Outono

Jason  estava  na  clareira,  brincando  com  uma  mulher,  a  qual ele  não  via  o  rosto, mas  ele  tinha  a  certeza  de  ser sua  mãe.

“Vem  mamãe!”

Ele  corria  e  ela  o  pegava  em  seu colo  e  o  beijava.

“Meu  lobinho!” ela  dizia  enquanto  o  erguia e  o beijava.

Eles  riam  enquanto  rolavam  pelas  flores  rasteiras  e  ficavam deitados  olhando  as  formas  das  nuvens.

“Parecem  algodão  doce,  né  mamãe?” ela  sorria.

Mas  então  tudo  ficou  muito  escuro  e  Jason   olhava  para  a  mãe. Ela  o  abraçou  tentando o  proteger  de  algo.  Do  meio  das  árvores  algumas  pessoas  com  mantos com capuzes,  que  os  cobriam  dos  pés  a  cabeça,  pararam  em  frente  a eles e  Bella continuava abraçando o  filho.

“Não  toquem  nele!”  ela  dizia,  o  abraçando  mais  forte.

“Mãe , que  tá  acontecendo?”

Eles  deram  mais  um  passo .

“Venha conosco,  Bella.  Você  sabe  que  seu  acordo  deve  ser cumprido.”

Ela  chorava.

“Não!  NÃO! Eu  não  quero! Eu  quero ficar  com  meu  filho,eu  tenho  uma  família  agora…uma  outra  família.”  mas  eles  permanecem parados,  Jason  não  conseguia  ver  o  rosto  deles.

“Você  sabe  o  que  nos  prometeu, se  não cumprir  sua  parte,  eles  pagarão!”

Bella  desvencilha  seu  abraço  do filho  e dá  um  beijo em  seu  rosto.

”Eu  sempre  vou  te amar...você  e  a  seu  pai.” Garantiu. Jason  segurava  firme  a  mão  de  sua  mãe  a  impedindo  de  ir, mas  ela  sorria  para  ele  em  meio  a  lágrimas.  “Deixe me  ir,  por  favor  meu  filho...eu  preciso  proteger  vocês.” com  dificuldade  solta  sua  mão das  mãos  do  filho  que  chorava.

Ela  caminha  até  as  pessoas. Jason  permanece  imóvel,  está com  medo.  Uma  das  pessoas  chega  perto dela  e  a  abraça ,  Jason  vai  até  eles  e  segura  na  mãe.

“NÃO  TOCA  NELA! DEIXA MINHA  MÃE  EM  PAZ!”  e  solta  um  rugido.

A  pessoa  solta  sua  mãe  e  a  única  coisa  que  Jason  consegue  ver  são  seus  olhos  vermelhos.

“Seu  filho  de  um  cão  imundo! Ela  é  minha! Ela  é  uma  de  nós!” 

Bella  segura  o  filho  que  vai  pra  cima  do  homem,  o  chutando  e  batendo  nele, mas  não  surte  nenhum  efeito.

“Eu não  vou  deixar  vocês  levarem  ela!  Ela  é  minha  mãe!  Ela  não  é  de  vocês!!”

Bella  segura  o filho  pelos  braços, tentando  fazê-lo  parar.  Um  dos  homens   levanta  sua  mão,  mas  Bella  grita.

“Não!  Não  é  preciso!  Ele  vai  se  acalmar.”  ela  tenta  fazer  com  que  o  filho  pare  e  a  olhe.

“Jason!  Não  filho,  por  favor.”

Mas  ele  continua  lutando.

“Você  vai  ver! Meu  pai  vai  vir  e  acabar  com  vocês ...eu  vou  buscar  ele,  mamãe!”  Ele  dizia  chorando  e  tentando  se desvencilhar  dos  braços  de  Bella , que apenas lhe  diz  com  voz  autoritária.

“EPHRAIM!...(Jason  pára  e  a  olha)  É  preciso  filho...mamãe  sempre  vai  te  amar.”

Ela  o solta  e  o  homem  de  capus   a  abraça, descendo  sua  boca  até o  pescoço  dela, e  a  única  coisa  que  Jason  vê  são  as  presas  brancas  como  marfim  entrando  no  pescoço  de  sua  mãe  e  os  olhos  vermelhos  que  o  olhavam.

“Não mãe! Mãe!! MÃE!”  Ele  gritava  chorando.

Jacob  dormia  tranquilamente  quando  ele  foi  acordado  pelos  gritos  que vinham  do  quarto  do  filho.

“PAI!  PAI!” 

Ele  deu  um  pulo  da  cama  e  correu  até  o  quarto  do  filho,  acendendo  a  luz. Na  cama  Jason  se  debatia  chutando  tudo, desesperado e  gritando.

“MÃE,  MÃE!!’  Jacob  vai  até  o  filho  o segurando.

“Jason,  acorde!  Filho! Jason  olha  pra  mim!’

Mas  o  garoto  estava  descontrolado.

“Eles  a  levaram,  pai!  Ele  a  mordeu…os  olhos  vermelhos! Eles  a  levaram  da  gente! Salva  ela,  pai! Mãe,  mãe!”

Jacob  segurou  o  filho  e tentava  acalmar o  garoto.

“Jason ! Pára!  É  só  um  sonho! Olhe  pra  mim  filho!”

O  garoto  começou  a  olhar  em volta, percebendo onde estava e por fim olha o  pai  e  o  abraça  chorando.

“Tudo  bem!  Já  passou,  estou  aqui  com  você!”

Mas  ele  fala  entre  soluços.

“Eles  a  levaram  pai! Eu  não  consegui  fazer  nada.”  e  ele  chorava  mais.

Jacob  abraçou  forte  o  filho.

“Está  tudo  bem...foi apenas  um  sonho  ruim.”

Jason  olha  para  o  pai.

“Eles  tinham  um  capuz  e  eu  não  conseguia os ver...só  vi  quando  um  deles  mordeu  a  mamãe… ele  tinha  os  olhos  vermelhos.

Jacob  olhava  assustado  para  o  filho que  tremia.  Não  sabia  como,  mas  talvez  Jason  tivesse  sonhado  com  os  Volturi.

Ele  pegou  o  filho  no  colo  e  o levou  até  seu  quarto,  o  deitando  na  cama  junto com  ele.

“Você  hoje  dorme  comigo!   Quando  você  era  bebê  e  você  acordava  de  noite  eu  sempre acabava  colocando  você  para  dormir  aqui comigo.  Você  era  pequenininho,  então   eu  colocava  você  sobre  meu  peito  e  você  dormia  tranqüilo.”

Jacob  falava  isso  enquanto  acariciava  o  cabelo  do  filho.

“Pai!  Eu  não  sou  mais  um  bebê, eu  já  sou  um  homem.”

Jacob  sorriu  “Mas  você  sempre  vai  ser  o  meu  garotinho.”  ele  acariciava  os  cabelos  do filho.

Jacob  começou a  cantar  baixo  ninando  o  filho  que  logo  adormeceu.

Não  foi  uma  noite  tranqüila  Jason  acordava  várias  vezes  chorando  e  falando  sempre  sobre  os  olhos  vermelhos  que  levavam  sua  mãe.  Ele  em  determinado  momento  vomitou  e  Jacob  percebeu  que  ele  estava  com  febre.

Mal  o  dia  clareou,   Jacob  ligou  para  Emilly  avisando  que  Jason  não  iria  para  a  escola  pois  estava  com  febre, e  que  ela  avisasse  a  Sam  que  ele  também  não  iria  ao  trabalho  naquela manhã.

Bastou  5 minutos  para  Sam  bater  desesperado, e 10  minutos  para  Emilly  chegar.

Ela  foi até  o  quarto  onde  Jason estava  quietinho  na  cama  ainda  acordado.

“O  que  foi  meu  batatinha?”  o garoto a  olhava  sério.

Sam  e  Jacob  estavam  na  sala  conversando.

“Ele  está  com  febre  Sam...não  quero  deixar  ele ,  foi  uma  noite  terrível...”

Sam  olha  serio.

“O que  aconteceu?”

Jacob  passa  as  mãos  pelo  cabelo.

“Não sei... Ele  fala  coisa  com  coisa,  teve  o mesmo  pesadelo  a  noite  inteira,  acordava  chorando  desesperado  gritando muito. Além de ter vomitado e de ter ficado  com  febre.”

Sam  dá um  sorriso fraco.

“Jacob...lembra  quando ele  achava  que  tinha  um  crocodilo  embaixo  da  cama  dele  e  tínhamos  que  vasculhar  todo  o  quarto  dele  todos  os  dias  antes de  ele  dormir.”

Jacob   está  sério e  pensativo.

“Ele  sonhou  com  a  Bella,  Sam…ele  sonhou…ele sonhou  com  algumas  pessoas  que  tinham  olhos  vermelhos e capas compridas que os cobriam dos pés a cabeça.  Isso  te  diz  alguma coisa?”

Sam  rosna...sim  isso  diz  muita  coisa, Jason  sonhou  com  os  malditos  sanguessugas.

“Voce  perguntou  a  ele  sobre  o  sonho?”

Jacob  negou.

“Ele  está  bastante  assustado,  não quis  piorar  as  coisas. Mas pretendo fazê-lo assim que ele melhorar.”

Sam  concorda  e  vai  até  o  quarto  onde  Jason  estava.

“Ei  pequeno  Quiluete!  Quer  dizer  que  você  hoje  resolveu  tirar  folga!’

Sam  se  aproxima    da  cama,  sorrindo, onde  se  senta  do  lado  de  Jason.

“Oi  tio.  Papai  disse  que  estou  com  febre  e  que não  posso  ir  na  escola...” Ele sorri.

Sam  acaricia  o  cabelo  do  garoto.

“E  hoje  é  dia  de  Noite  de  Fogueira.”

“Eu  quero  ir.” Jason se apressa a dizer, com os olhinhos pidões.

“Não  se  preocupe...tia  Emilly  vai  fazer  um  remédio  pra  você  e  logo  você  vai  estar  melhor!”

“ É  ruim?”

“Você  quer  a  verdade...(Jason  confirma  com  a  cabeça)...é  amargo...mas  você  vai  ficar  bom logo logo, pra puder ir na Noita da Fogueira.”

O  garoto sorri,  e  logo um  grande  falatório  é  ouvido vindo da sala.  Sam  faz  uma  careta  enquanto  balança  a  cabeça  e  eles  escutam  a  voz  de  Jacob  pedindo  calma    mas  não  adiantando nada. Logo o  quarto  é  invadido  pelo  resto  do  bando  todo.

“Ei  pulga,  que  deu  em  você?”  Paul  entra  falando preocupado.

“Não  faz  bagunça,  idiota.  O  garoto  não  está  bem!”   Lyah  reclama.

“Ei  Jason,  como  você  está?”  pergunta  Embry  sentando  do  outro  lado  de  Jason.

Todos os outros começam fazendo perguntas ao mesmo tempo, reclamando uns com os outros, tentando ter prioridade no falatório, mas não há concenço. A  bagunça  está completa.

“Calma,  calma...o  menino  precisa  descansar.” Jacob  tenta  em  vão  controlar os garotos.

“Quer  que  eu  cante  pra  você   dormir?”  pergunta  Paul.

“NÃO! o  menino  não  merece  isso!  Olha  o  que  eu  trouxe,  leite.”  Quil fala.

Jason  sorri e pega a tigela.

“Mandala  deixou  você  tirar  o  leite  dela,  tio  Quil?”

Quil  faz  uma  careta.

“Aquela  búfala  rabugenta,  sempre  vai  implicar  comigo.”

“Ela  é  boazinha,  tio  Quil.”

“Mamãe  mandou  esse  pedaço  de  torta  de  maçã  para  voce .”  Seth se intromete, empurrando Quil e  entregando   para  Jason a torta  que cheira  deliciosamente.   

“Brigado  tio  Seth.”

“Amanha  eu  e  Lyah  vamos  levar você na  pizzaria.”  Se adianta  Embry , abraçando  Jason  e  o  trazendo  contra  o  peito.

“OBA! ”

“Desculpa  Embry  mas  amanhã  é  meu  dia  de  sair  com  ele...Jason, eu  e  tia  Rachel  vamos  te  levar  no  cinema. ”  Paul contrapõe, puxando o garoto dos braços de Embry e  o  pegando  e  colocando  contra  o  peito  dele,  beijando sua cabeça.  Embry   e  Lyah rosnam.

“Não,  nada  disso!  Amanhã  é  dia  de  ele  ir  dormir  lá  em  casa”  Jared anuncia.  “Jason,  tio  Jared  comprou  sorvete,  pipoca,  chocolate,  refrigerante,  hambúrguer...e  tem  um  monte  de  filme  legal  pra  gente  assistir.”  É a vez de Jared  pegar  Jason  no colo.

“Assim  você  vai acabar  com  o  estômago  do  menino,  Jared...mas  domingo  é  o  nosso  dia de  surfar ...então  tio  Quil  vai  vir  aqui  te  buscar,  vamos  antes  mesmo  do  dia  amanhecer.”    Quil  pega  Jason  dos  braços  de  Jared .

“Nada  disso,  domingo  é  dia  de ele  ir  pescar  comigo.”  diz  Sam  pegando  ele  dos  braços de  Quil  e  o  beijando,  Jason  deita  a  cabeça  no ombro  de  Sam.

E  de novo  começa  um  grande  falatório,  todos  discutindo  sobre  quem  iria  sair  com  Jason,  e enquanto  seus  tios  discutiam  ele  apenas  ria.

“Parem!  Parem!” Emilly  vozeia. “ Sam  você  que  deveria  dar  mais  exemplo,  está  nessa  confusão também!”

Sam  rosna.

“Mas  é  o  meu  dia...”  Emilly  o  olha  o  repreendendo e  ele  bufa  e  coloca  Jason  na  cama.

“Já  esta  na  hora  de  vocês  irem  para  o  trabalho.” Jacob anuncia autoritário.

Os  lobos  abraçando  Jason  e  saem todos um a um,  até  que  somente  Sam  ficou  no quarto.

“Tudo  bem...durma,  descanse,  e  mais  tarde  eu  venho  te  ver...”

Ele  dá  um  beijo  no  garoto,  antes de  sair  ele  fala  com  Emilly  e  Jacob.

“Se  ele  piorar  me  ligue...Ei  Jason  tio  Sam  vai  ligar  para  você  mais  tarde.”

O  garoto  sorri.

“Tchau  tio,  te  amo!’

Sam  o  olha. “Idem!’

Depois  se  volta  para  Emilly  e  Jacob. ”O  melhor  a  fazer  é  não  falar  sobre  esses  pesadelos  dele...mas  qualquer  coisa  me  liga  eu  venho  correndo.”

Cansados  de  ouvir  a  mesma  coisa,  Jacob e  Emilly  vão  o  empurrando  porta   fora.  Quando  conseguiram  finalmente estabilizar, e por ventura, silenciar a casa, um  olha para  o  outro.

“Se  prepare  porque  ele  vai  ligar  a  cada  5  minutos.” Emilly advertiu.

Jacob  sorriu,  já  sabendo  que  era  isso  mesmo  que  iria  acontecer . Hoje  o  telefone  não  teria descanso.

“Voce  me  parece  cansado,  porque  você não  dorme  também.”

Seguindo  o  conselho  dela,  ele  se  deitou  ao  lado  do  filho  e  logo  os dois  dormiam.

Já  passava  das  2horas da  tarde  quando  Jacob  acordou  e  não  encontrou  Jason  na  cama. Ele olhou  em volta  do  quarto   mas  ele  não  estava,  levantou,  tomou  um  banho  e  foi até  a  cozinha  onde  ele  encontrou  Jason  rindo  e  comendo   e  Emilly ao  telefone.

“Como  se  sente?” Jason  dá  a  última  colherada.

“Cheio  pai.  Comi  pra  caramba...acho  que  vou  explodir.”  ele  passa  a  mão  na  barriga.

Jacob  ri  diante  do  filho,  Emilly  vem  ate  eles.

“Sam  já  ligou  7  vezes hoje.  Se  ele  não  falasse  com Jason  acho  que  ele  enlouqueceria.”

Ela  se  senta  a  mesa.

“Ele  já  comeu,  está  sem  febre  e  só está  quieto  porque  está  comendo.  esse  menino  tem  um  apetite  e  uma energia  de  um  lobo.” ela  sorri.

“Bem,  então  já  que  você  está  melhor,  vou  até  a  oficina  ver  como  está  tudo  e  volto  para  a  gente  se  arrumar  e  ir  na  Noite  da  Fogueira.”

Jason  dá  um  pulo  nos  braços  do  pai.

“Ehehe...posso  ir  com  você  papai!’  ele  fala  abraçado  a  Jacob.

“Acho  melhor  você  ficar  e  descansar  mais,  papai não  demora nada,  prometo.”

Ele desce  do  colo  do  pai . ”Ei  pai,  posso  ir  na  casa  do vovô, depois  na  casa  do  vô  Antera  e  depois  na  casa  da  vó  Sue?”

“Meu  deus! Ele  esta  com  as  pilhas  recarregadas!” Emilly fala  rindo.

Jacob  faz  uma  cara de  quem  pondera  alguma  coisa  mas  depois  sorri...

”Claro  que  pode...mas  ajude  sua  tia  Emilly.”

O  garoto  bate  continência...”Sim  meu  alfa,  pai.”

Jacob  o  agarra.

“Muito  bem  meu  alfa  filho.”  era  uma  brincadeira  deles...eles  se  chamavam  de  alfa  pai  e  alfa  filho quando queria prometer ago um ao outro.

O  dia  passou  rápido.  Mal  Jacob  chegou  na  oficina ,  Sam  e  todos  os  outros  vieram  saber  como  estava  Jason e só  depois de  Jacob  jurar  pela  alma  da  sua  mãe  que  ele  estava  bem,  eles voltaram  ao  trabalho.  No  fim  do  dia, Embry chamou  todos  para  uma  reunião.

“Qual  é  a  bomba  Embry”  Jacob  já  perguntou  imaginando.

Embry  estava  sério mas  seu  sorriso  logo  brotou.

“Bem ...o  faturamento  dobrou..tivemos  um  ótimo  aumento  de  clientes.”

Todos  riram.

“Isso  significa  mais  dinheiro  para  as  nossas  mulheres  torrarem!”  diz  Paul.

E  Embry  continua.

“E  tem  mais...recebi  uuma  noticia  hoje.  Ganhámos  o  contrato  com  os  carros  da  policia  de  Seatle.”

Todos  os  garotos  pulam  encima  de  Embry  gritando  e  uivando.

“Voce  é  demais  Embry!’  dizia  Sam.

Jacob  está  numa  grande  felicidade.  Aliás,  ele  se  sentia  muito  bem,  antes  mesmo  de  saber  das  boas  noticias.

“Isso  pede  uma  grande comemoração  “  Jacob  foi  até  o  frigobar  que  ficava  dentro  do  escritório,  tirando  e  jogando  algumas  latas de  cerveja  para  seus  irmãos.

Brindaram  e  comemoraram,  e  logo depois  eles  estavam  devolta  a  Reserva,  onde  foram  se  arrumar  para  a  noite.  Jacob  pegou  Jason  na  casa  de  Emilly  e  eles  foram  para  casa  se  arrumar.

Jacob  e  o  filho  brincavam  e  colocaram  um  cd no som. Eles cantavam  e  dançavam bastante animados. Jacob  ensinou  ao  filho  como  se  barbear, mesmo que Jason apenas tivesse uma fina e quase invisível penugem. Eles  estavam  felizes e a  noite  de  tormento  nem  mais  era  lembrada.

“Nós  somos  os  lobos  mais  gostosões  de  Forks, né  pai?”

Jacob  olha  com  um  sorriso  para  o  filho.

“Lyah  está  certa,  você  tem  andado  muito  com  seu  tio  Paul”  eles  riem.

Jacob  pega  o  filho o cheirando e  dizendo.

“O lobo  mais  cheiroso  de  Forks!”   Jason  fica  sério  e  olha  para  o pai.

“Mamãe  dizia  isso  no  meu  sonho,  pai..ela  me  erguia  bem  alto  e  falava  isso.”

Jacob fica sério e o pousa no chão.

“Eu acho que tinha falado isso a você, antes.”

“Não tinha não papai.” Jason contestou.

“Não importa. Vamos antes que cheguemos no final da reunião.” Jacob se desinvencilhou

Jason o olhou desconfiado mas encolheu os ombros.

Assim que chegaram na Primeira Praia, foram recebidos por muitos abraços.

“Venham logo, o Paul está louco pra começar contando as lendas.” Rachel os puxa pra sentar em um tronco.

“ O Paul quem vai contar?” Jacob pergunta e Rachel afirma com a cabeça. “Minha nossa, isso não vai prestar!” Jake resmunga abanando a cabeça e se sentado ao lado dos outros lobos.

Todos eles estavam acompanhandos de suas companheiras e muitas crianças da Reserva estavam ali também, brincando em volta da fogueira e do Ancião Antera.

“Ei crianças! Sentem se todos que eu vou começar as lendas!”Paul gritou e todas as crianças foram se sentar na areia, perto dos adultos.

“Veja lá o que você vai inventar, Paul!” Sam advertiu.

“Eu sei o que estou fazendo.”

“Você acha que sabe!” Jared alertou.

“Começa logo, idiota!” Lyah resmungou e Paul lhe rosnou.

Paul olhou todas as crianças com um sorrisinho cínico e piscou para Jason.

“Há muitas anos atrás, a Terra foi invadida por seres demoníacos de olhos vermelhos que sugavam o sangue das pessoas.” Ele iniciou com uma voz de terror, fazendo as pequenas crianças se encolherem de medo  e  Jason  o  olhava  lembrando  do sonho  que  teve.

“Paul! Va  com  calma !” Emilly avisou e ele encolheu os ombros, continuando com sua pose assustadora.

“Eles aterrorizavam todo o mundo…matavam sem piedade nenhuma. Não havia outros monstros possíveis que os rebatessem. Nem o Bicho Papão, o Homem do Saco, o Saci, o Bola de Neve…nenhum deles sobreviveu ao terror que os Frios implantaram na Terra.”

Algumas crianças, as mais novas, começaram chorando. Rachel sorria  enquanto  Lyah o fuzilava com os olhos, os lobos continham o riso e Jason torcia animado para a história prosseguir.

“E quando os Frios ameaçaram o Papai Nöel, o Coelhinho da Páscoa e a Fadinha dos Dentes…o Deus Lobo resolveu intervir.”

“Paul, essa história tá ficando ridícula. Você está assustando as crianças!” Sam resmungou enxugando as lágrimas de uma menina.

Paul ignorou e continuou olhando cada uma das crianças com cara maligna. Quando ele se aproximou da menina que chorava aos pés de Sam, ela se ergueu e chutou a canela dele.

“P…ô…menina, você me machucou.” Paul se conteve pra não soltar um palavrão.

A menina mostrou a língua pra ele e ele revidou com uma careta mais feia.

“Parece pior que criança.” Lyah rola os olhos.

Paul fez cara feia pra ela e decidiu continuar.

“O Deus Lobo caminhou pela Terra, em busca do povo ideal pra proteger a Terra. Buscou um povo forte, corajoso, inteligente, unido e com espírito de liderança.”

“Lá vai ele se achar.” Jared rolou os olhos e Embry gargalhou.

“E foi quando o Deus Lobo estava caminhando pela Terra, mais precisamente nas florestas de La Push, que ele achou o Povo ideal. O povo Quileute. E o abençou com o seu poder. E agora nós, descendemos do primeiro homem-lobo, aquele que foi escolhido pra proteger as pobres inocentes crianças e sua família dos Frios. Agora, nós Quiloutes, somos os únicos Guerreiros que aqueles monstros sanguessugas temem.”  Finalizou orgulhoso sorrindo de lado.

A maior parte já havia adormecido e as outras tinham ido brincar de fazer castelos na areia.

“Pô, ninguém gostou da minha história?” Paul amuou.

“Você só conta coisa ridícula. Meter Bicho Papão e Papai Nöel numa mesma história…é pura idiotice! ” Lyah resmungou.

“Lyah  não  fale  assim  com  Paul  foi  divertido..Sue  dizia  rindo

“divertido!  Mãe esse  idiota  acabou  com  as  nossas  lendas”  ela  falava  enquanto  todos  riam  e  Embry  sorrindo  a  abraçava

“Eu gostei, tio!” Jason responde feliz.

“Ah, só mesmo o pulga pra gostar. Você é dos meus!” Paul sorri, sarrando a cabeça do menino com o nó dos dedos.

O resto dos lobos ri sobre os protestos de Jason, que tenta se soltar de seu tio.

“tio  Paul...eles  são  os  mesmo  que  eu  sonhei”  Paul  o  pega  nos  braços

“eu  sei...contei  essa  historia  para  você  não  ter  medo  ,quando  você  sonhar  novamente  com  os  olhos  vermelhos  ..não  tenha  medo  Tio  Paul  vai  estar  em  forma  de lobo  te  protegendo  deles”

Jason  abraça  Paul  com  carinho

“gosto  muito  de  você  tio  Paul!’

Paul  sorri acariciando  as  costas  de  Jason...”e  eu  muito  mais  de  você”

Sam  solta  um  pequeno  rosnado,

“ele  tem  a  mim  também  Paul...” e  todos  riem,Emilly  o  abraça

“Sam  não  tenha  ciúmes, Paul  tem  tanto  direito  quanto  você”

Ele  fica  emburrado  com  braços  cruzados Jason  desce  do  colo  de  Paul  indo  correndo  e  se  jogando  nos  braços  de  Sam

“mas  eu  amo  mais  você  tio  Sam” Sam  abre  um  sorriso para  todos  em  sinal  de  triunfo

“Sam  e  sua  pulga”Paul  fala 

A  festa  corria  animada, Jacob  estava  diferente  nessa  noite,sentia  uma  enorme  felicidade,não  sabia  o  porque  mas  dos  9  anos  vividos,ele não  mais  sentia  dor,ou  tristeza  alguma,ele  brincava  e  ria  com  Embry e  Quil  como  nos  bons  tempos.

E  isso  fazia  todos  imaginarem  que  depois  de  tanto  tempo Jacob  estaria  voltando  enfim  a  ser  aquele  cara  alegre  de  antes,Emilly  se  aproximou  dele

“você  esta  sorrindo  Jacob,esta  mais  feliz  esses dias,”  ela dizia para  ele

Ele  a  olhou  com  um  sorriso  zombeteiro

“isso  te incômoda”

Emilly  acaricia  os  cabelos  dele

“claro  que  não,você  deve  sorrir  mais  vezes,sinto  falta  da sua  alegria,todos  sentimos”

Jacob  a  abraça  e  beija  seu  rosto  e  ela  se  surpreende

“sou  muito grato  a  você  e  ao  Sam,  Emily,...você  tem  sido  uma  grande  amiga,uma  mãe para  o  Jason...não  tenho  como  te  agradecer  o  amor  que  você  nos  da,...você  é  a  mãe  do  Jason”

Emilly  se  emociona e  o abraça..”não  me  agradeça, Jason  é  como  um  filho  para  mim..alias   vocês  são..são  os  meus  garotos” ela  o  abraça carinhosamente

Em  um  canto da  festa  Sam  conversa  com  Paul,  ele  vê  Jacob  sorrindo  e  se  sente  feliz  ao  ver  o  irmão  tão  bem

“é  Sam...estou sentindo  o  tempo  mudando,  o  outono  já  chegou”

Sam  toma  um  gole  de  cerveja,mas  sente  algo diferente,algo  imperceptível  a  todos  menos  ao  alfa...

Ele  inala  o  ar  mais  profundamente ,olhando  para  traz  e  vendo  a  floresta  densa  atraz  de  si  ele  caminha  ate  a  entrada  para  a  Floresta  olhando sentindo,  e  o que  ele  sente  faz  os  pelos  de  sua  nuca  se  arrepiarem.

O  outono  chegou  trazendo  com  ele  o  frio  escondendo  o  sol, deixando  os  dias  mais  curtos...e alem  disso  esse  outono  trouxe  algo  mais  com  ele.

Sam  olha  fixo  e  profundamente  para  dentro  da  floresta,e  um  rosnado se  faz  em  seu  peito.

“Não  pode ser!” ele  diz

 NOTA Beta: Oi flores da Primavera. Tudo bom com você?
Vocês devem estar se perguntando o que eu estou fazendo aqui, deixando uma nota. Pois bem, a dona Joyce me castigou bem feio por eu ter dito que ela era a única autora da fic.
Cara**o! Nunca mais na vida eu digo e repito isso. Ele praticamente me obrigou a escrever o final desse cap. Isso mesmo. A Lenda totalmente idiota e sem piada que o Paul contou, fui eu que inventei. Por isso, crucifixei-me. aushauhsuahsuhashua.
Próximo capitulo a coisa vai esquentar. mas mais não posso falar.
Besooossss da Baby chorona castigada pela Joyce!
auhsuahushauhs