O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 9
Capítulo 7 - Atitudes valem mais do que palavras


Notas iniciais do capítulo

Olá flores...
Posts quase seguidos ein?
Estou muito feliz comm tds os coments...
Vamos a leitura, até lá embaixo!



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Capítulo 7 – ATITUDES VALEM MAIS DO QUE PALAVRAS

No capítulo anterior:

... – Tudo bem pode começar. Falei e ele suspirou.

- Estou desesperado Alice...

Pov Alice

- Fala Ed, assim você vai se sentir melhor. Além do mais só vou poder ajudar se souber o que está havendo maninho, não confia mais em mim? Perguntei.

- É claro que confio Alice, é que é mais complicado do que se possa imaginar.

- Só posso julgar depois que você começar a falar Ed. Suspirei.

- Você mais do que ninguém sabe que poucas coisas me afetam dessa maneira. - É grave, muito grave Allie. Falou e começou a vagar pelo quarto de um lado para o outro.

- Ok Edward Anthony Cullen. Ou o senhor começa a explicar detalhe por detalhe nesse exato momento, ou eu ligo para a mamãe e ela mesma vem arrancar de você. Poxa Ed, nunca houve segredos entre nós, sempre dividimos tudo, até a barriga da nossa mãe, infelizmente é claro, pois eu preferia ter vivido lá sozinha e não levando chutes seus. Mas voltando ao assunto, o que quero dizer é que seja lá o que for resolveremos juntos, como nos velhos tempos. Sei que esse seu mal-estar tem haver com a Bella, vi o jeito que ela saiu com você hoje à tarde e sei que aconteceu alguma coisa, portanto comece.

- Tudo bem. Preciso conversar com alguém e como sempre você é a pessoa certa. Falou sentando-se novamente na cama.

- Sou toda ouvidos.

Assenti e segurei suas mãos.

- Hoje depois que saí com Bella do colégio, inicialmente ia levá-la pra casa, mas ela protestou alegando que tinha que comparecer ao trabalho. Como durante o trajeto ela não se acalmou de forma nenhuma, parei o carro em uma rua qualquer e seu descontrole aumentou. Ficamos grande parte da tarde assim, Bella chorando em meus braços e eu desesperado sem saber o que dizer ou fazer. A única coisa que conseguia naquele momento era abraçá-la, dar-lhe todo o meu carinho e foi exatamente isso o que fiz, afagava seus cabelos sussurrando aquela canção que a mamãe sempre cantava para nós na hora de dormir, até que ela adormeceu.

- Nossa irmão... Isso é realmente preocupante. Murmurei sem saber ao certo o que falar.

Parecia um anjo Allie, uma criancinha desprotegida e que carrega um grande fardo nas costas, uma grande dor. Assim que acordou, conversamos pouco. Perguntei o que houve e ela disse que não era nada demais, que só tinha se recordado de coisas tristes. Eu sabia que aquela não era toda a verdade, mas decidi não pressionar, afinal queria que as coisas fluíssem entre nós naturalmente. Quando ela confiasse plenamente em mim se abriria. E prometi irmã, pra mim mesmo e depois para Bella, que sempre cuidaria dela, que nunca mais a veria daquela forma novamente.

- Não esperava menos de você Ed. Afinal você sempre cuidou e protegeu aqueles que ama. Falei dando um meio sorriso. Mas agora continua, sei que tem muito mais nessa história.

- Você está certa.

- Como sempre. Mas espera ai! Você, Edward Cullen admitindo que eu sua irmãzinha mais linda desse mundo, no caso particular em questão EU, estou com razão? É, realmente a situação é grave.

- Para Alice, que droga! Estou falando de coisas sérias e você tirando sarro da minha cara? Assim não dá. Se não vai ajudar pelo menos não atrapalha ok?

- Calma... Parei ta? Desculpa. Continua.

Ele suspirou.

- Ficamos mais um tempinho conversando, e quando falei que ia levá-la para casa novamente a sombra de dor tomou conta do seu rosto, mas ela sabiamente conseguiu esconder antes que ficasse muito evidente. Usou novamente a desculpa que tinha que ir ao trabalho pelo menos para dar satisfação e levar alguns documentos que precisariam ser entregues hoje. E que depois pretendia caminhar um pouco, antes de ir pra casa, pois se chegasse mais cedo teria que explicar à mãe o porquê da mudança de horário. Isso foi um grande indício. Percebi então que a raiz do seu problema estava em casa de alguma maneira.

Assenti com um gesto positivo de cabeça.

- Ainda tentei argumentar, fazendo-me um pouco de desentendido.

Lancei a ele um olhar de desaprovação. Fazer-se de inocente era golpe baixo.

- Não me olhe assim Alice, por favor! Sei que essa não foi à atitude correta de minha parte, mas eu precisava compreentender o que estava havendo entende? Defendeu-se.

- Não, não entendo. Mas continue. Quero saber de tudo, sem exceções.

- Voltando ao assunto... Ele falou retomando a história de onde paramos.

- Bella me indicou o caminho até seu trabalho e fizemos o curto trajeto em silêncio. Assim que chegamos, ela começou a se despedir de mim, você me conhece muito bem Allie, e sabe que jamais a deixaria ali sozinha. Por isso assegurei a ela que iria esperá-la no estacionamento, já que se recusou a me deixar acompanhá-la, alegando que não era necessário. Protestou mais uma vez contra a carona, mas essa batalha ela não ganhou, de maneira nenhuma permitiria que fosse para casa de ônibus uma hora daquelas. Quando ela viu que era impossível me convencer do contrário, concordou. Enquanto ela saia em direção às grandes portas duplas do edifício, fiquei pensando em todos os acontecimentos. Ali estava eu, exatamente as 19h00min de uma segunda-feira, esperando uma garota que conhecia há menos de 24 horas, porém que me fascinava como nenhuma outra fora capaz. Não era uma garota comum, só um tolo a veria dessa maneira, era Isabella, a minha Bella. Eu sei, parece coisa de doido, mas nunca me senti assim antes, é algo único Alice, não sei como explicar, mas desde o exato momento que a vi me perdi nas suas orbes cor de chocolate, no seu sorriso de menina, alguma coisa dentro de mim se modificou, ganhou vida. Um misto de sensações, ou melhor, sentimentos, se apoderaram de mim, mas o que mais me deixava assustado era a enorme necessidade que eu sentia de protegê-la, de fazê-la feliz, custe o que custar. E depois de toda a confusão, de toda à tarde que passamos juntos, essa necessidade se tornou urgente, crucial. Não sei que nome se dá a tudo isso, só sei que não posso e nem quero evitar, é mais forte do que eu. A decisão já fora tomada. A promessa já estava selada antes mesmo que eu a pronunciasse, “Bella será feliz, nada, absolutamente nada nem ninguém, a machucará”.

Eu ainda estava absorta em tudo a que acabava de ouvir quando vi meu irmão suspirar alto. A frustração presente em cada gesto dele.

- E foi exatamente ai que eu falhei irmã, quebrei a minha promessa, e pio,r no mesmo dia, poucas horas depois. Continuou.

- Não entendo Ed. Como assim você falhou? Perguntei sem entender, nem o suspiro frustrado e nem a última parte da conversa.

- Calma Allie, daqui a pouco chegamos a pior parte da história ok?A parte que eu sou covarde, um completo idiota. Tenho que continuar, senão acho que vou explodir de tanta raiva.

- Tudo bem, continue.

Ele assentiu.

- Aparentemente Bella não demorou muito falando com o chefe, foram exatamente dez minutos, mas que pareciam uma eternidade. Eu sei, eu sei paranóia, mas contei cada segundo sem a sua presença, e por incrível que pareça a espera já estava me deixando maluco. Ansiedade era pouco para mim.  Por fim ela desceu, não pude deixar de sorrir assim que a vi. Receber seu magnífico sorriso em resposta era tudo o que eu precisava para seguir em frente. Acabei com a distância entre nós com alguns passos. Não só os braços abertos para recebê-la, mas também o coração que já ansiava por esse momento. Quando por fim ela estava segura na proteção dos meus braços, entendi que tudo estava no lugar correto. Ela se encaixava perfeitamente ali, como se fosse moldada única e especialmente para mim. Inalei o maravilhoso aroma de morangos dos seus cabelos cor de mogno, apreciando a maciez da pele de seu rosto. E finalmente pude falar em voz alta à promessa que tinha feito há minutos atrás. – “Eu vou cuidar de você Bella, você será feliz”. Falei bem perto do seu ouvido e quase enlouqueci ao senti-la estremecer em meus braços. Se eu ainda tinha alguma dúvida, aquele simples gesto aniquilou qualquer resquício.

Então ele suspirou e meio que inconscientemente um sorriso enorme brotou em seus lábios. Não havia mais dúvidas, mas eu queria ouvir assim mesmo.

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaai fala Ed... Você a beijou certo? Diz que sim. Fala maninho... Implorei quicando sobre a cama.

- Sim Allie, nos beijamos e foi à coisa mais maravilhosa da minha vida. Admitiu por fim.

- Eu sabia, eu sabia... Ah Ed, é tão bom vê-lo assim feliz. Com essa carinha de bobo. Mas eu quero detalhes... Vamos ande menino, conte logo! Praticamente berrei.

- Detalhes não conto porque é uma coisa muito íntima Alice. Ou por acaso fico perguntando “detalhes sobre os seus beijos com o Jazz?” Perguntou erguendo sabiamente uma sobrancelha. - Além do mais, não faço o tipo mulher fofoqueira e você sabe disso muito bem.

- Ô idiota, não quero saber detalhes no sentido físico, sexual, seu maldoso. E sim como foi emocionalmente, o que você sentiu o que significou asno. Por acaso, não achou que eu estaria interessada em saber se você ficou excitado né? Isso é... nojento! Eca! Ainda somos irmãos, pior, gêmeos, infelizmente. Exclamei horrorizada.

- Sendo assim podemos continuar. Murmurou.

- Estávamos tão próximos que foi impossível resistir. Não queria precipitar nada sabe? Afinal nos conhecíamos pouco e Bella poderia pensar que eu estava me aproveitando de um momento de fragilidade e tal, mas quando olhei dentro dos seus olhos e vi espelhado ali, naquele mar de chocolate a mesma necessidade que sentia, não pensei em mais nada e a beijei. Seus lábios eram tão macios e cálidos quanto pareciam. A delicadeza deles se tornaram uma espécie de droga para mim. Quanto mais a beijava mais queria. Nunca me senti dessa maneira com ninguém. A doçura da sua boca era inigualável. Descobríamos um ao outro em cada movimento, memorizando cada detalhe possível. Foi único, mágico.

- Que lindo maninho... Sonhei acordada agora, tentando imaginar a cena. Deve ter sido igualzinho a beijo de novela mexicana. Aiii que romântico.

Dessa vez quem suspirou fui eu imaginando. Acho que mais tarde vou fazer uma cena parecida com o Jazz. Falando nele e em beijos, já fiquei com saudades.

- Terra chamando Mary Alice Cullen! Daqui a pouco a baba caí. Quer ouvir o resto, ou prefere ficar sonhando acordada babando na minha cama? Por que se for assim é melhor ir pra outro lugar, de preferência a o quarto ao lado, onde seu namorado deve estar. A escolha é sua.

O idiota do meu irmão falou abanando as mãos na frente dos meus olhos. Tudo bem que eu estava um pouco distraída, mas não era para tanto, ou era?

- Argh! Em primeiro lugar não estou babando na sua preciosa cama king size, em segundo, sei muito bem onde o meu namorado lindo está, terceiro e último, porém o mais importante continua logo idiota! Respondi.

- Ok. Você quer ouvir até a parte do calor que senti? Então maninha...

- Páraaa... gritei tapando os meus ouvidos. Corta a parte do calor, por favor, Edward.

Enquanto eu gritava, ele ria descaradamente.

- Desculpa mana, mas não resisti à piada. Não houve nada de calores excessivos. Mas se disser que não respondi fisicamente seria mentira, afinal sou homem. Falou rindo novamente.

- Você está parecendo o pervertido do Emm falando.

Ele riu de novo.

- Nem me compara com ele, garanto que se o Emm estivesse aqui sentado no meu lugar, você estaria ouvindo coisas bem piores.

- Outra coisa: Já. Disse. Que. Não. Quero. Saber. Dos. Seus. Calores. DROGA! Falei cada palavra pausadamente.

Tudo bem, aquilo tudo já estava me irritando.

- Vai continuar ou tenho que implorar pra ouvir o resto e te ajudar. Ou será que já esqueceu de que estamos falando de algo sério?

Seu rosto imediatamente mudou. O sorriso amplo que estava estampado imediatamente desapareceu. Fiquei com pena do meu irmão. Acho que fui muito rude, mas a minha paciência realmente estava no fim. De qualquer maneira resolvi consertar.

- Desculpa Ed. Não queria estragar o seu momento. Mas entenda que estou preocupada. Falei baixinho.

Ele veio até mim e me abraçou.

- Não faz essa carinha Allie. Você como sempre está certa. Vamos voltar ao que realmente interessa. Deixemos as brincadeiras para outra hora. Ele falou e sorriu de canto, não pude deixar de fazer o mesmo.

Nós brigamos, mas na mesma hora nos entendemos. Acho que é assim desde a barriga da nossa mãe. O que importa mesmo é o amor que nutrimos um pelo outro, a compreensão que só nós dois temos. Às vezes não precisamos nem falar para saber o que o outro sente, basta um gesto, um olhar. Mamãe chama isso de ligação de gêmeos. O que um sente, o outro consequentemente sente também.

- Posso perguntar uma coisa Eddie? Usei o seu apelido de quando éramos crianças. Ele não gostava muito, mas eu adorava.

- Claro anã. Respondeu sorrindo torto. Tudo bem odiei a parte do anã. Sou de baixa estatura, isso é normal, para isso existem os saltos altos não? Mas voltando a pergunta.

- Você está mesmo apaixonado por ela não é Edward?

Ele suspirou antes de responder.

- Sim Allie, completamente apaixonado. E tenho que confessar que isso me faz muito feliz ao mesmo tempo me deixa apavorado. Confessou.

- Não entendo irmão. O amor não é algo para temer e sim para viver. Do que exatamente você tem medo? Me fala, estou aqui.

- Tenho medo de perdê-la Alice. De não conseguirmos viver esse amor. E se ela não sentir o mesmo? Além do mais há outras coisas por trás de tudo. Como disse no início é complicado demais.

- Ora, esse não é o meu irmão. Quem é você e o que fez com o Eddie? Pergntei divertida para em seguida falar sério. Meu irmão não é covarde. Ele é um cara forte, corajoso, que não tem medo de nada nem ninguém. É o meu herói e tenho certeza que é o da Bella também. Quanto a ela não sentir o mesmo isso é bobagem maninho. Ela demonstrou o quanto confia em você e se sentia segura. Senão jamais permitiria que a beijasse, no mínimo teria levado um belo tapa na cara. E ninguém melhor do que você para ter certeza disso, afinal foi nos seus braços que ela esteve.

Edward me olhou passando a mãos nos seus cabelos naturalmente bagunçados. Um dia eu ainda arrumo essa juba. Pensei divertida.

- Você acha que sou tudo isso mesmo? Perguntou com cara de bobo.

- É claro bobão, por que mentiria? Para não abalar ao seu ego? Ah! Faça-me um favor Edward. Falei sorrindo ainda mais.

- Obrigada Alice. Só que ainda não contei a parte nebulosa da história mana. Murmurou passando novamente a mão nos cabelos.

- Então conte, oras. Tem meia hora que estou repetindo isso.

- Tem razão.

Assenti e não pude deixar de sussurrar.

- FINALMENTE!

- Depois do pareceu ser um breve momento separei nossos lábios. Ainda estávamos ofegantes, mas não queria quebrar aquele contato e ao que parecia nem ela. Portanto colei nossas testas de modo que pudéssemos ler nos olhos do outro todas as emoções possíveis. Abracei-a e perdi a noção de tudo. Permanecemos assim conectados, sentindo nossas respirações voltarem aos poucos ao normal. Era a nossa bolha particular. Não sei quanto tempo ficamos ali, abraçados no estacionamento, mas era tão bom tê-la junto a mim, sentir seu coração bater, o perfume dos seus cabelos, pra não pronunciar seus maravilhosos lábios. Todo esse magnetismo fora quebrado quando ouvi Bella suspirar pesadamente. Então a culpa me invadiu com força. Me afastei um pouco para olha-la novamente nos olhos, aquele misto de sensações que vi neles antes não podia ser mentira. Perguntei se estava tudo bem, se ela achava que eu tinha precipitado as coisas e deixem bem claro que não tinha intenção nenhuma de me aproveitar dela. Bella ouviu tudo no mais completo silêncio, e assim continuou por algum tempo, o que só fez meu desespero aumentar. Até que de súbito ela calmamente envolveu meu pescoço com seus braços e selou nossos lábios carinhosamente. Quando ela terminou meu coração estava a mil, explodindo de felicidade para ser mais claro. Abri um sorriso largo, ela apoiou a cabeça no meu peito, e eu a embalei como se fosse um anjo. Porém ainda não tinha entendido o motivo do seu suspiro e antes que eu me pronunciasse ela explicou que estávamos em um local público o que não era um lugar apropriado para beijos. Enquanto falava suas bochechas ficaram ainda mais vermelhas. Ela é linda, perfeita, mesmo corada. Dessa vez que suspirou fui eu, afinal Bella tinha toda razão. Além do mais eu a estava expondo no seu local de trabalho, sou mesmo um burro. Pelo menos tinha um bom argumento para a minha lerdeza momentânea. Saímos em direção ao carro, mas não permiti que se afastasse um milímetro sequer de mim, entrelacei nossos dedos e só a soltei para abrir a porta do carro. Uma vez dentro dirigi com uma só mão para manter a sua entrelaçada a minha. Ficamos em silêncio por algum tempo e isso serviu para me fazer refletir sobre tudo o que houve. Não queria me separar dela, mas infelizmente tinha que leva-la para casa. Bella estava cansada e nada melhor do que o nosso lar para nos fazer relaxar e descansar. Só não sabia se isso seria o melhor no caso dela já que assim que toquei no assunto mais uma vez ela ficou tensa. De soslaio vi a angústia presente em seus olhos outra vez, porém nada falei. Fomos conversando pelo caminho, ela perguntava coisas das nossas vidas antes de virmos para cá, contei a ela sobre Carlisle, sobre o preconceito que sofremos a vida inteira, o amor da mamãe, nossos irmãos, enfim, relatei exatamente tudo sobre nós. Você tinha que ver a reação dela quando contei a luta da mamãe para nos criar e conseguir a guarda de Rose e Jazz. Bella ficou chocada, ao mesmo tempo em que falava sem parar que as pessoas não tinham o direito de julgá-la por querer dar amor, por fazer o bem. Essa reação só me fez admira-la ainda mais. Era muito importante que ela conhecesse tudo sobre mim, tanto as coisas boas quanto as que poderiam fazê-la sentir vergonha mais tarde, como aconteceu antes. Apesar de sentir que Bella era diferente, não queria nada, absolutamente nada oculto entre nós. Quando chegamos perto da sua casa o medo a dominou novamente, mas dessa vez pude enxergar com clareza a extensão dele. Ela ainda tentou insistir para eu deixa-la ali mesmo já que estava relativamente próximo. Questionei se tinha medo de algo, ou alguém e ela negou. Desculpou-se dizendo que sua mãe não gostava que saísse com estranhos, uma desculpa muito esfarrapada por sinal. Bella percebeu que não me convenceu e enfim cedeu.

- Então realmente temos um problema Ed. Por tudo que você contou até agora, somado a reação de Bella quando conversávamos, tenho certeza que ela tem problemas com a família. E deve ser algo realmente grave. Falei preocupada.

- E você mais uma vez tem toda razão Allie. Bella tem sérios problemas em casa.

- Como assim? Explique-se melhor. Perguntei.

- Pude ver com meus próprios olhos o monstro que é Renne Swan, a mãe de Bella. Assim que paramos em frente à sua casa, o nervosismo dela aumentou consideravelmente. Ela procurava uma maneira de se despedir rapidamente. Garanti a ela que qualquer que fosse a verdadeira situação eu entenderia e estaria em absoluto ao seu lado. Abracei-a mais uma vez, sentindo o calor do seu pequeno corpo nos meus braços, querendo protegê-la de tudo e qualquer coisa. Comuniquei também que iria buscá-la amanhã para irmos à escola o que novamente foi motivo de protestos. E como já estava virando costume não aceitei sua negativa. A cada momento Bella ficava mais nervosa e olhava incansavelmente em direção a casa. A beijei novamente tentando aplacar o medo estampado nos seus olhos, mas assim que ela viu uma luz se acender na casa, tentou sair imediatamente do carro. Porém fui mais rápido saí a abri a porta para ela. Se lá o que fosse enfrentaríamos juntos. Mais uma vez Bella começou a se despedir, mas o barulho da porta nos distraiu. Ela me deu um abraço rápido como se quisesse terminar com aquilo antes que acontecesse alguma coisa ruim. Saindo de casa em nossa direção tinha uma mulher aparentemente jovem, cabelos loiros, olhos azuis. Alguma coisa nela lembrava Bella, então deduzi que aquela era sua mãe. O sorriso extremamente cínico foi à primeira coisa que notei naquela mulher desprezível. Quando chegou até nós, perguntou com falsa amabilidade a Bella se ela não ia nos apresentar. Bella olhou para mim praticamente suplicando por desculpas, mas eu não ia me intimidar com aquela criatura. Apresentei-me formalmente como amigo de Bella e foi então que tudo começou. Suspirou.

- O que houve? Perguntei desesperada. Fala!

- Você acredita Allie que a mulher se insinuou para mim abertamente? Depois começou a humilhar Bella, insinuando que ela me daria mais prazer do que a filha. Fiquei pasmo, mas não deixei transparecer lógico. Agi friamente com ela. Renee começou novamente a sessão de humilhações, todos os tipos de baixarias possíveis. A maneira como ela trata Bella, não se trata nem um animal. A pior parte com certeza foi quando ela a chamou de vadia, a própria filha!

O Ed já estava furioso há essa hora, praticamente gritando no quarto.

- Disse que Bella só trazia problemas, que ela tinha vergonha em tê-la como filha. Dá para imaginar isso Alice? As lágrimas já jorravam pelo rosto de Bella enquanto ela suplicava para aquele mostro parar. Em um determinado momento ela não suportou mais e saiu correndo em direção a casa.

Eu estava literalmente de queixo caído. Como uma pessoa pode fazer isso com a própria filha? Como pode alguém odiar aquele que deu a própria vida? Até então achava isso impossível, vendo e sentido a vida inteira todo o amor que a mamãe sempre nos deu. Agora entendo perfeitamente a reação Bella quando falei da mamãe na sala. A dor de não ser amada pela pessoa que nos concebeu, que nos deu a vida deve ser inimaginável.

- E foi ai que eu falhei Allie. Descumpri a minha promessa no mesmo dia em que havia feito. Permiti que Bella sofresse que a machucassem. Fui um completo idiota. Fiquei parado a vendo maltratar o meu anjo e não fiz absolutamente nada para impedir. Ela não merece aquilo Alice. Você me entende agora? Dá pra imaginar o tamanho da minha culpa?

- Calma Ed, você não podia fazer nada naquele momento. Não se atormente. Tentei acalmà-lo. Mas no fundo, no fundo eu sabia o quanto ele estava se sentindo culpado, ou melhor, impotente.

- E você acredita que depois que Bella saiu ela ainda teve a coragem de perguntar o que eu vi em Bella? Teve a audácia de tentar me abraçar? Disse tudo o que aquela vadia, sim, vadia, porque é isso o que ela é, merecia ouvir. Vim para casa me sentindo o pior dos homens, culpado e enojado. Agora aqui estou com minha frustração. Sinceramente não sei o que nem como fazer. Preciso ajudar Bella, tirar ela das garrras daquele monstro. Me ajuda Alice por favor? Minha cabeça parece que vai explodir, penso, penso, mas não consigo enxergar uma solução.

- Entendo perfeitamente o que está sentindo Edward. Vou te ajudar, não sei como ainda, mas pode ter certeza que acharemos uma solução. Mas o primeiro passo é você esfriar a cabeça, eu sei que é difícil, mas ficar assim não vai adiantar nada. A segunda coisa que temos que fazer é conversar com a pessoa mais sensata da família, ela com certeza saberá o que nos dizer. Falei.

- A MAMÃE. Dissemos juntos. Se houvesse clima para rir estaríamos gargalhando. Mas a situação não nos permitia esse pequeno regalo.

Abri os braços para o meu irmão, abraçando-o com força enquanto ele chorava copiosamente.

- Tudo vai ficar bem. Nós vamos tirar a Bella dessa.

Não sabia como, mas isso é uma certeza. Tanto quanto dois e dois são quatro.

CONTINUA (...)

Abracei-a mais uma vez, sentindo o calor do seu pequeno corpo nos meus braços, querendo protegeri que n


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Notas finais do capítulo

Bem flores...
Sei que está td meio tenso e adianto que será assim nos próximos 3 capítulos, mais depois as coisas melhoram ok.
Não deixem de comentar, grande beijo!
E adianto que já estou escrevendo o capítulo 9.
Beijo, beijo!
*-* Agradecendo especialmente a tds vcs que acompanham: daiamatos, liviagabi4, vcassi, flavinhagpk, Ana Cullen Blac, JennyDay, littlebitchiee, KIKI CULLEN, claudia5, roquete, 210889, dadabarros, Bells_Sousa, tatacullen07, filipasantos, littlebitchiee, Ana Cullen Blac, pipinha66, naanring, Danity, love_fics, aseg93, tatacullen07, monike-sisi-ms, Tartalita