Sunshine escrita por bellafurtado


Capítulo 16
Livro II: Capítulo 2 - Preocupando-se...


Notas iniciais do capítulo

Gente, sei que faz tempo que não posto, desculpa meeeeeesmo! Como recompensa, estou trabalhando num trailer para a fic que pretendo postar em breve. Já coloquei a capa do Livro II e a sinopse também ;) Quanto ao capítulo, leiam com atenção aos detalhes porque os mesmos vão ser muito importantes pros próximos capítulos. E parece que a Sunny logo vai ter uma concorrente,hein? Tá, não falo mais nada!!! kk' Obrigada por tudo, pessoal! Deixem reviews e leiam a minha one-shot de The Host: Choosing the Right Brother.

beeijos:*
bellafurtado (:



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                -Sunny! – uma voz me chamou. – Sunny, acorde!

                Abri meus olhos lentamente, dando de cara com Jamie. Abri um sorriso para ele e me levantei, fechando meu caderno e guardando-o de baixo do travesseiro. Esfreguei os olhos e murmurei:

                -Desculpe-me por ter dormido, Jamie. Nem mesmo te dei boa-noite... É que eu estava tão entretida escrevendo que acabei perdendo noção do tempo e caindo no sono.

                -Está tudo bem – ele me assegurou. – Aliás, quando vai mostrar essa música pro Kyle?

                Respirei fundo.

                -Quando eu acabar – respondi calmamente. – Se eu tiver coragem, o que é provável que eu não tenha.

                -A parte que você cantou para mim era bem bonita – Jamie elogiou-me. Sorri e ele continuou: - Deveria mostrar para ele. Às vezes a gente só percebe o que realmente sente quando recebe uma prova de que a outra pessoa sente isso também.

                -É uma teoria confusa e bonita – falei. – mas é só isso: uma teoria.

                -Sunny, Kyle arriscou a vida para ir te buscar.

                -Não, ele arriscou a vida para buscar a Jodi. Eu fui só uma surpresa indesejada.

                -Uma surpresa indejada que ele por um acaso ama.

                Rolei os olhos e, sem querer magoá-lo, não respondi nada. Eu e Jamie fomos tomar café. Havíamos nos juntado nas cavernas de Jeb com os humanos da célula rebelde de Cal há uns 3 meses, para unir forças. Chace, um dos homens da outra célula, esbarrou em mim no caminho.

                -Uh, desculpe, Sunny – ele disse, juntando alguns pacotes de cheetos que deixou cair no chão.

                -Por que está tirando isso do depósito? – perguntei, erguendo uma sobrancelha.

                -Jeb e Nate me pediram para levar tudo o que temos no depósito para a cozinha, já que nossos suprimentos estão minguando.

                Chace estava escondendo algo, eu pude perceber. Olhei nos olhos dele com os meus cerrados, tentando entender o que era que ele estava me escondendo.

                -Tem notícias de Kyle? – perguntei.

                Chace respirou fundo.

                -Eles saíram há 10 dias, Sunny – ele disse. –Não podemos fingir que nada aconteceu. Jeb e eu estamos selecionando alguns para saírem atrás deles, mas estamos sem esperanças. Precisamos de todo o suprimento que temos.

                Meus olhos se arregalaram e se encheram de lágrimas. Não, eles iam voltar. Claro que iam! Não se podia acontecer algo assim, do nada. Eles não foram capturados.

                -Vocês vão mesmo procurá-los, não é? – Jamie perguntou. – Quer dizer, eles só devem estar escondidos por algum motivo. Não tem nada de mais, não é?

                Chace olhou para mim e para Jamie, com pena e compaixão e murmurou:

                -Não, não tem nada demais.

                Assentimos e saímos dali. Eu tinha uma sensação ruim. Muito ruim, por acaso. Mas era só uma sensação, não era? Balancei a cabeça para afastar os pensamentos e tentei me concentrar em Jodi, tentando chamá-la. Mas é claro, não tinha nada.

                Eu e Jamie chegamos à cozinha e nos sentamos com Ian, Peg, Trudy e Heidi. Eles também estavam em absoluto silêncio. Parecia que Jeb já tinha transmitido aos outros as notícias. Peg e Ian pareciam tão preocupados quanto eu e Jamie.

                -Calma gente – disse Ian tentando nos acalmar. Mas nem ele parecia calmo. – Nada tão ruim aconteceu. No máximo alguém se machucou e foram ao hospital... ou então estão se escondendo por um tempo.

                Continuamos em silêncio,como se tentassemos processar a informação, nos fazer acreditar nela. Mas eu simplesmente não conseguia. Meu coração martelava minhas costelas com força e minha respiração era pesada. Eu dormia mal e meus olhos viviam pesados e cobertos de olheiras. Minha mente estava lenta. Eu estava desatenta – o que me causou uma série de machucados – e morria de saudades do Kyle.

                Para todo o lugar em que eu ia, tinha que levar a camiseta de Kyle junto comigo. Era a única camiseta que eu vestia. Estava cada vez mais difícil compôr. Mas meu sentimento de tristeza me fazia escrever algumas coisas.

                Eu sentia como se meu coração se corroesse. Desde as bordas até o centro, como se quisesse me matar com saudades. Era praticamente impossível sentir tudo aquilo e ter que esconder dos outros para não aborrecê-los. E era completamente exaustivo, também.

                Jeb e Nate já haviam escolhido quem iria procurar nossos incursionistas: Aaron, Chace, Andy, James e Landon. Nós havíamos acabado de nos despedir deles. Ian estava trabalhando no campo, colhendo, enquanto eu e Peg descansávamos ao seu lado.

                -Tudo vai ficar bem, não vai? – perguntei baixinho para ela. – Jared, Melanie, Brandt e Kyle vão voltar como se nada tivesse acontecido, com suprimentos e sem ferimentos... não é?

                Peg respirou fundo, desanimada.

                -É sim, Sunny – ela mentiu. E eu desejei de todo o coraçãopoder acreditar.

                -Tem que ter um motivo para estarem demorando tanto. Quer dizer, hoje fazem 16 dias que eles saíram. Isso não é normal.

                -Parece que não somos tão bons quanto imaginávamos – Ian disse pesaroso, se aproximando. – Deus, se algo acontecer àquele cabeça dura do Kyle...!

                -NADA vai acontecer com Kyle – eu o assegurei. Mas era mais como se eu estivesse tentando me assegurar. – Ahn, com licença eu... eu tenho que buscar o Jamie. Ele também está mal por culpa da preocupação que sente pela Mel e pelo Jared, então acho melhor não preocupá-lo nem fazê-lo sofrer mais ainda né? – dei um sorriso, que deve ter ficado mais como uma careta horrenda, por culpa do meu humor e das minhas olheiras. – Obrigada por tudo, tá?

                Saí de lá em direção à sala de aula para pegar Jamie, quando ouvi Nate dizendo para Cal:

                -Nós vamos tentar, cara; eu juro. Mas achamos que não vai funcionar. Quando o nosso grupo de resgate estava pegando o carro, tiveram que se esconder na “garagem” porque tinham dois buscadores sobrevoando o local. Acho que já está evidente que eles...

                -Não importa, Nate – disse Cal, paciente, calmo e ríspido ao mesmo tempo. – Todos estão preocupados, e se algo ruim tiver realmente acontecido, que tragam provas pelo menos. Não podemos nos render tão fácil. O planeta ainda tem esperança, cara. Não podemos desperdiçá-la.

                Nate negou com a cabeça algumas vezes.

                -Nós vamos tentar, Cal – ele disse. – Mas não podemos garantir nada.

                Ai, meu Deus. Tem Buscadores lá fora. Dois. Faziam 16 dias que nossos incursionistas haviam saído. Tudo fazia sentido agora. Talvez não valesse mais à pensa fingir que tudo estava bem. Talvez eu devesse parar de alimentar falsas esperanças.

                Enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto, coloquei as mãos nele e encostei-me de costas na parede, deslizando até o chão, onde comecei a chorar loucamente.

                Talvez eles tivessem sido pegos.


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