o Shikamaru, e você com o Neji não é?

 

- Sim, eu acho. Eu tenho que falar com o Neji.

 

- Ele vai aceitar! – fez um sinal de positivo com a mão e riu com os olhos brilhantes – mas que lance é esse do Konohamaru?

 

- Hinata vai ser titia.

 

- AAAAAA! Konohamaru é papai? E Hanabi mamãe? Que lindo – os olhos de Temari não eram mais brilhantes porque não dava, tive até medo de virarem estrelinhas e saírem por ai pelo céu.

 

- Eu to velha!

 

- Ta nada! Se você é velha, eu sou idosa. A velhice é um simples preconceito aritmético, e todos nós seríamos mais jovens se não tivéssemos o péssimo hábito de contar os anos que vivemos.

 

- Eu não acredito nisso Temari.

 

- Em que?

 

- Porque você roubou... meus livros do Júlio Dantas! – olhei para Temari fingindo estar nervosa e gritei um pouco e depois começamos a rir feito duas crianças mimadas.

 

- Eu não roubei ta! E além do mais... são prosas.

 

- Não importa.

 

- Importa sim! Literatura é a alma da arte.

 

- Não seria “a propaganda é a alma do negócio”?

 

- Não importa.

 

- Importa sim! Maluca – começamos a rir de novo, enxugamos as lágrimas de tanto que riamos da cara da outra até o professor chegar e começar tudo de novo. Rotina, maldita rotina. Esperei ansiosa para o final dos tempos de aula para poder me encontrar com Neji.

 

- Neji! – sai correndo pelo corredor quando o vi, coloquei a bolsa no chão para correr mais rápido, pulei em cima das costas dele e tapei os seus olhos.

 

- Ten-chan – ele tirou minhas mãos de seus olhos, pulei para o chão, corri para ficar de frente para ele, ele estava lindo, como sempre. – Tudo bem com você? – passou a mão em meu rosto e colocou um fio de cabelo perdido atrás de minha orelha puxando meu queixo para cima para poder olhá-lo melhor.

 

- Tudo sim, principalmente agora. – coloquei a mão no olho esfregando-o, eu estava vermelha, soluçando.

 

- O que foi Tenten? – Neji se preocupou, colocou a mão em meu ombro e ficou me olhando confuso.

 

- Acho que eu vou... chorar de novo. Droga – abracei Neji ficando perto do peito dele, me encostei nele e comecei a soluçar mais e mais, eu estava cada vez mais vermelha.

 

- Por que Tenten? O que aconteceu? Foi o Kiba?

 

- Não, não. Não é nada disso, é que eu to feliz sabe... eu nunca imaginei que isso aconteceria de novo, eu te amo muito, e agora minhas amigas também estão felizes, eu estou meio que orgulhosa de mim mesma e de todas elas – larguei Neji e fiquei olhando para ele esfregando uma mão no olho.

 

- Ah então é isso. Sendo assim, pode chorar. – ele sorriu de canto e me abraçou de novo – obrigado Tenten, por você existir – ele pode ser mais perfeito?

 

- Promete que é eterno?

 

- O amor, para ser belo, não precisa ser eterno – senti Neji rir um pouco ainda me abraçando.

 

- E então... o Sasuke te contou?

 

- Do casamento? Ah, claro. Você vai querer subir naquele palco com todos olhando para você? Você é tímida não é mesmo?

 

- É minha amiga Neji, não vou recusar esse pedido, a não ser que você não queira.

 

- Não, tudo bem, eu vou com você – Neji me largou e caminhou na direção contraria, pegou minha bolsa e me devolveu – não quero que você seja roubada. Vamos?

 

- Vamos – coloquei a bolsa no ombro e então caminhamos juntos até a porta de saída da faculdade. Percebi que olhos nos perseguiam impressionados, nossos papéis trocaram. Eu sou a aluna e ele meu amado coordenador de artes.

 

“A arte infiltra tudo, vive de tudo. Mas onde ela é maior, é precisamente onde menos se vê.” – Júlio Dantas.

 


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