Desilusões escrita por Marci_Cullen


Capítulo 34
O FIM DO SOFRIMENTO!!!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas estou tentando postar já tem mais de uma hora e não consigo!!!!!

Não sei o que acontece com o site ultimamente, mas esta cada vez mais difícil postar os capítulos!!!!

Quero agradecer a atenção de vocês para comigo em relação a saúde de minha avó!!!!!

Obrigada por continuarem lendo e comentando os capítulos!!!!!!

Bjsssssssssssssssss



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O FIM DO SOFRIMENTO!!!

Capitulo 34

Bella

Que dia é hoje? Me sinto tão estranha, minha cabeça esta pesada, nem consigo abrir os olhos direito.

Sei que preciso lembrar de algo importante, mas meu cérebro não consegue raciocinar com clareza suficiente para saber o que é.

Sinto uma angustia no peito que ainda não consegui discernir de onde vem.

O que esta errado?

- Pensa Bella. – Ordenei a mim mesma tentando firmar os pensamentos.

Meus bebês! Lembrei da dor da falta de ar, imediatamente levei as mãos ao ventre e respirei aliviada eles estão aqui comigo constatei acariciando meu ventre muito dilatado para quatro meses de gestação. Então me lembrei o motivo da dor.

- EDWARD!!! – gritei e tentei me levantar, mas mãos firmes me seguraram.

- Calma Bella – pediu Jake me mantendo deitada.

- Jake onde esta o Edward? – perguntei em pânico – O que aconteceu com ele? Eu quero meu marido.

- Bella se acalme ou vão sedá-la novamente – avisou ele me segurando firme.

Como ele quer que eu me acalme se eu vi o carro cair na ribanceira com Edward dentro.

- Eu quero vê-lo! – exigi exaltada. – Não me peça pra ficar calma.

Nesse instante entrou Carlisle e Leah e também minha mãe. Meu coração que estava acelerado falhou uma batida e pensei que fosse morrer ao ver as expressões carregadas em seus rostos.

- Não! Ele não pode me deixar – falei antes que eles abrissem a boca.

- Bella ele não morreu – falou Carlisle segurando minha mão.

- Mas eu...vi...eu vi... o carro – eu não conseguia falar pois soluçava aos prantos.

- Filha se acalme, Edward esta vivo – falou Rennee me abraçando e me transmitindo força.

- Eu quero vê-lo! – pedi me afastando dela e jogando o lençol que me cobria para o lado.

- Bella você ainda não pode vê-lo – disse Carlisle me olhando com tristeza nos olhos.

Ele estava tão abatido, eu nunca havia visto meu sogro daquele jeito. Ele é sempre tão otimista, vê sempre o lado bom das coisas e agora estava cheio de tristeza, desanimado.

- Porque não posso? – perguntei ainda agitada.

- Bella, Edward se machucou muito – disse Leah seria – Ele foi submetido a varias cirurgias, mas nessa noite teve uma complicação e foi levado novamente ao centro cirúrgico.

- Mas ele vai ficar bom não é? – indaguei sabendo que a resposta era incerta.

- Nós não sabemos ainda – respondeu Carlisle sincero.

- Porque você não esta lá Carlisle? – perguntei afinal ele é medico alem de um dos donos do hospital e seria natural querer acompanhar a cirurgia do filho de perto.

- Eu só iria atrapalhar Bella – admitiu ele desalentado.

- O que aconteceu exatamente com Edward? – Perguntei encarando-os para que soubessem que eu queria a verdade.

- Filha Edward sofreu varias fraturas – explicou Rennee tentando minimizar a situação.

- Que tipo de fraturas? Quantas? Onde? – eu perguntei calmamente, mas por dentro estava uma pilha.

- Ele quebrou as duas pernas e oito costelas – começou Carlisle – uma delas perfurou seu pulmão esquerdo, teve uma ruptura de baço e é este o maior problema no momento.

Seu braço esquerdo como você viu já estava quebrado e se agravou muito com o acidente, mas os ortopedistas acreditam que vai se recuperar com o tempo.

A medida que Carlisle ia falando eu ia fazendo uma imagem de Edward em minha cabeça com todos aqueles ferimentos e nem notei que parei de respirar, só percebi quando vi Leah em cima de mim.

- Bella respira, tenta se acalmar, por favor – pediu ela medindo minha pressão. – Os bebês estão sofrendo, pense neles por um momento que seja.

- Como quer que eu não me preocupe com pai deles? – perguntei indignada. – Edward esta morrendo e vocês não querem me falar é isso não é? – indaguei as lagrimas correndo meu rosto sem controle.

- Não é nada disso Bella – retrucou Jake nervoso – Nós só não queremos que você passe mal de novo você quase perdeu os bebês – lembrou ele me fazendo recobrar a razão.

Lembrei da dor que senti quando vi o acidente de Edward e depois só me recordo de acordar aqui a alguns minutos.

- Como estão os meus bebês? – perguntei para Leah ansiosa.

- Você teve um sangramento e sua pressão arterial subiu muito – explicou Leah de forma calma e profissional. – Conseguimos controlar os dois, mas você não pode se exaltar precisa de repouso e nada de estresse.

- Vai ser difícil não me estressar em uma situação dessas – comentei limpando meu rosto.

- Mas pelo menos tente – pediu Leah me olhando nos olhos. – Pelo seu bem e dos seus filhos.

- Vou tentar eu prometo. – afirmei com um suspiro.

As horas que se seguiram foram de um verdadeiro entra e sai naquele quarto que quase me deixou louca. Não reclamei, pois sabia que todos estavam preocupados comigo e com os bebês sem contar o nervosismo pela cirurgia que Edward estava sendo submetido.

Fiquei sabendo por alto dos detalhes do que houve após o acidente.

Jake e Emmett me contaram como Jake tirou Edward do carro e como afastaram ele pouco antes do carro explodir. Jake me explicou que fomos trazidos de helicóptero para o hospital.

Emmett me contou que ele e Jacob ficaram por mais de doze horas surdos devido o barulho da explosão.

- Bellinha até que teve um lado bom nessa historia de surdez – disse ele rindo – Eu não ouvi Rose reclamar da minha irresponsabilidade em estar envolvido em um operação do FBI para prender traficantes.

- Mas ela tem razão Emmett vocês não deviam estar ali – concordei com Rosalie.

- Qual é Bellinha e perder toda a ação – disse ele indiferente ao perigo que correram.

Eles me contaram que Victoria e James morreram no acidente e que eu podia respirar em paz novamente.

- Só vou ter paz quando Edward estiver bem – afirmei com um nó na garganta – Minha paz é tê-lo ao meu lado, é nele que encontro minha paz.

Depois que minha família saiu entraram meus amigos da faculdade, todos estavam muito chocados com tudo que passei e se mostraram solidários ao problema que estava enfrentando por ter Edward entre a vida e a morte. Todos me desejaram melhoras e desejaram sorte a Edward em sua recuperação.

Quando finalmente vieram avisar que Edward já estava no quarto eu imediatamente joguei longe o lençol que me cobria e já ia descendo da cama quando Jasper me impediu.

- O que pensa que esta fazendo? – perguntou ele indignado.

- Vou ver Edward – respondi simplesmente.

- Pode ficar quietinha ai que vou perguntar para a médica se pode sair da cama – disse ele tão firme que nem reconheci meu irmão mais novo.

Antes que eu pudesse falar algo ele saiu e voltou minutos depois com uma cadeira de rodas.

- Eu estou bem e posso andar – reclamei quando ele me pegou no colo e me sentou na cadeira de rodas.

- Ordens médicas e não se discute mais isso – declarou ele sério.

- Ok você venceu! – exclamei com um suspiro resignado.

Jasper me conduziu pelo corredor até o quarto de Edward a cada metro avançado minha ansiedade aumentava. O medo do que eu veria me dominava me levando a um estado de pânico.

Entrei no quarto que era muito parecido com o que minha ficou quando Edward a transferiu para uma UTI particular.

Ver Edward naquela cama foi um choque, meu coração quase parou. Por mais que eu soubesse que ele não estava bem constatar isso com meus próprios olhos foi um baque.

Me aproximei da cama e me levantei da cadeira para poder enxergá-lo melhor. Não consegui reprimir um soluço e em poucos minutos eu estava em prantos.

Alguém me abraçou por trás me amparando e percebi que era Carlisle.

Edward estava pálido e com profundas olheiras. Havia um grande hematoma em sua testa, seus lábios estavam ressecados e partidos.

Nem de longe lembrava aquele homem cheio de energia e vida de outrora.

Meu coração estava tão apertado que parecia te diminuído de tamanho ao vê-lo ali tão indefeso tão abatido, parecia um fantasma do antigo Edward cheio de força e vitalidade.

- Edward meu amor – falei entre lagrimas a garganta raspando. – Reage meu amor, por favor. Eu preciso...de você. Nós...precisamos de...você...Edward. – os soluços me impediam de falar, mas eu continuei pedindo, implorando que ele tivesse força que voltasse pra mim e para nossos filhos. Implorei que lutasse por sua vida.

- Eu não posso...viver sem... você Edward. – afirmei entre soluços, Carlisle me abraçou mais forte me confortando – Volta... pra mim... Edward – pedi sentindo minhas forças me abandonarem e teria caído se Carlisle não estivesse me segurando.

- Bella você não pode se exaltar – lembrou Carlisle tentando me afastar de Edward.

- Não eu não vou sair daqui – falei tentando me desvencilhar dele recuperando minha força com o simples fato de me imaginar longe de Edward. – Não vou me afastar dele.

Nem que eu tivesse que brigar com o mundo eu ficaria longe de Edward um segundo a mais que fosse.

Só de pensar nisso eu já sentia uma dor no peito, ninguém vai me separar dele. Não é justo que agora que estávamos tão bem esperando a chegada dos nossos filhos aconteça algo para nos separar.

Por favor, meu Deus não permita que o Edward morra! – implorei em pensamento.

Não consigo imaginar minha vida sem ele. Eu preciso de Edward como preciso do ar que respiro.

Nós somos uma coisa só, não dá pra saber onde um começa e outro termina, nossos corações estão tão ligados que parecem bater no mesmo ritmo no mesmo compasso.

Como pode existir sem o outro? É impossível!

- Bella você não pode ficar aqui – avisou Carlisle – Isto é uma UTI...

- Carlisle não me importa – falei sem deixá-lo concluir o que dizia. – Eu não vou deixar Edward sozinho – insisti teimosamente – pode colocar uma cama ou uma poltrona para mim aqui tanto faz, mas daqui eu não saio.

- Bella seja razoável – pediu ele desanimado – Edward esta em coma induzido e não vai acordar tão cedo. Os médicos vão mantê-lo assim até que o julguem fora de perigo.

- Não me interessa – falei – não vou sair daqui. Vocês terão que me tirar a força – ameacei sabendo que eles jamais fariam isso.

- Esta bem Bella – concordou ele com um suspiro resignado. – Vou providenciar uma cama para você, mas só se me prometer que vai descansar.

- Eu prometo – concordei feliz por poder ficar ao lado de Edward. – Não sou assim tão irresponsável, sei que minha gravidez agora é de risco, mesmo Leah não tendo me dito nada sei que estou sujeita a uma eclampsia por causa de tudo que aconteceu.

- Você será uma médica esplêndida – afirmou ele com orgulho.

Depois disso ele arrastou a poltrona que havia no canto do quarto para perto da cama eu me sentei e ele saiu para tomar algumas providencias.

Edward continuava ali imóvel todo cheio de ataduras e gesso, vários aparelhos ligados ao seu corpo. Ele respirava com a ajuda de aparelhos e era doloroso ouvir aquele som.

- Força meu amor, não desista de nós, por favor – pedi acariciando sua mão direita.

Algum tempo depois enfermeiros trouxeram uma cama igual a que Edward estava e colocaram em um canto do quarto onde não atrapalharia no momento de realizar algum procedimento em Edward.

Mesmo contra minha vontade tive que me deitar um pouco e descansar, mas em momento algum desviei meus olhos dele eu tenho medo que se eu me afastar ele vai me deixar e não posso permitir isso.

Acho que sou egoísta demais para permitir que Edward me deixe.

O que sei é vou lutar com todas as minhas forças para tê-lo sempre ao meu lado e eu sei que ele também lutará para voltar para mim e para nossos bebês.

Edward

Onde será que eu estou? – Acho que morri, mas isso não me parece o paraíso, pelo jeito meus pecados foram muito graves e não me concederam essa graça.

Mas isso não me importa muito, o que me incomoda é saber que estou sem a minha Bella, não estou reclamando que gostaria que ela estivesse aqui, não é isso. Ela precisa cuidar dos nossos filhos, mas eu queria estar com ela e poder ver os bebês nascerem e crescerem, ouvir suas primeiras palavras acompanhar seus primeiros passos, brincar com eles no playground, levá-los à escolinha. Essas coisas que os pais fazem com os filhos.

É estranho porque eu sinto a presença dela, parece estar aqui ao meu lado. Acho que o amor que sinto por ela é tão grande que me faz imaginar coisas.

O pior é que eu me sinto estranho, será que não estou morto?

Acho que um morto não deveria sentir nenhum incomodo e eu definitivamente estou sentindo dores. Não são tão terríveis como as que senti quando o carro parou de capotar, mas estão me incomodando. O pior é essa pressão em meu peito parece que tenho uma tonelada pressionando meu tórax e dificultando a minha respiração. Sinto o ar entrar em meus pulmões, mas não sou eu quem esta respirando.

- Edward meu amor volte pra mim – é a voz de Bella tenho certeza – Volte para nós – ela pediu. Sua voz estava tão longe, parecia tão triste.

Será que alguém a magoou? Aquela tristeza toda me incomodou. Bella merece ser feliz mais que qualquer pessoa no mundo. Ela já sofreu tanto. Preciso cuidar para que isso aconteça. Meu amor não pode ficar triste faz mal aos bebês.

Meus bebês! Parece que faz tanto tempo que não converso com eles. Bem se estou morto não teria mesmo como conversar não é?

Mas então porque essa dor? Acho que não morri, então porque não estou com Bella?

Será que sou a causa de sua infelicidade?

Preciso falar com ela e dizer o quanto eu a amo, assim ela ficará feliz eu tenho certeza ela sempre gostou de me ouvir dizer que a amo. Mas como vou fazer isso se estou nesse lugar escuro e frio. Será que James me capturou de novo?

É só pode ser isso estou de novo naquele deposito maldito!

Minha mente está tão confusa, eu não sei se é dia ou noite tudo é tão escuro, e as dores vêm e vão sem que eu possa fazer nada.

- Edward eu fiz um ultrassom hoje – dizia Bella sua voz parecia mais perto – Eu queria esperar você acordar, mas Leah achou melhor fazer agora. – sua voz estava mais firme e parecia alegre hoje. – Os bebês estão ótimos meu amor! E adivinha só é um menino e uma menina. Teremos um casal Edward.

Ouvir aquilo me deixou muito feliz eu queria poder abraçá-la e comemorar com ela este momento.

Mas o que Bella faz aqui comigo? Ela foi capturada por James também? Não isso não pode ser verdade.

Ele vai machucá-la. Eu não posso permitir isso. Preciso fazer alguma coisa pra sair desse lugar.

Porque não posso me mexer, tudo em mim parece pesado meus braços minhas pernas, não consigo nem abrir meus olhos.

Eu quero sair daqui! Tentei gritar, mas não saiu nada. Já estou me desesperando o que há de errado comigo?

- Bella!! – Eu chamei, mas não tenho certeza de que fui ouvido.

Tive a impressão de ver uma luz, e com ela uma forte dor me dominou, mas foi muito rápido. Novamente a escuridão tomou conta de mim.

Algo mudou! Meu peito não esta mais tão apertado e eu já consigo respirar mais facilmente. Estava mais claro também.

Sinto um cheiro familiar de morango e fresias, que só a minha Bella tem. Parece que faz uma eternidade que não sinto esse perfume.

- Meu amor acorda, por favor – Bella me pediu tão carinhosa, mas um pouco ansiosa.

Será que alguém pode acender essa luz! Eu sei que tem alguém aqui comigo, mas não consigo sair dessa escuridão e isso já esta me incomodando.

Eu preciso de Bella e ela precisa de mim.

Em algum lugar eu avistei novamente a luz e fui em sua direção. Era estranho porque eu parecia flutuar, mas eu sentia meu corpo pesado e imóvel, então como era possível que eu estivesse avançando em direção àquela claridade.

Não importa como, o que importa é que estou indo em sua direção e eu sei que Bella esta lá, eu sinto isso.

Mas é tudo tão lento, vou tão devagar que levarei séculos para alcançá-la.

Foi como um leve roçar, mas eu senti algo em minha mão. Era quente e tão familiar que me deixei levar por aquele toque.

- Bella! – falei novamente reconhecendo aquele toque, mas mais uma vez nenhum som saiu de minha boca.

- Sinto tanto a sua falta Edward – ela disse e sua voz estava triste novamente.

Eu também sinto meu amor! – eu queria dizer, mas não consegui.

Então com muito esforço me concentrei e tentei avançar para a luz, mas quanto mais perto eu chegava pior era o meu desconforto. Mas eu estava decidido a chegar lá e nada me deteria.

Não suporto mais essa distancia de Bella, preciso vê-la, tenho que sair dessa escuridão.

Senti meu corpo reagir pela primeira vez, mas ele não se mexia era apenas uma sensação de reconhecimento.

Senti meus braços, mas o esquerdo estava muito pesado e não consegui movê-lo o mesmo aconteceu com minhas pernas. Então me concentrei no meu braço direito e com muito sacrifício consegui mover minha mão foi algo bem leve, mas eu movi meus dedos.

Exultei de alegria por essa simples vitoria, mas agora minha meta era abrir meus olhos.

E essa sim foi uma verdadeira batalha, eles pareciam pesar toneladas, mas não desisti eu preciso encontrar Bella, preciso descobrir o que aconteceu comigo e tenho que me certificar que ela esta segura.

Depois de varias tentativas infrutíferas, eu já me sentia cansado e resolvi fazer uma ultima tentativa, juntei o que me restava de forças e me concentrei em abrir meus olhos.

Levei um choque com a forte claridade que me envolveu. Chegava a doer os olhos de tão claro que estava, pisquei varias vezes para me acostumar e quando finalmente consegui focalizar alguma coisa, tive a minha recompensa.

Lá estava ela com um sorriso lindo nos lábios e lagrimas descendo abundantes pelo seu rosto pálido.

Tentei falar, mas tinha algo em minha boca que descia pela garganta me incomodando.

- Edward... meu am..amor vo...você acordou – ela soluçava e ria ao mesmo tempo eu quase não entendi o que ela disse.

Mais uma vez tentei falar, mas aquele tubo em minha boca me impedia. Levantei minha mão meio vacilante e toquei em seu rosto e ela riu e chorou ainda mais.

Bella apertou um botão e poucos minutos depois um enfermeiro apareceu.

Ele me olhou surpreso e após verificar os aparelhos ao meu redor saiu do quarto.

Bella continuava ali segurando minha mão sem conseguir falar nada, pois ria e chorava ao mesmo tempo. Senti algo escorrer pelo meu rosto e percebi que estava chorando também, eu sabia que era um choro de alegria por estar olhando para aquele rosto tão amado. Minha agonia agora era não poder dizer a ela o quanto eu a amo.

Novamente a porta se abriu e vi meu pai entrar seguido de uma medica que eu não conhecia.

- Meu filho que bom te ver acordado – falou meu pai com o rosto banhado em lagrimas.

- Edward eu sou a Dra. Charlotte Smith – se apresentou ela – vou verificar suas funções vitais e se estiver tudo bem vou retirar o respirador ok! – explicou ela começando a me examinar.

Eu não queria me afastar de Bella, mas não tive outra opção, afinal eu não podia me mexer e muito menos falar.

Meu pai estava ao celular e pude ver que ele ria e chorava assim como Bella que agora estava abraçada a ele como que em busca de apoio.

Após vários minutos a medica finalmente me declarou apto a respirar por conta própria e com o auxilio de um enfermeiro retirou aquele tudo da minha garganta. Confesso que não foi uma experiência muito agradável. Depois fiquei com um certo incomodo na garganta que segundo ela logo passaria, o enfermeiro me deu um comprimido e um copo com água que aliviou um pouco a irritação na garganta.

- Mais tarde faremos uma nova ressonância magnética – explicou a medica – e veremos como esta a sua recuperação e se tudo estiver evoluindo bem você poderá ir para um apartamento. – disse ela com firmeza – Nada de exageros, ok!

Assim que a medica saiu eu olhei para Bella que veio em minha direção e segurou minha mão livre.

- Ah meu amor que susto você nos deu – disse ela me acariciando os cabelos e me beijando a testa.

- Eu te amo – falei com a garganta raspando ao ponto de encher meus olhos de lagrimas.

- Eu também te amo Edward – admitiu Bella com lagrimas nos olhos novamente.

- Você é a minha vida meu amor – falei ignorando a dor. – Você e nossos filhos são tudo pra mim. Como vocês estão?

- Nós estamos bem – afirmou ela com um sorriso – é um menino e uma menina. Eu pensei que fosse te perder – disse ela chorando.

- Eu jamais deixaria você e nossos filhos – afirmei com convicção, uma alegria imensa me dominando. – Me dá um beijo.

Sem esperar mais Bella me beijou e só então eu me senti em casa, me senti vivo e cheio de disposição para enfrentar o que quer que fosse.

- Hã, hã... – ouvimos meu pai pigarrear e nos afastamos. – Você precisa descansar Edward – disse ele me olhando serio era o Dr. Cullen de volta.

- Eu já descansei demais pai. – Retruquei olhando para Bella – quero poder ficar com minha mulher e meus filhos, parece que faz uma eternidade que não os vejo.

Realmente Bella estava linda apesar de um pouco mais pálida e seu ventre muito maior do que eu me lembrava.

- Quanto tempo fiquei desacordado? – indaguei curioso.

- Um mês – respondeu meu pai serio – Você teve que ser operado e os médicos te mantiveram em coma induzido por três semanas e depois começaram a diminuir os remédios para que você acordasse.

- E como eu estou – perguntei tentando olhar para baixo, mas o simples fato de levantar a cabeça me provocou uma náusea.

- Não levante a cabeça por enquanto – aconselhou meu pai. – Edward você quebrou oito costelas e as duas pernas, seu braço esquerdo já estava com uma fratura exposta e se agravou muito com o acidente, mas o maior problema foi o seu pulmão esquerdo que foi perfurado por uma costela e uma ruptura de baço que provocou uma hemorragia muito intensa. Infelizmente você perdeu parte do seu baço, mas ele se regenera então não terá problemas futuros.

- Agora entendo porque me sinto uma múmia – falei rindo da minha situação.

- Você nos deu um susto enorme meu filho – disse meu pai com um suspiro.

- Prometo não me deixar capturar por nenhum lunático outra vez – ironizei.

Bella me olhou feio e meu pai também, sei que não devia ter tocado nesse assunto, mas não consegui evitar.

- O que aconteceu com James e Victoria? – perguntei eu só me lembrava de ter lutado com James para lhe tirar a arma e então ela disparou e o carro perdeu o controle caindo por um barranco.

- Eles estão mortos Edward – respondeu Bella com certa revolta. – Eles quase te mataram – completou ela com a voz embargada.

- Mas não conseguiram meu amor – falei lhe acariciando a mão – Eu sou muito teimoso para morrer assim – brinquei tentando desanuviar o ambiente. 

Ficamos conversando por mais alguns minutos e então chegaram. Parecia um desfile, um após o outro todos da minha família entraram para me ver, mas Bella se manteve ao meu lado o tempo todo e não posso negar que apreciei muito isso, não queria me afastar dela nunca mais. Nunca mais eu ficaria longe da minha mulher mais que o estritamente necessário.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!!!!!!

Comentem por favor!!!!!!!!


Bjsssssssssssssss