O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 15
Capítulo Extra: Olhar de Mãe


Notas iniciais do capítulo

Flores!
Como prometido o cap extra!
Nem demorei né?
Desculpem qualquer erro de gramática ou coisinhas. mas não deu tempo de mandar pra minha beta.

Eii vocês leiroras fantasmas, apareçam por favor!
59 pessoas acompanham a fic mas nem metade comenta flores?
Ficaria muito feliz se vocês dessem o ar da graça e consequentemente dissessem o que estão achando que é o mais importante!

Bem nos vemos lá embaixo, leiam as notas finais é importante!



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Capítulo Extra: Olhar de Mãe

Pov Esme

"Quando você é mãe, você nunca está realmente sozinha em seus pensamentos. Uma mãe sempre tem que pensar duas vezes, uma por ela e outra por seu filho."

(Sophia Loren)

Até agora estou pensando na conversa que tive com a Jane mais cedo e não consigo entender o que passa pela mente doentia daquela mulher. Chocada. Permaneço assim desde que ouvi toda aquela barbárie. Meu Deus, quanta maldade. Como uma menina tão doce, tão boa como a Bella pode ter nascido de um monstro? Sim, eu desconfiei de algo quando Renee deu entrada com a filha naquele dia, porém a urgência do caso da menina era mais importante do que qualquer assunto. Mas eu devia ter ouvido a minha intuição, ter investigado, ido mais a fundo. Quando estava prestes a fazer isso Renee simplesmente some com a desculpa que agora eu percebo claramente ser esfarrapada de que tinha que viajar a trabalho. Ainda entrou em contato comigo um ou dois dias depois somente para comunicar que outra pessoa viria buscar a filha. Sem contar o absurdo de ela própria autorizar que raspassem o cabelo da menina, sem ao menos se importar com o trauma que poderia infligir à garota. Quase posso ouvir os gritos angustiados de Bella quando soube. Pior do que o choque de ter o cabelo completamente raspado é descobrir daquela forma, sem nenhuma preparação ou coisa do gênero. Mas apesar de toda a barra ela nunca reclamou. Depois da crise de choro não houve mais nada, nem uma lágrima sequer, pelo menos na minha frente ou de qualquer outra pessoa, pelo contrário, sempre que íamos vê-la nos recebia com um sorriso mesmo que esse não chegasse até os seus olhos, pois a tristeza sempre esteve ali presente impedindo. Essa foi uma das coisas que mais me chamou atenção. Qualquer garota “normal” da idade da Bella além do escândalo ao ver-se no espelho, reagiria de maneira completamente diferente, não ficaria simples e unicamente calada, como se aceitasse mais esse fardo, como se já estivesse acostumada a sofrer e é isso que mais me preocupa. Essa aceitação, esse conformismo com que ela encara os “fardos”, não sei, é como se já estivesse esperando por mais essa porrada da vida e que no fim teria que lutar e superar sozinha. Porém sozinha, ela não ficará nunca mais. Posso, quero e vou ajuda - lá. Como faria se fosse com qualquer um dos meus filhos.

Falando neles estou muito preocupada.

Ultimamente tenho passado mais tempo no hospital do que em casa. Isso não me incomodaria tanto se não soubesse que há algo errado, para ser mais específica, com Edward. Ele está arredio, não saí do quarto a não ser para ir à escola, ou na parte da tarde a um destino desconhecido pelo menos pra mim. Na semana passada a Maria me chamou atenção e pediu para conversar com ele. Mas isso ainda não foi possível, já que quando chegou ele já está dormindo e pela manhã nossos horários não estão coincidindo. Espero solucionar esse problema de escala logo, logo, assim vou poder passar um tempo de qualidade com minha família.

A única pessoa que poderia me dizer algo além do próprio Edward era Alice, mas isso seria praticamente impossível. Aqueles dois brigam desde sempre, porém a união, ou melhor, o laço que os une está além da minha compreensão e consequentemente da minha autoridade como mãe. Portanto, minha filhinha não falará absolutamente nada. Mas de hoje não passa, a Bella terá alta, portanto vou sair mais cedo e Edward vai ter que me dizer o que está havendo.

Saí de meus devaneios quando ouvi baterem na porta e por coincidências eram os meus gêmeos. Ótimo parece que tenho o destino a meu favor.

- Podemos entrar mãe? Alice perguntou já entrando o que me fez rir.

- Claro querida, estava pensando em vocês agorinha mesmo. Falei abraçando os dois como faziam quando eram pequenos.

- Ai mãe menos. Não aperta tanto, ta desarrumando meu cabelo.

Enquanto Alice protestava Edward se prendia ainda mais em mim.

- Eu amo muito a senhora, muito, muito mesmo mãezinha, mas assim não dá, estraga a produção entendeu? Além do mais quem está mesmo precisando de colo, pra variar é o Eddie, portanto estou saindo amores da minha vida... Falou saindo no mesmo rastro que entrou.

- Espera Alice, não pense que vai sair dessa assim fácil. Chamei.

- Mãe, o Eddie quer falar com você, só estou dando privacidade aos dois. Respondeu pondo a cabeça novamente dentro da sala.

- E desde quando você dá privacidade a alguém filha? Não é de a sua natureza ser discreta a não ser que esteja encrencada como sei que certamente está, portanto sente-se agora mocinha e desembuche, ou melhor, desembuchem os dois. A última parte falei olhando diretamente para Edward.

- Mãe deixa a Allie, ela só estava querendo me ajudar, não a culpe. Além do mais não tem necessidade da presença dela, uma vez que já sabe de tudo. Prefiro falar com você a sós, assim posso explicar melhor.

- Como quiser filho, se isso te faz se sentir melhor. Cedi.

- Então estou lá embaixo família. Saiu fechando a porta de vez.

Suspirei. Alice não tinha jeito mesmo.

Quando íamos começar a conversar ouvi baterem na porta. Murmurei um “entre” e Peter pôs a cabeça dentro da sala.

- Podemos entrar? Perguntou. Assenti levemente e ele começou a abrir totalmente a porta. Ainda pude ver a silhueta de Bella e Jane atrás dele, o que me lembrou que ela já deveria estar indo embora e viera se despedir, já que eu prometi que estaria com ela. Mas foi muito rapidamente porque assim que a porta se abriu elas simplesmente saíram. Peter ficou tão embaraçado com a atitude das duas quanto eu.

- O que houve? Será que a Bella passou mal? Perguntei me levantando e saindo da sala assim como ele. Na realidade não entendemos absolutamente nada.

- Não sei, vou verificar agora mesmo. Respondeu.

- Não precisa Esme, pelo visto está ocupada, deixe que eu tomo as rédeas sim?

- Ok, mas qualquer coisa por menor que seja me avise. E não deixe a Bella ir sem falar comigo antes, não me demoro. Ainda tenho que explicar detalhadamente a Sra. Webber todas as recomendações, além do mais tenho que falar com ela sobre algo importante.

- Sim, senhora! Peter brincou como sempre enquanto saia corredor afora atrás das suas.

Fechei a porta e concentrei toda a atenção no meu filho, que no momento precisava de mim tanto quanto meus pacientes.

Fui em direção ao pequeno sofá e me sentei. Dei dois tapinhas no lugar ao meu lado convidando-o a sentar.

- Vamos filho, estou aqui meu amor, vem! Encorajei-o.

Ele deu os passos que nos separavam e finalmente sentou.

- Assim está bom, mas que tal se fizéssemos como antes? Como quando você tinha pesadelos e no meio da noite ia para a minha cama lembra? E dormia como um anjinho, depois de deitar a cabecinha no meu colo num pedido mudo pra que eu cantasse e afagasse seus cabelos.

Enquanto falava eu me sentava na pontinha do sofá dando espaço para que Edward deitasse, e assim ele o fez sem mais delongas.

- Assim está bem melhor meu amor. Agora me diga quais são os pesadelos que te perturbam filho. Perguntei afagando seu cabelo como antes.

- Mãe antes de mais nada me responde uma coisa, por favor? Perguntou.

- Claro filho, o que quiser. Respondi.

- Qual o nome da sua paciente? Quer dizer, sei que há vários, mas me refiro a menina que você salvou há alguns dias. Aquela que você sempre fala em casa. Isso é muito importante para a conversa que vamos ter.

- O nome dela é Isabella. Isabella Marie Swan. Respondi.

- Eu tinha certeza que era ela mamãe, você a salvou, a trouxe de volta pra mim. Edward exclamou enquanto uma lágrima solitária escorria pelo seu rosto.

E foi então que o finalmente encaixei a última peça do quebra-cabeça. Mas infelizmente a história era muito mais complexa do que realmente parecia.

Ouvi em silêncio cada palavra que Edward me dizia. Quanto mais ele descrevia, mais meu coração se de angústia, tanto por meu filho quanto pela Bella.

- Então isso é tudo mamãe. Suspirou. Mas a senhora ainda não me contou como a Bella chegou aqui, quem a trouxe, o que houve com ela exatamente e o mais importante como ela está?

Não sei se estava agindo corretamente ao omitir a gravidade da situação e pior que eu já sabia quem fora a verdadeira culpada pela “suposta” queda da Bella, mas no estado em que ele se encontrava ouvir uma barbárie dessas só iria aumentar a raiva presente em cada palavra dirigida a Renee. Eu tinha medo, por ele e principalmente por Bella.

Cada vez mais as coisas clareavam na minha mente. Os delírios da primeira noite após a cirurgia, quantas e quantas vezes ela balbuciava chamando um tal de Edward. Eu até achei estranho, já Edward não é lá um nome muito comum, mas nunca iria imaginar que o Edward da Bella e o meu filho nada mais eram que a mesma pessoa.

- Calma Edward, uma coisa de cada vez meu amor. Falei tentando acalmá-lo.

Tristeza, raiva, dor, preocupação. Era isso que estava presente nos olhos do meu filho. Vê-lo desse jeito me cortava o coração. O único e talvez melhor alento fosse perceber também, ou melhor, mais evidentemente o AMOR, presente em cada instante que ele pronunciava o nome dela. A forma como seus olhos verdes brilhavam enquanto contava sobre os seus pouquíssimos momentos juntos. Não sei como é possível que uma pessoa se apaixone em apenas algumas horas, só sei que é real, quase palpável. Posso sentir a intensidade desse amor quando se refere à Bella.  E algo me diz que o sentimento é recíproco. Mas infelizmente não significa que seja fácil, pra nenhum dos dois!

- Tudo bem mãe, mas responde, por favor! Tenta se colocar no meu lugar!

- Filho novamente peço que se acalme sim? Uma coisa de cada vez. Primeiramente posso te garantir que a Bella está bem, não corre risco algum e por sinal recebe alta hoje, em outras palavras o pior já passou. Segundo, ela chegou aqui trazida pela mãe, ela nos contou que a Bella escorregou escada abaixo e foi em cima disso que trabalhamos no seu caso. Como sempre a vida do paciente é mais importante do que ouvir explicações detalhadas. Eu explicava pra ele usando o tom mais profissional possível, tentando assim aplacar sua agonia e meu próprio nervosismo.

Quando terminei de falar Edward suspirou, mas dessa vez percebi claramente ser de alívio, algo que meu filho necessitava há muito tempo.

- Obrigada mãe por salvá-la pra mim. Por cuidar dela quando eu falhei, quando quebrei a minha promessa, quando...

O interrompi imediatamente.

- Edward filho, pare de se martirizar. Você não teve culpa alguma meu amor. Se existe um culpado esse vai pagar bem caro, posso garantir. Mas por enquanto o mais importante é o bem-estar da Bella e isso inclui o seu também. Não pode vê-la nesse estado de nervos menino, só fará mal a ela desse jeito, portanto vamos parar por aqui sim? Ou você não quer vê-la? Perguntei mesmo vendo a resposta óbvia em seus olhos.

- É tudo que eu mais quero mãe. Senti-la novamente nos meus braços, só assim vou aplacar essa sensação ruim que insiste em me sufocar. Só ficarei bem no momento que ver com meus próprios olhos que ela está bem, inteira, de volta pra mim.

Dessa vez quem suspirou fui eu. Ainda tinha a pior parte. Poderia ser tão traumatizante para o meu filho quanto foi para a Bella ao descobrir - se sem cabelos. Sei que Edward jamais a destrataria, porém a surpresa, o choque seria bem pior. Definitivamente ele tinha que saber, para o bem dos dois, embora tenha certeza que o que ele sente não vai mudar por causa disso.

- Filho, tenho que te contar algo. Comecei e logo sua expressão se voltou cautelosa enquanto esperava que eu continuasse.

- Diga mamãe, não me esconda nada, por favor. Seja lá o que for, quero saber. Ela ficou com seqüelas não foi? Ah meu Deus! É grave? Tem cura? Fala mãe pelo amor de Deus! Não tenha receio como já disse antes, seja o que for estou suficientemente preparado. Respondeu como verdadeiro homem, não como o menino de dezessete anos que era. Se bem que Edward nunca agiu como os garotos da sua idade, desde sempre. O que só me faz sentir mais orgulho do meu filho.

- Edward, a Bella não é a mesma, está... Diferente. Não é nada grave, mas pode...

Não pude completar o que explicava porque simplesmente uma Alice desvairada entra praticamente aos berros na minha sala.

- Edward eu acabei de ver a Bellinha. Ela está completamente assustada e... Diferente. Mal falou comigo, na verdade ela fugiu de mim isso sim! Eu pedi pra ela esperar, disse que estávamos preocupados, que não deixamos de procurá-la, mas não pareceu adiantar muita coisa não; Ela está indo embora nesse exato momento mano! Vai atrás dela, corre Ed!  Alice ainda gritava.

Na mesma hora Edward saiu correndo porta a fora e nós fomos atrás. Quando Eu e Alice chegamos à porta de saída do hospital acompanhadas por Peter e Jane, que encontramos no caminho, todos ofegantes, diga-se de passagem, me deparei com a cena mais emocionante que já presenciei em toda a minha vida:

- Bella! Ouvi sua voz e todos automaticamente nos calamos ao vê-la vira-se devagar de frente para ele.

Edward estava parado no meio do estacionamento, a respiração rápida e descompassada. Alguns segundos depois e Bella continuava a olhá-lo estática para logo após baixar a cabeça.

 A atmosfera estava pesada, nenhuma de nós ousou dizer qualquer palavra. Até mesmo respirar se tornou complicado.

Então Edward andava em direção a ela de braços abertos diminuindo cada vez mais a distância entre ambos, até que parou bem a sua frente. Bella novamente levantou a cabeça, eles se olharam pelo que me pareceu uma eternidade e finalmente ela cobriu o pequeno espaço que os separavam e se aconchegou nos seus braços.

Ali, na calçada daquele hospital presenciando aquela cena digna dos mais renomados romances, tive certeza que tudo valera a pena. Como diz aquele sábio ditado: “Coração de mãe sempre cabe mais um.”. Fato ganhei uma nova filha!


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Notas finais do capítulo

Bem flores e então o que acharam?
Vou perguntar três coisas sim?

1° Vamos virar team Esme?

2° Vocês estão gostando da nova formatação dos capts?

3° O que acham do Jacob aparecer na história?

Terminadas as perguntas técnicas e então mereço coments? Recomendações?

Garanto que a primeira a recomendar a partir de agora terá um personagem na história o que acham?
Até a próxima, desde já adianto que não vai demorar!
Beijos!
*-*