Destino escrita por Winchester B


Capítulo 19
XVIII - You woken up the demon in me


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, estava com um enorme bloqueio para escrever esse capítulo. Agradeçam [ounão] à música Fireflies do Owl City, que apesar de não ser o que eu escuto usualmente, me tirou o bloqueio =D Bem, sem muito o que dizer, aproveitem a leitura.Err, não tive tempo de revisar, então se tiver algo errado, por favor me avisem.
ps: no meio aí, tem o pov do Matthew.
Música:Closer - Lacuna Coil



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Capítulo 18 - You woken up the demon in me

- Então, você está dizendo que não sabe como eles foram parados da última vez? – disse Matthew seriamente, pela décima vez naquela manhã, no que James suspirou audivelmente.

Estávamos na oficina do pai de Matthew tentando descobrir algo que pudesse nos ajudar. Matthew e James debatiam sobre todas as possibilidades e possíveis coisas que pudessem acontecer, enquanto que eu, já cansada de ter ficado discutindo em vão, estava tentando resolver um problema na bobina e teria de trocar a tampa do distribuidor do carro, pois estava afetando as velas. Tom tinha dito que precisava fazer algo e não viera.

- O que você acha Elizabeth? – perguntou James.

- Sobre o quê? – questionei levantando a cabeça e limpando o rosto que estava sujo de graxa.

- Sobre distribuirmos amuletos para as pessoas da cidade. – respondeu Matthew – Sal, pentagramas, cruzes e água benta.

- Acho que eles iriam desconfiar de algo, ou chamar os tiras; mas vale a pena tentar – dei de ombros e virei para olhar novamente o carro – Tenho um estoque de água benta e pentagramas no porão de vovô J. Achei que fosse precisar algum dia.

- Mesmo pra uma caçadora Elizabeth, você é muito estranha – Disse Matthew arregalando os olhos.

- Sei, já me disseram isso – respondi e minha voz saiu abafada por causa que estava em baixo do carro procurando por alguma coisa errada – Vocês poderiam ir nos limites da cidade e colocar amuletos em lugares estratégicos, ajudaria a retardar os demônios, nos dando mais tempo para pesquisas.

- Ah, é por isso que eu amo essa garota – respondeu James, e mesmo sem ver, soube que ele sorria – Podemos começar agora mesmo então, mas seria melhor se a Srta perfeição saísse debaixo do carro e fosse conosco.

- Babaca – disse saindo debaixo do carro e sendo ajudada por Matthew a me levantar – Precisamos de Tom também, talvez até mesmo Sam possa ajudar. Ela não precisa saber o que estamos fazendo.

- Você tem razão – disse James me olhando cinicamente – Ela talvez possa ajudar. Podemos nos separar então? – questionou; no que eu e Matthew acenamos com a cabeça que sim. – Eu fico com a outra garota – respondeu sorrindo – e vocês dois podem ficar juntos.

- Por mim está ótimo – respondeu Matthew já pegando sua mala e abrindo o compartimento da garagem onde escondia suas armas e amuletos.

- Mas e Tom? – perguntei para James.

- Está fazendo algo que eu pedi; não se preocupe com ele, ligue para a sua amiga – respondeu sem me encarar, arrumava uma mala com as coisas que Matthew jogava para ele.

- Acho melhor que eu vá com a Sam – respondi magoada, não havia feito nada pra ele me responder dessa maneira – Ela não te conhece – terminei de dizer e sai da garagem, me dirigindo à casa de Matthew, onde teria um telefone para ligar pra Sam.

- Então – começou Sam enquanto andávamos pela cidade distribuindo pequenos potes que continham água benta, não que ela soubesse disso – Para que estamos entregando esses potes?

- Vovô J me pediu para entregar, disse que aumentaria a publicidade de sua loja – menti descaradamente e empurrei minha bicicleta.

- Mas por que água ajudaria nisso? – questionou docemente e empurrou sua bicicleta.

- Não sei – menti novamente e dei de ombros – mas temos de voltar pra minha casa até as sete.

- Por mim tudo bem – disse e sorriu – Você irá me ver no teatro?

Fui pega desprevenida pela pergunta. Achava que daqui a alguns dias nem existiria mais uma cidade, quanto mais um teatro escolar estúpido.

- Claro – menti mais uma vez – Será um prazer assistir, Sam.

E ela começou a falar e falar, enquanto eu respondia esporadicamente com alguns grunhidos e batia na porta das casas para entregar o potinho que estava na cesta que Sam carregava e pentagramas minúsculos que estavam em meu bolso.

POV Matthew

- O que você acha que elas estão fazendo? – questionei a James enquanto dirigia.

- Se eu bem conheço a Liz, ela deve estar resmungando respostas para a menina, que provavelmente fala demais – respondeu dando de ombros – Chegamos à última casa.

- Mas essa é a casa do Tom – disse surpreso.

- É claro que é – respondeu e rolou os olhos – Mas você acha que ele não precisa de proteção?

- Eu achei que ele fosse nos ajudar na hora, não ficar em casa se escondendo – respondi grosseiramente enquanto estacionava o carro na garagem da casa do Tom.

- Deixe de ser estúpido. O que você acha que os demônios fariam com ele se o pegassem? O cara é vidente, se você não notou – ele respondeu revidando a grosseria.

Resmunguei um palavrão e então batemos na porta, alguém da família dele teria de abrir. Após termos esperado algum tempo ali fora, decidimos arrombar a porta, uma vez que ninguém abria. Entramos e a casa estava extremamente silenciosa, parecendo que ninguém havia estado ali em pelo menos três semanas.

- Acho que essa é a última casa – disse ofegante. Um cachorro gigantesco de uma senhora havia nos perseguido por umas quatro quadras.

Bati na porta. Estávamos na periferia de Lynville, se é que isso é possível, pois a cidade é muito pequena, mas enfim. Entreguei o pote e o pentagrama para uma senhora muito simpática e segui com Sam para uma lanchonete chamada Rockets, onde pedimos hambúrgueres e refrigerantes. Sentamos na calçada para comer e ficamos ali por um bom tempo, comendo e observando o movimento de pessoas no local.

O celular que Matthew havia deixado comigo tocou.

- Elizabeth? – ouvi a voz de Matthew claramente.

- Sim?

- Estou na minha casa, James também está aqui. Tem como você vir pra cá agora? – perguntou, e mesmo ao telefone, percebi que era algo sério.

- Claro, daqui a pouco estou aí.

- Ótimo, mas não traga a Sam – disse e desligou.

-Quem era, Liz? – perguntou Sam.

- Matthew, ele me pediu para levar alguns lanches para ele e para me lembrar dos filmes– disse mentindo parcialmente – Dormiremos na minha casa hoje, uma sessão de terror. Ainda tenho de passar na locadora, mas enfim. Você gostaria de ir? – perguntei, já prevendo a resposta. Ela repudiava filmes de terror.

- Ah não, obrigado – respondeu fazendo uma careta de nojo – Eu não gosto desses filmes, não suporto sangue – e estremeceu da cabeça aos pés.

- Tudo bem então, obrigado por ter me ajudado hoje – sorri e dei um abraço nela, que ficou surpresa, mas retribuiu o abraço. Talvez, ter amigas não seja uma coisa tão ruim.

- Tchau Liz – disse ela e subiu na bicicleta, logo sumindo por uma das ruas.

Fiquei por alguns instantes olhando para a rua onde ela tinha ido, mas logo subi na bicicleta para ir pra casa; Matthew e James deviam ter encontrado algo que pudesse ser utilizado para conter os demônios. Não demorei muito para chegar em casa, que estava com as luzes da sala de estar acesas. Coloquei a bicicleta na garagem e entrei na casa. Encontrei Matthew e James conversando acaloradamente sobre algo, mas logo eles pararam e ficaram sérios, quando viram que eu estava ali.

- Liz! – exclamou James estranhamente calmo – Sente-se aqui, temos algo a discutir.

Sem dizer nada, me sentei no sofá de vovô J e esperei que algum dos dois começasse.

- Bem – Matthew começou, ainda com o semblante sério – Encontramos um meio de parar os demônios.

- Isso é ótimo! - exclamei, sem conseguir me conter – Então podemos fazer isso agora mesmo, quanto antes melhor.

- Sim, é uma coisa não muito fácil de ser feita, mas nós não precisamos de pressa – respondeu agora parecendo preocupado, o mesmo semblante que James mantinha, e os dois me encaravam.

- Como não? – perguntei incrédula – Vocês estão cientes do que vai acontecer aqui, certo? Ou perderam a memória? – disse sarcasticamente.

- Elizabeth – Matthew falou, como se não tivesse sido interrompido – Temos outro problema para resolver agora, envolvendo Tom.

- O que tem o Tom? Ele não está fazendo um “trabalho” pra você, James? – questionei com ironia.

- Está, e temo pelo o que ele possa ter feito – respondeu um James de cabeça baixa – Sabe Liz, ele não parece ser quem é.

- Sobre o que vocês estão falando, afinal? – questionei exasperada.

- Liz, Tom não é o que aparenta – Matthew disse – nós também achávamos que ele era legal, mas ele não é. Você já viu alguém da família dele?

- Não – respondi sem entender onde ele queria chegar.

- Ele tem alternâncias de personalidade? Uma hora está feliz, e na outra fica sarcástico?

- Sim, mas acho que todos nós somos um pouco assim, não é? – falei nervosamente.

- Elizabeth, você não está querendo enxergar a verdade – disse James exasperado batendo na mesa, que estremeceu – Nós entramos na casa dele e aquele lugar parece que não vê gente há meses. Olha isso – pegou uma pasta da mesa e colocou na minha mão. Dentro da pasta fotos diversas minhas, do Matthew e até do James; papéis indicando construções, identidades de pessoas e várias cópias de correspondência de alguém chamado Midgard, sem remetente. – Eu acho que o Tom é um deles Liz, um infiltrado bem na nossa cara. E eu que pedi pra ele colocar amuletos em cada canto da cidade, para formar um pentagrama para nos proteger. – baixou a cabeça e ficou quieto por alguns instantes.

- Nós teremos de fazer algo. Ele parece ser a cabeça de toda essa operação do demônio, literalmente – disse Matthew em uma tentativa de me fazer rir, sorrindo fracamente.

- Podemos tentar exorcizá-lo, quem sabe quando foi que o demônio o possuiu? – eu disse, em uma vã tentativa de defender Tom. Talvez ele tivesse sido possuído a pouco tempo e nem tinha percebido, talvez fosse por causa de suas visões...

- Elizabeth? – Matthew e James chamaram e uníssono e eu levantei a cabeça que havia abaixado, sem perceber, e percebi que eles me olhavam preocupadamente.

- Eu tenho de ir embora, Liz – Matthew disse, pela primeira vez usando meu apelido – Você vai ficar bem aqui, sozinha?

- Claro – respondi dando um sorriso sincero, mas triste – Disse para vovô J tirar unas três dias de folga junto com a vovó, e eles foram para a cidade vizinha visitar a prima dela; mas eu tenho o James aqui comigo.

- Er... Liz, eu vou ter que sair também, e só volto amanhã de manhã – disse James – Mas posso ficar se você quiser.

- Pra quê? – ironizei – Eu me defendo melhor do que você e com as mãos amarradas nas costas.

Depois disso os dois riram alto, me abraçaram e foram embora, me deixando sozinha. Comi a janta que vovó Dul havia deixado e subi para tomar um banho e dormir. Após umas duas ou três horas acordei sem sono, pensando no dia seguinte e em Tom. Olhei pela janela e vi que havia uma luz acesa na casa dele, bem do outro lado da rua. Decidi ir ver se ele estava lá, ou se era outra pessoa.

Desci as escadas e abri a porta da entrada sem fazer barulho. Atravessei o quintal e me dirigi para a frente da casa de Tom, que agora não tinha mais nenhuma luz acesa. Parei por alguns instantes, indecisa entre entrar ou não, e finalmente tirei minha faca de arrombar portas, que se mostrou ineficaz, pois a porta não estava trancada. Entrei na casa, fazendo o mínimo de barulho possível e – como Matthew e James haviam dito – constatei que a casa parecia estar inabitada há algum tempo. Nunca tinha estado na casa dele, então não tinha a menor idéia de onde ir ou o quê procurar. Senti algo pingar na minha camisa e passei a mão. Meu polegar, anteriormente limpo, agora tinha uma mancha vermelha e; olhando para a minha camisa, pude ver a mancha, que aumentou quando outro pingo caiu. Olhei para o teto, de onde o sangue estava vindo, e vi uma enorme mancha, que parecia proveniente do segundo andar. Mais um pingo caiu em mim antes que eu pudesse desviar. Subi as escadas silenciosamente e me deparei com algumas portas. Sem pensar e nem hesitar, abri a primeira porta que vi,entrei não mais me importando em fazer silêncio. Era o banheiro afinal, e eu me senti estúpida por estar fazendo aquilo. Ri nervosamente e passei a mão pelos cabelos ainda molhados, me virei para sair e fui recebida com um forte golpe na cabeça. Antes de desmaiar, senti que o sangue estava escorrendo de minha cabeça e ouvi uma gargalhada maldosa ecoando do meu agressor.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? deixem reviews, indicações, cartas, beijos, pontos e tudo o mais que vocês quiserem UHSAHUHUASHUHUSSHUESA
Finalmente assisti HP e ainda acho a Gina uma vagaba. Bom mesmo foi o momento hot HHr *--------* enfim, beijos.
ps: passei pra 2ª fase da unesp em enfermagem, me desejem sorte =D