Procura-se Uma Acompanhante escrita por lininhaaa


Capítulo 4
Capítulo IV - Compras




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Capítulo 4 - Compras

 


 

Faltavam exatos três dias para o jantar beneficente. Em menos de setenta e duas horas, Sasuke saberia como Sakura se sairia e então tomaria sua decisão se ficaria ou não com os serviços dela.

Segundo Chyo, Sakura estava aprendendo as coisas rápido, o que facilitava, e muito, a situação. Os pés já não lhe doíam tanto ao usar saltos, apesar de andar um pouco desengonçada e ela já não se atrapalhava tanto durante as refeições.

O dia amanheceu chuvoso naquele sábado, mas Sakura precisava levantar-se já que  prometeu a tia que iria visitá-la no novo hospital que estava internada. Graças ao novo emprego, a rosada conseguiu um convênio para Sora, dando-lhe melhores condições para se tratar.

Levantou-se preguiçosamente da cama e como de costume a arrumou e em seguida vestiu-se com uma calça jeans simples e uma blusa de mangas compridas. Sakura sentou-se na penteadeira e pegou a escova nas mãos, quando escutou três batidas suaves na porta.

- Pode entrar...

- Sakura... – Chyo adentrou o quarto e em seguida, fitou a cama arrumada. – De novo você arrumou a cama?! Mas que mania... – suspirou. – Vim lhe avisar que Sasuke-sama te espera na sala. Disse que quer falar com você!

- O quê eu fiz? – perguntou assustada.

- Nada, Sakura. – riu dando os ombros. – Venha, ele não gosta de esperar!

Sakura assentiu e depositou a escova sobre a penteadeira, levantando-se logo em seguida.

 

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No andar debaixo da mansão, Sasuke esperava pacientemente recostado no sofá de couro.

- Sasuke-san...                                                     

Distraído, não havia percebido que não estava mais sozinho na sala. Virou-se encontrando Sakura e Chyo paradas no final da escada.

- Mandou me chamar, Sasuke-sama? – Sakura corou  ao ver o olhar do Uchiha sobre si e abaixou a cabeça.

- No período da tarde, iremos comprar um vestido para que você possa usar no jantar beneficente de quinta-feira! – Ordenou. – Esteja pronta ...

- M-mas... – Sakura se interrompeu.

Sasuke e Chyo a fitaram, esperando as palavras da rosada.

- Algum problema, Sakura?  - indagou a governanta.

- Será que a Chyo não poderia ir no meu lugar, Sasuke-sama? – perguntou envergonhada.

O Uchiha olhou incrédulo para a moça. Aquilo era um verdadeiro absurdo. Nunca havia ouvido tamanha pergunta ridícula.

- Quem me acompanhará será você e não Chyo, portanto será você que terá que provar as roupas. Espero que não esteja querendo me dar ordens.

- Não estou tentando te dar ordens, mas o caso é que não sei como me portar numa loja elegante, Sasuke-sama.  – Defendeu-se. A vista dela começou a embaçar denunciando o quanto o tom de voz usado por Sasuke a magoou.

- Não há segredos. – respondeu-a estreitando os olhos. – E é melhor que esteja pronta!

 

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O ar quente do carro de Sasuke fazia com que uma verdadeira nevasca fosse encarada como uma tarde de verão. Sakura encontrava-se encolhida no banco do passageiro com medo de esbarrar as mãos em qualquer botão do painel luxuoso do carro. Ela sabia o quanto era desastrada, ainda mais quando estava nervosa.

Graças a Chyo, Sakura conseguiu colocar uma roupa mais apropriada para ir à loja de vestidos.  O dia continuava frio como de manhã, mas a brisa gelada fazia a sensação térmica ficar ainda mais baixa.

Olhando pelo canto dos olhos, Sakura o viu dirigindo tranquilamente, como se nada o atingisse. 

- Não precisa ficar tão tensa... – A voz dele saiu rouca e cortante, fazendo-a estremecer. – Por que está tão nervosa?

Definitivamente não sabia o que responder... Claro que tinha vários motivos para estar do jeito que estava: estar dentro de um carro que mais parecia flutuar pelas ruas do que andar, ou o fato de estar sozinha com ele. Talvez as duas coisas se juntaram e acabaram por abalar o emocional dela.

- Desculpe por ter sido tão mal educada hoje cedo.

Ele nada respondeu, apenas desviou seus olhos rapidamente para a rosada e os estreitou.

- Que seja...

Depois daquele pequeno diálogo, nada mais foi ouvido no interior daquele carro.

O Uchiha mantinha-se concentrado em dirigir pela fina garoa que começava a cair pelas ruas, enquanto Sakura apenas admirava a beleza dos bairros luxuosos por onde o carro passava. Mudara-se a pouco tempo para Konoha, mas jamais tinha imaginado  que uma cidade pequena como aquela tinha tantas casas dignas de um filme.

- Ainda estamos em Konoha?

- Não. – Sasuke sequer deu-se o trabalho de olhá-la, concentrando-se apenas em entrar no estacionamento. – Vamos.

E antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa tudo o que viu foi a porta do carro sendo batida e o Uchiha entregando a chave para o manobrista.

Aquele dia não seria nada fácil e Sasuke parecia não querer facilitar muito as coisas, fazendo-a sentir-se um verdadeiro animal selvagem.

- Não acha melhor sair, senhorita?!

Foi tirada dos pensamentos pelo gentil manobrista que já tomara o lugar de Sasuke e sorria cordialmente.

- S-sinto muito... – sussurrou envergonhada.

Sem olhar para trás, saiu do carro totalmente encabulada e perdida. Por sorte, Sasuke estava parado a poucos metros do carro aguardando-a com o rosto impaciente.

- O que estava fazendo parada ali dentro?! – grunhiu fazendo-a baixar os olhos.

Farta da falta de educação de seu suposto “patrão”, Sakura levantou os olhos até encontrar as feições contorcidas dele.

- Não tenho culpa dos seus problemas e de seu mal-humor, Sasuke-sama! – avisou-o dando ênfase na última palavra.

Os músculos do Uchiha se enrijeceram ao ver o quão abusada aquela garota era. E ele não era do tipo que se calava, ainda mais com palavras tão desrespeitosas vindas por parte de um de seus empregados, mesmo sabendo que estava certa.

- É melhor vir logo. Não tenho o dia todo!

Dando as costas à ela, Sasuke caminhou até a entrada da loja sem ao menos esperar.

 

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- Bem vindos ao Ikimaku Black Tie, me chamo Nika.  Em que posso ajudá-los?! – uma simpática morena os abordou assim que Sasuke e Sakura pisaram na loja.

Sakura olhou de esgueira para o Uchiha que permanecia com o mesmo ar autoritário e despreocupado de minutos atrás. ”Claro...” pensou, afinal era bem provável dele ser sempre bem tratado.

A Haruno perdeu-se entre as  inúmeras peças presentes ali. Tudo parecia ser muito sofisticado e caro. Vestidos curtos, longos, bolsas e sapatos disputam os espaços arrumados em prateleiras e cabideiros.

- Quero que a ajude a escolher um vestido. – a frase saiu como uma ordem e talvez fosse essa a intenção de Sasuke.

- Vamos, senhorita?! – perguntou de forma doce tentando tirar a rosada do seu quase transe.

- Hum?! Claro. – sorriu sendo puxada pela moça.

Ao virar-se para trás, viu Sasuke conversando com alguém pelo celular e com cara de poucos amigos enquanto sentava-se numa das várias banquetas brancas enfileiradas na porta da loja.

- Como gostaria do seu vestido, senhorita...?

- Ah sim! Sakura... – sorriu. – N-na verdade eu não sei... – confessou sem graça.

- Isso pode ser resolvido facilmente, Sakura-san...

Num piscar de olhos, a atendente já estava em frente ao Uchiha que não parecia nada contente com o incômodo. A rosada viu-os trocar poucas palavras e a moça voltando com um sorriso ainda maior ao seu encontro.

- Um vestido social, Sakura-san.– vendo a rosada concordar, puxou-a para alguns vestidos mais afastados dos outros. – Que cor você prefere?! – perguntou curiosa.

Azul escuro, preto, vermelho, champagne... todos eram tão lindos que se pudesse pegaria um de cada cor.

Sem esperar resposta, Nika começou a colocar um vestido vermelho na frente de Sakura e analisá-la.

- Esse ficou bom. – concluiu colocando-o esticado num de seus braços, pegando outro em seguida. – Esse também. –dessa vez  um preto curto. –E... esses dois! – Deu à ela um azul e um branco.  – Por enquanto só esses!

- Uhum... – murmurou assustada.

Nika guiou Sakura até uma porta onde haviam diversas divisórias com cortinas em tom vermelho abertas com espelhos em cada uma delas.

- Prove esses enquanto eu pego mais alguns!

 

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Já era o oitavo vestido que Sakura tinha provado e nenhum pareceu ser do agrado de Nika. Todos ficaram incrivelmente lindos nela já que seu corpo ajudava bastante, mas o problema era que a vendedora não estava satisfeita.

- Você só vai sair daqui quando eu achar o vestido perfeito! – sorriu para Sakura que retribuiu cansada. – Prove esse! – estendeu à ela um vestido preto até a altura dos joelhos e de ombro único.

- Ok.

Fechou a cortina vermelha e olhou os vestidos anteriores  amontoados numa pequena banqueta do provador. Só esperava que aquele vestido a agradasse.

Sem muita dificuldade,  a Haruno vestiu-o e olhou-se no espelho estupefata. Como uma roupa mais sofisticada mudava totalmente a aparência das pessoas?!

- É... lindo! – murmurou boquiaberta. Havia caído perfeitamente bem nela, apesar de simples.

Como uma criança, começou a rodopiar em frente ao espelho ainda não acreditando como tinha ficado.

Distraída, Sakura não percebeu a cortina do provador sendo aberta bruscamente. 

- Ah! Tem que ser esse! – gritou Nika com uma das mãos na boca. – É perfeito! Preciso pegar um sapato que combinará perfeitamente com esse vestido! Não se mecha! – ordenou aos pulos, sumindo novamente do campo de visão de Sakura.

- Kami-sama... – suspirou aliviada.

Poucos segundos foram necessários para a vendedora encontrar o tão almejado sapato.

- Prove! Ficará lindo! – garantiu, estendendo-a um par de sandálias pretas com detalhes em prata.

Ao pegar nas mãos, Sakura notou os fios soltos, concluindo que não saberia colocar tais coisas.

- Pode me ajudar?! – sorriu sem graça. – Não sou muito boa nesse tipo de coisa...

- Claro! – respondeu prontamente.

Tirando os vestidos amontoados e os colocando num canto qualquer, Nika pediu para Sakura sentar-se. Feito isso, ela mesma colocou as sandálias de salto agulha e amarrou - o que a rosada havia chamado de “fios” -  nas pernas da mesma, cruzando-os alternadamente até um pouco acima da canela.

- Realmente não conseguiria fazer isso. – comentou sem graça vendo a facilidade com que a moça tinha em arrumar a sandália no outro pé. – Obrigada.

Levantando-se, Nika arrumou sua roupa e sorriu.

- Agora levante-se e vamos ver como ficou!

Concordando, ela levantou-se sem tanta dificuldade quanto pensava e se colocou na frente do espelho. Ajeitou a saia do vestido e devagar virou-se.

- Perfeito... – concluiu a moça. – Será esse.

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Ela já estava trocada e com o vestido colocado corretamente no cabide em uma das mãos enquanto a outra era ocupada pelo par de sandálias.

- Aqui estão... – sorriu entregando para Nika.

- O-obrigada. – sorriu surpresa. Dificilmente alguém tinha tanto cuidado com as roupas depois de tirá-las. O máximo que faziam era largá-las jogadas no provador e avisá-la que era para ela pegar.

As duas caminharam para fora do espaço de provadores, encontrando Sasuke apoiado numa das paredes fitando-as.

 – Espero que tenha gostado da roupa. – comentou a moça por cima dos ombros entregando os pertences para a senhora do caixa. – Seu namorado vai adorar quando vê-la vestida.

Sakura sentiu suas maçãs do rosto esquentarem.

- Na verdade, e-ele não é meu namorado. – sussurrou com a voz falha.

- Não?! – perguntou estreitando os olhos, vendo a Haruno negar.

O assunto foi cortado pela aproximação do Uchiha que direcionou-se unicamente para a atendente do caixa, estendendo o cartão de crédito dourado.

 Ao ver o preço estampado no monitor do computador, Sakura quase caiu para trás. E o que realmente a surpreendeu foi o inexpressividade do Uchiha, que sequer se importou com os quase dois mil dólares que pagaria por um vestido e um par de sandálias.

- Algum problema?! – perguntou-a fitando pelo canto dos olhos.

- O p-preço... – murmurou atônita.

Sem respondê-la, ele colocou o cartão de crédito na carteira e colocando-a no bolso deu as costas à Sakura.

- Aqui está querida. – A atendente estendeu o pacote para Sakura sorrindo. – Obrigada pela preferência.

- Obrigada e até logo.

Custou para alcançar Sasuke que andava mais a frente com algo nas mãos. Ele pagou o estacionamento e ambos esperaram quietos a chegada do veículo.

O manobrista fez questão de abrir o porta-malas e pegou o pacote das mãos da Haruno, depositando com cuidado as sacolas de marca, fechando-o em seguida.

O casal entrou  no carro em absoluto silêncio e permaneceram assim durante boa parte caminho. Quando os olhos esmeraldas avistaram os limites de Konoha, Sakura lembrou-se de Sora e da sua promessa de visitá-la.

- Poderia me deixar aqui, Sasuke-sama?!

- Para quê?! – perguntou seco sem desviar os olhos da rua.

- Preciso ir ao hospital visitar minha tia. – respondeu-o fitando.  

- Sabe voltar para a mansão?! – dessa vez Sasuke parou ao lado da calçada e fitou-a vendo Sakura concordar. – Vai ficar aqui mesmo?!

-  Vou...Obrigada. – agradeceu sorrindo.

Sasuke apenas assentiu de leve e deu partida no carro enquanto Sakura esperava o farol fechar para atravessar em segurança. Ela viu o carro dobrar a esquina seguinte e sair de seu campo de visão.

Sasuke era um homem tão bonito, mas ao mesmo tempo tão frio e estúpido com as pessoas ao seu redor. Talvez o dinheiro acabasse fazendo isso com as pessoas, tornando-as vazias por dentro. Ou talvez a solidão que ele vivia fosse a causa de tanta frieza...

O farol fechou e os carros pararam permitindo que os pedestres pudessem passar para o outro lado da rua. Seriam só mais cinco minutos andando e estaria no Hospital Central de Konoha.

 

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Sempre esteve acostumada com o amontoado de pessoas na recepção dos hospitais públicos por onde passara e quando via uma recepção tão vazia, calma e “alegre” pensava se ainda estava em um hospital.

- Boa tarde, senhorita. – sorriu a recepcionista. – Precisa de alguma informação?

- Vim visitar minha tia e preciso de um crachá.

Sem delongas, o pequeno cartão branco já estava em suas mãos e ela já podia avistar o elevador que a levaria ao oitavo andar.

Em poucos segundos, já se encontrava no andar onde estava Sora e o quarto 87 já era visto ao longe. Assim que ficou de frente à porta bateu levemente e ouviu uma ordem abafada para entrar.

Passando o pequeno arranjo de flores para a outra mão, Sakura abriu a porta e adentrou o quarto, vendo sua tia sentada em uma poltrona confortável assistindo um programa de culinária.

- Sakura. Que bom que veio, querida... – Sora sorriu ao ver a sobrinha fechar a porta atrás de si e caminhar ao seu encontro.

- A senhora deveria estar deitada e descansando. – Sakura estreitou os olhos tentando parecer zangada. – Onde posso colocar esse vaso?!

- Na cabeceira, Sakura. – respondeu-a.

Em segundos, Sakura já estava ajudando Sora a levantar-se e se deitar na cama. Ela era demasiadamente preocupada com a senhora e por mais que negasse, acabava sendo exagerada em determinadas coisas.

- Como vai o seu trabalho, Sakura?! – perguntou Sora fitando a sobrinha.

Em resposta, Sakura mordeu o lábio inferior. Ela não havia contado a verdade para Sora, fazendo-a pensar que trabalhava como uma acompanhante para um senhor idoso. Na verdade, Sakura apenas omitiu o fato de acompanhar um jovem, que por coincidência era um homem viúvo, jovem, bonito e rico.

- Tudo bem, tia. – respondeu por fim. – Me adaptei muito bem. Os empregados da mansão são educados e me tratam muito bem.

- Menos mal. – suspirou aliviada. – Você não sabe o quanto andei preocupada, Sakura. Pensei que você não iria se adaptar a morar com estranhos e me sinto ainda pior por estar presa aqui e doente.

- Não diga besteiras, tia Sora. Graças a esse emprego que consegui te transferir para esse hospital. Não agüentava mais vê-la naquele corredor. – lamentou-se. – Falando nisso, encontrei um apartamento perfeito. Assim que a senhora sair daqui, terá um lar quentinho e aconchegante. – Sakura sorriu por fim.

A rosada viu o sorriso da tia se abrir. Só de pensar em nunca mais morar naquele velho apartamento, onde o teto caia os pedaços e as paredes eram úmidas sentia-se aliviada, mesmo sabendo que mal havia passado no teste do senhor Uchiha: a primeira festa.

A conversa entre tia e sobrinha desenrolou-se por toda a tarde e quando menos percebeu estava quase anoitecendo. Ficara apenas mais poucos minutos e decidiu voltar para a mansão, afinal problemas era o que ela menos queria ter.

 

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O escritório do Uchiha era iluminado somente por uma luminária pousada sobre a mesa rústica e pelo reflexo do monitor do notebook. Acabara de tomar uma bronca de Chyo por ser irresponsável a ponto de deixar Sakura no meio da rua. Segundo a governanta, ele deveria tê-la levado até a porta do hospital onde a tia estava.

- Isso é ridículo, Teme. – retrucou com escárnio o melhor amigo e sócio do escritório de advocacia,  Uzumaki Naruto.

A  xícara de café, antes fumegante, que Chyo trazera para ele já estava praticamente fria ao lado do braço em que Sasuke estava apoiado falando ao celular.

Ele revirou os olhos com o comentário e por mais que quisesse ignorar, não consegui esquecer o tom de deboche usado pelo loiro.

- Não é ridículo. Não tenho outra saída, Dobe. – Sasuke ouviu uma risada divertida do outro lado da linha. – Não sei porque ainda converso com você.

- É que é difícil acreditar que Uchiha Sasuke, um dos empresários mais disputados precisa colocar um anúncio no jornal para conseguir uma mulher!  - dessa vez, Naruto explodiu em uma risada que durou longos segundos.

O que mais irritava Sasuke era imaginar a expressão do Uzumaki do outro lado da linha. Ainda praguejava-se por  ainda contar as coisas para Naruto.

- Agora é sério, Teme...  – o Uzumaki pigarreou antes de começar. – Conseguiu alguém?!

- Consegui. – respondeu com ar vitorioso.

- Não creio nisso... e como ela é?!

- Normal. – respondeu indiferente enquanto bebericava o café. Desistiu após sentir o gosto do café frio e forte descer pela garganta, fazendo uma careta logo em seguida. – Seu jantar beneficente será o teste dela. Caso ela passe, continuará aqui e me acompanhar, caso não...

Sasuke nem precisou completar a frase. Naruto sabia exatamente o que o amigo queria dizer e eram atitudes como essas, vindos de Sasuke, que lhe irritavam.

- Aham... e é exatamente por isso que você está sozinho! A Suky-chan era uma santa por te agüentar, mesmo sabendo que ela precisava agüentar você e esse seu mal humor!Além disso, ela não tinha escolha...

- Hum.

- Vou buscar a Hinata no aeroporto e preciso desligar. Tchau, Teme.

Ele apertou o botão para desligar sem se despedir do amigo. Por mais que não quisesse admitir, Naruto estava certo. Existiam certas atitudes que foram herdadas e eram inevitáveis por mais esforço que ele fizesse.

Colocando o celular de lado, ele voltou seus olhos para a proteção de tela do notebook e colocou-se a pensar.

Naruto tinha razão ao dizer que a idéia de colocar aquele anúncio em um jornal era ridícula, mas era sua única opção e Sasuke queria que Sakura conseguisse corresponder as suas expectativas.

O primeiro teste dela seria dali a dois dias e ele esperava que Chyo tivesse feito um trabalho razoável com ela, caso contrário não saberia o que fazer e nem mesmo se teria a mesma sorte em achar uma pessoa como Sakura para acompanhá-lo.

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Demorei um pouquinho, mas apareci!Espero que tenham gostado do capítulo e que a espera tenha valido a pena.
Ainda não foi o primeiro teste dela, mas ela precisava de roupas gente! Mas o próximo será a festa beneficente! o
Obrigada pelos reviews lindos que andei recebendo. Agradecimentos especiais à Black Cat (Cassy-chan), ReehUchiha e Thammy Haruno que recomendaram a fic! Obrigada meninas!
Vou ficando por aqui. Críticas e elogios são bem vindos! Recomendações, desde que considerem merecidas também.
Beijos.:*


Twitter:@lininhaaa