Capitulo doze: mais uma despedida  

Eles que estavam chocados pelo o que a Meg tinha feito comigo foram aos poucos mudando de aparência, estava parecendo aquelas cenas de filme onde os seis vampiro viram a cabeça lentamente em direção a vitima.

Eu estava perdida, quer dizer, eles estavam.

Não quero machucá-los, mas se eles me atacarem eu não vou ter como ficar parada, ou melhor, eu vou, mas eles irão morrer. Seus olhos estavam começando a ficar pretos, estava sendo uma reação mais lenta que o normal para vampiros, acho que estavam assim pois tinham vários juntos fazendo que eles se tornassem mais apreênsivos caso tivessem que disputar a ‘comida’. Teria que recorrer a um método melhor que a luta.

Já sei!

A melhor solução sempre, meus poderes. Vamos ver um poder que eu tenha absorvido que será bom nesse momento?… O poder daquele Volturi irmão da loirinha! Lancei a nuvem do meu poder que os paralisou, eles perderam todos os seus sentidos. Eles poderiam tentar andar ou fazer qualquer outra coisa, mas não iria adiantar em nada, eles não saberiam para onde estariam indo nem sequer sentiriam o solo sob seus pés.

Esperei todo o meu sangue secar e a ferida se curar completamente e parei de incapacitá-los.

Eles continuaram vindo para cima de mim, só que agora em movimentos rápidos, Edward entrou na frente de todos antes que chegassem até mim, se colocando em posição de defesa. Eles notaram o que estavam fazendo e pararam de atacar dando pequenos passos para trás.

- oh Bella me desculpa, eu te machuquei? Não era para eu te empurrar tão forte! – Meg dizia desesperada.

- não se preocupe eu estou bem. – Edward me ‘ajudou’ a levantar

“não é possível pela força que ela a jogou a Bella devia estar no mínimo com algum corte!” – Edward pensava preocupado

- tem certeza Bella nós podemos te levar para o nosso pai – qual é dessa fissura do Edward por mim? E por que ele entrou na frente de todos para me defender? Ele é louco?

- tenho, estou ótima obrigada. – mesmo ele me irritando com a fissuração eu não conseguia ser rude com ele como seria com qualquer outro que me irritasse. Sorri sem mostrar os dentes.

- menina você tem problema só pode – disse Emmett brincando, Rosalie deu uma cotovelada nele que doeu até em mim.

Vi Meg um passo atrás dos outros Cullen.

- Meg, você me perdoa? Eu sei que eu não tenho o direito de te pedir isso, mas não fique brava comigo, ninguém controla meus sem sentimentos nem minhas reações nem mesmo o Jasper – não precisava dizer que o fato de o Jasper não conseguir mudar meus sentimentos não tinha nada a ver com isso, mas ignora.

- Bella, eu… eu não sei. Você é minha melhor amiga desde os sete anos, mas não posso desconsiderar que você matou meu irmão – baixei a cabeça ela nunca iria me perdoar

- tudo bem eu te entendo – levantei a cabeça, tirei meu colar ela me olhou com uma cara confusa – tome, para você nunca se esquecer da nossa amizade, eu sei que você não pode esquecer, mas fica pra recordação. Eu sei que seu colar foi destruído no dia em que o Ja… em que ele queimou suas coisas e algum humano para dar a entender que você tinha sido assassinada – entreguei o colar para ela. As lágrimas já escorriam pelo meu rosto sem controle

- eu não posso – ela começou a soluçar – apesar de tudo você ainda é minha amiga e eu ainda te amo, fique com você – ele me devolveu o colar – eu te dei como presente de aniversário é seu. – ela me deu um abraço – eu te perdoo

- ah, Meg – apertei o abraço chorando um pouco mais forte. – bom saber que agora nada pode te machucar e nós poderemos ficar juntas por um bom tempo.

- hm… na verdade, Bella, eu vou embora.… não leve isso para o seu lado, eu já tinha falado com os Cullen. Vou aproveitar essa minha nova forma para conhecer o mundo, ir a todos os lugares que sempre tive vontade de ir, conhecer, mesmo que superficialmente, novas pessoas e tudo mais.

- hm então até mais. Volte para me visitar de vez em quando.

- sempre Belinha. Adeus – ela se virou para os Cullen – Adeus, ou melhor, até logo.

- até – disseram eles para ela. Ela já ia partir, mas eu não podia deixar isso acontecer tão rápido.

- espere! – disse antes de ela ir.

- sim?

- venha comigo até minha casa tenho uma coisa pára te dar.

- sem problemas, como nós vamos? – acho que ela ainda não sabia que eu tinha um carro.

- tenho carro agora, baby. – disse rindo e mostrando as chaves.

- ui! Vamos embora.

- tchau, Cullens, vejo você amanha, ou hoje quem sabe – disse a ultima parte olhando para o Edward.

Fui para o meu carro com Meg atrás de mim. Ela se espantou quando viu o carro.

- nossa querida se meu pai quisesse me dar um carro assim eu já teria aceitado há tempos!

- né. Então vamos?

- claro – entramos as duas e fomos para minha casa, quando estava saindo do estacionamento da escola vi os Cullen entrando no prédio da escola.

- o que ficou fazendo todo esse tempo?

- bem quando eu ‘acordei’, eu tive o impulso de sair de perto das pessoas e foi isso que eu fiz, mas depois de descobrir o que eu realmente era, eu voltei para Phoenix e disse ‘adeus’ para minha mãe e tudo mais. Então eu vim para cá. Aqui encontrei os Cullen, mas não fazia a mínima idéia que era aqui que você estava, apesar de me lembrar de todas as outras coisas não lembrei do lugar para onde você tinha se mudado.

Quando chegamos a casa subi para o meu quarto e peguei minha caixa de cinzas.

- tó – disse dando o pote com as cinzas de Jared para ela.

- que isso?

- as cinzas do Jared. Achei que você gostaria de ter alguma coisa dele. – tirei meu álbum de fotos da gaveta e dei para ela as mesmas fotos que estavam nos porta retratos. – se não quiser aceitar eu entendo – disse colocando a foto na mão dela.

- não acredito que você ainda tem essas fotos! – disse ela com a mão na boca.

- e tem mais – entreguei a ela a blusa que eu dei para ela no dia do ‘acidente/sequestro’

- Bella do céu! Como você conseguiu isso.

- eu assaltei do policial no dia em que te acharam.

- só você mesmo. – ela disse rindo, mas parou de repente – Bella, eu tenho que ir. – ela não me perdoou totalmente.

- mesmo?

- sim – ela me abraçou e me deu um beijo no rosto – só mais uma coisa antes de eu ir. Acho que não devo ter entendido direito… o Jared queria me matar naquele dia? Mas você chegou e ele acabou me transformando?

- sim – disse e ela fraquejou

- obrigada, foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida.

- da nada – disse um pouco espantada

- adeus – ela disse e saiu pela janela.

- até logo – disse para o vento

A mesma dor de quando o Jared partiu me atingiu, não tinha certeza se ela iria voltar no fundo no fundo ela não se tocou realmente do que aconteceu. Ela não percebeu que foi seu próprio irmão que a transformou e que a intenção inicial dele não era transformá-la e sim matá-la, ela não percebeu que fui eu que matei o seu irmão, pois se isso tivesse acontecido ela não iria querer saber dele nem saber de mim.

Cai na minha cama comecei a chorar, quem sabe não cai um meteoro na minha casa e eu morra, seria uma morte feliz, rápida e indolor, eu acho. Mas como eu sei que isso não vai acontecer vamos levar a minha vida… quem sabe mais tarde.

Fiquei chorando por mais um tempo inderteminado até que finalmente tomei coragem e levantei da minha cama, minha caixa de cinzas estava aberta no chão do quarto, tampei-a e guardei-a antes que alguém visse. Olhei para o meu closet ele estava uma bagunça! Faz sentido eu acho que não o arrumei descentemente nenhuma vez desde que cheguei aqui. Com lágrimas nos olhos e ainda soluçando arrumei todo ele o mais lentamente possível queria lotar meu tempo o máximo que eu pudesse.

Infelizmente a limpeza não durou muito e logo eu já estava sem o que fazer, separei uma muda de roupa e fui tomar um banho deixei que a água quente, que não era quente para mim, me relaxasse e fiquei pensando em modos de como eu poderia morrer espontaneamente. Acho que se a Alice pudesse me ver ela já estaria pirando com todas as coisas que eu estava cogitando, apesar de não sermos muito intimas eu sei que nós temos um forte laço.

Sai do banho e coloquei minhas roupas intimas e antes de colocar o resto passei hidratante por todo meu corpo, nada dessas coisas eram necessárias para mim, mas foram costumes que eu aderi quando elas eram necessárias. Coloquei o resto da roupa e fui para o meu quarto. Sentei na cadeira e fiquei olhando para as fotos iguais a que eu dei para a Meg sem pensar em nada de especial.

De repente ao meu lado tem uma figura pálida de olhos dourados, levei um susto, mas depois de perceber que era só o Edward eu me acalmei.

- nossa, meu, avisa! – dei uma leve risada, ela saiu meio esganiçada, percebi que estava chorando.

Ele não disse nada apenas se aproximou de mim e enxugou uma lágrima que caiu, levou-a a boca e sentiu o gosto.

- interessante.

- por que esta aqui? Não que eu me incomode de ter… é que tipo você só vem à noite quando o Charlie já está dormindo e…

- eu entendi o que você quis dizer.

- então, por quê? – perguntei.

- é que a Alice teve uma visão e ficou preocupada.