Procura-se Uma Acompanhante escrita por lininhaaa


Capítulo 14
Capítulo XIV - Entre Nós




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Capitulo  14 - Entre Nós

Estava um dia lindo em Konoha. Fazia tempo que o sol não brilhava com tanta intensidade para Sakura. Talvez a solidão dos últimos meses, fizeram com que tudo o que visse fosse triste e frio.

Continuava deitada na cama em que Sasuke a depositou na noite anterior. Ainda sentia-se cansada, mas nada comparado com os últimos dias. A bandeja do café-da-manhã estava colocada ao seu lado contendo um copo e um prato vazio. Apesar de cedo, Chyo havia lhe acordado para comer alguma coisa. “Chyo sempre tão cuidadosa...”

- Que bom que comeu tudo, Sakura. – Chyo surgiu na porta do quarto sorrindo.

- Estava delicioso, Chyo-san...

- Você precisa tomar um bom banho e se arrumar. Sasuke marcou uma consulta com a ginecologista que cuidou de Yukari e dos gêmeos.

A governanta notou o olhar entristecido que Sakura lhe lançou. Seria mais difícil do que ela pensava.

- Sakura...

- As coisas que ele me disse, Chyo... – ela murmurou. – Sei que fui irresponsável, mas não merecia ouvir aquelas coisas.

- Entendo, mas você precisa levar em conta que Sasuke-san também estava nervoso. – aproximando-se da cama, Chyo notou algumas lágrimas escapando pelo canto dos olhos dela. – Você não imagina o quão aflito ele estava enquanto não tinha notícias suas.

- Nada justifica as palavras dele. – rebateu a Haruno.

Sakura sabia que só existia um motivo por estar tão magoada com ele. Havia se apaixonado por Uchiha Sasuke e as coisas que ele tinha dito a machucaram.

- Eu sei que não, mas pense no bebê.

- Pensar nele é o que fiz durante três meses, Chyo. Por isso fui embora...  – Sakura a olhou com dureza. – Mesmo sem um pai, o criaria com todo o amor e carinho que tenho e não seria obrigada a ouvir determinadas coisas.

- Sakura, você e Sasuke-san precisam conversar como adultos, mas agora vá se arrumar para irmos até o médico. – ralhou a governanta. – Se precisar de ajuda, me chame.

Resignada e muito frustrada, Sakura resolveu seguir o conselho de Chyo. Precisava deixar o orgulho de lado e pensar no bebê.

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A expressão do Uchiha não era das melhores enquanto ele dirigia até o consultório da médica e Sakura percebeu isso ao vê-lo contrair a mandíbula com força. Era como se ele estivesse fazendo um enorme favor à ela e estava começando a irritá-la.

“Chyo deveria ter vindo...” resmungou para si mesma em pensamento.

Ele não sabia como começar um diálogo com Sakura, não depois da discussão do dia anterior. Sentia-se horrível pelas coisas que dissera à ela. Coisas que não eram para ser ditas, mas foram por causa da irritação que lhe tomou conta quando alegara que aquela criança não era dele.

Não demorou muito para que Sasuke visse a fachada do consultório de Tsunade. Olhando-a pelo canto dos olhos, notou o olhar dela para um ponto no chão do automóvel. Nunca a tinha visto tão calada.

- Chegamos. – anunciou quebrando o silêncio de mais de vinte minutos. Ela nem se quer o olhou, apenas tirou o cinto de segurança e ameaçou abrir a porta do veiculo.

Seria um longo dia...

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Logo, Sakura e Sasuke haviam sido recebidos por Tsunade. Primeiro, ela pediu que a moça entrasse para examiná-la e sua expressão não foi as das mais agradáveis. Foi um exame rápido, nada que passasse dez ou quinze minutos.

- Sakura, você pode me aguardar naquela sala? – Tsunade perguntou apontando para uma porta ao lado da rosada. – Preciso falar com Sasuke e depois examinarei o bebê melhor, está bem?

- Algo errado? – murmurou preocupada.

- Não. Espero que não... – Tsunade sorriu. – Mas não se preocupe, apenas faça o que lhe pedi.

Concordando e um pouco temerosa, Sakura dirigiu-se à sala ao lado da de Tsunade e aguardou ali.

Quando a médica a viu fechar a porta, não pensou duas vezes em ir falar com Sasuke, que esperava do lado de fora.

- Sasuke! – Chamou-o irritada, vendo uma expressão interrogativa no moreno. – Entre!

Resmungando algo inaudível aos ouvidos da médica, ele seguiu sua ordem e logo estava de frente à ela. A testa franzida e a forma como ela o encarava fizeram-no deduzir que algo estava errado.

- O que houve?

- O que aquela moça é sua? – ela perguntou visivelmente irritada.

Tentando buscar uma resposta, Sasuke manteve-se em silêncio. Namorada? Um caso? Contratada? Nem ele mesmo sabia como nomear a relação entre eles.

- Sasuke, não sei o que você é daquela moça, mas ela não está bem... – comentou.

- Eu sei... – murmurou com pesar.

- Você é o pai da criança? – perguntou, mesmo sabendo a resposta e quando viu-o confirmar com um aceno, bufou. – Não sei como você se meteu nisso, mas precisa estar ciente de algumas coisas...

- Quais?

- Pelo pouco que conversei com ela, aquela moça está no inicio da gestação e nem ao menos se cuidou durante esses poucos meses. Sua aparência está péssima e ela me parece um tanto entristecida... Tudo isso afeta o bebê e se ela continuar com essas mesmas atitudes, creio que nem ela, nem a criança suportem toda a gestação.

Os olhos do Uchiha se arregalaram e focaram a expressão séria da médica. Sabia o que aquilo queria dizer... Perdê-la. Perdê-los!

- Ainda não examinei o bebê, mas a saúde da mãe reflete grande parte da saúde do feto. Se puder esperar aqui alguns minutos para fazer o ultra-som e conversar um pouco mais com ela...

- É claro.- concordou.

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Na sala ao lado, Sakura estava um pouco apreensiva. A médica tinha sido carinhosa com ela, mas não conseguiu disfarçar suas feições preocupadas. Estava com medo de que algo acontecesse com ela, mas principalmente, queria saber se seu filho estava bem.

Deitada em uma maca e olhando para o teto da pequena sala branca, Sakura foi tirada de seus pensamentos pelo ranger da porta.

- Demorei? – perguntou a médica loira.

- Não... – sorriu triste.

Assentindo, Tsunade ligou o aparelho encontrado ao lado esquerdo da rosada e pegou o tubo de gel.

- Vamos ver como seu bebê está, ok? – Sakura concordou. – Está nervosa?

- Um pouco... Só quero saber se meu bebê está bem. – murmurou sem pensar.

- E é isso que vamos ver. – sorriu Tsunade.

Já com o cabeçote em mãos coberto com gel, ela espalhou por todo o ventre da rosada.

Estreitando os olhos, Sakura viu borrões em cinza e preto se formarem na tela do aparelho. Não conseguia ver nada ali, mas Tsunade parecia um tanto entretida com as imagens. Sentia a médica passar devagar o aparelho por todo o ventre com uma leve pressão.

Os olhos esmeraldas se alternavam entre o monitor e a médica, até que finalmente viu-a pousar o aparelho num ponto específico.

- Aqui está... o seu bebê. – Tsunade apontou para o monitor, exatamente para uma pequena “mancha” escura que formavam um corpo muito pequeno e a cabeça.

Quando viu aquela imagem teve certeza que dentro de si crescia uma vida e não teve como conter algumas lágrimas que lhe escaparam pelo canto dos olhos.

- Quer ouvir o coração dele ou dela? – perguntou Tsunade vendo o quão emocionada ela estava.

- Q-quero... muito!

Um som de batidas altas e rápidas preencheram os ouvidos das duas mulheres.

- O coração dele bate rápido. – Sakura concluiu emocionada.

- Sim. Isso é normal... – sorriu Tsunade.

Mais alguns minutos se estenderam até o final do exame. Sakura já se encontrava sentada na maca, enquanto observava Tsunade lavar as mãos.

- Precisamos conversar, Sakura. – as palavras dela atingiram a rosada em cheio. – Sobre sua saúde e a do bebê.

A Haruno mordeu o lábio inferior, nervosa.

- Por que não está se cuidando? – Tsunade foi direta. – Sakura, você está muito magra e, se não estou enganada, não fez nenhum pré-natal, não é?

- Na verdade não. Eu... bem, as coisas estão acontecendo rápidas demais e acabei descuidando da minha saúde. – confessou.

- Preciso de fazer uma pergunta e quero que seja honesta comigo... você quer essa criança?

- Mais do que qualquer coisa! – Sakura respondeu imediatamente. – Esse bebê é tudo o que tenho, Tsunade-san...

- E quanto ao Sasuke?

Nenhuma resposta. Assim como ele, Sakura não sabia o que eles eram...

- Sakura... – Tsunade a chamou. – Você deve ser alguém muito importante para ele, caso contrário não estaria cuidando de você...

- Não sei, Tsunade... não sei. – respondeu por fim.

- Precisa aceitar a ajuda dele. – disparou, vendo-a abaixar os olhos. – Pelo seu bem e pelo bem do bebe, precisa deixá-lo cuidar de você, entende?

- Uhum...

- Bom, agora vamos falar da sua saúde. Sua pressão arterial está um pouco elevada e isso não é bom, Sakura. Você precisa descansar, evitar emoções fortes e esforços desnecessários, além de se alimentar corretamente.

Sakura assentiu.

- O bebe parece bem, mas ele é um pouco pequeno para a idade gestacional. Aparentemente, ele não tem qualquer tipo de problema, mas precisa ser alimentado direito pela mãe, entende?

- Sim.

Tsunade sorriu.

- Muito bem. Termine de se arrumar e volte para a minha sala. Vou prescrever algumas vitaminas que lhe ajudarão bastante  e passarei algumas orientações ao Sasuke. – a médica dirigiu-se para a porta e a olhou pelos ombros. – Espero que tenha gostado de ver seu bebê.

- Gostei muito...  – sorriu de forma doce.

- Que bom.

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Do outro lado da porta encontrava-se o Uchiha desconfortável pela “demora” da médica. As palavras de Tsunade lhe atingiram de uma forma absurda. Não imaginava que Sakura estivesse tão debilitada a ponto de não suportar a gestação.

A cena da discussão do carro lhe veio automaticamente na mente, quando ela quase implorou para que ele a deixasse em Suna. Tinha falado coisas que não devia, sem ao menos tentar entender o motivo de Sakura ter fugido e, por causa de suas palavras, a rosada quase desmaiou.

Quando soube do desaparecimento de Sakura, quase teve um surto. Mas perdê-la para sempre? Infelizmente, ou não, Sasuke não saberia dizer o que faria...

- Sasuke..?

O Uchiha assustou-se quando percebeu que encarava a médica bem a sua frente. Nem havia notado que ela chegara e estava acomodada na cadeira.

- Algo errado? – ela perguntou visivelmente preocupada.

- Como eles estão? – as palavras saíram tão rápidas que Tsunade precisou de alguns momentos para entender.

- Apesar de tudo, estão bem. – Tsunade comentou escrevendo algo no papel. – Prescreverei algumas vitaminas para que Sakura tome e a ajude a recuperar-se...

Sasuke suspirou.

- E o bebê?

- É um pouco pequeno quando comparado com a média dos fetos com essa idade gestacional, mas também está bem.

Outro suspiro, dessa vez de alívio.

- Precisarei da sua colaboração e de seu cuidado para com ela. – comentou, vendo-o concordar. – Sem esforço ou emoções fortes, dieta regrada e muito repouso...

- Farei isso, Tsunade.

- Ela parece bem teimosa, mas preciso que tenha paciência e... – a atenção dos dois foi voltada para a porta, onde uma rosada sem jeito entrava. – Sakura! Acabei de dar as orientações ao Sasuke.

Sakura surpreendeu-se com a presença do moreno na sala. Não tinham conversado  ainda e ela temia isso. De qualquer forma aquela conversa teria que acontecer... e seria em questão de dias ou horas.

Ele a olhou nos olhos e percebeu quando desviou as duas esmeraldas para Tsunade. Estava desconfortável com a presença dele, isso era quase palpável. Por outro lado, parecia um pouco menos triste. Talvez a notícia de que o bebê estava bem a fez alegrar-se um pouco.

- Aqui está. – a loira estendeu alguns papéis para Sasuke que os pegou. Desviando o olhar para a rosada, continuou: - Nos vemos em um mês. Siga tudo o que lhe disse e pense no que conversamos, ok?

- É claro. – respondeu-a sorrindo.

Sasuke alternou seu olhar para as duas sem entender, mas ignorou o pacto silencioso entre elas.

Tsunade já estava em pé e o moreno a imitou-a, despedindo-se da mesma e abrindo a porta para que Sakura passasse. Com um agradecimento silencioso, Sakura passou por ele e saiu.

Sentia-se mais aliviada por saber que seu filho estava bem. Claro que poderia estar melhor e a conversa de Tsunade abriu seus olhos. Aquela criança era a única coisa que lhe restava e seria por ela que se cuidaria e lutaria pelo resto dos seus dias.

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Eles não trocaram uma palavra na volta para a mansão. Enquanto ele dirigia com a atenção presa nas ruas, ela fitava qualquer coisa pela janela. Aquela situação já estava insustentável para ambos, mas palavras faltavam quando oportunidades surgiam para a conversa que tanto queriam ter...

Sakura olhava através da janela de seu quarto uma lua cheia e brilhante que reinava no céu escuro e estrelado. Já havia anoitecido há algum tempo, mas simplesmente não conseguia dormir.  Pensava em tudo que Tsunade tinha lhe dito, em aceitar a ajuda do Uchiha e se cuidar.

Suspirou pesarosamente quando ouviu algumas batidas na porta do quarto. Provavelmente era Chyo querendo saber se já estava dormindo.

- Entre... – disse por cima dos ombros.

Quando virou-se não encontrou exatamente a governanta, mas sim Sasuke a observando. Seu olhar pousou-se sobre ela com ar preocupado.

- Você..?

- Está tudo bem?

- Sim. – respondeu vaga e notou a insatisfação do Uchiha. – E você?

- Também... – ele suspirou fitando o quarto. – Podemos conversar?

Aquela pergunta soou mais como uma ordem para a rosada. Não adiantava mais fugir.

- Sei que precisa descansar, mas será uma conversa rápida. – Sasuke garantiu.

- Claro... – ela cruzou os braços em frente ao corpo, esperando que ele se pronunciasse.

Sakura estava na defensiva e aquilo o deixava extremamente desconfortável. Não sabia como iniciar aquela conversa. Tudo que ele falava parecia ofendê-la. Sabia o quão grosso era quando queria, mas com ela era diferente... por mais que pensasse nas palavras que usaria, ficava nervoso e inquieto e acabava descontando nela.

- Tsunade deve ter conversado com você... – ele comentou.

- Conversamos bastante e ela me disse algumas coisas que me fizeram pensar muito.

- A mim também. – inquieto, Sasuke colocou as mãos nos bolsos enquanto andava até próximo dela. – Não sei o que lhe deu na cabeça em fugir grávida dessa casa, mas agora precisa se cuidar...

Ela nada respondeu, apenas fitou a paisagem pela janela do quarto. Não tinha argumentos, em parte ele estava certo.

- Você ficará aqui, como sempre...

- Não vou poder te acompanhar nas festas, Sasuke. – ela deixou claro, fazendo-o se surpreender. 

- Seria imprudência da minha parte se te obrigasse a fazer isso...

- Não posso ficar aqui como um fardo. – as palavras saíram raivosas sem que ela mesmo não percebesse o tom que usara. – Não estou doente, nem algo do tipo!

- Você é a mãe do meu filho e não um fardo. – Sasuke disse, vendo-a arregalar os orbes. – Jamais disse isso...

- Mas me sinto como tal.

Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes. Ambos se analisando.

- Não quero que fique nervosa...

- Não estou nervosa, só cansada. – corrigiu-o.

Aquelas palavras foram como uma afirmação: aquela conversa tinha acabado. Andando até a porta, Sasuke parou com a mão na maçaneta e fitou-a.

- Apenas quero que aceite o fato de que carrega dentro de si um Uchiha e não está sozinha, não mais... -  comentou. – Estarei aqui, você querendo ou não a minha ajuda.

Virando o rosto para ele, percebeu que o moreno continuava parado ali. Não sabia o que dizer, nem como agir.

- Medo... – ela murmurou.

- O quê? – ele voltou-se para ela.

- Fugi por medo... – a voz saiu quase inaudível. – Se você soubesse as coisas que ouvi, entenderia.

Sasuke a analisou por poucos segundos.

- Se não quiser falar sobre isso eu-

- Apenas queria que você entendesse o que me levou a agir como uma covarde. – ela o fitou decepcionada. – Pensei diversas vezes em contar-lhe sobre a gravidez, mas antes fui falar com minha tia...

- Falando nela, como está?

Sakura sentou-se na beirada da cama e fitou as mãos repousadas no colo.

- Eu... não sei. – Sasuke a olhou incrédulo, vendo os olhos verdes brilharem tristes. – Depois que fui ao apartamento e contei sobre o bebê, ela simplesmente sumiu! Disse coisas que jamais pensei que ouviria dela...

Sem saber muito o que fazer, ele sentou-se ao seu lado.

- Imaginei que ao menos ela me entenderia, mas nem isso aconteceu. – ela  olhou nos olhos. – Então, pensei que se minha própria tia agiu daquela forma, o que você faria?! – Sakura sorriu triste. – Ou o que pensaria de mim...

- Você agiu de forma precipitada e correu riscos, Sakura. – Sasuke comentou, vendo-a concordar. – E se algo acontecesse e estivesse sozinha?

Novamente Sakura não respondeu outra pergunta dele. A maioria delas, a rosada não tinha resposta.

Suspirando alto, Sasuke passou as mãos nos cabelos e os puxou.

- Não era minha intenção engravidar... Sempre pensei que minha vida seria de uma forma totalmente diferente dessa. Queria me casar com um homem que me amasse, construíssemos uma casa juntos e finalmente formaríamos ma família. – Sakura murmurou sem graça. Nem mesmo ela sabia o porque de contar aquelas coisas à ele, provavelmente a acharia uma completa idiota.

Analisando cada traço do perfil da Haruno, Sasuke notou a tristeza em cada palavra. Na verdade, ele também não imaginava que as coisas fossem acontecer tão rápidas e todas ao mesmo tempo.

Casou-se, ficou viúvo, colocou um maldito anúncio no jornal e de repente, uma das mulheres mais simples e belas aparece em sua porta para aceitar o emprego mais louco que alguém já imaginou. E de repente, se vê envolvido com ela e agora seria pai.

Não... realmente não era assim que imaginava que sua vida seria.

- Sasuke. – ela o chamou, observando o quanto distraído ele estava.

- Você não é a única que achava que a vida seria diferente... – Sasuke comentou com a voz mais calma que tinha.

- O quê? Mas, sua falecida esposa Suk-

Ele a interrompeu.

- Amiga. – corrigiu-a, vendo os grandes olhos verdes se espantarem. - Suky era uma amiga que foi obrigada a se casar comigo.

- Desc ulpe, não queria tocar nesse assunto. Você parece triste quando fala dela... – Por dentro, Sakura sentiu uma ponta de ciúmes. Sasuke parecia gostar muito da falecida esposa.

- Não tem porque se desculpar. Infelizmente ela se foi, mas não senti tanto quanto deveria...

- Mas...

- Senti a perda de uma amiga, não de uma esposa. Nunca a vi como uma esposa e ela o mesmo. – comentou com a voz distante. – Nunca pensei em me casar por conveniência e com uma amiga tão próxima...

- E ser pai? Nunca pensou em ter filhos e construir uma família? – perguntou curiosa, mesmo temendo que ele dissesse não.

- Sim, mas quando me casei com Suky essa opção estava fora de cogitação. – Sasuke sorriu de canto e levantou-se. – Acho melhor você descansar ou Tsunade provavelmente me matará.

Sakura riu baixo, acompanhando com os olhos cada movimento do Uchiha até a porta de seu quarto. Abrindo silenciosamente a porta, ele parou entre o batente e o corredor e olhou para trás.

- Sinto muito se passei uma imagem errada. – ela surpreendeu-se com o pedido de desculpas. – Boa noite.

- Boa noite. – murmurou atônita.

No corredor, Sasuke suspirou aliviado pela conversa. Tinha conseguido expor à ela que não estava arrependido em ter um filho com ela. Só esperava que Sakura tivesse entendido, porque se algum dia ele sonhara com a mãe de seus filhos, com certeza seria ela.

Continua...


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Notas finais do capítulo

É com MUITA vergonha que estou postando esse capítulo. :/
Peço desculpas pela demora absurda e vergonhosa para postar um capítulo quase pronto. Não foi falta de imaginação e nem de vontade, mas sim de TEMPO!
Estou trabalhando e estudando horrores e não consigo arranjar tempo para escrever. Sinto muito, gente.
Espero que tenham gostado do capítulo e peço desculpas por qualquer erro de portugues. Não tive tempo de revisá-lo.
Infelizmente, não sei quando sairá o próximo capítulo, mas ele promete fortes emoções! :B
Obrigada pelos reviews. Consegui ler todos ontem, mas não conseguirei responder novamente. Mas quero que saibam que adorei cada um deles e não imaginei que essa história faria tanto "sucesso".
Continuem acompanhando e deixando a marquinha de cada um. Obrigada por todos os elogios e, mais uma vez, desculpem pela demora!
Beeeeeeeeeeijooooooos! :***