I'm Having Your Baby escrita por Yuri Mesquita, Lily Potter


Capítulo 2
Parte Dois


Notas iniciais do capítulo

Olá olá, apenas passando para desejar a todos vocês uma ÓTIMA leitura, e pedir pra que pelo amor de deus leiam as notas finais SOS



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20 de janeiro de 2019, Londres, Inglaterra

Dois meses se passaram desde que Harry descobriu que seria pai, e há dois meses ele morava com uma mulher grávida que se estressava muito, muito, muito facilmente. E ainda assim eles não sabiam como iriam lidar com os pequenos bebês que iriam nascer em apenas cinco meses. Sim, bebês. No plural. Ginny estava grávida de duas meninas. E ele ainda não havia tido culhões suficientes para contar a seus pais.

E sim, ele estava pensando nisso enquanto estava preparando um almoço tardio para si e Ginny, afinal já se passavam das três da tarde e eles haviam acordado há apenas uma hora devido uma noite carregada de desejos e mal estares vindos da ruiva. Numa dessas ondas de desejo imensurável ela lhe pediu cachorro quente com purê de ervilha e ketchup, fazendo com que o moreno fosse até o centro da cidade apenas para comprar um.

Ele havia acabado de servir os pratos na mesa para que a ruiva pudesse enfim saciar sua fome. Em poucos minutos o prato cheio de comida, digno de um time de jogadores de futebol, fora totalmente posto intestino adentro pela ruiva. Ainda com os olhinhos brilhando ela olhou para Harry com um pequeno beicinho formado em seus lábios, gentilmente, implorando para que ganhasse mais comida. Não era sua culpa! Deveria comer por três, principalmente levando em consideração que somente ela comia normalmente por dois, ou seja, no total eram 6 cabeças a se alimentar: Harry, ela, as gêmeas e ela novamente.

Enquanto se dirigia à cozinha para servir mais um prato a mãe de suas crianças, Harry ouviu o som de sua maçaneta soar como se alguém tentasse destrancá-la. Ele não possuía olho mágico, então só sabia, normalmente, quem era assim que a porta era aberta e imaginando ser Hermione, perguntara se a ruiva poderia rapidamente atender. Mas assim que Ginny chegou na porta, ela fora aberta brutalmente, assustando a ambos.

— Merda de porta - Bradou uma mulher ruiva de aparência elegante e sofisticada parecendo estar totalmente deslocada naquele apartamento, exatamente como Ginny se sentia no começo. Seus cabelos eram de uma cor acaju perfeita e a pele bronzeada quase não possuía rugas e seus olhos eram tão brilhantes e verdes e ela era apenas tão deslumbrante, que Ginny mal notou a presença de um homem que parecia ser o espelho de Harry, reconhecendo a mulher na mesma hora. - Você precisa trocar esta fechadura, Harry, eu já- - Interrompeu-se encarando a jovem em sua frente. Uma jovem ruiva que estava ostentando uma não tão grande, porém não tão pequena, barriga de grávida.

Harry estava em total estado de choque antes mesmo de que a mulher pronunciasse aquele xingamento. Era como ver o demônio na sua frente, talvez pior, e entre ele e sua mãe, o Potter preferia mil vezes a primeira opção.

— Ginevra Weasley! - Gritou James Potter, um cara alto e muito bonito, e é claro o único ricaço amigo de seu pai que Ginny realmente gostava e que ela poderia dizer que até mesmo gostava.— A menina prodígio, o que faz aqui no mausoléu do meu moleque? Está tão adorável como a última vez que te vi, querida.

— Obrigada, senhor Potter. - Agradeceu a menina ruiva com um sorriso sem graça, não sabendo dizer se o Potter mais velho estava ignorando sua barriga ou apenas não havia notado. - Digo o mesmo sobre o senhor.

— Harry James Potter! - Gritou, ou melhor dizendo berrou Lily, parecendo se recuperar do choque em que entrara, com o rosto totalmente vermelho de raiva e os olhos duros em direção da cozinha onde seu filho, seu único filho estava parado na porta, parecendo um bebê aterrorizado. - Quando ia me dizer que você e Ginny voltaram a ser amigos? E Ginny querida, como vai seu pai? E a sua madrasta, Amélia?

Parecendo um pouco desapontada pela pergunta a ruiva abaixou um pouco sua cabeça e fechou sua feição, dando um sorriso amarelo mirado aos pés. Vendo aquilo Lily entendera que tinha tocado num assunto delicado para a pequena ruiva, rapidamente aproximando-se e acolhendo-a num abraço: - Me desculpe amour, não foi a intenção. - A ruiva mais velha apertou e aconchegou-a enquanto tinha um James fazendo carinho na cabeça da mais nova, com um sentimento de fraternidade pela a garota a qual viu crescer junto de seu filho.

No entanto Harry não conseguia entender aquilo. O que sua mãe queria dizer com madrasta? Arthur e Molly Weasley se amavam tão perdidamente quanto os pais de Harry, e isso era algo gigantesco. Era impossível imaginar que aqueles dois haviam se separado. Gostaria de saber aquilo pela ruiva, mas não se achava merecedor já que, mesmo sendo o pai de suas filhas, ela ainda o odiava, não é? Contudo, Harry não pode divagar mais sobre isso, já que sua mãe o tirara do seu mundo da lua ao, finalmente, notar a barriga da ruiva.

E ele achando que isso seria a primeira coisa que seus pais iriam notar nela.

— Ginevra Weasley! - gritou, surpreendentemente, James com o rosto chocado olhos vidrados na barriga da menina que estava coberta por um moletom da Universidade de Hogwarts o qual pertencia a Harry. - O que diab-?

É, agora fodeu, pensaram os dois jovens adultos em sintonia.

— Pai... - começou o moreno ainda sem saber o que dizer a seus pais, pois sinceramente ele mal conseguia explicar como ele parou de detestar a ruiva em questão, quem dirá explicar que teve um momento bêbado irresponsável com ela, e isto havia gerado não um, mas dois bebês.

— Ginevra Molly Weasley, você está grávida?! - Interrompeu Lily, gritando exasperada com tal fato. E com a barriga tendo sido notada agora não só por seu pai, mas também por sua mãe, Harry constatou o que já estava esperando... Suas filhas seriam órfãs de pai.

— Mãezinha, se acalme. - Implorou ele com a voz baixa tentando soar o mais doce e inocente possível numa tentativa, não muito eficiente, de permanecer vivo e não ser despejado do prédio devido ao barulho. Tamanho era seu medo de Lily Potter que fazia a diferença de alturas se inverter; era Harry um ratinho pequenino, apesar de ter quase um metro e noventa, e sua mãe era um grande e faminto leão, mesmo que ela tivesse apenas um metro e sessenta.

— Harry, você não ia falar que ela 'tá grávida? - Disse Lily, com um tom severo na voz, encarando-o com um olhar sério que deixava claro que eles iriam ter uma séria conversa a sós depois. - Meu doce, você está bem? Seu pai sabe disso?

— N-não, Senhora Potter. Ele está numa viagem de negócios, então preferi não atrapalhar. - A ruiva grávida respondeu envergonhada e um tanto com medo em sua voz. - Então vim passar um tempo na casa do Harry, para não me sentir sozinha. - Terminou ela ainda com a voz baixa, parecendo esconder algo mais por trás de suas palavras calmas e voz doce.

— Mas e o pai da criança? Ele está te ajudando? - Foi James quem tomou a palavra.

Harry quis morrer assim que o pai parou de falar, sinceramente, como alguém tão inteligente como seu pai, um intelectual, o homem considerado um dos maiores cientistas do século simplesmente não havia notado que o único motivo por Ginny estar ali em seu apartamento era porque o filho era dele.

— Senhor Potter... - Ginny não sabia como falar aquilo. Harry deveria ser o único a explicar toda a situação para eles, afinal os pais eram dele e não dela.

— Não precisa de formalidade, pequena. Nos chame pelo nome - Disse o moreno mais velho rindo. James e Lily já pareciam mais confortáveis, ambos haviam sentados na pequena mesa de jantar, juntando-se a Ginny, deixando apenas Harry de pé, ainda na mesma posição de quando eles haviam chegado há quase quinze minutos.

— Bem Senhor Potte-... Quer dizer James... - Ela definitivamente não sabia como falar aquilo. Era tão malditamente constrangedor, quer dizer, eles a conhecia desde que ela era uma pirralha catarrenta e corria atrás do filho deles, como ela deveria saber explicar que iria ter duas coisinhas minúsculas e que o pai era o filhinho querido e inocente deles? Não tinha como isso dar certo. - Sim, ele está me ajudando...

— E quem é, querida?

— Mãe! - Reclamou Harry já sentindo o rosto ficar mais quente, talvez até mesmo corar, mas céus, sua mãe era tão indiscreta às vezes, a situação por si só era muito constrangedora e o deixava aflito e ela ainda por cima ficava sendo tão malditamente indiscreta. - Tenha tato, pelo amor de Deus!

— Me desculpe pela indiscrição, flor, eu sou apenas muito curiosa. - Riu a pequena ruiva mais velha, parecendo se divertir com o constrangimento do filho. Lily Potter era uma mulher de classe, mas sendo uma atriz, era muito difícil sempre manter uma postura séria, principalmente quando seu marido era um brincalhão nato. - Mas então - Riu maliciosamente erguendo uma de suas sobrancelhas - quem é o sortudo?

— Mãe! - Gemeu Harry frustrado, ela certamente sabia como envergonhá-lo

— O que, Harry?! - Perguntou irritada ao ser interrompida novamente pelo filho. Ele certamente não agia como ela e James, tão certinho e comportado. - Não é como se ela fosse falar seu nome!

Ao ouvir essas palavras, automaticamente, Ginny pôs-se cabisbaixa, mexendo envergonhadamente os pés, batendo as pontas das pantufas uma contra as outras. Seu silêncio e o pânico estampado na cara de Harry poderiam ser percebidos facilmente, e não fora mera coincidência.

— Por Deus, mãe! - Irritou-se o moreno mais novo aumentando a voz e finalmente reagindo àquilo tudo que acontecia, ele colocou o prato na mesa e encarou a mulher mais velha de perto e depois olhando para seu pai. - Eu sou o pai. Eu. Sou. O. Pai.

E como uma fruta madura que cai do pé de uma árvore, ou como o vaso caro que a criança sempre derruba durante suas brincadeiras, a grávida ali presente mais uma vez tornava a ir de encontro ao chão de madeira, foi agarrada pelos fortes braços do Potter mais novo, que trouxera-a para mais perto de si. Talvez a revelação dada por ele não fora das melhores, principalmente considerando o estado de nervosismo que ambos se encontravam.

O breve silêncio que havia se instaurado até o momento do desmaio de Ginny, fora quebrado por James, que se aproximava do filho sussurrando palavras como: "Eu cuido dela.", pegando a jovem em seus braços e encaminhando-se ao quarto do filho, deixando apenas mãe e filho ali na intenção de que conversassem. Harry agradeceu mentalmente, como também o amaldiçoou, seu pai por ter feito aquilo.

— Por que não nos contou? - Foi Lily quem tomou o primeiro passo, tendo em resposta apenas o silêncio de Harry. Ele era um covarde, foi um covarde ao enrolar para contar a verdade, e estava sendo agora ao evitar os olhos de sua mãe.

— Eu estava com medo da reação de vocês. - Segredou ele em um sussurro quase inaudível, os olhos levemente marejados. Harry era filho único, depois deles seus pais não conseguiram ter mais nenhum filho, e isso o deixava com medo de decepcioná-los. - Tive medo de decepcionar vocês. - Pausou - Olha pra minha vida mãe, eu sou pai e eu tenho só vinte e um. Você obviamente iria me matar ao descobrir, e isso sendo a melhor das hipóteses.

— E qual a pior?

— Você nunca mais falar comigo. - Admitiu ele silenciosamente.

Harry levantou o rosto ao perceber o par de braços de Lily o envolvendo num abraço apertado e molhado pelas lágrimas que escorriam pelo rosto de ambos. Eram poucos os momentos em que Lily chorava na frente dele, mesmo que ela fizesse isso com uma certa frequência em frente as câmeras, eram poucos os momentos em que ele chorava na frente dela desde que se tornou um adulto, contudo, nenhum dos dois fez a mínima menção de parar; nenhum dos dois queria parar.

— Oh, Harry, querido, eu não pararia de falar com você nem se você tivesse cometido um crime, eu sou sua mãe, e eu amo você. - Lily disse com os olhos vermelhos do choro enquanto secava o rastro longo de lágrimas do rosto com seu punho. O moreno a abraçou mais forte não querendo perder o calor que emanava de sua mãe, parecia que um peso gigantesco havia sido retirado de suas costas, ele não fazia ideia de como não dizer a verdade aos seus pais estava o matando.

— Eu não queria decepcionar vocês, mamãe. Não queria isso - Dizia um Harry choroso, como criança, fungando e soluçando. Sentia-se novamente como quando tinha por volta de seus cinco anos, talvez mais; vivia chorando com medo do escuro ou de monstros que ele acreditava existir embaixo da cama e mesmo assim, sempre havia os braços de Lily, a sua fortaleza, onde ele poderia se proteger de todo o mal graças ao amor de sua mãe.

— Você não nos decepcionou, Harry, estamos apenas surpresos, você sempre foi tão centrado e certinho que, bem, eu não esperava que você fosse cometer um deslize desse tipo. - Lily afagava seus cabelos enrolados, mantendo-o próximo de si, mas ainda assim, dando-lhe um pequeno cascudo irritada - Mas agora, senhor Potter, eu serei vovó então espero que cuide bem direitinho dessa criança, senão você realmente vai ser um homem morto. - Sorriu docemente ao completar a frase, vendo seu filho coçar na nuca o local onde havia recebido a pancada.

— Na verdade, são crianças, senhora Potter. - Corrigiu a voz suave de Ginny ainda parecendo um tanto pálida e preocupada, e logo atrás dela estava James com um rosto suave, olhando carinhoso para sua esposa e filho.

— Você não brinca em serviço hein, garoto? - Brincou o moreno mais velho rindo do rosto corado do filho e da ruiva menor. Obviamente ele não esperava se tornar avô tão cedo, mas agora que tal coisa estava acontecendo, ele percebia que estava feliz e até mesmo animado sobre isso. Já Lily, após ouvir a doce, porém ainda fraca, voz de Ginny, acabou por acertar mais uma pancada na cabeça de seu filho, no exato local da anterior.

— Caramba, mãe, isso dói! - Reclamou ele com um beicinho triste, esfregando o local que estava dolorido com uma careta, apenas para ouvir Ginny rir dele. - Pare de rir, sua traidora, eu sou o pai das suas filhas!

— Mas parece mais com um bebê chorão.

— Da próxima vez, seu merdinha, use camisinha se não quiser que doa de novo. - Rangeu os dentes a ruiva mais velha, virando-se e indo em direção até a ruiva mais nova, pegando em suas mãos e olhando-a nos olhos - Iremos te ajudar com o que for, minha flor, mas com duas condições.

— Quais? - Perguntaram os três outros seres ali presentes em uníssono.

— Convencer ao cabeça dura do meu filho sair desse lugar terrível - Fez uma pausa dramática, olhando misteriosamente para o marido e depois para a ruiva mais nova - E contar ao seu pai.

— Pode desistindo dessa ideia doida, eu não vou me mudar. - Declarou o moreno mais novo com o rosto irritado, parecendo totalmente certo daquilo, lidar com o fato que seria pai já era difícil, mas sair de seu apartamento? Nem que o pagassem, ele faria isso.

POW!

Mais uma pancada fora mirada no mais novo, entretanto não fora Lily quem dessa vez o acertou novamente, mas sim James: - Mas você vai sim! - Olhou para o filho em um tom zangado - Minhas netas não vão morar em um prédio caindo aos pedaços, garoto.

— Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira!

22 de fevereiro de 2019, Londres, Inglaterra

— Sua raposa ardilosa, eu não acredito que você me fez sair do meu apartamento. - Reclamou Harry, pelo o que parecia ser a octagésima vez aos ouvidos da ruiva. Há apenas um mês os pais do Potter haviam-na intimado para convencer o moreno a sair do prédio de tijolos. Ela apenas não sabia que fazer aquilo faria com que ela escutasse tantas reclamações.

— Harry Potter, pare de reclamar sobre a mudança, eu estou carregando dois seres dentro da minha barriga, estou parecendo a droga de um elefante, e você se acha no direito de reclamar por estar se mudando para uma casa na mesma vizinhança do seu antigo apartamento? - Respondeu ela grosseiramente, toda a pouca paciência que ela possuía precisou usar para aguentá-lo reclamar durante o pequeno trajeto de carro.

O tempo que passaram juntos no antigo apartamento de Harry, serviu para os aproximar, mesmo que um pouco lentamente - até demais. Foi algo simples e sutil no início, onde o moreno movia-se do sofá para dormir na mesma cama que a ruiva durante as noites de tempestade, pois ela possuía pavor de relâmpagos e trovões, acalmando-a na intenção de que todas as três meninas ali ficassem em segurança.

Infelizmente, a proximidade que eles haviam ganhado com o tempo morando juntos não fazia com que as brigas parassem. Os estresses de Ginny graças a gravidez pareciam piorar constantemente conforme o passar dos dias e meses, com desejos estranhos, noites em claro segurando seus longos cabelos cor de fogo para que vomitasse.

— Você tem razão, me desculpe, Ginny. - Desculpou-se o moreno com um suspiro parando de reclamar, ela tinha um bom ponto, e ele estava apenas sendo um bebê chorão. Era possível notar um pouco de amadurecimento em Potter, até mesmo por parar de chamar Ginny por seu sobrenome. - Você está certa, agora, vamos, as malas não vão se desempacotar sozinhas. - Quando dito que ele havia amadurecido um pouco, era realmente um pouco, pois assim que eles saíram do carro, ele começou a correr pelo quintal como uma criança.

E mesmo assim, mesmo correndo como uma criança pequena, Ginny não podia deixar de notar toda a beleza que era Harry Potter. O sol do começo da primavera refletia em seu cabelo, tornando-o ainda mais bonito do que era normalmente e, ainda assim, o que fizera com que ela se apaixonasse nele, não foi seu corpo forte e sarado ou sua admissível beleza: o que fez com que ela se apaixonasse, de novo, fora o fato de que ele ainda era o Harry Potter brincalhão, doce e que enfrentaria qualquer coisa por quem amava.

Ele ainda era Harry Potter, o mesmo por quem se apaixonara nos seus oito anos. E ele agora também era pai de suas filhas. Ela ainda não conseguia acreditar que iria ter dois bebês em seus braços dentro de quatro meses, na verdade há três meses sequer se imaginava tendo um filho. E agora, por ironia, azar, sorte, ou o que você preferir chamar, do destino, estava grávida de duas meninas.

— Espera por mim, cabeção, eu não consigo me mover tão rápido quanto antes. - Pediu ela exasperada saindo do carro com um pouco dificuldade, porque ele tinha que ter um carro tão alto? Ele nem mesmo precisava compensar o tamanho da ferramenta que ele tinha entre as pernas. - E não esqueça de pegar as malas!

— Sim, senhora, deseja mais alguma coisa? - Falou ele com um revirar de olhos carinhoso, já buscando as malas que estavam no carro, pois sabia que ela não deveria carregar peso. Ginny estava caminhando calmamente pelo caminho de pedras em direção da casa, e Deus, como ela estava linda. Harry sempre a considerou uma mulher linda, mas agora que ela estava grávida, ela parecia brilhar, hoje ela usava um vestido de inverno amarelo, com uma linda meia-calça cor de pele, uma bota longa e um grande sobretudo marrom que fazia um belo contraste com seus cabelos vermelho fogo.

— Que você mova sua bunda bonita para dentro de casa para preparar minha comida, escravo. - Respondeu ela em um tom que ficava entre atrevido e jocoso, e logo em seguida já entrando dentro da não tão pequena casa. Era uma casa de dois andares de fachada azul bebê, uma garagem, um pequeno gramado com flores na frente da casa e um grande e amplo quintal na parte traseira, com direito até mesmo de uma piscina grande.

A casa havia sido um presente dos pais do moreno e os móveis, todos novos e da melhor qualidade, presente do pai da ruiva. Há apenas dez dias ela, juntamente de Harry, contou para Arthur que estava grávida e a reação dele não foi nada como os dois jovens papais esperavam. Ela poderia jurar que desde a morte de sua mãe, poucas vezes vira seu pai sorrir e parecer tão contente - Poderia até mesmo jurar que ele chorara, mas ele negou veemente, dizendo que era apenas um resfriado.

Como ainda estava viajando a trabalho, ele não poderia vê-la tão cedo, mas havia prometido pela sua vida que estaria presente no nascimento e daria tudo o que eles precisassem. Até mesmo ficou surpreso que o pai era Harry, que estava morrendo de medo do que poderia acontecer. Quando Ginny passara o celular ao moreno, ele estava pálido, até mais que ela, tremendo de medo e, se não fosse pela ruiva que o pegara pelo colarinho da camisa, teria fugido naquele exato momento. No final, Arthur apenas pediu que ele cuidasse bem de sua filha e suas duas netas, rindo com a voz de Ginny ao fundo.

As coisas finalmente estavam começando a se ajeitar na vida da Weasley, na verdade quase tudo estava perfeito, tirando o fato de que agora ela começava a considerar que lenta e diariamente estava se apaixonando pelo pai de suas filhas. Quem diria que se apaixonar por alguém era tão complicado? Afinal, agora que estava grávida dele e com ele tendo sempre deixado mais que claro que ele estava ajudando ela unicamente pelo fato de ser o pai, como ela saberia que todas as preocupações que ele tinha sobre ela estar bem ou não, não eram apenas por esse motivo?

Talvez fosse como quando tinham oito anos e no máximo poderiam ser amigos. Talvez...

Ou talvez não, afinal toda vez que ela colocava seus olhos nele, ela sentia uma vontade quase incontrolável de beijá-lo até que ele perdesse o ar, e com o passar dos dias ela sentia que se ele não transasse com ela logo, iria morrer. De tesão? Sim, mas ainda era uma morte. Não leve-a mal. Mas os hormônios estavam fodendo com a sanidade dela, a pouca sanidade vale ressaltar, pois quem a conhecia sabia que ela não era assim uma pessoa tão controlada, em termos gerais e suaves.

E ela não queria ser fodida pelos hormônios. Ela queria ser fodida por Harry James Potter. Seria pelos hormônios? Não. Em momento nenhum, mas se perguntassem a culpa seria claramente deles. Ela desejava seu corpo junto ao dele novamente desde que acordara naquela fatídica manhã, e perdera as contas de quantas e quantas vezes se fodeu em seus próprios dedos pensando naquela noite que aos poucos ia se lembrando. Poderia ser cômico se não fosse trágico a quantidade de vezes em que Harry quase a pegou nua no banheiro no meio da madrugada aliviando toda a tensão sexual que havia dentro de si, mas tudo por conta da preocupação com as crianças.

Não com ela em si...

Mas isso iria mudar, nem que ela precisasse forçar o Potter a enxergar que ela estava sedenta por ter seu toque na pele dela, seja ela dizendo descaradamente o que queria ou simplesmente mostrando a ele. Ela estava decidida a deixar algumas indiretas, afinal, Harry não era assim tão burro, certo?

— Ei, ruiva, quer comer alguma coisa? - Perguntou Harry entrando no quarto que ela escolhera para si, um cômodo de tamanho mediano de paredes rosas e janelas grandes, um grande closet branco, um banheiro e uma cama king size, a única suíte da casa.

— Sim, eu estou faminta... - Retrucou ela com a voz baixa e sedutora, olhando para o moreno de cima a baixo como se seus olhos tivessem o poder de vê-lo sem camisa, mesmo que no momento ele estivesse usando um suéter moderadamente grosso.

— Okay então. Meus pais estão vindo aqui para jantar em comemoração à casa nova. - Ele se aproximou dela, pegando sua cintura e abaixando-se em direção à barriga, mantendo seu rosto próximo da grande barriga. - Ouviram, meninas? O vovô e, a vovó estão vindo ver a gente! - Disse amável para os pequenos seres que vinham ganhando mais e mais tamanho dentro de Ginny. Por mais que toda a sua relação com a ruiva fosse minimamente conturbada, não poderia negar de que estava amando ver o quão próximo os bebês estavam de chegar. Mesmo com o crescente e constante nervosismo, estava mais do que ansioso.

Sim, Harry era tão burro assim.

E isso obrigava-a tomar medidas mais drásticas e direta, porque ela apenas sabia que se ele não a tocasse naquele instante, seu corpo entraria em combustão de tanto desejo que a ruiva estava sentindo pelo moreno de olhos claros. Com delicadeza, Ginny pegou na mão de Harry e o levantou, afastando as mãos do moreno de sua barriga, fazendo assim com que ele olhasse para ela.

— Qual é o problema, Ginny?

— O problema, Harry, é que eu estou faminta por você e eu juro que se você não me foder neste exato instante, eu vou ter um troço! - Exclamou ela em resposta com a voz soando um tanto grosseira e agressiva, mas com um olhar de desejo forte que deixava claro que não mentia.

— Ginny, o que-

A Weasley calou a boca de Harry selando nela um beijo fervoroso exalando todo seu desejo e tensão sexual que vinha acumulando há muitos, muitos, meses. Ela então guiou as mãos fortes do moreno para suas costas quando esse cedeu lugar à língua dela, que percorria como uma fera esfomeada em busca de comida. Era perceptível o tamanho da fome de Ginny em tê-lo naquele exato momento; queria sentir aquele maldito idiota dentro de si mais uma vez. Precisava sentir.

Harry não demorou muito mais do que alguns segundos para então tomar conta de toda aquela situação, arrancando fora suas roupas e as da ruiva que gritava incansavelmente o nome dele, junto de mais um milhão de sons, os quais ele pedia para que os vizinhos não ouvissem.

— Por favor, Harry - Ginny arfava ao ser tocada pelos lábios dele - Eu preciso de você!

E bem, Harry Potter não era louco o suficiente para deixar Ginny passando qualquer que fosse a vontade. Principalmente quando a vontade em questão era igualmente prazerosa para os dois, e não terminaria com ela vomitando, ou assim ele esperava. E apesar de seu leve medo de machucá-la de alguma forma, não poderia negar de que ele também precisava muito de Ginny Weasley.

「〜 。〜」

Harry e Ginny estavam deitados no sofá da sala, quase transando novamente - Não, na verdade eles estavam transando novamente - , quando num rompante a porta da frente se abre e um furacão ruivo usando roupas caras entra, mas nem mesmo o barulho que ela fizera ao abrir a porta fez com que os dois parassem de se beijar por alguns poucos instantes.

— Harry, querido, você avisou a Ginny sobr... - A ruiva mais velha rapidamente se calou, andou em marcha à ré fechando a porta. - Eu que não entro lá - Ela disse baixinho a um James Potter que vinha subindo os degraus que separavam o quintal da varanda e a olhava curioso e interrogativo.

— O quê? Por quê? - Disse James, já então girando a maçaneta em suas mãos, abrindo a porta e vendo a tal cena. Rapidamente então, assim como a esposa, fechou a porta, recuou um pouco. James e Lily se entreolharam rapidamente, ainda mantendo o silêncio.

— VAI FILHÃO! - Gritaram ambos em unissom seguidos por diversos gritos em comemoração. Pouco depois, provavelmente uns seis a sete minutos depois, a porta fora aberta, agora não por eles, mas por Harry que encarava-os demasiado irritado.

— Sério? Vai filhão?— Questionou o moreno mais novo com uma aparência pós-sexo ainda sem suas roupas, nu como Lily o trouxera ao mundo, permitindo que seus pais entrassem. A sala estava bagunçada, as roupas dos dois espalhadas pelo sofá e chão, e algo que parecia ser o sutiã da menina estava pendurado na televisão.

— Ok, agora que a diversão acabou, vai pôr uma roupa, moleque. Já vi muito desse pauzinho quando você era pequeno, e não quero ver de novo não. - Disse James, o qual teve sua ordem acatada pelo filho que já estava a se encaminhar em direção do quarto.

— Meu pau não tem nada de "inho", papaizinho. - Resmungou o Potter mais novo emburrado, sua voz normalmente alta soando baixa conforme ele chegava próximo ao topo da escada.

— Onde será que é seguro sentar por aqui? - Questionou Lily em voz alta olhando envolta do lugar e tendo como resposta apenas o riso alto de seu filho, fazendo com que a ruiva mais velha soltasse um longo e alto suspiro afastando-se mais ainda do sofá.

Quando ele chegou ao local, foi surpreendido por uma porta fechando silenciosamente, tendo ali sua ruiva grávida já despida olhando-o com tanto desejo quanto a exatos poucos minutos do fim da última copulação. E assim como ela, Harry não poupara esforços para voltar a se excitar. Era o dom de Ginny Weasley; conseguia fazê-lo sentir tamanho tesão simplesmente ao olhá-lo.

— Você ainda tem um serviço a terminar, Potter. - Disse ela, caminhando sedutora e luxuosamente em direção ao moreno; pondo seu dedo indicador no meio do peito dele e logo mais a palma de sua mão inteiramente aberta nele, fazendo questão de empurrá-lo em direção onde haviam começado tudo. A cama.

— Eu tenho? - Perguntou ele com um pequeno sorriso de lado surgindo em seu lábios enquanto ele olhava malicioso para o corpo da sua ruiva que parecia estar cada dia mais bonito. - Será que a senhorita poderia me lembrar exatamente onde eu parei? Porque como você sabe eu tenho uma péssima memória, amor.

Mas espera...

Sua? Amor?

Em algum momento ele pudera realmente pensar nisso. Desejava Ginny, mais do que antes, mais do que todas as vezes em que se masturbara por ela desde sua primeira noite. O sentimento de pertencer a alguém e alguém pertencer a ele, não na forma possessiva da coisa, mas na forma de querer estar junto a todo momento e de sentir que poderia fazer crescer alguma coisa ali, nunca passou por sua cabeça antes. Ao que parecia grande parte de suas primeiras vez seriam com Ginny: a primeira vez que ele esqueceu o preservativo, primeiro sexo bêbado, seus primeiros filhos e talvez o mais importante seu primeiro amor.

Entretanto, essa não era a primeira vez que se apaixonava por ela. Era a segunda vez que se apaixonara por ela, por alguém. Sempre ela. Sempre era a pequena ruiva quem possuía a facilidade de domar seu coração. No amor, na cama, na vida e novamente no amor.

É, talvez ele realmente estivesse apaixonando-se novamente por Ginervra Molly Weasley. Mas ainda que esse sentimento fosse sincero, talvez não fosse nem nada além de sexo; talvez não fosse recíproco. Mas ele precisava ser corajoso e jogar limpo com ela ao menos dessa vez, pois ele apenas tinha certeza de que não conseguiria morar com ela, com a dona de seu coração, sem se apaixonar, sem amá-la toda vez que a visse, todo dia mais a cada segundo em que ela respirasse. Ele era dela e somente dela.

E ela? Ela queria ser dele?

Mas esses pensamentos que permeavam a cabeça do jovem Potter logo foram cortados por, novamente, uma Lily. Dessa vez não ocorrera de abrir a porta, talvez por medo do que poderia ver ali - A bunda, surpreendentemente, bronzeada de Harry -, mas ainda que tentasse, falharia. Ginny, dessa vez, também fora temerosa e trancara a porta.

— Ai! Olha só, vocês dois! - Gritou Lily à porta - Nós vamos sair para jantar em menos de duas horas, então independente do que seja lá que estejam fazendo, ao menos tratem de tomar banho e colocarem roupas, e nada daquelas roupas estranhas e rasgadas Harry. Você parece um mendigo nelas. Obrigada, de nada.

— Mãe! - Gemeu Harry em desgosto ouvindo o salto da mulher clicar para longe do quarto da ruiva. Não bastava ela interromper pela segunda vez consecutiva, a próxima ele até deixaria ela pedir música em comemoração, o sexo dele com Ginny, ela também estava insultando suas roupas, que eram muito estilosas e normais, por sinal.

Por outro lado, a grávida, que até sua mãe interromper ele estava beijando e acariciando com desejo, ria descaradamente de sua cara, parecendo não se preocupar com o fato de estar seminua e no colo do moreno enquanto tirava uma com a cara dele.

— Pare de rir, sua traidora!

— Desculpa Harry, mas ela tem razão. Eu amo a sua mãe! - Falou ela alguns segundos, que mais pareceram horas, depois, limpando lágrimas inexistentes do canto de seus olhos e em seguida ela se ajeitou no colo dele sentindo uma certa firmeza se pressionar contra ela, o que a fez sorrir maliciosa. - Mas eu, definitivamente amo mais beijar você.

Vendo que Harry permanecera com um pequeno biquinho formado em seus lábios, mesmo após ela afirmar que amava beijá-lo, a ruiva se aproximou, dando lhe um pequeno selinho: - Não fique assim, docinho. Podemos continuar isso a qualquer momento. - Ela sorriu de forma fofa para ele - Não esqueça que temos essa casa inteira só para a gente por uns longos meses ainda - Finalizando com um sorriso maliciosamente descarado e um beijo na ponta do nariz do Potter.

— Não podemos continuar o que começamos agora? - Perguntou ele com um olhar de cachorrinho que havia caído da mudança, apertando levemente a cintura dela. - Só um pouquinho?

— Não, Harry, seus pais estão esperando a gente e quanto mais cedo nós formos, mais rápido voltamos e aí você pode terminar o que começou... - Ela disse se levantando com uma mínima dificuldade, seguindo em direção ao banheiro dentro do cômodo. - Mas... - Continuou pausadamente - Talvez eu queira um pouco de companhia no banho. - Ela então sorriu maliciosamente, olhando-o com sua cabeça levemente inclinada, pondo seu dedo indicador na boca e suavemente desfilando para dentro do diminuto banheiro.

Harry até poderia ser muito lerdo na maioria das vezes, mas ele certamente não era louco a ponto de recusar tal convite da ruiva, e por tal motivo, mal as palavras saíram da boca da Weasley e o moreno a seguiu para dentro do banheiro, trancando a porta com um sorriso adoravelmente malicioso.

Eles não foram interrompidos dessa vez.

「〜 。〜」

Logo que puseram os pés em casa, estavam tão cansados que sua única preocupação era dormir. Jantaram no restaurante extremamente caro em que James e Lily os levaram. Fora algo demasiado bom para ambos, principalmente por não precisarem cozinhar, e Ginny, ainda que acanhada pudera comer suas refeições pelas comumentes quatro pessoas a quem era direcionado todos os alimentos.

A primeira ação dos futuros pais fora o banho, para então irem aos seus respectivos quartos. Ao menos seria isso o que ocorreria se após o banho a jovem Weasley não tivesse insistido quase como - se não igualmente - um bebezinho manhoso. E era claro que ele havia aceitado. Se algo acontecesse com suas filhas, ou com a mãe delas, Harry não se perdoaria, apesar de não ter muita certeza em como alguma coisa poderia acontecer de errado quando Ginny estava apenas dormindo.

E então deitaram-se juntos sem qualquer reclamação por parte do Potter. Eles apenas dormiram opostos um para o outro, ou ao menos tentaram. Pois, no alto da madrugada a ruiva despertara, não do sono, já não mais de costas a ele, e sim com seus olhos fixos nas costas definidas e bronzeadas de Harry, as quais admirava, assim como todo o resto do corpo, como o resto da alma, até que fosse tirada de seus pensamentos; de seu desejo...

— Ei, Harry, tá acordado? - Chamou num sussurro, Ginny.

— Hum - murmurou em resposta. Ele estava virado de costas para ela ainda mantendo seus olhos fechados, porém prestava atenção atentamente nas palavras da ruiva.

— A gente pode conversar? Não consigo dormir...

— Claro, pequena. Sobre o que você quer falar? - O quê? Pequena? Desde quando ele a chamava por apelidos carinhosos?

Mas Ginny manteve-se calada, somente respirando profundamente e então apoiara de supetão sua cabeça nas costas nuas do moreno. Ela apenas queria sentir seu toque, ela apenas queria sentir ele, não sexualmente, queria sentir seu coração, seu abraço, seu beijo. Ela queria sentir Harry. Ela queria sentir que o amor que sentia por ele não era uma via de mão única.

Ela queria amar Harry Potter.

Ela queria ser amada por Harry Potter.

Ela não percebeu, mas ele sim; suas lágrimas vinham escorrendo lentamente, dando o único brilho naquele escuro quarto, o qual era puramente iluminado pelos poucos raios de luz emanados pela lua. E então ele se virou até seu rosto, colocando sutilmente a mão no queixo, levantando-o até que os dois pares de olhos se encontrassem. Mais sutilmente ainda ele lhe secou aquelas lágrimas, beijando-a lentamente.

Não um beijo qualquer. Não era luxúria, não era algo quente... Era carinhoso, apaixonado. Era a peça chave que Harry não conseguia engatar simplesmente com palavras, ele não conseguiria nem mesmo se tentasse. Ginny era algo que valia mais que palavras; Ginny era algo muito mais do que palavras.

Ela era como o sol que entrava pela janela calmamente nas manhãs de verão te aquecendo e convidando a se levantar junto dele para aproveitar um dia bonito, como uma brisa fresca na praia que sempre vinha nos momentos que você precisava, como o cheiro de café da manhã que foi preparado com amor apenas para você. Ela era todas as sensações maravilhosas e brilhantes da vida, desde as mais simples até as mais grandiosas.

— Estou apaixonada por você, Harry... - E num pequeno sussurro, dito mais para si do que para o moreno, ela voltou a chorar. - Sou apaixonada por você desde que tínhamos oito anos de idade, e agora descobri que nunca deixei de estar.

— Ginny...

— Eu sou apaixonada por você, Harry Potter e digo isso não porque você deve me amar. Não, você não tem. Eu sou apaixonada por você e independente do que você diga, isso não vai mudar. Eu amo você, seu idiota do caralho. Amo você, sendo o pai de minhas filhas ou não, eu te amo.

— Ginny e-

— E eu sei que você vai dizer que não é recíproco, que eu mereço alguém que me ame também, que você não é nada além do pai das minhas filhas, mas mesmo assim, você é quem tem meu coração. Eu sou tremenda, absurda e irremediavelmente, apaixonada por você e vou entender se quiser que eu vá embora depois que elas nascerem. Está tudo bem.

— Caralho, Ginervra, eu te amo! - Ele exclamou com a voz soando um pouco mais alta que o normal; não estava gritando, mas o silêncio no quarto era tão grande que fez parecer que ele gritava. Não soava agressivo, não. Ele apenas queria a atenção dela, ele queria falar a verdade a ela - Venho amando você desde que eu era um pirralho catarrento.

Ele queria dizer o quanto a amava, o quão importante era sua presença para ele. Que não desejava em nenhum momento que ela fosse embora... pelo contrário. Ele desejava sua presença, ele desejava que ela estivesse com ele daquele momento em diante para que pudesse amá-la, para que pudesse dar a ela tudo o que ela merecia. Todo o amor que ela deveria receber. Queria saber como dizer que por muitos anos ele a amou secretamente, e que mesmo quando ele achava que estava apaixonado por outras meninas e dizia odiá-la, era somente nela que conseguia pensar, mas ele não era bom com palavras, elas o confundiam e o faziam perder as estribeiras, e por este motivo ele se permitiu beijá-la novamente com todo carinho que conseguia por em suas ações.

Naquela noite, aqueles dois jovens se amaram intensamente. Não de forma sexual, estavam muito cansados para mexerem mais que seus lábios e olhos, e sim por meio das conversas que tiveram durante toda a madrugada que ainda lhes restava. Ainda assim, não houve em qualquer momento falta de carícias. Pelo contrário, fora a parte mais importante para eles, onde finalmente se deliciaram com o toque um do outro que há tanto vinham desejando. Também ocorreram pequenas discussões - em que na sua maioria renderam tapas no moreno e muitos ataques de vergonha por parte da ruiva.

Somente quando os primeiros raios de sol começaram a surgir pelas janelas do quarto, iluminando a pele branca como neve no rosto de Ginny, foi quem ambos finalmente caíram no sono. - Ela era linda, ele não pode deixar de pensar.

— Eu te amo - Sussurrou de olhos fechados antes de então deixar o sono dominá-lo.

E assim dormiram, com um sincero sorriso de felicidade em seus rostos.

 

 


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Notas finais do capítulo

N/S: Alooou galeris, como cês tão?? Muita coisa mudou de ontem pra hoje né? HUHAUHAUHAUAHU, apenas brincando. Então o que acharam do segundo e último capítulo? Gostaram? Odiaram? Ficou gostin de quero mais? Bem nos deixe saber aqui em baixo, não esqueça de colocar na biblioteca que amanhã, ou segunda, a gente posta o epílogo, compartilhe e divulgue nossa fanfic se puder, pq motiva MUITO!!! Nós temos algumas fanfics postadas aqui na plataforma, e caso se interessem deem uma olhadinha depois, okay?

Se cuidem, lavem beeeeeeeeem as mãos, usem mascara quando forem sair e pelo amor de Deus NÃO saia de casa se não precisar de verdade! Segurança em primeiro lugar galeris! Mil beijos e até amanhã ♥

S/Y: Bom dia (ou qualquer outra hora do dia que vc esteja lendo)! Como vcs vão glr?
Espero de coração que estejam gostando e se divertindo mto com esse projeto de família.
Essa foi sem dúvidas a parte que mais gostei de escrever — e a que me fez chorar kk — e espero de coração poder transmitir oq senti enquanto escrevia.
Beijundas, lavem as mãos, fiquem em casa e se cuidem bastante!
Y!



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