Verdadeira Identidade escrita por Vitória M


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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- Ele está comigo – minha voz saiu calma e confiante. E de repente a música que tocava parou e todos me olharam com os olhos arregalados. 

- O que? – exclamou Snape perplexo olhando de mim para Draco. Ele olhou bem para meus olhos, mas rapidamente desviei. Senti que estava corando.

- Combinamos de virmos juntos. Ele apenas se atrasou. Não é, Draco? – perguntei com um sorriso inocente no rosto, olhando para o Malfoy que, como todos, me olhava chocado.

Harry ao meu lado estava paralisado. Draco balançou a cabeça, espantando algum pensamento, quando todos olharam para ele esperando uma resposta.

- Claro, claro. Combinamos de nos encontrar, mas não te achei onde combinamos... – sorri docemente continuando com o teatro.

- Você demorou, então entrei antes. – disse dando de ombros, e ficou um silêncio constrangedor. Malfoy me olhava curioso, e as outras pessoas, principalmente Snape, olhavam-me perplexos.

O silêncio foi interrompido por uma risada trovejante.

- Oh, oh. Esses jovens... Não são mais os mesmos de nossa época, não é Snape? – perguntou Slughorn para Snape, rindo de uma maneira que a maioria riu, e quebrou o gelo que tinha se instalado.

- É...Com certeza não são mais os mesmos. – concordou Snape, me olhando com uma sobrancelha arqueada.

Revirei os olhos e ri, indo na direção do Malfoy, mas Harry me parou, segurando-me pelo braço. Sua expressão estava furiosa.

- Você viria com o Malfoy? – perguntou enfurecido, mandei o tipico olhar de você-não-manda-na-minha-vida pra ele.

- Depois falo contigo Harry. – e apertei sua mão, dizendo-o para não ficar preocupado. Não poderia dizer mais nada, muitos olhavam para nós, na expectativa de uma briga, algo que eles nunca nhaviam visto, eu e Harry não costumávamos discutir. – confie em mim. – praticamente implorei e assim consegui que ele assentiu a contra gosto, fui em direção do Malfoy, que sorriu galanteador e segurou minha mão.

- Então, nós viríamos juntos e você nem me contou? – perguntou rindo, e foi estranho. Ele não costumava sorrir muito, quem diria rir.

- O que aconteceu com você? – perguntei direta e, mesmo não adimitindo para mim mesma, preocupada. Acho que foi por isso que o salvei de uma possível detenção.

- Não te interessa. – ele falou tirando os rastros de humor da sua cara

- Sempre delicado. – brinquei. Ele me deu um sorriso, voltando a expressão de antes.

- O que ele vê nela? – ouvi duas meninas fofocando.

- Retardadas. – murmurei. Malfoy ouviu e olhou para onde eu estava olhando e entendeu tudo. Sorrindo, passou os braços pelos meus ombros e lançou um olhar provocador a elas.

- Vamos sair daqui. – murmurou no meu ouvido, e parece que foi uma confirmação para os outros que pensavam que estávamos namorando.

Apenas ri e o puxei pela mão até a saída. As pessoas se afastavam quando aproximávamos, formando um corredor para nós. Ri mais ainda, apesar de sentir meu rosto alcançando altos níveis de vermelho.

A Potter com o Malfoy?

Isso não vai dar certo!

Ela é da grifinória!

Ele traiu os sonserinos.

O Malfoy bebeu?

Sou muito melhor que ela.

Mas que cara sortudo!

Os murmúrios nos seguiram, até que finalmente saímos daquela sala. Assim que estávamos mais afastados, num lugar vazio, ele encostou-me na parede e perguntou:

- Por que fez isso? – praticamente exigiu saber.

- Não sei. – respondi honestamente, e ele olhou-me incrédulo.

- Não sabe ou não quer dizer? – questionou-me com uma sobrancelha arqueada.

- Não sei. – repeti. – agora, dá pra soltar? Está machucando. – disse tranquilamente, apesar da dor no braço, onde ele segurava-me. Ele rapidamente me soltou.

- Desculpe. – murmurou.

- Está com esse visual por causa de sua tarefa, não é? – senti-o ficar estático e sua face ficar mais pálida do que já é – não esta conseguindo a tarefa que o seu lorde mandou fazer? – provoquei, sentindo que finalmente descobriria se o Malfoy era ou não um comensal.

- Você não sabe do que está falando, Potter. E não te devo satisfações de minha vida. – disse grosso, e já ia saindo dali.

- Você não é mau,  Draco. – ele paralisou logo que eu pronunciei as palavras. Usei seu nome propositalmente, tentando ser doce.

- Você não sabe quem eu sou. – disse, ainda sem se virar.

- Se você fosse mau – disse, indo em sua direção. – não teria me salvado quando cai da escada. Não teria cuidado de mim. Você. Não. É. Mau. – disse lentamente. Ele  virou-se para mim tremendo.

- Não tenho escolha. – sussurrou, admitindo finalmente o que ele era. Apesar de eu já desconfiar, fiquei espantada pela confirmação.

- É claro que tem. Fale com Dumbledore. Ele pode te ajudar!

- Não pode! – gritou descontrolado. – ninguém pode me ajudar! – e por fim chorou. Por um momento, fiquei estática demais. Malfoy estava chorando! Mas então, como se algo me despertasse internamente, dei um meio sorriso e o beijei.

*-*-*-*-*-*-*-*

Assim que passei pela passagem do salão comunal, vi Harry. Ele não parecia furioso; na verdade, parecia até tranquilo. Caminhei até ele um pouco hesitante, felizmente, sorriu assim que me viu, mostrando-me que estava tudo bem.

- Oi. – disse baixinho, sem saber o que dizer. Ele revirou os olhos.

- Não precisa ficar com vergonha de mim, Bella. Sou seu irmão, lembra? – disse brincalhão. Pulei em cima dele, abraçando-o.

- Desculpe, Harry. É que você estava bastante nervoso na festa. Fiquei com medo que brigássemos novamente. – admiti.

- Sei que você não faria o que por um momento achei que faria. – se enrolou na frase.

- E o que isso quer dizer? – ele suspirou.

- Eu sei que você não iria com o Malfoy, Bella. Você sabe que eu o odeio e também, você nunca demonstrou sentimentos por ele. – disse como se fosse obvio. Meu coração despencou. Se, por um acaso, eu e o Malfoy tivéssemos alguma coisa, talvez, o Harry nunca me perdoasse.

- Mas porque você o ajudou? – perguntou curioso. Suspirei.

- Eu queria saber se ele era ou não um comensal da morte. – disse rapidamente. Não queria mentir para o Harry.

- E você descobriu? – perguntou ansioso.

- Si... Não! – mudei rapidamente minha resposta. Como eu poderia trair o cara com quem acabei de beijar? Eu não faria isso. – não. Não descobri.

- Ah, que pena. – disse desanimado. – Mudando de assunto. Você já fez suas malas? Amanhã iremos pra Toca, não é demais!? – disse animado.

- Harry... – disse lentamente. – eu não irei pra Toca amanhã.

            - Por que? Pare de brincadeira. Porque você ficaria aqui? Os Weasley estão loucos pra te ver! – disse, confuso.

- Eu irei para Forks. – afirmei. Ele olhou-me com atenção. Eu retribui o olhar, confusa. - ué, você não vai gritar dizendo pra mim não ir? – ele suspirou pesadamente.

- Acho que estou me mostrando um irmão muito mandão, não? – falou envergonhado, e suspirou novamente, quando assenti. – eu imaginava que você iria querer saber mais sobre a morte de seu pai. Mas é muito perigoso!

- Eu sei me cuidar, Harry.- ele sorriu.

- Claro que sabe. Mas leve a capa de invisibilidade, ok?

- Ok! – disse assentindo.

- E você já falou com Dumbledore? – acho que ele não conseguiu conter a esperança na voz.

- Sim. E ele deixou. Mas terei de ir para a Toca depois. – disse sorrindo carinhosamente. Harry também sorriu.

- Bem, então vamos dormir. Já esta tarde. – assenti.

Infelizmente, demorei para dormir. A cena de mim beijando o Malfoy era… irreal. Será que tinha mesmo acontecido? Desde quando eu sou tão ousada?

Ainda me lembrava do meu medo dele não retribuir, mas... Ele retribuiu. Beijou-me de uma maneira que tenho certeza que Edward nunca me beijaria. E o Malfoy não foi carinhoso, não me tratou como se eu fosse frágil, como ele fazia. E eu gostei. Muito. Me fez sentir poderosa.

Naquela noite, dormi sorrindo, sonhando com o beijo. O primeiro beijo entre mim e o Malfoy.

*-*-*-*-*-*-*-*

A casa não tinha sido vendida. Respirei fundo, antes de abrir a porta. Ela, obviamente, estava trancada, mas com um alohomora ela se abriu facilmente. Travei logo na entrada. Era difícil estar novamente ali, sabendo que era por minha culpa que a casa estivesse desocupada.

O certo era Charlie me receber com um oi alegre, dizer que vai casar e que teve uma confusãosinha no trabalho. Mas isso não iria acontecer. Por minha culpa. Suspirei longamente, ainda em dúvida se ficaria ali ou não.

Bem, eu não teria para onde ir, se queria realmente achar alguma pista de sua morte. Entrei rapidamente, e passei em cada canto da casa. Todos os móveis estavam ali. Tudo igualzinho como da última vez. A mesa ainda tinha a marca da cerveja. A televisão estava ali, como se esperasse que Charlie a olhasse mais alguma vez, e xingasse os jogadores de beisebol.

Senti um bolo em minha garganta, e me controlei para não chorar. Subi para o meu quarto; estava tudo do mesmo jeito. Joguei minha mochila na cama e fui tomar um banho. Logo após fui cozinhar algo para comer. Assim que acabei, corri para pegar a capa de invisibilidade, e sai de casa. Coloquei a capa. Agora, só faltava pensar para onde iria.

Já que eu estava ali, não faria nenhuma mal eu fazer uma visitinha para os Cullens... Eu poderia perguntar se eles não tinham alguma pista, enquanto ficaram aqui... Eu sabia que eles tinham voltado, pelo menos era obvio, já que eles foram no enterro de Charlie. Mal não faria, falar com eles... Ok, eu sabia que eu só estava tentando arrumar desculpa. Eu queria vê-los. Mesmo não admitindo, eu sentia saudades.

Coloquei a capa e aparatei. Logo a casa dos Cullens estava na minha frente. Exatamente como eu me lembrava. Pelos vidros, dava para ver que a casa estava realmente habitada, mas não tinha ninguém ali nomomento. Bem, eu poderia esperar, não?

Sentei no banco que tinha na varanda, fazendo alguns feitiços no vaso de flor, tentando me entreter. Fiquei mudando a cor do vaso, e quando eu recém tinha deixado roxo, ouvi um barulho.

Rapidamente pus minha capa e lancei um abafiato ­– feitiço que Harry me falou, depois de ler no livro do Príncipe mestiço - em volta de mim. Logo Carlisle e Alice apareceram numa velocidade inumana, e passaram pela porta, não notando que eu estava sentada ali, que eu os via e ouvia. Poucos segundos depois, Edward também passou por ali. Meu coração disparou, ele continuava tão lindo.

Pelo visto, a capa impossibilitava que eles sentissem meu cheiro também. Muito obrigada, pai - pensei, feliz por meu pai ter nos deixado essa capa. Segui-os para dentro da casa, ouvindo-os (e olhando que nem uma retardada para o Edward).

- Temos que pegá-la antes que ela faça alguma coisa. – dizia Edward, e fiquei curiosa. De quem eles estavam falando?

- Eu não entendo. O que ela quer aqui? – questionou Carlisle confuso e intrigado.

- Também não entendo. Ela não atacou, apenas fugiu. – disse Edward emburrado. - Alice, tem certeza que não viu nada?

- Eu já disse. Victoria não tomou mais nenhuma decisão – Alice falou impaciente, enquanto eu congelava. Victoria estava aqui? Em Forks? Mas o que ela iria querer? Os Cullen? Mas ela não teria chance contra eles! Oh Merlim, essa mulher é louca? Mas talvez...

- James! – exclamei, e olhei assustada para os Cullen. Rapidamente tampei minha boca, mas agora já era. O estrago estava feito. – olhem, desculpem ir invadindo... – não consegui completar, pois Edward me interrompeu-me furioso.


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Notas finais do capítulo

Oieeee. Nossa, fiquei super chateada com a MTV... Harry Potter bem que poderia ter ganho algo né (além de melhor vilão- prêmio muitoooo merecido por Tom Felton)? Sim, sei que eclipse mereceu e talz, mas pocha, é o último ano de Harry Potter... Vou torcer para que Harry Potter 7 parte 2 ganhe alguma coisa...

Mudando de assuntooooo: que que acharam do caps? Ele foi bem simplesinho, mas a Bella beija o Draco *-*. Próximo capítulo já ta pronto, só falta a mandinhah betar. Beijooos, nos vemos nos reviews ;D