Verdadeira Identidade escrita por Vitória M


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Capítulo BETADO!



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- Você não era assim. Não falava demais quando estava nervosa e era mais frágil. Você mudou. – repetiu, e senti uma lágrima escorrendo por meu rosto. Suspirei pesadamente.

- Eu não mudei. – sussurrei, continuando a ignorar todos os outros na clareira. – estou apenas sendo Isabella Potter. - O silêncio recaiu sobre o lugar, enquanto algumas lágrimas escorriam por meu rosto. Um crackseguido de vozes fez com que o silêncio se esvaísse.

- Mas que ceninha comovente. – praticamente estralei o pescoço quando o virei rapidamente para ver Lúcio e Draco Malfoy parados ali.

           Respirei profundamente, com os olhos arregalados. Acontecera o que eu temia, Voldemort soube que eu estava aqui e mandou comensais para me capturar. Que animador.

           - Malfoys – disse num suspiro, enquanto meus pensamentos disparavam, planejando o que fazer. Senti saudades da Hermione, ela sempre sabia o que fazer e, geralmente, fazia o que era certo. E era muito menos impulsiva que eu.

           - Isabella Potter... É um prazer encontrá-la aqui. – disse Lúcio, com um sorriso nojento. Mas eu olhava para Draco. Lúcio seguiu meu olhar e riu com satisfação. – ah, sim. Meu filho, não sei se você sabe, é um comensal. Você não percebeu? É claro que não. Essa escória não percebe o qu...

           - Eu não presto atenção nesse tipo de gente. – interrompi, falando com indiferença. Os olhos de Draco brilharam de irritação.

           - Não foi isso que me pareceu quando você deixou meu quarto aquele dia. – olhei para ele chocada. Como ele ousa...?! Um rosnado foi ouvido, mas eu não liguei. Olhava ameaçadora para Draco. Este, infelizmente, pareceu divertir-se com as reações de todos: os Cullen e Jacob lançaram olhares chocados para mim e para ele.

           - Então, o que o seu querido Harry achou da ideia de você ter dormido lá comigo? – continuou.

           - Cala a boca Malfoy. – mandei, irritada, na falta de não saber o que dizer. Ele ignorou-me completamente.

           - Vai me dizer que ele não sabe ainda? Coitado... – disse, apesar de não ter pena na voz. – sendo traído pela sua queridinha Bella... Então, quer dizer que ele não sabe que você anda pelos salões comunais alheios? Bom...

           - Não dormi no seu quarto por vontade própria. Com certeza, se eu pudesse escolher, o seu quarto seria minha última opção. – disse friamente.

           - Ela dormiu em seu quarto? – questionou seu pai, dando uma risadinha nojenta, mas olhando orgulhoso para o filho. – eu não sabia que...

           - Não se meta! – sibilei furiosa, apontando a varinha para ele. Ele caiu paralisado assim que meu feitiço o atingiu em cheio. – quero brigar com você sem ser interrompida, Malfoy! – disse, assim que Draco olhou surpreso pra mim. Ele sorriu, o que me irritou ainda mais. Não parecia nem um pouco preocupado com o pai, estranhei essa sua frieza para com o próprio pai, porém não comentei, estava discutindo assuntos mais importantes.

           - Um momento. Bella, você me traiu? – perguntou Edward, magoado. A voz estava repleta de tristeza, mas a única coisa que ele fez foi me deixar mais furiosa.

           - Como assim, te traí? – esbravejei. – você não é nada meu, e não tem nada a ver com os meus relacionamentos!

           - É mais de um então? – perguntou, incrédulo. Eu já ia retrucar, quando ele disse com a voz baixa, mas todos conseguiram ouvir – essa não é a Bella que conheci. A Bella que amei nunca seria uma... uma...

           - Uma o que Edward? – ele hesitou, finalmente percebendo o que estava falando.

           - Edward não quis dizer isso! – exclamou Esme de olhos arregalados, olhando repreendedora para o filho.

           - Continue Edward – disse calmamente, ignorando Esme e olhando atentamente Edward, tentando esconder minhas emoções e não deixá-lo perceber que eu apontava minha varinha pra ele.

           - Não! Edward, pare. – disse Alice, preocupada. – os Volturi estão aqui. – Droga! – é melhor vocês saírem – continuou Alice, olhando para os lobos. O lobo maior assentiu com sua enorme cabeça, e lançando um olhar significativo para mim, saiu, sendo seguido pelos outros, exceto Jake.

           - Jacob, vá também. – disse num suspiro, massageando as têmporas. Quantos problemas eu ainda teria?  Que droga! Eu tinha esquecido completamente que os Volturi sabiam sobre os feitos de Victória e que estavam nos arredores de Forks para ‘puní-la’.

           - Eu não vou perder a diversão! – contestou Jacob imediatamente. Olhei ameaçadoramente para ele.

            - Eu não estou com paciência. – avisei ameaçadora.

            Jacob engoliu em seco.

            - Tudo bem, estou indo. – disse, levantando as mãos como se se rendesse.

            - Obedecendo mulheres? – falou Malfoy rindo. – tsc tsc, o mundo tá perdido mesmo.

            - Melhor obedecer as mulheres do que obedecer alguém apenas por medo. – disse sem me alterar. Ele ficou em silêncio. - Vá. – disse para Jacob que suspirou resignado, mas transformou-se em lobo e foi logo em seguida. Malfoy assobiou.

            - Metamórficos... O Lorde das Trevas vai gostar de saber disso. –pela primeira vez, olhei temerosa para ele.

            - Se você não prometer que não falará nada, serei obrigada a fazê-lo esquecer. – avisei ameaçadoramente. Ele revirou os olhos.

            - Fala sério, você se preocupa demais. Tá precisando fazer umas coisinhas mais divertidas para relaxar. – ele piscou maliciosamente pra mim. Eu ri sarcástica, mas virei-me rapidamente para que não vissem meu rosto corado, fazendo os feitiços para ocultar o cheiro da matilha.

           - Quanto tempo, Alice? – perguntei ainda fazendo os feitiços. Alice balançou a cabeça, como se espantasse pensamentos.

           - Três minutos. – respondeu Alice, preocupada.

           - Então não dá para aparatar... Eles sentiriam meu cheiro. – murmurei pensando alto.

           - Quem é que está vindo, que ainda não entendi? – questionou Draco, confuso.

           - Os Volturi. Conhece? – respondeu Edward ironicamente, sorrindo feliz, pensando que sabia mais que Draco. Ele com certeza acha que Draco não sabe quem são os Volturi. Coitado.

           - Claro que conheço. – disse Draco, sem se abalar. – o chefe é aquele tagarela, Aro Volturi, não? Tive que fazer a proposta a eles, para se juntarem ao Lorde das Trevas.

           - E os idiotas concordaram. – disse suspirando dramaticamente, mas lançando um olhar insinuador para o Malfoy.

           - Está me chamando de idiota? – perguntou com a boca em uma linha reta, apesar de um quase perceptível sorriso no canto dos lábios.

            - Estou. – falei com convicção. Uma risada abafada foi ouvida. Malfoy ignorou completamente Emmet.

           - Sim, eles concordaram. – disse Draco, retomando o assunto e ignorando minha resposta - como soube? – perguntou curioso.

           - Tenho meus meios. – disse dando ombros e sorrindo misteriosamente.

           - Como sabe sobre os Volturi? – perguntou Carlisle, dirigindo-se a Draco. Ele ia dar uma resposta impertinente, mas o rosto curioso e sereno de Carlisle o conteve.

           - Nós estudamos sobre eles em Hogwarts. – disse dando ombros, mas eu sabia que não era esse o real motivo: Draco nunca deve ter prestado atenção em História da Magia, então devia ter descoberto sobre os Volturi quando fora designado para convocá-los.

           - Hogwarts... Bella já falou sobre isso antes... Que lugar é esse afinal? – perguntou Rosalie.

           - Uma escola. – respondeu Draco, olhando pela primeira vez para Rosalie e se encantando com sua beleza. Senti uma fisgada e fechei melhor o casaco, apesar de saber que o frio não era o real motivo.

           - Escola de...? – inqueriu Jasper.

           - Ah, fala sério! – disse, virando-me incrédula para eles. – Não digam que ainda não perceberam o que sou!

           - Uma feiticeira? – supôs Alice.

           - Não.

           - Fada? – Esme tentou.

           - Não. – disse revirando os olhos. – as fadas são umas pestes.

           - Bruxa. – disse Edward, com convicção.

           - Oh, mano. Sei que você ainda está chateado com a Bella te ignorando e talz, mas não precisa ofendê-la, ok? – falou Emmet, olhando repreendedor para Edward. - E, além do mais, ela não tem verrugas. – continuou Emmet, sorrindo orgulhoso.

           - Sou uma bruxa. – confirmei. O sorriso de Emmet murchou.

           - Somos bruxos. – disse Draco. Todos olharam para ele. – e vamos nos casar daqui a dois dias! – exclamou com um sorriso brincalhão.

           - O QUÊ? – berraram todos perplexos. Eu ri, meus olhos brilhando de diversão com a reação de todos. Resolvi entrar na brincadeira.

           - É, sim. Draco me pediu em casamento uma semana depois que cheguei... – suspirei apaixonada. – foi amor a primeira vista, né querido? – Draco me olhou boquiaberto, igualmente aos outros. Quando todos o olharam, esperando uma confirmação, ele balançou a cabeça, tentando espantar algum pensamento.

           - Sim, sim. Vocês sabem como a Po... Bella é... Acabou se grudando em mim, e o que eu podia fazer? Ela me ama, então resolvi a pedir em casamento... – minha mão se fechou em punho, mas tentei deixar minha expressão neutra.

           - Amor – será que eles perceberam como pronunciei essa palavra com nojo? -, não quer repetir na frente de todos que tem medo de eu ser muito perfeita para você? – perguntei suave e delicadamente, dando um olhar solidário para Malfoy Draco pigarreou, e ia começar a me contradizer quando alguém o interrompeu.

           - Bella, você não pode fazer isso. Não pode me deixar. – lamuriou Edward. Lancei meu melhor olhar de desprezo para ele.

           - Repasse essa frase em sua mente e coloque o seu nome ao invés do meu. – disse friamente. Ele se encolheu.

           - Você sabe que eu não tive escolha! Meu mundo era muito perigoso para você.

           - Eu não me importava! – levantei as mãos exasperada – estava disposta a tudo, mas você não..

           - Espera aí. Deixa eu ver se entendi. Foi você quem deixou a Potter, porque seu mundo é perigoso? – perguntou Draco incrédulo, olhando para Edward.

           - Como você sabe disso? – perguntei a ele, antes de Edward responder.

           - Naquele dia quando li sua mente... Bem, digamos que você tenha demorado um pouco para perceber que eu estava usando Legilimens...

           - Ele... ele pode ler sua mente? – Edward parecia um bicho acuado, mas a inveja era perceptível em sua voz. Draco pareceu lembrar-se que ele existia e ignorando completamente meus olhos que o fuzilavam, disse a Edward:

           - Seu mundo perigoso para ela... – repetiu incrédulo - só pode ‘tá brincando! O Lorde das Trevas, que pode proporcionar uma morte rápida e dolorosa para todos vocês, está atrás dela e do irmão desde que nasceram e nunca conseguiu pegá-los! – sua voz era fria e arrastada, suas emoções resguardadas.

           - Você tem um irmão, Bella? – de tudo que Draco falou, isso foi o que mais chocou Alice?

           - Sim, por quê? – ela se encolheu com o meu olhar frio.

           - Nada é que... Pensei que você me contasse tudo.

           - Ainda bem que não contei. – omiti que não contei porque não lembrava que tinha um irmão. Seus olhos brilharam tristonhos, depois disso ela não disse mais nada. Um silêncio instalou-se no lugar, quebrado logo em seguida por Draco:

           - Bem, obrigada por tê-la deixado. – disse sarcasticamente para Edward, mas era impressão minha ou ele tinha uma pontada de sinceridade na voz?

           - Ora seu... – rosnou Edward, que não se conteve e correu até Draco, prestes a atacá-lo. Não fiz nada para ajudar Malfoy, mas este simplesmente fez um floreio com a varinha e Edward bateu numa parede invisível.

           Edward levantou-se e arreganhou os dentes, mas ficou ereto novamente olhando para o outro lado da campina. Todos seguiram seu olhar, mas eu não consegui ver nada. Menos de um minuto depois, pude, finalmente, ver três vampiros vindo em nossa direção.

           - Você! – apontou o do meio para mim, parando estático. – você matou Jane.

           - Quem é você mesmo? – perguntei fingindo-me confusa.

           - Sou seu pior pesadelo. – disse ameaçador. Não. Para. Ele não disse isso, disse?

           Sem consegui evitar, gargalhei. Minhas risadas foram acompanhadas por alguém, e olhando pelo canto do olho pude ver Draco rindo a plenos pulmões. Tentei dizer algo, explicar o motivo das risadas para todos que olhavam-nos estranhando - os Cullens pareciam preocupados se eu não estava com algum problema mental - mas não consegui parar de rir. Os três Volturi pareciam confusos e irritados.

           - Chega com essa baboseira. Parem de rir! – bradou o da esquerda. Draco e eu tentamos nos controlar, mas um olhou pra cara do outro e viu tentando segurar o riso, que voltamos as risadas. Mas a graça da situação acabou completamente quando o da direita, agilmente, pegou Draco pelo colarinho.

           - Hei! – protestou Draco. – Me solta! – ele não se debateu. Ficou parado imóvel, mas em seus olhos era visível sua fúria. O homem deu um riso irônico, e eu pegava a varinha quando o irmão de Jane correu até mim e segurou um braço com força. Justamente o braço que eu segurava a varinha. Observei quase que em câmara lenta ela cair.

           Os Cullen entraram em estado de alerta. Todos posicionaram-se automaticamente em posição de ataque. A tensão deles era palpável.

           - Largue ela, Alec. – rosnou Edward. Então esse era o nome do cara?

           - Só não a mato agora – disse Alec com tranquilidade, ignorando Edward. – porque o lorde das trevas a quer. Mas se não... – a calmaria em sua voz foi mais perigosa do que se ele tivesse gritado.

           - Me soltem agora – disse Malfoy, também com tranquilidade.

           - Nada disso. – disse o terceiro homem, que apesar de falar com o Malfoy, tinha os olhos em mim. Sem minha varinha, eu não podia fazer nada. Eu até poderia usar um feitiço convocatório, mas meus pulsos estavam presos e não teria como pegá-la. – vamos leva-la para o Lorde das Traves. – disse sombriamente, com o intuito de me assustar.

           - E você acha que o meu mestre ficará feliz se vocês estragarem o plano que ele planejou? – disse, ainda tranquilo, Draco.

           - Uma criança servindo o Lorde das Trevas? – ironizou o homem, que o segurava, balançando a mão livre com descaso. Meus olhos brilharam quando Draco riu sarcasticamente e puxou abruptamente a manga da camisa esquerda.

           Olhei quase que hipnotizada a Marca Negra. A serpente saia de dentro do crânio, e eu sabia que não tiraria aquela imagem da minha cabeça por um bom tempo.

           Os Volturi olharam chocados para a Marca, os Cullen a olharam e seus olhos se arregalaram ao ver a cobra se mexer. Mas não entendiam a real importância dela. Eu sim. Sem conseguir evitar, me encolhi, com o susto Alec havia me soltado, então, com esse simples movimento acabei caindo no chão aos pés do vampiro. A lembrança de onde já tinha visto essa Marca antes veio como um flash em minha mente. Tentei segurar ao máximo as lágrimas que adoravam percorrer meu rosto quando eu me lembrava dessa data.

           Flashback on.

           Eu olhava para o chão todo destroçado da casa, onde o corpo de minha mãe estava estirado. Seus olhos estavam abertos, sem foco, sem vida. Minha mente não conseguia compreender que ela morrera. Para mim, apenas desmaiara como tantas outras vezes quando estava grávida de meu irmãozinho. Harry chorava a plenos pulmões, e eu estava dividida entre consolá-lo e abraçar minha mãe. Optei pela segunda opção.

           - Mãe... Mamãe... Fala comigo. – as lágrimas saiam com força total de meus olhos. Eu sabia que estava sozinha, exceto pelo meu irmão. Sentia uma angustia dentro do meu peito. Mas minha mãe ia acordar. Ela tinha que acordar. – mãe... acorde! O Harry ‘tá chorando... Eu não sei o que fazer mamãe...

           Peguei a mão de minha mãe. Estava gelada. Abracei-me mais a ela, sabendo que essa seria a última vez que veria minha mamãe. Como eu queria que seus braços também me envolvessem... Mas não. Ela continuou paralisada.

           Fiquei por um bom tempo abraçada a ela, mas barulhos de paços chamaram a minha atenção. Atrás de mim, tinha um homem. Dei um gritinho involuntário, e levantei-me rapidamente, pegando Harry do berço.

           - O que você quer? – berrei desesperada, tentando aguentar o peso de Harry com os braços trêmulos. O terror era evidente em mim. Mas o homem me ignorou completamente. Ele olhava para minha mãe. Seu rosto retorcido de desespero me pegou de surpresa.

           - Não! – gritou. Parecia sem forças para se manter em pé, por isso foi escorregando aos poucos para o chão.

           - Não fica assim tio! – corri para o seu lado, minha ingenuidade e inocência fizeram-me ignorar o fato de que ele poderia estar ali com o mesmo intuito que o cara mal que matara minha mamãe.

           Tentei levantá-lo, puxando suas mãos. Mas foi completamente em vão, meus bracinhos fracos pareciam tentar levantar uma montanha, além de estar segurando Harry com um dos braços. O homem pareceu perceber meu esforço, e então finalmente olhou para mim. A única emoção em seus olhos era uma tristeza profunda, um desespero sem fim. Ele imediatamente voltou seu olhar para Lilia, como se não quisesse perdê-la de vista.

           Sua tristeza parecia sólida. E essa foi apenas a confirmação de que minha mãe não estava viva. O buraco em meu peito inchou. Meu choro passou a ser incontrolável, e eu fiquei apenas ali, vendo com os olhos assustados o homem todo de preto pegar o corpo de minha mãe e abraçá-la, sussurrando desesperadamente Lilian.

           Para mim pareceram horas, mas depois de poucos minutos ouvimos uma voz chamar:

           - Lilian! – gritava um homem com a voz grossa. Snape pareceu reconhecer a voz. Olhou para minha mãe uma última vez. Suas lágrimas não pararam de escorrer. Ele deu um beijo na testa de minha mãe, logo em seguida mandou-me um olhar preocupado. Ao ouvir os passos se aproximando mais, simplesmente desapareceu.

           Logo depois, um homem enorme atravessava a porta. Ele olhou em choque para o corpo sem vida de Lilian. Viu eu e Harry encolhidos contra a parede, e pegou-nos no colo. Eu me sentia fraca demais para sequer protestar. Deixei que ele me levasse. Ele saiu da casa, suas enormes lágrimas ensopavam minha camisa. Algo no céu me chamou a atenção. Olhei rapidamente para cima e então vi.

           Um enorme crânio flutuava sobre a casa. Parecia ser feito de fumaça. Uma serpente saia de dentro. O terror inundou-me assim que vi.

           A Marca Negra.

           Flashback off

           Meus olhos estavam arregalados. Eles se encheram de lágrimas, e olhei rapidamente para o chão para que ninguém percebesse levantando-me o mais rápido possível. Eu nunca me lembrara disso. Eu era muito pequena, e essa lembrança fora apagada com o tempo. Mas agora, vendo a Marca... Lembrei que o homem que vi, logo após a morte de meus pais, era Severo Snape. A lembrança fez com que eu ficasse em choque por um bom tempo. Duas lágrimas escaparam, e fiquei olhando até elas alcançarem o chão. Respirei fundo. Eu não poderia me preocupar com isso agora.

           - Me perdoe, senhor. – despertei imediatamente quando o vampiro que segurava Draco disse lentamente, soltando, mesmo que contra a vontade, o Malfoy.

           - Largue-a. – ordenou Draco, apontando sua varinha para Alec que havia voltado a me segurar no momento seguinte que havia ficado sobre os dois pés. Sua postura mostrava segurança, e fiquei admirada com o brilho divertido e confiante nos olhos dele. Alec olhou hesitante para a Marca, e também me largou lentamente.

           - Accio. – disse imediatamente quando minhas mãos foram soltas. A varinha voltou para mim imediatamente. Fiquei parada. Se eu atacasse – que era exatamente o que eles esperavam – daí sim Malfoy não poderia me... dar uma ajudinha.

           - Falem logo o que querem e vão embora. – disse friamente, analisando meus pulsos roxos e fazendo um feitiço logo em seguida. A dor imediatamente sessou.

           - Houve uma carnificina aqui. – disse o terceiro homem. – queremos saber todos os detalhes. Quantos eram? – dirigiu-se aos Cullen. Minha vontade foi de azará-lo por ter me ignorado.

           - Dezenove. – respondeu Edward num tom cortês. Ele olhava-me preocupado. Seus olhos diziam claramente fuja, mas desde quando sou mulher de fugir? Edward realmente não me conhece.

           - Quem foi o criador?

           - Uma mulher... Chamava-se Victória. – respondeu Carlisle, hesitante.

           - Vocês são muito mal educados sabiam? – disse de supetão. Eles olharam para mim, mesmo que contra a vontade. – não se apresentaram. – expliquei ao olhar questionador deles. Eles se viraram novamente para os Cullen, novamente me ignorando. Minha boca se abriu em um ‘O’ com a audácia deles.

           - Ah, faça-me o favor! Vocês já sabiam que Victória estava reunindo um exército. – disse sem paciência.

           - Palpites tolos e mentirosos não a ajudará agora. – disse o segundo homem, sem se virar. Revirei os olhos.

           - Então vocês realmente não se encontraram com Victória e Riley? – não deixei que respondessem. – bem, não adianta nada isso. Vocês são covardes demais para admitir. Acontece que estou atrasada. O que precisam saber é que cheguei a tempo e os recém criados não conseguiram exterminar eles. Tenho certeza de que estavam muito preocupados quanto a isso. – completei com ironia.

           - Segure essa língua garota. Precisamos saber de todos os detalhes para informarmos a Aro e ele tomar as devidas providências.

           - Olha aqui seu... – ia retrucar, já perdendo a paciência, mas Malfoy me cortou. Olhei irritada para ele.

           - Eu preciso levá-la imediatamente ao Lorde das Trevas, por isso, por favor, se retirem. – seus olhos eram frios e seu rosto inexpressivo. Por um breve momento, temi que ele fizesse exatamente o que falou. Logo dissipei isso da cabeça; ele não faria isso comigo. Eu acho.

           Os Volturi abriram sorrisos cruéis, mas o alívio nos olhos deles era perceptível.

           - Muito bem. Já fizemos nosso trabalho aqui. Podemos ir embora. – dizia Alec. Ele olhou para mim, ainda com o sorriso cruel. – eu ia me vingar pela morte de Jane mas... Estou quase sentindo pena de você.

           - Nossa, agora estou muito aliviada. Você está sentindo pena de mim! – exclamei dramaticamente, mas eles me ignoraram… pela centésima vez.

           - Venham. – Alec e os outros dois saíram rapidamente da campina, mas o irmão de Jane ainda lançou-me um sorriso truculento antes de desaparecer.

           - Pelo menos essa porcaria serviu para alguma coisa. – disse indicando a marca do Malfoy. – obrigada. – disse num suspiro, olhando para os frios olhos cinzentos. Ele olhou quase chocado para mim, mas não respondeu nada. Assim que percebi que estava fazendo papel de idiota o olhando, sem ele responder, me virei para os Cullen.

           - Afinal, qual era o nome dos outros dois? – perguntei curiosa, e ainda um pouco desconcertada e sem jeito.

           O Malfoy deu uma risadinha, e foi ele quem me respondeu.

           - Felix e Demetri. – disse com a voz arrastada.

           - Como você sabe? – perguntou Emmet confuso. – ele também sabe ler mentes? – perguntou olhando para Edward. Este sussurrou algo, mas foi baixo demais para meu ouvido humano escutar. Emmet olhou admirado para ele e gargalhou.

           - Mais um... que pode... enganar você... – disse entre risadas.

           - Dá pra explicarem? – pediu Malfoy irritado.

           - Que educado... – sussurrei só para provocar.

           - Educação não é o seu forte também. – lancei-lhe um olhar irritado.

           - Sou grossa com quem merece, tipo... você.

           - Ah, é? Então porque....

           - Parem! – ordenou Rosalie exaltada.

           - Tem razão, Rosalie. Malfoy, cale a boca. – ele ia retrucar, mas falei rapidamente, dessa vez séria: - como você sabia o nome deles?

           - Eu já falei, fui eu quem fiz a proposta.

           - Mas então como eles não te reconheceram? – perguntei com a testa franzida.

           - Eu usei a máscara e...  ah, não te interessa!

           - Que mau educado! – exclamou Edward. – não se fala assim com uma dama.

           - Fique quieto seu vam... – mas uma explosão de cracks fez Draco parar de falar. Viramo-nos rapidamente para a direção em que cerca de vinte homens apontavam as varinhas para nós.

           - Isabella Potter, - disse o da frente - você está presa pelo uso da Maldição da Morte.


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Notas finais do capítulo

Oi gente *sorriso amarelo*
Esse foi o maior capítulo da fic até agora *-*
Pois então, vamos para os números ^^
1) Sexta feira da semana PASSADA (dia 26/08) eu mandei o capítulo pra beta. Mas ela está realmente sem tempo. As poucas vezes que consegui falar com ela no msn ela disse que tá realmente cheia de trabalhos, provas... Então eu não quis esperar mais e postei o capítulo, mas logo posto ele betado. E malz se tiver algum erro. - CAPÍTULO JÁ BETADO -

2) MUITO obrigada às recomendações de kiki_cullen_va e Natyfofy. Fiquei muito feliz quando vi elas :) Naty, você pegou exatamente o que quero passar pela história. Obrigada mesmo as duas!

3) Aiai, Bellinha - Askaban... Será que ela vai se dar bem lá? Será que ela vai pra lá? Continuem acompanhando para saber o final desse mistério. Ui me senti agora SHAUHSAUSHA

4) (Nada a ver com a fic): Entonces, fiz um twitter por livre e espontânea PRESSÃO. Me sigam lá? ;D @vitoriamaragno Se quiserem perguntar algo sobre a fic, prometo que respondo - aliás, depende da pergunta né. Sigo todos de volta :P

5) O que vocês querem ver no próximo capítulo? Digam uma cena... que vocês gostariam que tivesse, que prometo tentar encaixar na fic - só que não algo impossível please.

6) Os únicos que sabem da missão do Draco de conquistar a Bella são ele, Voldemort, Belatrix e Snape. Lucio não sabe.

Bem, acho que é isso... Ah, não, tem mais uma coisinha:

7) (Nada a ver com a fic): alguém foi ver Planeta dos Macacos? Confesso que fui só pra ver o Tom, mas daí... COMO ASSIM ELE É MAL? Eu não gostei muito disso but... só por vê-lo valeu a pena :D Ah, e não gostei do filme. Como eu disse, só fui pelo Tom Felton mesmo ;)

Agora to indo mesmo... Beijos.