Verdadeira Identidade escrita por Vitória M


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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- James! – exclamei, e olhei assustada para os Cullen. Rapidamente tampei minha boca, mas agora já era. O estrago estava feito. – olhem, desculpem ir invadindo... – mas não consegui completar, pois Edward me interrompeu, furioso.

- Se aqueles cachorros não tivesse interrompido, poderíamos tê-la pego! – arregalei os olhos.

Eles nem sequer prestaram atenção em mim! Nem olharam em minha direção! Será que estavam tão zangados comigo, que chegaram ao acordo de me ignorarem se aparecesse? Será que eles fariam isso? Meu coração parecia que pularia pela boca a qualquer instante, só então me lembrei: eu tinha lançado abafiato em volta de mim, ninguém me ouvia… Se algum dia eu descobrisse quem é o príncipe mestiço, eu iria agradecer muito a ele.

- Você sabe que isso não é verdade, Edward. Nós teríamos conseguido pegá-la se trabalhássemos juntos – suspirou Carlisle. Cruzei os dedos, esperando que eles dissessem o que eu queria ouvir.

- Temos que fazer alguma coisa. Além de Victória, ainda tem esses recém criados. Alguém deve estar controlando-os. – soltei uma exclamação. Recém criados? Será que são vampiros?… Devem ser, do contrário eles não estariam comentando sobre isso. 

- Sim, deve ter alguém os controlando, só não sei quem. – Alice suspirou - Hoje a noite Jasper explicará sobre eles. – ela disse. Como Jasper sabe sobre esses recém criados? Por um momento, me arrependi de estar invisível e que eles não pudessem me ouvir. Queria fazer um monte de perguntas.

- Os lobos irão? – perguntou Carlisle, dirigindo-se a Alice.

- Não sei – disso frustrada – não consigo vê-los. Sempre que tento ver o futuro deles, fica tudo escuro.

- Isso é muito estranho. – comentou Carlisle.

- Espere. Alice, você só não consegue ver os lobos, certo? – perguntou Edward.

- Os lobos e... – ela não completou, mas eles pareciam saber de quem ela falava. Por um momento, o clima ficou tenso.

- Tente ver o nosso futuro. – Edward disse quebrando a tensão.  Alice ficou alguns segundos com os olhos fora de foco e logo voltou ao normal.

- Escuro. – confirmou.

- Então eles irão. – disse Edward satisfeito. – é uma pena que precisemos da ajuda deles.

- Não fale assim, Edward. Foi muita bondade deles nos ajudar. – Edward suspirou, mas não disse nada. – Alice, iremos para o mesmo lugar amanhã?

- Não, Carlisle. Não vejo Victoria lá. – rapidamente fiquei mais atenta ao que eles falavam – Victória estará mais ao leste da divisa com os lobos. O problema é que não vejo quando ela estará lá.

- Então nós... – começou Edward, mas aparatei antes de ele falar algo.

Ainda com a capa, fui para o leste da divisa com os lobos – que Edward tinha me mostrado uma vez – e fiquei por um bom tempo rondando lá. Eu esperava sinceramente que a visão de Alice se concretizasse, e que Victoria aparecesse agora ali.

Fiquei caminhando entre as árvores, e quando fiquei cansada demais para continuar em pé, conjurei uma toalha e me sentei sobre ela. Meus cabelos estavam cheios de galinhos e eu estava suja por ter caído umas quatro vezes. Malditos troncos de árvore.

Ainda sentada fiz com que uma parede invisível aparecesse, como se fosse protego. Não sei quanto tempo esperei, talvez umas duas horas, mas, finalmente, a espera foi recompensada quando vi um borrão vermelho passando na minha frente. Deu um enorme barulho, como um tiro de canhão, e Victoria caiu. Ela rapidamente levantou-se, mas estacou ao me ver, com a varinha apontada pra ela.

- Você! – ela exclamou não escondendo a confusão e incredulidade.

- Surpresa, Victoria?  - ela arreganhou os lábios em um sorriso assustador.

- Ora, ora, ora, se não é o bichinho de estimação dos Cullens. Onde você esteve?… Escondida? Tsc, tsc, tsc, é uma medrosa mesmo.

Ela não me deu tempo de responder furiosamente – como eu pretendia fazer. Victória correu em minha direção, e foi tudo tão rápido que não consegui me defender. Ela deu-me um soco no rosto – ouvi um crac ao choque da sua mãe em meu nariz, ele havia quebrado. Suspirei de frustração - e pegou meu braço esquerdo, torcendo-o. Gritei de dor. Rapidamente apontei minha varinha em sua direção e murmurei com a voz fraca estupefaça.

Ela foi empurrada para longe, o mesmo barulho de canhão ecoou pelas árvores, bateu em uma árvore e a derrubou. Assim que ela se levantou novamente, olhou-me com os olhos arregalados.

- O que você é? – perguntou boquiaberta, mas logo deu outro sorrisinho – não importa… a matarei do mesmo jeito. – dessa vez, ela correu em ziguezague até chegar a mim, e eu tentei acertar um feitiço nela, mas errava a maioria. Ela era muito rápida.

Assim que chegou até mim, me deu uma rasteira e cai de bunda no chão. Ela, sem perder tempo, já ia me dar um soco no pulmão, mas me virei rapidamente, e assim que seu braço bateu com força no chão, gritei, apontado a varinha pra ela:

- Petrificus Totalus! – ela imediatamente ficou imóvel, seu olhar assustado. – tem certeza que você vai me matar? – perguntei irônica. – episkey – disse apontando para o meu nariz, e imediatamente senti que ele voltou ao normal. – viu, você não pode me machucar permanentemente. Já eu... – dei um sorriso maquiavélico, observando seus olhos apavorados. – bem, se eu fosse você, copeirava. – em silêncio, conjurei as mesmas cordas (incarcerous nerus) que tinham amordaçado Edward, e as fiz prender-se nos braços e pernas dela. Então, retirei o feitiço petrificus totalus.

- Sua desgraçada! Você vai pagar por isso! – gritou, tentando tirar as cordas. Ri sem humor.

- Ah, não se preocupe, você não vai precisar fazer eu pagar... Na verdade, você não irá poder fazer nada... – disse, fingindo estar pensativa. Ela rosnou, e olhei pra ela, sem nenhum sinal de medo. - O que você quer com os Cullens? – perguntei com selvageria. Ela riu ironicamente, mas não falou nada. Ficou calada. Se eu fosse forte, daria um tabefe nela, mas como não era...

- Tem um feitiço, que meu irmão queria experimentar... Mas ele ainda não teve oportunidade. Eu poderia experimentar, o que acha? Depois eu conto pra ele o que o feitiço faz... – e, abrindo um sorriso divertido, apontei para sua perna e gritei: - sectusempra!

- Ah! Sua vadia! Você vai pagar por isso! – gritou de dor. Arregalei os olhos ao ver sua perna caindo. Foi uma cena nojenta, mas ao mesmo tempo... Senti um prazer obscuro ao ver a cena.

- Se você não falar... Dê adeus a sua perna direita. – ameacei, já apontando a varinha para a perna.

- Tudo bem! Eu falo! – dei um sorriso de satisfação, e ela desatou a falar – quero vingança. Seu parceiro matou o meu, nada mais justo que eu acabar com a parceira dele.

- Interessante... – disse, tentando esconder minhas emoções: choque, fúria, insatisfação...

- E por que você quer atacar os Cullen? – perguntei tentando obter mais informações.

- Pensei que eles estivessem te escondendo. – olhei atentamente pra ela, que não escondia o brilho de fúria em seus olhos.

- Tem mais... Não tem? – ela ficou em silêncio. Apontei novamente para sua perna, e ela gritou.

- Não, não tem mais nada! Agora me solta! – dei uma risada irônica.

- Eu? Te soltar? Mas está tão divertido! E você não contou tudo ainda. – ela ficou em silêncio. – se não vai falar por bem, que fale por mau então. – não dei tempo dela reagir, olhei bem para seus olhos e gritei rapidamente legilimens. Ela contorceu-se de dor, e eu vi tudo.

 O exército.

Os recém criados.

Sua sede por vingança.

Riley.

E uma conversa que tenho certeza que ela não gostaria que eu visse:

- Caso algo aconteça a mim, ataque! – dizia para um homem, obviamente vampiro. Ele olhou para ela preocupado.

- Por que, meu amor?

- Eu tenho medo. – disse, como quem desabafa. Falsa.

- Você não precisa ter medo. Eu estou aqui. Olhe para mim. –e pegou seu rosto delicadamente com as mãos. Os olhos de Victoria brilhavam de medo e tristeza. Mereceria um oscar de melhor atriz. – eu estou aqui. Nada vai te acontecer. Eu prometo.

- Eu sei. Confio em você. Mas, se por acaso algo acontecer...

- Nada vai acontecer com você!

- Sim, eu sei Riley. – disse, não conseguindo mais esconder sua impaciência. – mas eu me preocupo com você. Quero que você possa se alimentar sem interferências... Então, se eu não estiver aqui... não, deixe-me terminar... ataque! Leve o exército, e ataque os Cullens!

Tudo por vingança.

­         

Não consegui ver mais nada. Não era tão boa em legilimens, mas vi o suficiente. Victória parou de se contorcer de dor. Ver aquilo só me machucou mais ao imaginar Harry tendo as mesmas reações quando aprendia oclumência. Fora isso...

- Esse Riley é bem grudento, não? – perguntei sarcástica, mostrando que vi tudo o que ela provavelmente também viu. Ela rosnou.

- Se é tão espertinha, me solte. Vamos lutar direito. Não dou cinco segundos para você cair morta.

- Hm... será que vale a pena? – fingi pensar – sabe, o problema, é que tenho que me preparar. Um exército vai tentar me atacar. E não vou facilitar para eles... Mas infelizmente, você não vai estar aqui para ver... Que pena, né? Sectusempra – mais uma perna caiu. Ela gritou novamente de dor. Agora, tinha apenas as cordas que seguravam suas mãos; mas de qualquer jeito ela não conseguiria andar sem as pernas.

- Vocês não são páreos para o exército! E os Volturi estão envolvidos! – fiquei estática. Ela infelizmente percebeu.

- O que você disse? – perguntei lentamente. Ela sorriu, feliz.

- Os Volturi sabem de tudo. Acha que eles não perceberiam as mortes? – apontei com força minha varinha em seu pescoço, furiosa.

- Fale o que você sabe! – grunhi.

- Me solte que eu falo.

- Eu acho que não... Sectusempra! – e sua cabeça caiu. – Incendio.

Observei o corpo de Victória pegar fogo, e apenas quando tudo virou cinzas, foi que chorei. A primeira pessoa que eu mato. Será que teriam outras?

*-*-*-*-*-*

Os Cullen se reuniriam de noite. Segundo Alice, Jasper iria ensiná-los a treinar contra recém-criados. Eu estaria lá.

Depois que parei de chorar, peguei minha capa, e pus novamente abafiato em volta de mim. Limpei as cinzas e apaguei o fogo.

Sai caminhando lentamente, pensando no que acabei de fazer. Eu era uma assassina. Mesmo que Victória tivesse merecido... Respirei fundo, e tentei pensar lucidamente.

Meu medo agora não eram os recém-criados. Eram os Volturi. Eles serviam a Voldemort agora, e se soubessem que eu estava aqui, sem proteção. Por um momento, me arrependi de ter vindo, e pensei em ir para a Toca. A casa aconchegando, o abraço esmagador da sra. Weasley, meu irmão, Rony e Hermione, jogar uma partida de quadribol... Tudo perfeitamente normal – para um bruxo, é claro.

Mas eu não podia.

Os Cullen e os lobos precisavam de mim. Era por minha culpa que o exército ia atacar. Era a mim que Victória queria.

Parei subitamente. Um barulho. Um rosnado. Olhei lentamente para o lado, e vi. Lobos enormes. Os metamorfos. Dessa vez, não paralisei – lembrei que tinha abafiato em volta de mim. E então, subitamente, eles foram se transformando, um a um. E ficaram nus! Corei absurdamente enquanto olhava para a árvore mais próxima.

- Pronto, agora podemos conversar sem Leah, Collin, Brad e Seth ouvirem. – disse Sam, lembrei-me dele pela lembrança do enterro de meu pai.

- E Jacob. – completou outro.

- E Jacob. – concordou num suspiro. – é o seguinte: hoje a noite iremos ao treinamento dos Cullen. Bem ou mal, precisamos acabar com esses outros vampiros que estão fazendo tanta matança.

- Mas isso já não estava decidido, Sam? – perguntou outro garoto. Olhei para ele, mas desviei rapidamente, corada.

- O problema é que desconfio que os Cullen têm escondido Isabella Swan. – arregalei os olhos. Como eu fui entrar no assunto?

- Ela é perigosa. – concordou outro.

- Sim, Jared. Receio que ela seja. E essa noite, pode ser nossa única oportunidade de acabar com ela. Contanto que ela vá, é claro.

E eles começaram a planejar tudo. Como iriam passar pelos Cullen para me atacar, quem faria isso, quem seguraria Jacob que provavelmente tentaria impedir... Bem, foi uma tarde muito divertida, ouvindo os outros discutirem táticas de como matar Isabella Swan. Acho que esqueci de comentar que meu nome não é Swan, e sim Potter...

Eu estava sendo perseguida pelos lobos, os recém criados, e por Voldemort. Não é demais? Ri baixinho com meus pensamento idiotas, mas continuei prestando atenção no que eles falavam.

Mais tarde, eles se transformaram novamente, e saíram correndo na forma de lobo. Fui atrás deles, caminhando. Eu era bem mais lenta, por isso, em menos de um minuto, já tinha perdido eles de vistas. Mas eles deixaram rastros. Segui duas pegadas, e depois de um tempo, comecei a ouvir um barulho. Mais alguns passos, e pude ver Jasper e Emmet lutando. Os lobos ao redor. Tirei a capa e o feitiço abafiato, e entrei na clareira.

- Olá. – disse alegremente. 


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Notas finais do capítulo

Tenho 5 coisas pra falar:

1. sei que em Harry Potter não é assim, mas aqui na fic, o legilimens vai funcionar dessa maneira: quando a pessoa olhar nos olhos, causa dor, quando não olhar nos olhos, não causa dor.


2. foi divertido ver que a maioria queria saber porque Edward estava furioso, e quem seguraria ele... apenas Natyfofy percebeu que ela estava com o abafiato. Parabéns pra Naty ;D



3. capa nova uhuuuu. Muito obrigada as damas pela capa!


4. Victória já era...
... agora só falta um exército hehe.



5. gostaram do caps? finalmente mais um reencontro Bella/Cullens - no prox cap. Como será a reação deles ao ver Bella? Que raiva dos lobos né? Será que vão tentar atacar a Bella? Acompanhe os próximos capítulos de Verdadeira Identidade (u.u me senti agora kkk).


6. Comentem ;D