Destino escrita por Winchester B


Capítulo 21
XX - Johnny Walker


Notas iniciais do capítulo

Epílogo, último capítulo 'snif. Obrigado a todos que acompanharam, que comentaram e que me indicaram ao Oscar -q
HUSAHUHSAUHSAHUHUESA Espero que gostem do capítulo
Música: Back in Black - AC/DC



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 Capítulo 20 – Johnny Walker

- Então, você está pronta? - ele perguntou sorrindo e me entregando um balde cheio de bexigas com água.

- Prontíssima, senhor – bati uma continência brincando e levantei uma bexiga.

Tom sorriu e foi para o corredor, enquanto que eu e Matthew nos posicionamos atrás das pilastras, em lados opostos; deixando Tom no meio do corredor. Estávamos prontos para o ataque.

Ela veio toda sorridente, mas sem a sua gangue de patricinhas atrás; o que tinha sido combinado por Tom. Ele a tinha convidado para um encontro; estava usando suas melhores roupas e exibia a sua melhor cara de Don Juan.

 - Oi Tom – ela disse, forçando a voz para ficar mais fina do que já era e (provavelmente na cabeça dela) sedutora - Eu sabia que você jamais me esqueceria – e jogou os seus cabelos lisos pra cima de Tom.

- Claro – ele sorriu sarcasticamente e se inclinou para beijá-la.

Esse era o sinal que Matthew e eu estávamos esperando. Pegamos bexigas e jogamos neles, antes que seus lábios encostassem. Nosso alvo, obviamente, era a Prescott; mas Tom sabia que teria de ser sacrificado junto.

- AI MEU DEUS – ela berrou, sua voz atingindo uma nota tão aguda que se ela continuasse, somente os morcegos poderiam ouvir – O QUÊ VOCÊS FIZERAM COM O MEU CABELO? - guinchou histericamente e nós começamos a rir.

- EU NÃO POSSO FICAR ASSIM! - berrou quase chorando – EU ACABEI DE SAIR DO SALÃO.

Realmente, a visão que tivemos após ela ter o cabelo molhado não foi nem um pouco agradável. O seu cabelo que antes estava liso, aos poucos estava enrolando e, em questão de segundos; ela ficou parecendo o Robert Plant – bem menos bonita, diga-se de passagem – de saias. Comecei a rir e logo Matthew fez coro, ao passo que Tom estava tentando segurar e falhava miseravelmente.

A Prescott saiu correndo pelos corredores da escola, que agora estavam cheios por causa do fim das aulas. Muitos começaram a rir e uma japonesinha sorridente correu atrás dela, murmurando algo como 'o jornal da escola precisa de algo inovador'.

- Parece que foi uma boa vingança afinal – disse Matthew, saindo de onde estava e vindo na minha direção. Bateu na minha mão e me abraçou pelos ombros – Mas eu realmente prefiro algo mais sangrento...

- Matthew meu bem, raciocine comigo – disse sarcasticamente – Coisas desse tipo somente funcionam para as pessoas que se importam com a vida. Aquela garota se importa somente com a aparência e status social, nada mais digno do que acabar com a reputação dela.

Sorri e logo Tom veio até onde estávamos. Começou a se balançar para jogar água, exatamente como um cachorro faria.

 - O que vocês acharam da minha linda atuação? - perguntou sorrindo e passou os braços pelos meus ombros.

- Magnífica – disse Matthew fingindo uma reverência – Temos de andar logo, James já está indo.

- Verdade – suspirei. Ele realmente iria voltar para caçadas porque afinal, ele amava a vida que levava.

E apesar do atraso, saímos da escola sem pressa alguma; Tom à minha esquerda e Matthew à minha direita, rindo como se fossemos velhos amigos cuja amizade duraria para sempre.

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Estava chorando muito – pra variar um pouco – e James me abraçava fortemente. Ele ia partir para Nova York, investigar uma série de assassinatos estranhos que estavam acontecendo.

- Você vai ficar bem, Liz – ele disse e eu solucei fracamente – Matthew e Tom vão estar aqui pra cuidar de você, tenho plena confiança neles.

- Mas quem foi que disse que estou preocupada comigo? É você quem vai sair daqui sozinho, sua besta! - solucei e enterrei meu rosto em seu peito, molhando toda a sua camisa com minhas lágrimas.

Ele levantou meu rosto e se distanciou um pouco, sorrindo torto. Foi na direção de Tom e Matthew e sussurrou algo. Depois abraçou os dois como se fossem irmãos e pediu – pela milésima vez – desculpas para Tom, que somente fez uma careta de desagrado e bateu na cabeça dele.

Tom já havia nos desculpado há muito tempo, nem sequer tinha ligado muito para nossas suspeitas; ele é uma pessoa muito boa para guardar rancor de algo ou alguém. Matthew ainda se martirizava por ter pensado mal dele e eu também me sentia mal, mas Tom tentava fazer com que nós esquecessemos isso, dizendo que o passado deveria ficar no passado; morto e enterrado.

- Então, até a próxima – disse James entrando no carro e colocando seu óculos escuros no rosto.

Acenou mais uma vez e foi embora.

Vovó Dul e vovô J entraram em casa, me deixando a sós com meus dois amigos. Entramos no carro de Matthew e fomos para um parque deserto, aquele que Tom havia me levado há um bom tempo atrás. Deitamos na grama e ficamos um bom tempo em silêncio.

 - E então, o que faremos agora? - perguntou Matthew despreocupadamente enquanto se espreguiçava na grama.

- Podíamos comemorar; tudo já passou não é mesmo – respondeu Tom sorrindo.

- Ainda temos de ajudar todas essas pessoas a construir a cidade e sem contar que tivemos algumas mortes também – respondi, sendo pessimista.

- Mesmo assim, deveríamos comemorar; estamos todos vivos – Tom continuou, como se não tivesse sido interrompido.

- Certamente – respondeu Matthew sentando – Vivos e amigos, e isso é o que importa; nossa amizade. - e então ele nos olhou, tão feliz quanto eu nunca tinha visto, alegre de finalmente ter amigos que não ligassem para o seu passado.

- Então vamos comemorar – repondi, me animando e levantando da grama.

- Aonde? - Tom levantou também, seguido por Matthew.

- Conheço um bar perto daqui, muito bom – Matthew disse com um sorrisinho torto – Todos os tipos de bebidas que você imaginar.

- Isso é ótimo, mas eu só gosto realmente ...

Parei de falar e sorri, ficando um pouco aérea. Tinha dito que minha família tem uma tara pelo nome Johnny e eu própria não me dei conta que também tenho.

- O que foi Liz? - Tom perguntou.

- Nada – dando risada – Qual sua bebida favorita? - perguntei.

- Mojito – Tom respondeu sem entender a pergunta.

- E você Matthew?

- Prefiro cerveja, em grande quantidade – sorriu e se dirigiu para o carro.

Sentei no banco de trás, deixando Matthew e Tom na frente, e fomos para o barzinho. Matthew estacionou o carro, mas ao invés de destravar as portas, ele virou para tras.

- E qual a sua bebida favorita? - perguntou sorrindo de canto.

- Whisky Red Label, de Johnny Walker – gargalhei e os dois me olharam como se fosse louca.


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Notas finais do capítulo

Fim? UHSHUSAHUESA Mentira, tenho mais uma temporada em mente e o primeiro capítulo prontinho. Será narrada pelo Matthew e está mais engraçada do que essa [acho]. Enfim, comentem, please. Minha primeira longfic concluída, choray.
Beeijos e até a próxima.