Fiz as tarefas de casa, que eu peguei pela mente dos outros alunos, todas muito fáceis acabei muito rápido dando tempo para eu pensar, coisa que eu não queria. Coloquei os fones de ouvido e liguei meu mp3 no volume máximo, como eu queria poder dormir! Fechei os olhos e fiquei algum tempo deitada, é não vai rolar mesmo, eu nunca mais vou dormir! Tirei os fones e fui para o computador, com sorte acharia algum joguinho on-line idiota que me deixaria viciada.

Não sei há quanto tempo eu estava jogando aquela porcaria, ‘despertei’ quando ouvi os passos do meu pai subindo as escadas. Ele deu duas leves batidas na minha porta

- pode entrar – disse

- Bells já estou indo dormir.

- ok, boa noite pai

- boa noite – disse ele fechando a porta.

Mais alguns minutos e eu já poderia sair com o Jared, voltei para o meu joguinho legal.

Olhei para o relógio e já eram onze horas o.O esse jogo não me fez bem. Logo o Jared estaria aqui, isso se já não estava. Fui confirmar, olhei na janela, ele não estava nas sombras, o Jared não estava, mas não posso dizer a mesma coisa de um certo Cullen, isso mesmo Edward Cullen estava sentado em cima de uma árvore olhando para a minha janela. Ah! Só o que me faltava, agora eu não vou poder sair daqui.

Peguei meu celular e disquei o numero tão conhecido do Jared.

- alô Jared?

- oi Bella.

- onde você esta? – perguntei preocupada

- em casa, por quê? Ainda não esta na hora de nós sairmos.

- eu sei. Eu liguei para avisar que eu não vou hoje.

- por quê?

- problemas

- quer ajuda? – perguntou ele preocupado

- não esse tipo de problema, bem eu só liguei para avisar que não vai dar para nós sairmos hoje. – disse

- não tem problema, saímos outro dia

- ta legal, beijos divirta-se sem mim.

- ok beijos tchau

- tchau – desliguei o telefone.

Olhei para a janela novamente e ele ainda estava lá, que cara chato, to com privacidade zero! O que ele esta esperando que eu durma para ele invadir meu quarto?!… É, é isso mesmo que ele esta esperando, meus deus, só o que me faltava!

Abri a janela e sentei nela com as pernas penduradas para fora

“O que ela vai fazer?! Ela nem é louca de pular daquela janela, ou é? Parece que ela ta vindo pra cá Acalme-se Edward ela não tem como saber que você esta aqui”.

Fingindo uma dificuldade pulei, andei até a árvore em que ele estava e olhei para cima.

- o que você esta fazendo aqui, Cullen? – disse tentando ser gentil, mas ele não respondeu. – Edward? – nada. – ta legal não vai responder? – qualquer um que me visse agora acharia que eu estava louca falando com uma árvore. Comecei a subir na mesma sem demonstrar esforço. – não vá fugir! – sentei ao lado dele no galho – oi – ele não pensava nada coerente.

- oi

- agora vai me responder o que você esta fazendo aqui?

- não tinha nada pra fazer em casa resolvi dar uma voltinha.

- e essa voltinha te trouxe a árvore no quintal da minha casa?

- é – ele respondeu envergonhado, aposto que se fosse humano estaria igual a um tomate.

- aham sei. – fiz uma cara de desapontada. – e vou adivinhar. Você estava esperando eu dormir para entrar no meu quarto?

- “o que como ela sabe?!” não.

- bem você ia perder seu tempo me esperando dormir.

- por que?

- eu ia sair com o Jared. – destaquei bem a palavra ia.

- é eu ouvi você falando no telefone com ele. – fiz uma cara o repreendendo. – você sabe que não tem como eu evitar.

- bem… to indo… você vai ficar ai?

- daqui a pouco eu vou embora.

- ta legal, boa noite

- boa noite, quer ajuda para descer ou para voltar ao seu quarto? – dei um sorriso. Pulei e cai de pé.

- não precisa, tchau. – disse e sai andando. Cheguei à parede da minha janela, normalmente eu entraria em meu quarto sem problema algum, mas agora Edward estava me olhando, porcaria! Como eu vou subir isso aqui?! Olhei para a janela e depois olhei para o Edward conferindo se ele ainda estava ali. Graças a deus ele não estava. Dobrei levemente o joelho me preparando para pular e senti uma coisa no meu ombro.

- tem certeza que não quer ajuda? – preciso começar a me concentrar mais, nem ouvi os passos dele.

 - to vendo que não tenho escolha. – ele me colocou em suas costas e pulou quarto adentro. – obrigado.

- de nada.

- prenda a respiração!

- por…

- só prenda! – ele fez o que eu mandei. Andei até o frigobar e peguei uma garrafa plástica preta – eu guardo sangue aqui. – abri a garrafa e derramei um pouco na palma da minha mão – viu? – lambi o sangue antes que escorresse para o tapete e devolvi a garrafa na geladeira, fiz uma careta para ele não achar que eu gostava de sangue

- acho que consigo agüentar

- se você acha. O que você faz de noite?

- não tem muita coisa para fazer eu tento variar, mas a maioria das noites eu ouço musica ou leio um livro, as vezes saio para dar uma volta… como hoje. – ele completou dando um sorriso torto

- então quer dizer que tem mais vitimas de suas espionadas a noite enquanto as coitadas dormem?! – disse inconformada e ao mesmo tempo brincando, não sei porquê mas somente a possibilidade de ele fazer isso me incomodou

- bem… na verdade não, é a primeira vez que eu faço isso. Normalmente minhas voltas noturnas incluem ficar andando pela cidade. – tomara que ele não tenha me visto por ai.

- então, me diz, o que tem de bom pra fazer em Forks à noite?

- é… você me pegou não tem porcaria nenhuma aqui, mas eu gosto de ficar apenas andando então não me importa o lugar.

- ah – me sentei na cama – senta ai.

- acho melhor eu ir e deixar você dormir.

- não se preocupe, eu… sofro de insônia, não to com nenhum pingo de sono – ele não vai cair nessa né?

- tem certeza?

- aham. – não acredito nisso ¬¬’!

- posso te perguntar uma coisa?

- manda

- da onde você conhece o Jared?

- ele era irmão da minha melhor amiga, um dia eu estava andando na cidade e esbarrei com ele na rua – acho que modificações básicas na historia não faz mal né? – quando eu reconheci-o quase não acreditei – ele fez uma cara de duvida – era para ele estar morto – expliquei – segundo a policia, ele se tacou no rio, ou foi tacado, ninguém sabe o corpo nunca foi achado, mas tudo indicava isso. Voltando a historia, ele já tinha me visto das muitas vezes que eu tinha ido à sua casa, demorou um pouco, mas eu reconheci no que ele tinha se transformado.

- desculpe perguntar, eu sei que não é da minha conta, mas vocês dois são parceiros?

- não! – disse um pouco desesperada, sua cara não foi as das melhores. – quer dizer, não – como ele pode pensar uma coisa dessas – não e nem da, quer dizer ele é um vampiro e tudo mais. – falei besteira.

- e desde quando você sabe sobre vampiros?

- na época que eu conheci o Carlisle aconteceram umas coisas estranhas e ele acabou citando sua espécie, eu fiquei intrigada com o fato de um médico como ele falar sobre essas coisas já que normalmente médicos são pura ciência e tudo mais, mas eu estava em uma época da minha vida que eu já não acreditava em mais nada do que eu acreditava ser real e foi assim que eu descobri sua espécie. Mas vamos parar de falar sobre essa coisa chata e monótona que é a minha vida.

- ah claro! sua vida é super chata e monótona, isso por que você vive rodeada de vampiros imagina se não ficasse acho que você já teria morrido de tédio.

- ué o Carlisle não te contou? Aquela vez que ele foi ao hospital me salvar eu estava quase morrendo de tédio, foi ai que ele resolveu dar uma animada na minha vida. – começamos a rir alto. – ri baixo que meu pai ta dormindo – continuei a rir.

Passamos a noite conversando bobeiras e rindo muito, ele era uma pessoa bem legal para se fazer esse tipo de coisa, quando olhamos para fora o sol já estava tentando aparecer entre as nuvens.

- nossa já ta amanhecendo! – exclamei.

- oh, me desculpe eu não deixei você dormir.

- sem problema nem to com sono.

- não seus olhos só estão roxos – disse ele dando uma risada.

- não é possível – disse desesperada. Levantei da cama rapidamente, para uma humana, corri para o meu banheiro e lá estavam duas manchas roxas debaixo dos meus olhos – oh meu deus! – voltei para o quarto e ele estava ainda sentado na cama olhando para mim e segurando uma risada, sem sucesso. – ria enquanto pode – disse isso só o fez rir mais.

- eu tenho que ir para casa logo seu pai vai acordar e também eu preciso me arrumar para a escola

- ok, nos vemos lá, então.

- tchau – ele disse e saiu pela janela no mesmo momento ouço Charlie levantando, tomara que não tenha sido eu a acordá-lo.