Edd

Quando Dany me explicou suas preocupações eu entendi o seu descontrole.

-Desde quando você está preocupada com isso? A perguntei.

-Desde que a Alice disse as palavras.

-Você poderia ter me dito que estava preocupada.

-Eu sei, mas...

-Mas?

-Eu sei que você e sua família são bons, porem os vampiros que mataram meus pais não são, e eu não sei se eu quero ser uma vampira.

-Mas a tia Alice não disse que você seria uma vampira. Ela me olhou com cara de quem não entende nada. –Ela disse que você seria como eu.

-Você me perdeu. Ela disse com uma careta.

-Eu não sou só um vampiro, eu sou metade humano e essa parte é transmorfa.

-Isso com certeza é impossível.

Eu também achava porem como eu poderia dizer que algo era impossível, foi o que eu disse.

-Como alguém como eu pode dizer que algo é impossível? Eu sou a prova de que nada é impossível. Dei um sorriso e a abracei. –Tudo vai dar certo, eu prometo. Acariciei seu rosto com cuidado, eu ainda iria pedir ao biso pra dar uma olhada nela.

-Vamos pra casa, quero que o biso de uma olhada em você, e quero falar com o vô Edward e meu pai. Ela me olhou questionadoramente. –Se a tia Alice viu algo, mesmo que a visão tenho sido um borrão ou algo assim, pode haver um fundamento, e se existe alguma possibilidade disso ser verdade, meu avô e meu pai são as pessoas certas a se perguntar.

Fizemos o restante do caminho de mãos dadas e assim que chegamos em casa, todos da família estavam na sala, Jason já tinha contado do acidente, e eles estavam preocupados.

-Como você está querida? A bisa Esme perguntou.

-Estou bem, foi somente um susto. Alguns de minha família voltou a fazer o que estava fazendo antes.

“vô quero falar com você e com meu pai” pensei e falei em seguida.

-Biso você se importa de dar uma olhada na Dany?

-Claro que não querido.

-Não precisa Edd. Dany falou constrangida. –Não precisa o incomodar. Ela disse sobre o fôlego.

-Não é incomodo. O Biso a garantiu, eles saíram pro consultório e eu vi quando meu avô falou pro papai que eu queria falar com ele. Pedi também pra tia Alice ficar na sala, pra participar da conversa.

-O que você quer falar Edd? Meu pai perguntou. Eu contei minha conversa com a Dany, suas duvidas e minha opinião. Tia Alice falou que pensava como eu.

-Como assim Alice? Meu avô perguntou ouvindo bem mais que nós.

-Se a Dany fosse ser uma vampira eu poderia vê-la perfeitamente.

-Pode ser por ela estar perto dele. Meu pai sugeriu.

-Não. Era diferente, era como se ela realmente fosse como eles. Não como se estivesse perto ou até mesmo fosse como você ou a Nessie, ela era como eles.

As palavras da tia Lice me deram mais certeza.

-Pai, vô vocês já ouviram alguma lenda ou historia como essa? Eles me olharam e ambos negaram, porem meu pai sugeriu.

-Mas você poderia falar com seu avô Billy, ele conhece todas as lendas existentes.

Claro por que eu não pensei nisso.

-Pronto senhor preocupação, nenhum arranhão. Dany falou voltando pra sala.

-Fico feliz com isso. Disse a abraçando. –Amor vamos à casa do meu avô Billy comigo?

-Claro, quando?

-Agora.

-Desculpa amor eu tenho que voltar pra casa, a Ang me pediu pra ficar com os meninos pra ela e o Ben saírem.

-Ok, te deixo em casa e depois vou até lá falar com ele. Despedi-me de todos e saímos, agora que a Dany tocou no assunto eu tinha urgência de descobrir tudo que eu podia.

-O que descobriu? Dany perguntou enquanto íamos pra casa dela.

-Meu pai e meu avô não sabem de nenhuma lenda, porem meu pai sugeriu que eu falasse com meu avô Billy.

-Por isso está indo pra lá?

-Sim. A levei até a porta da casa dela. –Amo você.

-Eu também. Ela falou ficando na ponta dos pés pra me beijar. –Volta depois? Ela pediu e eu sorri.

-Sua prima não vai brigar?

-Só vai estar eu e meus priminhos... E eu posso precisar de ajuda com eles. Ela disse com um sorriso brincando nos lábios. A beijei novamente e sai.

***

-Oi vô. Falei entrando na casa de meu avô. Como sempre estavam quase todos lá, tia Ray, tia Becca, tio Paul, Brian e claro meu avô.

-Edd que bem vê-lo por aqui garoto. Cumprimentei a todos e me sentei na sala, ficamos um bom tempo conversando e sorrindo.

-Você quer falar comigo? Meu avô perguntou quando os outros distraíram.

-Sim vamos dar uma volta? Ele aceitou e eu sai empurrando sua cadeira.

-Vô você já ouviu falar de alguma lenda em que alguém virasse algo como eu? Perguntei assim que chegamos à garagem que costuma ser do papai. Ele sorriu, sua risada era rouca e aconchegante.

-Isso seria impossível meu filho, você e seus irmãos são únicos... Todavia...

-Sim?

-Bem existe uma lenda de um lobo, Tihundh, ele amava muito a mulher que era humana, e esse amor foi tão grande que ele conseguiu a transformar em uma loba como ele.

Senti meu coração bater mais forte e rápido.

-Como? Eu estava meio tonto.

-Tihundh era um transmorfo como você, porem ele não era quileute. Diz a lenda que ele amava a mulher e a cada ano que passava ele a via ficar mais velha e mais frágil, quando ela completou trinta e oito anos eles descobriram que ela estava muito doente e morreria em breve, desesperado ele tentou de tudo. E entre suas tentativas ele a transformou em uma loba.

-Como ele fez isso? Perguntei ainda mais ansioso, isso explicaria tudo, afinal como eu era metade humano e transmorfo e metade vampiro, seja o que for que Tihundh fez, se eu fizesse Dany seria como eu.

-Sinto muito querido isso eu não sei.

Por um segundo me senti frustrado, mas o que ele me disse já era muito valioso, se existiu alguém que conseguiu, eu descobriria como e se a Dany quisesse, ela já teria uma opção pra vivermos juntos por toda eternidade.