O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 11
Capítulo 9 - Gestos


Notas iniciais do capítulo

Oi Flores ...
Nem demorei tá vendoo?

Ah,muitíssimo importante:

CAPÍTULO DEDICADO ESPECIALMENTE A: NAANRING, TARTALITA E TWILIGHT_POTTER, QUE RECOMENDARAM A FIC, OBRIGADA DE CORAÇÃO MEUS AMORES! SEM PALAVRAS! ♥ ESPERO SINCERAMENTE QUE MINHA SIMPLES HISTÓRIA CONTINUE CORRESPONDENDO AS SUAS PALAVRAS CARINHOSAS! GRANDE BEIJO! :))

Bem, deixemos de conversa e vamos ao capítulo...
Até lá embaixo!



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Capítulo 9 – GESTOS

Pov Bella

Hoje segunda-feira, há exatamente quinze dias estou no hospital e nem uma notícia de Renee. Segundo a Doutora Esme, já deveria ter tido alta, mas como minha mãe não apareceu e nem deu notícias continuo aqui. Se bem que pra mim não faz diferença alguma, minha vida está arruinada em todos os sentidos. Porém tenho que admitir que o calor do meu quartinho, meu mundo particular, não seria nada mal nesse momento. Quem sabe dentro dele volto a sonhar com os beijos dados pelo papai em cada fim de tarde, ou até mesmo sentir o calor peculiar dos seus abraços, suas mãos longas afagando meus cabelos. Pequenos gestos imaginários, eu sei, mas eram eles que me mantinham em pé, viva.

Suspirei.

Meus cabelos. Não sou nem nunca fui uma pessoa vaidosa, mas meus cabelos eram a única coisa que gostava em mim, principalmente porque me faziam lembrar do Charlie, de como ele os alisava com todo carinho. Ele sempre dizia que eles eram mágicos. Podiam ser escuros como o mogno e quentes como o fogo, essas eram as suas palavras.

A Doutora Esme me garantiu que eles não demorariam a crescer e que ela foi totalmente contra a idéia de rasparem a minha cabeça, mas infelizmente ela não estava presente para impedir. Lembro-me de quando me vi dessa maneira, fiquei tão atormentada que perdi a consciência, o Doutor Peter teve que me aplicar um calmante quando voltei do desmaio porque simplesmente me pus histérica. A inconsciência veio, mas não trouxe a paz que eu precisava. Sonhei com as palavras de Renee, era como se eu pudesse ver e ouvir com clareza ela pronunciando: “E não esqueça de me agradecer, afinal a idéia foi inteiramente minha”... , isso com certeza será impossível de esquecer. No dia seguinte assim que a Doutora Esme pôs os pés no hospital veio ao meu encontro, joguei-me em seus braços chorando copiosamente arruinando seu imaculado jaleco branco, o que pareceu não incomodá-la nem um pouco. Ela apenas afagava as minhas costas carinhosamente murmurando que tudo ficaria bem, que faria de tudo para me ajudar. Confesso que não levei suas palavras muito à sério, não foi por maldade, mas sim, porque confiar nas pessoas era algo que requeria muitos esforços da minha parte. Contudo me enganei profundamente ao vê-la entrar no fim da tarde com uma sacola vermelha, nela continha lenços variados, estampados, lisos, enfim para todos os gostos. Minha única reação aquilo tudo foi outra dose de lágrimas no seu uniforme impecável, porém dessa vez, as lágrimas eram de alegria.

Desde então tento me manter calma, ou pelo menos não transpareço totalmente minhas emoções, até porque ninguém tem culpa de minha vida ser um completo desastre. Todos aqui nos hospital me tratam com muito carinho, desde os médicos até a senhora que vem fazer a limpeza do quarto. Geralmente são raros os momentos que permaneço sozinha e isso de certa forma é reconfortante, faz-me sentir querida, importante para alguém mesmo que seja momentaneamente, essas demonstrações de afeto são completamente novas para mim. Mas fico muito feliz que seja assim.

Saí de meus devaneios quando vi a porta se abrir e Jane passar por seguida pela Doutora Esme e o Doutor Peter.

- Olá minha querida como sente hoje? Perguntou a Doutora Esme sentando-se a beira da cama.

- Bem, sem dores. Tentei sorrir, mas acho que não deu muito certo.

- Entendo. Respondeu segurando a minha mão boa.

- Então Bells, não vai cumprimentar o seu médico, o mais lindo de toda a Forks? Perguntou o Doutor Peter levantando a sobrancelha sorrateiramente parado ao pé da cama.

Dessa vez não pude deixar de sorrir verdadeiramente, mas não estava sozinha, Jane que nesse momento estava trocando o soro, e a Doutora Esme também me acompanharam.

- Que bom que consegui fazer as três mulheres presentes sorrirem, dizem que melhor do que um homem bonito é um homem bem humorado. E como modéstia parte possuo esses dois atributos, considero-me afortunado. Sem deixar de mencionar que concordo plenamente com o santo ou porque não santa, que pronunciou essa frase pela primeira vez.

Não me contive e ri de novo, ou melhor, rimos.

- Ok Peter, já entendemos a sua propaganda, recado dado meu caro. Falou Jane olhando divertidamente para a Doutora Esme que é impressão minha ou acabara de enrubescer?

- Jane minha cara é por isso que eu te adoro, além de ótima enfermeira, compreender as pessoas é outro de seus muitos talentos.

- Oh, sei de meus talentos tanto quanto você. A diferença é que sei usá-los muito bem, enquanto alguns os desperdiçam por ai.

Ele gargalhou alto com sua afirmação.

Até mais tarde Bella, dessa vez estou com um pouco de pressa. Falou enquanto saia do quarto.

- Até Jane. Respondi.

- Tudo bem Bells, mas e o meu bom dia? Ainda não recebi meu beijo querida. Ele falou novamente vindo até mim e depositando um beijo na minha testa carinhosamente.

- Bom dia Peter. Falei corando.

- Ora, ora, não precisa ficar assim vermelhinha. Se bem que é até engraçado quando cora. Falou rindo.

- Peter, está deixando a garota constrangida. Pare com essas gracinhas e vamos ao que interessa. Falou a Doutora Esme.

- Sim senhora. Vamos às notícias.

Imediatamente fiquei tensa. Olhei para a Doutora que apenas sorria ainda afagando a minha mão. Ela percebeu a mudança nas minhas atitudes e me deu um sorriso caloroso.

- Acalme-se querida sim? São boas notícias.

Assenti.

- Bom Bells, prepare-se, pois hoje a senhorita recebe alta e poderá voltar para casa. Falou o Doutor Peter.

- Mas como...  Quer dizer a Renee, digo minha mãe já voltou? Perguntei já sentindo o pânico me dominar. Não que eu não quisesse voltar para casa, mas só de imaginar ver a Renee novamente já sentia calafrios.

- Não Bella, ela ainda não pôde voltar. Entrou em contato conosco explicando que será impossível voltar antes como tínhamos combinado, ao que parece surgiu um imprevisto. E como não podemos mais mantê-la aqui, até porque é arriscado para a sua própria saúde, conseguimos a sua alta.

- Ainda não compreendo. Se a minha mãe não voltou, como vou para casa?

- Deixe explicar melhor ok? Ela falou.

- Quando falamos com Renee e explicamos a situação, perguntamos se não haveria alguém que pudesse cuidar de você na ausência dela, um parente ou coisa assim.

- Mas... Não temos ninguém, quer dizer moramos sozinhas desde que papai morreu. Não tem problema Doutora, posso me cuidar até a minha mãe conseguir voltar. Falei.

- Calma Bella sim? Já disse que está tudo sob controle. Não ficará sozinha, até porque é arriscado no seu estado, pode passar mal, ou coisas do tipo. Além de que com o braço imobilizado haverá muitas limitações, acho que já tínhamos conversado sobre isso antes mocinha. Falou sorrindo.

Suspirei, não adiantava mesmo discutir com ela. Seria difícil me virar com um braço quebrado, mas não impossível. Porém a melhor parte seria não ter que olhar para a Renee durante algum tempo.

- Eu sei, mas continuo sem entender.

- Continuando... E agora me deixe terminar querida. Falamos com a sua mãe e ela nos afirmou exatamente à mesma coisa que você. Porém mais uma vez ressaltamos que seria impossível mantê-la aqui por mais uns dias e ela disse que arrumaria uma maneira de resolver a situação. Hoje pela manhã telefonou dizendo que já tinha conseguido alguém para buscá-la e cuidar de você. Ela falou de uma vizinha de vocês, chamada Patrícia Webber, disse que é uma mulher muito boa e prestativa, que explicou a própria o que houve, e consequentemente ela irá cuidar de você até que sua mãe volte, daqui a mais ou menos dez dias. Sei que gostaria do colo da mamãe, estando assim tão frágil, mas acho que isso eu posso resolver na ausência dela, afinal sou mãe de cinco filhos e adoraria mimar a sexta. Ela sorriu quando disse a última parte.

Sorri de volta e a abracei desajeitadamente. Mas espera. Renee pediu a Sra. Webber para cuidar de mim enquanto está fora? Não, essa sim é uma grande é ótima novidade. Pelo menos não terei que vê-la durante dez dias, isso me dará tempo para reunir forças.

Continuei abraçada a Doutora Esme e sorrindo verdadeiramente. Acho que essa é a segunda vez nessas duas semanas que faço isso: sorrir, e o que é melhor de felicidade.

- Ei, ei garotas, ainda estou aqui lembram? Falou o Doutor Peter.

- Oh, você ainda está ai Peter? Pensei que já tinha entendido que estamos no nosso momento mãe e filha.

- Entendi o recado e já estou saindo Esme. Ah Bells, sua alta já está assinada, enviamos por faz para sua mãe e, portanto mãos a obra garota, daqui a pouco a tal Priscila...

- É Patrícia, Peter, Patrícia Webber. Falou a Doutora rindo e eu a acompanhei mais uma vez.

- Ok, Patrícia, vem te buscar garota. Sei que sentirá falta desse médico maravilhoso à sua frente, mas não se preocupe a recíproca é verdadeira. E além do mais não se livrará de nós assim tão facilmente, nos veremos nas revisões mocinha. Agora infelizmente tenho que deixa-las, pois o dever me chama. Falou.

- Tudo bem, mas admito sentirei mesmo muita falta de vocês, todo esse carinho, esse cuidado. Não tenho palavras para agradecer tudo o que fizeram por mim. Só Deus poderá recompensá-los. Respondi.

- Oh minha linda não chore, sei que você me ama, mas já disse que meu coração tem dona, lembra do que conversamos na sexta ein? Falou piscando para mim.

Sorri abertamente com a cara de quem não estava entendendo nada e ao mesmo tempo preocupada da Doutora.

- O que você andou falando para a menina Peter. Meu Deus, não escute absolutamente nada do que esse louco fala Bella. Às vezes acho que ele bateu com a cabeça ou quem sabe não se trata de algum distúrbio.

- Ora, ora Esme querida, não fale assim do seu futuro marido.

Agora sim ele conseguiu, ela ficou rubra. Pois o termo corado não fazia jus à cor vermelho escarlate presente na sua face. Ela abriu a boca várias vezes para responder, porém não saia nada, o que tornou tudo muito mais engraçado.

Peter e eu rimos a beça dela. Não queria deixá-la ainda mais constrangida, mas foi impossível resistir. Quando conseguimos nos controlar, ou melhor, quando eu conseguir me controlar, porque ele continuou rindo abertamente ela já tinha voltado ao normal, ou bem quase ao normal.

- Tudo bem Bella, é melhor eu ir antes que Esme jogue a prancheta com os prontuários na minha cabeça. Nos vemos na saída, não pense que irá sem se despedir de mim. Falou enquanto saia.

(...)

A Doutora Esme ainda permaneceu um pouco mais no quarto, mas depois foi cuidar dos outros pacientes. Com certeza sentiria muita falta do seu abraço maternal, aqueles beijos carinhosos todas as manhãs, mas tinha que seguir em frente. Prometi que sempre que pudesse viria visitá-la e a todos aqui do hospital, mesmo depois que acabasse meu período de revisão.

No início da tarde Jane voltou trazendo um embrulho enorme. Ela não me deixou ver o que tinha dentro até que terminasse de me ajudar com o banho, quando estava só de toalha foi que ela me ajudou a abrir a grande caixa. Nela continha um lindo vestido azul marinho com flores amarelas, um par de sapatilhas combinando, sem contar com o lenço para completar o visual como a mesma falou. Fiquei muito emocionada, as lágrimas jorravam pela minha face instantaneamente, mas eu não me importava com elas. Aquele simples presente acalentou meu coração de uma forma grandiosa. Não pelos objetos em si, mas sim pelo que eles representavam, isso ficará guardado para sempre na minha memória.

Terminei de me arrumar com a ajuda de Jane, agora só faltava por o lenço. Quando ela tirou a faixa da minha cabeça, pude ver que o corte em si estava cicatrizando, pelo que ela e a Doutora me disseram minha recuperação estava indo muito bem e a cicatriz não ficaria visível no meu couro cabeludo, se tornará apenas uma pequena marca, dentre as muitas que possuo pelo corpo. Mas por mais que eu soubesse que estava sem cabelo, olhar para mim assim tão feia era algo que ainda me assustava e me deixava infeliz. Olhar para minha cabeça, só faz lembrar o quanto minha mãe me odeia, essa imagem será a prova viva do seu ódio para o resto da minha vida. Continuei encarando o espelho e instintivamente toquei a minha cabeça, sentindo a dor voltar a dominar meu coração. Uma lágrima traiçoeira desceu pelo meu rosto, e automaticamente a limpei.

- Vamos Bella, não fique assim. Sei que é triste, mas olha você é linda de qualquer maneira e logo, logo eles vão crescer e...

- Está tudo bem Jane, só não me acostumei ainda, não se preocupe. Agora me ajude a por o lenço sim?  A interrompi.

Ela assentiu e pôs o lenço. Assim que terminamos saímos do banheiro. Sentei na poltrona que havia no quarto azul. Não quis me olhar no espelho novamente, prometi que não faria isso novamente até que meus cabelos crescessem de volta, quem sabe assim a dor seria menor.

Fechei os olhos e disse a mim mesma que teria que ser forte. Nada será fácil de hoje em diante, mas eu prometi ao papai, vou lutar, não posso desistir. É só isso que me mantém em pé e não permite que as sombras me envolvam.

- Eu vou conseguir papai, sua garotinha será forte. Sei que de onde está zela por mim. Confio em você, confie em mim também. Murmurei.

Uma brisa suave passou pela janela acariciando levemente o meu rosto. Sorri.

- Eu também te amo pai.

Ele estava ali, ele confiava em mim.

Ouvi a porta se abrir e Jane estavam de volta.

- Falando sozinha Bella, pegou a mania do Peter? Perguntou sorrindo.

- Não Jane, não peguei a mania do Doutor, aliás, nem sabia de mais essa qualidade. Falei rindo.

Ela sorriu de volta antes de responder.

- Bom, vim buscá-la mocinha, a Sra. Webber está ai fora. Vamos?

Assenti levantando de vagar, pois meu braço ainda doía, sem contar a vertigem, se eu me movimentasse muito rápido. A Doutora Esme disse que é completamente normal depois do que eu sofri.

Andávamos pelo corredor em direção a recepção do hospital quando passamos em frente ao consultório do Doutor Peter. Pedi a Jane que parássemos um pouco, queria me despedir e pelo que ela disse no banho, ele estaria ocupado pelas próximas horas. Ela bateu e logo fomos informadas que poderíamos entrar.

- Peter a Bella veio se despedir. Disse a ela que não precisava afinal atenções demais dadas a você são prejuízos que carregamos pelo resto da vida. Falou rindo enquanto ele circulava sua grande mesa de vidro para me abraçar.

- Ei Bells, achou que não ia falar com você antes de ir? Falou me abraçando cuidadosamente.

- Eu sei que não faria isso. Vou sentir muita falta de todos vocês.

- Ok, ok, até parece que não está contente em voltar para casa. Você é a única paciente que conheço que gosta de permanecer em um hospital. Geralmente as pessoas ficam loucas aqui dentro, contam os minutos para ir embora.

- Pois é não devo ser normal mesmo. Acho que depois do traumatismo as coisas só pioram. Sorri. Mas também sei que as pessoas gostam de ficar aonde se sentem bem não é? Perguntei tentando fazer piada, mas no fundo sabia por que ia sentir tanta falta deles, a resposta era simples: CARINHO, AFETO. Eram coisas que não me faltavam aqui e que vou guardar pra sempre.

- Concordo plenamente com você, agora vamos. Respondeu enquanto saiamos de sua sala comigo aninhada ainda entre seus longos braços.

- Onde está Esme Jane? Aposto que já nos espera na recepção junto com a Sra. Priscila Webber.

- É Patrícia Webber Peter. Falou revirando os olhos.

Sorri Ele não aprendia mesmo.

- Que seja Patrícia. Mas você não respondeu a minha pergunta, onde está Esme?  Respondeu parecendo irritado e constrangido ao mesmo por sua falta de memória.

- Não deveria responder, pois isso não faz parte das minhas funções como enfermeira, mas mesmo assim serei cortês. Esme se encontra no consultório dela. Estava indo comigo ao quarto para arrumar a Bella, mas seu filho mais novo chegou para falar com ela, parecia algo importante, já que eles raramente vêm vê-la no hospital. Combinamos que assim que a Bella estivesse pronta, passaria na sala dela para chamá-la satisfeito?

- Oh, bem melhor assim querida. Então vamos até lá. Afinal a Sra. Pris... Desculpe, Patrícia nos espera. Falou.

Andamos mais um pouco pelos corredores e viramos a primeira esquerda. Chegamos a frente ao consultório da Doutora, na porta havia seu nome gravado em uma plaquinha rosa com letras prateadas: Dra. Esme Cullen.

- Chegamos, falaram em uníssono.

Estaquei.

Como assim Esme Cullen. Espera, espera, espera! Cullen. Esme Cullen. Como não percebi isso antes. Cullen o sobrenome de Edward e Alice, Meu Deus. Ela é Esme, a mãe que eles se orgulhavam tanto em falar, a heroína da família que os filhos tanto veneravam. Engoli em seco. As semelhanças, agora ligando os fatos, posso vê-las definitivamente. Os olhos, os mesmo olhos verdes esmeraldas do Edward, o sorriso. É muita coincidência, ou será destino? E o pior, será que ele descobriu que eu estou aqui? Não pode ser. Ele não pode me ver assim, vai ligar os fatos, a maneira cruel como a minha mãe falou comigo na sua frente, evidência maior não poderia haver. Edward não pode e nem deve se complicar por minha causa. Meu grande erro foi permitir que me levasse até em casa, ou melhor, foi quando me permitir pensar que poderia ser feliz, quando deixei que me beijasse, que me protegesse no conforto dos seus braços. Comecei a entrar em desespero.

- Planeta Terra chamando Bella. Doutor Peter falou passando a mão na frente dos meus olhos. Provavelmente estava sonhando acordada de novo.

- Hã... Ah! Desculpe. Respondi meio sem jeito.

- Tudo bem querida, vamos entrar. Falou.

- Não! Gritei e os dois me olharam espantados. Quer dizer, se ela está ocupada com o filho não precisa incomodar como a Jane disse, parecia ser algo importante já que ele nunca vem aqui, portanto é melhor esperamos na recepção.

- Nada disso, se ela pediu que a chamássemos é isso o que faremos. Se estiver ocupada nos avisará.

Ele me soltou de seu abraço enquanto batia na porta Ouvi um entre e então foi tudo acontecendo lentamente, pelo menos na minha visão.

- Podemos entrar?

A porta se abriu um pouco e o Doutor Peter colocou a cabeça para dentro falando.

Foi então que o vi, seus lindos cabelos cor de cobre, bagunçados como sempre. Edward. Ele continuava lindo, minhas lembranças turvas não faziam jus à sua beleza, mesmo de costas juro que se fechar os olhos nesse momento posso ver seu lindo sorriso torto. O perfume, ah! O seu cheiro magnífico penetrou nas minhas narinas me deixando tonta. Caí na real, ele não poderia me ver, não dessa maneira, eu não era a mesma e se há poucos dias já não me sentia digna de estar ao seu lado, agora que isso se tornou impossível, ele merece uma pessoa melhor, sem problemas nas costas, sem infelicidades que ele precise compartilhar, sem um monstro como sogra e o mais importante, uma garota completa, bonita por dentro e por fora, não uma aberração como eu. Antes que o estrago estivesse feito acordei, tenho que sair daqui, agora! Pensa Bella, pensa!

- Jane, me leve ao banheiro, é urgente, por favor. Não me sinto bem. Náuseas. Murmurei puxando levemente seu jaleco enquanto andávamos rapidamente.

- Ei vocês duas, esperem! Esme já ... Doutor Peter gritou, mas não consegui ouvir o resto.

- Vamos Bella, consegue segurar até lá? Perguntou preocupada.

Assenti rapidamente.

Viramos o primeiro corredor e chegamos ao banheiro. Entramos e Jane me colocou sentada num pequeno puff perto do lavabo. Molhou uma toalha de papel e pôs na minha testa.

- Sente-se melhor? Consegue ficar só por um instante? Preciso voltar e chamar Peter, você está pálida. Perguntou após alguns minutos.

- Consigo sim. Falei.

- Não levante daí Bella eu já volto. Falou saindo rapidamente pela porta do banheiro.

Se ela soubesse que tudo o que eu mais precisava era ficar sozinha. Assim que a porta bateu as lágrimas jorraram. Edward estava aqui, tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

- Me desculpe meu amor, perdão por não ser boa o bastante para você. Murmurei sentindo cada vez mais o peso daquelas palavras.

(...) CONTINUA


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Notas finais do capítulo

Estou postando rapidinho, que tal aumentar o número de coments?

Mais de trinta pessoas são notificadas por email, mas só 18 comentam fielmente. Vamos aparecer flores ocultas.

Vou fazer um trato com vocês, se esse capítulo chegar a mais de vinte coments posto o próximo assim que atingir o número, imediatamente ok?

Beijo, beijo flores!