Namikaze Foxes escrita por DeathDragon


Capítulo 3
Ame orphans


Notas iniciais do capítulo

Minato, Natsuki e Yuuki se esforçam para seguir em frente.
Mesmo desconfiados estendem a mão a um menino ruivo e seu cão ambos famintos, com o tempo viram amigos e então o menino ruivo decide juntar os dois grupos de amigos que tem, trazendo um garoto de cabelos laranja e uma menina de cabelos azuis :)
Aposto que ja reconheceram o trio x]
O capitulo foi ficando longo decidi deixar a aparição dos Sanin pro próximo.
To pensando em adicionar um Tengu o que acham? Só que invés de ser oc penso no Shisui o que acham de Shisui Tengu? :D
ou... Um tengu que é cara do Shisui(e pai dele, Shisui é um hanyou e nem sabe)



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Ano 29, 02 de abril.

“Natsuki você me odeia?” — Perguntei exausto.

“Minato! Que pergunta é essa? Claro que não!...” As orelhas de Natsuki se moveram abruptamente, suas caudas balançavam nervosamente.

“Mesmo sendo um monstro?”

“Você não é um monstro! Quem disse isso?” Natsuki se empertigou todo com os pelos arrepiados. Me levantei também e mostrei as memorias de ontem. Sete caudas balançavam nervosas, suas orelhas ora achatavam-se no crânio ora se mexiam nervosamente.

“Acha que é um monstro por que mordeu papai? Isso acontece as vezes... Quando era mais novo e tinha apenas uma cauda... Fomos atacados pela mão direita de Tamamo-no-Mae e outros subordinados... Mamãe tentou nos proteger, mas estava ocupada demais lidando com Yamihono. Foi tudo tão rápido... gritos, sangue, corpos quando dei por mim era o único ali... tinha três caudas...”  Três de suas sete caudas ergueram-se vagarosamente. “Eu devorei eles... fiquei horrorizado depois. Papai me explicou que as vezes dominado por instinto uns youkais consomem outros. O mais forte sobrevive, alguns fazem isso de proposito mesmo para ficar mais fortes ou só por diversão.” Ele esfregou sua cabeça em baixou da minha mandíbula. “Não pense muito nisso. Apenas foi uma mordida ele teria se recuperado rápido se já não estivesse exausto e praticamente morto. Tamamo-no-Mae deu o golpe fatal ele teria perdido se não tivesse se intrometido e então estaríamos todos mortos.

“E se eu perder o controle novamente?” Estremeci só de pensar na possibilidade.

“Acha que eu não conseguiria te segurar até se acalmar? Eu sou forte, ainda mais agora com a herança de papai e mamãe. Teve sorte com Tamamo. Aposto que nunca se importou em saber sobre chakra e quando percebeu você pensou que era algum hanyou, já tinha lutado com papai, perdido caudas e estava gravemente ferida. Você foi inteligente, usou a emoção para bloquear os pensamentos, se tivesse pensando ia ter perdido feio”

Apenas suspirei e me enrosquei em Natsuki que deixou.

“Natsuki? Minato?” Erguemos as cabeças prestando atenção em Yuuki. “tem humanos por todos os lados. O que vamos fazer?”

Levantei de supetão. Como fui tão burro em quanto chorava igual um recém-nascido deixei minha família em perigo. Acalmei Yuuki e decidi com Natsuki. Guardei a espada e a pele é de papai em um selo, e então fomos embora. As proteções do lugar foram quebradas. Seguimos em direção oeste, o clima era pesado, durante o caminho tinha muito cheiro de sangue e gente morta.

“Yuuki aguenta mais um pouco. Mais a frente tem um país onde chove muito, acho que lá esse cheiro vai diminuir.” Seus olhos de cores diferentes brilharam.

 Eu e Natsuki diminuímos um pouco o ritmo e lambemos um pouco para encoraja-lo. Foi uma caminhada longa até chegarmos nas chuvas. Fomos para um lugar longe das pessoas achamos uma caverna e em seguida caçamos um javali. Quando voltamos sequei todos com uma mistura de katon e fuuton gerando um ar quentinho o pelo de ambos ficou todo arrepiado. Fiquei feliz quando isso arrancou uns risinhos de ambos. Depois riram mais ainda me olhando.

“Eu afofo a terra!” Yuuki se voluntariou.

Natsuki cuidou do fogo e eu do javali. Em quanto separava partes para assar começamos a conversar. Natsuki acha que outra Kitsune não incomodara tão cedo, pois a maiorias das sete caudas verdadeiras inimigas morreu, as oito e nove caudas de ambos os lados foram extintas. Ele disse que ainda vai demorar anos para dominar o poder que recebeu de papai. Não foi de maneira natural que nasceram suas quatro caudas adicionais. Yuuki terá mais dificuldade ainda ele ainda não passara pela experiencia de ganha uma cauda naturalmente.

Decidi criar um Kage Bushin, algo que vira em meus sonhos. Deu certo de primeira, meus irmãos ficaram curiosos. Disse que depois ensinava, usei o clone para despojar dos restos e cobrir nossos rastros. Espalhei pela caverna barreiras que papai me ensinou, criei umas escondidas na floresta para nos avisar de youkais desconhecidos e outras para repelir de nosso território. Criei dois clones para patrulhar enquanto meus irmãos dormiam eu fiquei de vigia e os clones patrulhavam. Quando o sol nasceu Natsuki despertou, ele tinha um ótimo controle de chakra apesar de não possuir tanto quanto eu tinha uma quantia razoável ensinei o Kage Bushin e fui dormir.

Os dias não eram tão divertidos quanto antes, mas tentávamos distrair uns aos outros. Yuuki resolveu um dia antes de caçarmos colher algumas folhas, frutas e raízes, não disse para o que era. Quando voltamos a caverna com a presa, jantamos e ele insistiu em ficar de vigia nessa noite aprendeu a fazer os clones, mesmo gastando mais chakra que o necessário e nos apressou para descansarmos. No dia seguinte quando acordamos ele estava todo faceiro. Natsuki e eu sentimos cheiro forte do que ele trouxe ontem, dava para sentir separadamente e ao mesmo tempo perceber que foram misturados. De noite nos mostrou todo orgulho o que aprontara, tintas de todas as cores. Essa noite meus clones patrulharam e vigiaram enquanto nós pitávamos a caverna. Metade do teto era uma noite de lua cheia com o céu estrelado, já a outra era um dia com belas nuvens em forma de raposas e um sol. Nas paredes eram uma mistura de desenhos aleatórios com de outros youkais, animais, floresta, grama, flores, arbusto.

“Que grande ideia que eu tive. Agora está bem melhor.” Yuuki disse todo orgulhoso. Natsuki e eu concordamos.

Quando amanheceu falei para os dois dormirem que eu ficaria de vigia. Dessa vez fiz quatro clones, dois patrulhavam e dois caçavam. Chovia bem forte, mas com os ouvidos aguçados podia perceber os animais fazendo barulho. Usei o modo que ouvia tudo para sentir como estavam as coisas a nossa volta. Haviam humanos passando pela floresta de maneira suspeita. Ninjas, pensei na hora. Estavam bem longe de nós, mas mesmo assim fiquei de olho. Logo meus clones chegaram e comecei a preparar a carne enquanto eles arrumavam o fogo. Meus irmãos acordaram com o cheiro bom como despertador. Nos empanturramos e cansado fui dormir.

 Nagato Uzumaki. Ano 30, 01 de Janeiro.

Acordei com os sons de meus irmãos andando pela caverna, só de ver o como estavam agitados me levantei logo.

“O que aconteceu?” Perguntei e já entrei no modo para sentir tudo ao redor. Havia um humano bem perto, não era um adulto parecia mais novo que eu e um cão pequeno.

“Um de meus clones avistou um filhote de humano de cabelo vermelho, acho que... ta morrendo”

Yuuki disse inquieto. Natsuki ia falar algo em cima, mas ficou me encarando, inclinou a cabeça de lado em uma pergunta silenciosa.

“Parece Uzumaki... Não é exatamente como o que me faz sentir nostalgia, ainda sim familiar... Difícil de explicar.”

Meus irmãos me olharam curiosos.

“E se deixarmos alguma comida para encontrar? Desse jeito não precisa ver a gente.” Disse rapidamente. Não colocaria minha família em risco para entender melhor uma memoria.

“Podíamos deixa-lo entrar e ver como reage...”

“É. É só uma criança humana, se percebermos más intensões não teríamos problemas em lidar com isso” Yuuki comentou confiante.

“Minato não faz essa cara. Não tem com o que se preocupar. Acho que isso animaria as coisas um pouco também” Natsuki comentou com um ar brincalhão.

A chuva estava forte, nós três fomos juntos até o humano, no meio do caminho caçamos uma família de coelhos que estava entocada. Nos aproximamos com cautela. Yuuki tinha razão estavam morrendo lentamente de fome. Eram pele e osso. Senti vontade de ajudar, dei meus coelhos a Natsuki, mudei para minha forma normal e me cobri com uma ilusão para parecer completamente humano.

Sai por entre as arvores fazendo barulho para alerta-lo ele se virou encostando na arvore assustado abraçou contra o peito o cão que rosnou para mim. Parei dando espaço, podia farejar o medo do cão, senti meus irmãos me flanquearem um de cada lado atentos, acariciei a cabeça de ambos para acalma-los. O tamanho natural de meus irmãos intimidava Natsuki era mais alto que eu em duas pernas, Yuuki tinha minha altura.

—Está perdido? – Perguntei era estranho falar depois de tanto tempo projetando pensamentos. Não ouve resposta. -Se quiser comer pode vir conosco, tempo o suficiente para todos.

—S-S-Serio? – O menino perguntou surpreso com a voz embragada. Não pude ver seus olhos encobertos pela franja.

Apenas estendi a mão, demorou alguns instantes, mas ele lentamente veio até mim. Seu cão rosnava sem parar, estendia a mão para o animal sem tocar e lentamente usei meu chakra. O Menino ficou tenso.

—Não vou fazer mal, assim ele vai entender minhas intenções. -Responde a duvida silenciosa. – Venha vamos sair dessa chuva. Disse me virando e voltando para casa.

Quando chegamos usei o vento morno para secar todos, meus irmãos empilharam os coelhos e olhavam curiosos para os dois convidados. Ambos estavam cautelosos e empolgados. Me deixaram ouvir suas conversas, parei de presar atenção quando começaram a falar das diferenças que eu e ele tínhamos apesar de eu ser humano também. Fiz o clone das sombras e me concentrei em preparar os coelhos.

—É... ninja? – O menino perguntou timidamente. Neguei com a cabeça. Sentia ele me observando. -é... de uma família ninja? -Neguei novamente com a cabeça.

—Não. O que te fez pensar isso? – Perguntei curioso. Meus irmãos ficaram em silencio também prestando atenção. Ele demorou um pouco para responder.

—Ninjas as vezes são...diferentes e andam acompanhados de invocações.

—Eles são minha família! -Soltei sem pensar, ofendido com a comparação de invocações. Instantes depois fiquei confuso. Invocações... eu sabia o que era isso...

—Desculpa! Não quis ofender. -O menino falou apressado.

—Ta desculpado.

—Obrigado. Fico feliz que não seja ninja... – Deu a impressão de que ele ia falar mais coisa. Coloquei as partes dos coelhos para assar e ficamos em silencio. Quando ficou pronto comemos até nos fartarmos.

—Vai com calma se não passara mal. – Avisei o menino.

—Obrigado pela comida... fazia tempo... que não comia algo... tão bom... -O menino disse em meio a mastigadas quando acabou a carne lambeu os dedos e suspirou. Após um longo tempo me deitei entre Natsuki e Yuuki. O menino do outro lado da caverna com seu cão.

—Não sente frio assim sem roupas? -Ele perguntou curioso.

Isso fez eu e meu irmão ficarmos alertas. Calmamente perguntei.

—Como me enxerga?

Ele corou antes de responder.

—Parece uma criança... como eu sem roupas, a não ser... pelas orelhas de raposa, olhos estranhos e nove caudas... hum... os outros dois também são diferentes... seis...sete caudas e o tamanho... por isso...por isso pensei que...fosse ninja... -Ele disse timidamente bem devagar.

Então ele nos viu através da ilusão desde o começo. Sem querer soltei algo que não sabia que estava entalado na garganta.

—Eu não te assustei? – Meus irmãos começaram a me cutucar e se enroscar em mim para me confortar.

—Um... pouquinho quando vi. Achei que era alguma assombração...mas foi a primeira pessoa que foi gentil comigo... em tanto... tempo. E... -Ele pegou o cachorro no colo novamente. Antes de continuar com a voz embargada. – Me ofereceu comida... *fungada* já tinha desistido sabe? *Fungada* Todos com *fungada* olhares de dó *fungada* ou... nojo... *fungada* diziam não...

Meu coração se apertou com a história do menino. Meus irmãos estavam na mesma situação.

“Tem nome?”  Yuuki perguntou curioso. Ainda chorando o menino levantou o rosto nos olhando nos olhos. Seus olhos eram roxos com vários círculos negros espaçados até a pupila.

—Desculpa. Sou Nagato Uzumaki. -Ele disse fazendo uma reverencia.

—Minato Namikaze, Natsuki e Yuuki. – Me apresentei e apresentei aos meus irmãos.

A noite foi longa conversamos até o amanhecer. Natsuki tinha muitas duvidas e eu perguntei tudo. Descobrimos que estamos no meio da segunda guerra ninja. Konoha começou com um desentendimento com Iwa e Kumo entrou no meio dai a coisa só piorou quando outros países entraram. Ele perdeu os pais quando ninjas pensaram que eram ninjas inimigos e desde então vaga sozinho pedindo comida de porta em porta.

De manha fiquei de vigia enquanto todos dormiam. Dessa vez criei três clones, dois para patrulhar e um outro para vigiar. Com a cabeça cheia eu queria pensar. Uzumaki...Lembro de uma menina e uma mulher de longos cabelos vermelhos, sorrisos, ataques de fúria, coragem... Konoha... arvores magnificas, floresta...casa...

“Minato devia dormir um pouco.” -Natsuki disse preocupado. Sacodi a cabeça.

“Vamos caçar?” Perguntei. Meus irmãos concordaram. Disse para Nagato esperar deixei um clone de vigia para se acontecesse algo. Essa caçada foi longa. Precisava correr e descarregar, meus irmãos não perguntaram nada apenas me acompanharam. No fim Yuuki todo orgulhoso pegou um javali. De noite preparei o jantar, meus irmãos encheram Nagato com mais perguntas. Me deitei aninhado em Natsuki e acabei dormindo.

Com Nagato junto nossa rotina mudou. Ele queria ajudar, mas tinha dó de caçar e esfolar os bichos. Um dia resolveu que seria útil passando informações do que acontecia e começou a ir para a cidade de dia. Da primeira vez que voltou estava meio triste resolveu passar na casa antiga e recolher pertences trouxe um cobertor grosso e quente, roupas e toalhas. No dia seguinte trouxe panelas, tigelas, tesoura, escova, pente e sal. Meu irmãos amaram a escova, adoravam ser escovados.

 Um dia quando fomos nadar Nagato resolveu que era uma boa ideia cortar meu cabelo. No começo fiquei em dúvida, mas gostei. Meu cabelo que já estava quase no chão de tão comprido agora estava curtinho deixei apenas duas longas mexas na frente que passavam um pouquinho do queixo. Meus irmãos estranharam um pouco minha aparência, as vezes eu também sentia a cabeça leve. Outro dia depois de voltar da cidade Nagato veio com um kimono branco.

—É bem simples, mas o tecido é bom. – Nagato disse, me mostrando as roupas. -Consegui trocar por algumas coisas que tinha em casa.

—Não precisava trocar suas coisas preciosas...

Ele simplesmente negou com a cabeça me parando. Meus irmãos olhavam curiosos.

—Se ficassem la alguém ia saquear... Troquei em algo importante para mim. Queria agradecer. – Ele disse sincero.

Aceitei o presente, tomei um banho e me vesti. Era estranho usar roupas. Me espreguicei e me estiquei todo. Não era ruim para me mover conclui. Natsuki e Yuuki ficaram atiçados, mudaram de forma so para experimentar, até serviu para Natsuki apesar de ficar justo, já em Yuuki ficou gigantesco. Não conseguimos segurar a risada quando ele provou. Uma coisa que me fascinou foi que as caudas simplesmente atravessavam a roupa. Isso deixou os outros curiosos também. Natsuki chegou à conclusão de que nossas caudas na forma humana não eram feitas de matéria física, que é igual quando usamos chakra ou youki para tocar algo, conseguimos tocar por que desejamos ao contrario pode simplesmente atravessar. No fim deixamos isso de lado.

Konan e Yahiko. Ano 30, 15 de fevereiro.

A guerra estava chegando no ápice. Começamos a conversar com Nagoto se era seguro continuar indo para a cidade. Ele ficou sem jeito e disse que conheceu duas crianças que também lutavam para sobreviver la. Uma menina gentil chamada Konan e um menino corajoso chamado Yahiko, eles o ajudaram uma vez quando um adulto tentou roubar as peles que vendia. Desse que nunca falou de nós para eles, mas percebemos o quanto queria. No fim conversamos sobre isso e resolvemos deixar os amigos de Nagato nos conhecerem, mas se reagissem mal iriamos apagar as memorias deles e fingir que nunca aconteceu. Nagato concordou. Em quanto ele foi buscar os amigos Natsuki deu a ideia de caçarmos e preparar comida, Yuuiki adorou a ideia e então fomos em tempo recorde. Yuuki pegou um faisão grande, eu filhote de cervo e Natsuki um serau.

“Acho que exageramos...” Natsuki comentou.

“Se comerem igual o Nagato vai é faltar.” Yuuki comentou.

“Vamos voltar e limpar tudo.” Disse apressado.

Com ajuda de clones arrumamos tudo, tinha ensopado, carne assada e frita com gordura. Guardamos um osso para Chibi roer e e os clones largaram as carcaças para algum outro animal se banquetear. Quando sentimos Nagato e mais dois humanos por perto nos preparamos. Natsuki e Yuuki voltaram a forma completa de raposa. Vesti a roupa que Nagato me deu, alguns minutos depois chegaram. Nagato entrou na frente animado e nos apresentou. O menino de cabelo laranja veio logo atrás cauteloso seguido de uma menina de cabelo azul que se escondia nas suas costas.

—Wow que esconderijo maneiro. -Disse o cabeça laranja olhando tudo. Notei que a menina silenciosa era mais observadora, passou rapidamente os olhos por tudo demorando-se apenas em meus irmãos e mim.

—Bem-vindos. – Disse sorrindo.

—Você soa como um menino... – O laranja comentou pensativo. Meus irmãos seguraram uma risadinha, eu fiz cara feia.

—Que bom né? Já que sou um menino. – Disse com um sorriso falso. Ele ficou vermelho e meus irmãos começaram rir chamando a atenção deles.

—Seus cachorros estão engasgados? – Ele disse preocupado.

Minha vontade era de um soco nele, acho que era a de meus irmãos também por que pararam de rir.

—Yahiko! – Nagato disse exasperado.

“São convidados. São convidados. São convidados. São convidados...”  Falei mentalmente para mim e meus irmãos.

Nagato se sentou perto da fogueira, Yahiko sentou ao seu lado logo em seguida e Konan sentou hesitante ao lado de Yahiko. Servi uma tigela para cada um e meus irmãos, Nagato se serviu e a Chibi. Yahiko aspirou a comida, só parando para lamber os beiços e dizer como estava bom, Konan comia devagar observando tudo.

—Como consegue tanta comida? – Yahiko disse em quanto se servia da segunda tigela.

—Nós caçamos.

Ele nos olhou de olhos arregalados.

—Sério? Nagato você disse que seus amigos não eram ninjas. – Yahiko se virou para os amigos.

—Ele disse a verdade. Não somos ninjas. Só ninjas caçam? -Disse curioso.

—Ãh?! Ah não, só que eles geralmente fazem isso melhor, tem super força, velocidade e um monte de outras coisas... – Yahiko explicou.

—Vivem sozinhos faz tempo? – Konan perguntou baixinho.

—Um ano... mais ou menos. – Disse.

—Nunca vi você na cidade. – Ela disse me observando.

—Nunca pisei em uma cidade. – Neguei com a cabeça.

—Konan! – Nagato disse bravo. – Desculpe Minato... é que viver na cidade é difícil, a maioria dos órfãos perdeu os pais para ninjas. Os adultos nãos são confiáveis...

Apenas acenei com uma mão para Nagato e dei de ombros. Peguei uma orelha e a dobrei até o nariz.

—Acho que estava certo essa minha aparência faz parecer que sou ninja... – Senti meus irmãos um de cada lado me pressionando com o corpo. -A verdade é que nunca conheci aqueles que me deram a vida... nem faço questão. Mesmo sendo diferente meus pais me aceitaram na família, cuidaram de mim, me ensinaram e me protegeram... Eu sei uns truques com chakra, mas não sou ninja. Nem sei se sangue de ninja corre em minhas veias... -Disse olhando as veias em meus braços brancos. Depois de desabafar encarei eles os três estavam com cara de enterro. Dei de ombros. -Passado é passado. A única coisa que me importo no momento é proteger minha família e viver em paz.

—Paz... -Yahiko disse sério e pensativo. -Um dia vou ser o homem que vai unir esse país e acabar com as guerras.

Konan olhou o amigo admirada, Nagato também. Essa fala fisgou algo que não conseguia me lembrar direito.

“Minato... pergunte a eles o que enxergam.”

“Como assim Natsuki?”

“ O que enxergam quando olham para mim e Yuuki”

“Ta...”

—Uh Konan, Yahiko. Só uma curiosidade como enxergam meus irmãos?

Yuuki e Natsuki balançavam vagarosamente todas as caudas no alto.

—Que irmãos? -Yahiko perguntou confuso. Antes que pudesse responder Konan franziu o cenho e falou.

—As raposas? O que tem para ver? – Disse olhando bem.

“Eles não enxergam nossas caudas” Natsuki disse.

—Contem quantas caudas vêm.

—Uma ué

—Uma

—Seis e sete.

Yahiko e Konan se viraram para Nagato o encararam uns instantes e depois meus irmãos.

“Isso confirma que humanos ainda não conseguem ver através da ilusão” Yuuki disse.

“E se tirarmos a ilusão... pronto e agora?”

—E agora quantas conseguem contar?

Os três nos olharam de olhos arregalados. Yahiko se espichou para frente e começou a balançar as mãos em Natsuki observei fascinado ela simplesmente passando por ele. Natsuki fez uma careta. Yuuki esticou uma pata que passou direto por Yahiko que se tremeu todo.

—Ai que calafrio.

—Eles ficaram estranhos... Não sei explicar. -Bem devagar ele se esticou e tentou tocar Yuuki com a mão simplesmente atravessando. – Whoa – Nagato disse espantado. – Eu vejo, mas não consigo tocar.

—Fantasma. -Yahiko começou começou a falar com os olhos arregalados e então e então veio com a mão na minha cara.

—Ei! – Resmunguei fechando o olho a tempo.

—Epa foi mal. – Yahiko se desculpou.

Abri o olho quando senti algo cutucando minha orelha. Balancei elas para me livrar do incomodo, vi que era Konan.

—São de verdade e macias... Oh voltaram.

Eles estão à vontade até demais. Me afastei de Konan com as orelhas rentes na cabeça e botei as mãos por cima.

—Nada de cutucar orelhas e caudas. – Disse já enrolando as minhas na barriga. Konan corou.

O resto do tempo jogamos conversa fora. Yahiko e Konan decidiram ficar.

 Um dia Yuuki e Natsuki disseram sérios que devíamos treinar eles com as técnicas chakra que conheço.

“Eles são mais fracos que o Chibi” Yuuki fez uma observação. Natsuki e eu concordamos.

Nesse mesmo dia durante a janta suspirei fundo e propus.

—Sei que não gostam de ninjas, mas já pensaram em aprender a usar chakra? Não precisam virar ninjas, só pelo menos aprender a se defender. O que acham? – Perguntei. Os três me encararam.


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