Capitulo três: ‘sequestro’.

- Bella! Que susto você me deu menina! Onde você estava?! Cadê a Meg?! – ela já estava sem fôlego.

- calma mãe eu estou bem, eu estava sem sono então eu fui curtir a night.

- e cadê a Meg?! A mãe dela esta desesperada atrás da filha! – do que ela ta falando?!

- mãe, a Meg foi para a casa dela.

- não, não foi! Uns vinte minutos depois de eu ir dormir a mãe dela ligou para casa perguntando se ela estava aqui, eu disse que ela já tinha ido e disse para ela ligar no celular dela. Ela me disse que foi a primeira coisa que tentou, mas ninguém atendia. Corri para o seu quarto e você também não estava lá, então, eu chamei a policia. – oh fôlego bom!

- meu deus! – coloquei as mãos na cabeça, o único dia! Não acredito nisso! – mãe! Precisamos achar a Meg! Precisamos! Não pode acontecer nada com ela – eu não vou me perdoar se algo acontecer! Comecei a chorar

- senhora acha melhor levar sua filha lá para dentro, dar água com açúcar para ela, não se preocupe, nós vamos achá-la. – disse o policial que não parava de me secar minhas pernas. Onde esse mundo vai parar ele é um policial que está em serviço!

Ela me abraçou de lado e começou a me guiar para casa me apoiando.

- mãe, me deixe ir procurar a Meg!

- você não vai sair da minha vista! Deixe que os policiais cuidem disso! – por que hoje ela tinha que se tornar uma mãe protetora?! Eu vou ter que ficar aqui, impotente, enquanto minha amiga esta perdida por ai! Quem sabe o que aconteceu com ela?! Ela pode ter sido seqüestrada ou pode estar correndo risco de vida. Já sei! Peguei o meu celular e disquei o número do Jared.

“o que aconteceu Bella?” – nossa eu não poderia ter ligado para ele para dar um oi?

- oi né?!… Ta tanto faz olha preciso de um favor que não te interessa a mim, mas a você também.

“…”

- a Meg desapareceu!

“Não acredito!”

- é e eu preciso que você vá procurá-la já que minha mãe não tira os olhos de mim. Por favor, ela é sua irmã!

“Não precisa pedir duas vezes eu vou procurá-la pela floresta, tchau” – ele não deu tempo para me despedir, parecia mesmo preocupado.

Não estava afim de ficar neste ambiente, então avisei minha mãe e subi para o meu quarto. Depois de três agonizantes horas meu celular toca, olhei no visor era o Jared.

- a encontrou?

“não eu procurei por todo o bosque, mas não a achei, encontrei um rastro meio fraco dela, estava indo para dentro do bosque, mas derrepente ele some como se ela não tivesse mais cheiro!” – péssimo sinal, ou ela estava bem perdida ou o Jared não era bom rastreador. – “você sabe que eu não sou bom rastreador, mas eu fiz meu melhor. De uma coisa eu tenho certeza, ela esta na floresta.”.

Teria que dar um jeito de fugir dos olhos da minha mãe e fazer o serviço por mim mesma, enquanto isso liguei o computador para dar a péssima noticia aos meus outros amigos, não que agora eu tivesse muito depois que eu me isolei não fiz muita amizade, mas eu ainda mantenho contato com meus antigos amigos. Tinha quinze pessoas on-line no MSN, esse povo não dorme?! São quatro horas da manhã e amanhã tem aula! É né sempre tem uns loucos. Mandei uma mensagem para todos contando sobre o desaparecimento de Meg, avisando que se ela ligasse para alguém que entrassem em contato comigo ou com a família dela, apenas o Matt me respondeu, ficamos conversando um pouco e depois ele saiu dizendo que iria dormir.

Ele estava com problemas na família.

De novo.

O que me restava a fazer? Liguei a TV para ver se passava algo interessante. No jornal local davam um pequeno aviso pra quem a visse avisasse a produção ou a polícia, nada com muito alarde afinal só se passaram 8 horas desde o seu desaparecimento, até estranhei já passarem algo, mas deve ser falta de programação, não existe coisa pior do que programação da TV de madrugada.

Desliguei a TV e desci para ver se achava algo para me distrair, minha mãe estava caindo de sono no sofá.

- mãe vá dormir.

- não, você só quer que eu durma para poder dar uma de super heroína e procurar sua amiga. – não creio que ela achava que eu era tão sem coração! Tudo bem que por parte era por isso, mas eu também me preocupava com sua saúde. Ok era 90% por causa disso.

- nada a vê mãe, eu me preocupo com sua saúde, ficar sem dormir faz mal.

- desista você não vai conseguir. – que porcaria.

- ta né – voltei para o meu quarto, peguei um livro qualquer na estante, não iria realmente prestar atenção mesmo. Olhei a capa e para minha sorte lá estava escrito “o segredo da amizade” ¬¬ vai ajudar muito a esquecer o assunto. Peguei outro livro “o mistério da rua 51” tudo bem que a rua que eu moro se chama 51 e foi onde a Meg desapareceu, mas ta de boa. Joguei essa para o lado e peguei o “o cachorro feio” (n/a: nenhuns dos livros citados anteriormente existem… não que eu saiba).

Esse é o livro mais idiota que eu já li em minha vida, me lembra aquela historia do pato que era diferente dos outros patinhos e um dia virou um lindo cisne (n/a; nada contra a quem gosta do patinho feio gente!)o que que esse livro esta fazendo no meu quarto? Eu tenho dezessete anos!

Olhei no relógio já era hora de começar a me arrumar para aula, agora quando esse meio tempo passou eu não sei. Vesti uma calça jeans clara e uma blusa qualquer, uma sandália aberta e desci. Olhei para a sala minha mãe continuava na frente da TV

- o que você fez a noite inteira?! – falei incrédula.

- fiquei vendo TV – realmente tenho uma mãe com problema.

- to indo para escola – sai sem deixar ela responder, não estava a fim de papo.

Fui andando para o colégio como sempre, diferente do meu pai minha mãe não é bem afortunada, por isso não pedi um carro a ela, eu poderia pedir um para o meu pai, mas eu não necessitava de um realmente.

A escola estava o aue de sempre, só que hoje as pessoas estavam mais preocupadas, ouvi vários murmúrios sobre o desaparecimento da Meg durante todo o período. Iria dar uma passada na casa da senhora Wilson, a mãe da Meg, no meio do caminha meu celular toca, era o Jared, atendi.

- Alô

“oi”

- fale

“encontrei uma blusa sua na floresta” – só pode ser a blusa que eu dei a Meg, o que uma blusa minha iria fazer no bosque?

- é a blusa que eu dei a Meg, faça um aviso aos policiais, agora eu estou indo para a casa dela conversar com a Sra. Wilson.

“ok, depois nos encontramos. Tchau” – ele desligou sem me deixar se despedir, não o culpo, faria a mesma coisa nessa correria.

Andei mais dois minutos e estava na casa de Meg, bati na porta e logo sua mãe atendeu.

- ah, oi Bella. Entre.

- oi Sra. Wilson, obrigada – disse entrando na casa. – alguma noticia?

- nada, a policia disse que qualquer coisa me ligaria, não sai do lado do telefone desde então. – ela estava mesmo abalada com o sumiço da filha, afinal era o segundo que perdia. O telefone tocou e num movimento ágil ela o atendeu. – sim? – “deixei um presentinho para você no bosque, siga a trilha a partir da blusa da sua filha” a voz deu uma pequena risada – O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA FILHA?! – “isso eu não posso te dizer, por que não vai conferir por seus olhos. Como eu disse: no bosque.” O homem falou do outro lado da linha tranquilamente como se estivesse discutindo o último episódio de ‘Friends’. – ah meu deus! – ela desabou a chorar e colocou o telefone no gancho com muita dificuldade. Ela estava aos prantos.

- Sra. Wilson se acalme você não sabe o que aconteceu vamos fazer o que ele disse e pronto. – disse com a maior calma, mas por dentro eu estava tão acabada quanto ela e pensar que foi minha culpa.

- ele disse para irmos para o bosque e seguir a trilha a partir da blusa dela.

- então vamos! Eu vou acompanhar a senhora. – ela nada disse. Pegou a chave do carro e saiu porta a fora. Eu a segui. Em menos de cinco minutos chegamos ao provável ponto onde ela teria desaparecido estava cercado de policiais, com certeza receberam a denuncia do Jared.

- acharam ela? – a mãe de Meg perguntou ao policial que comandava o caso.

- não, recebemos uma denuncia anônima que tinha um rastro dela aqui.

- acabei de receber uma ligação de que ela estaria dentro do bosque.

- oh certo. Carl, Smith venham comigo!

- eu vou junto. – ela disse

- eu também – disse

- não acho adequado levar vocês… - lancei um olhar que ele não teria coragem de recusar – ok vamos.

Seguimo-lo até o centro do bosque, aqui só tinha cheiros comuns, o meu, o do Jared e um pequeno rastro dela também tinha um leve cheiro de fogo? FOGO! Corri, em velocidade humana, e ultrapassei os policiais eles me mandaram parar, mas eu nem liguei. Encontrei uma pequena fogueira, pelo visto já estava queimando há bastante tempo. Inspirei fundo e tinha um leve cheiro da Meg. OH MEU DEUS!

- peguem algo para apagar o fogo! – gritei para os policiais que tinham acabado de chegar onde eu estava. Ajoelhei em volta ao fogo e a mãe de Meg fez o mesmo, abracei-a de lado. – ela não merecia isso – disse baixo para ela.

- não ela não merecia. – logo um policial voltou com um extintor de carro e apagou o fogo, a única coisa que restou foi uma pilha de pó é ossos de diversas partes do corpo, olhei para o lado para ver se o assassino havia deixado uma pista e encontrei um bilhete.

Agora a minha vingança esta começando.

Espero que tenha gostado do presentinho.

Podem dizer adeus a Meg.

Adeus…

A caligrafia era péssima! Mas isso não importava, importava o que estava escrito. Adeus Meg, juro que quando encontrar o safado que fez isso ele morre uma morte lenta e dolorosa.

- o corpo devia estar aqui há um tempo, só sobrou os ossos. – ouvi o perito dizer. – mas por que será que ele fez isso?

- vingança. – eles olharam para mim, estendi a carta para eles. O policial pegou a carta e leu, abriu a boca num 'O' quando acabou.

- chamem alguém para recolher isso aqui, precisamos investigar.

- não! Por favor, ela não merece, deixem que ela descanse em paz, me deixem fazer um enterro para ela. – pediu sua mãe, ela era muito religiosa e acreditava que a pessoa tem que descansar em paz sem esse monte de procedimentos.

- senhora… - ele ia contrariar, mas depois da cara que ela fez ele desistiu – ok.

Um grupo de três pessoas chegou e recolheu todos os restos, a Sra. Wilson os acompanhou para preparar o enterro. Fui para minha casa, logo minha mãe estaria pirando.

Cheguei casa e não dei explicações a ela apenas murmurei um “acharam a Meg queimada no bosque” seu queixo caiu e eu subi para o meu quarto. Arrumei minhas malas para Forks, amanha iria no enterro dela e depois iria para Forks, não sairia do meu quarto para nada mais.

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No dia seguinte fui para o cemitério logo cedo, fiquei praticamente o dia inteiro lá, no outro não sai do meu quarto, esse seria meu luto para Meg, pois quando chegasse a Forks teria que parecer feliz, não falei com Jared nem com minha mãe ou com qualquer outra pessoa nesse tempo. E agora eu embarcava para Forks junto com Jared.