Namikaze Foxes escrita por DeathDragon


Capítulo 2
Father...


Notas iniciais do capítulo

Inari não sabe lidar com o novo "filhote" que Yuukimi arrumou.
Minato não é bobo e percebe, mas só perceber não ajuda em nada.
Algumas vezes as pessoas mudam tarde demais.
OBS: Não odeiem Inari, a situação dele seria como se seu/ua Esposa/Marido arrumasse um filhote de macaco pra casa e jurasse que era filho de vocês dois e irmão dos seus filhos em quanto você passou alguns anos fora de casa.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/790042/chapter/2

Ano 28, 01 de junho.

Amo minha família do fundo do meu coração, mas papai me entristece. Finjo não perceber os olhares acompanhados dos sentimentos de desprezo e nojo que ocorrem as vezes, principalmente quando eu treino com os outros. Isso sempre me faz lembrar de quem eu sou.

“MI-NA-TO! O que faz se admirando no rio?”— Meu irmão grita dentro de minha cabeça animado. Logo assumi minha forma de raposa. “ Ei volta a forma original é mais legal”

“Não. Gosto mais dessa.”—Respondi saltando sobre meu irmão e derrubando-o na água. Logo ele tentou me puxar junto, já pulei alto para longe e sai correndo floresta a dentro. Amava correr. Ouvia Natsuki vindo logo atrás e acelerei. Corri em círculos subi e desci morros...

“Chega! Chega! Desisto você corre mais rápido que eu” Ouvi Natsuki reclamar arfando. Desacelerei com cuidado pois meu irmão adora pregar peças.

“Não vale...” Antes que eu pudesse terminar de falar Natsuki pulou para perto com olhos arregalados. Sua expressão chamou minha atenção me encolhi e fiquei com os sentidos atentos. Humanos. Olhei para Natsuki e juntos nos escondemos em baixo de uma ilusão poderosa e silenciosamente saímos do local.

“Ultimamente muitos humanos tem passado por aqui” Natsuki disse preocupado.

“Estão em guerra. Duvido que estejam atrás de nós.” Disse por impulso. Essa era uma daquelas coisas que eu sabia mesmo sem saber como eu sabia.

“Mesmo assim. Papai diz que temos que ser cautelosos. Humanos podem ser perigosos.” Natsuki comentou tenso.

Isso era algo que eu também sabia, mesmo sem ter visto um de verdade ainda. Quando chegamos em casa Natsuki foi direto ao papai e eu fui me enroscar de baixo da cabeça da mamãe. Papai deu um daqueles olhares de relance e eu fingi não que não percebi. Ele saiu com meus irmãos para treinar e eu fingi estar dormindo. Sei que ele prefere ter um tempo livre só com eles.

Passei o resto do dia meditando, do jeito que fazia nos sonhos. O resultado era totalmente diferente, no começo era assustador sentir tudo ao mesmo tempo, mas agora isso me distraia. A cada dia que passava eu procurava o meu limite até que lugar eu podia sentir tudo? Sempre indo um tiquinho mais longe nunca descobri. Um lugar especifico na floresta sempre chamava minha atenção, dava uma sensação nostálgica. Algumas presenças também davam sensação nostálgica algumas mais que outras.

Já era noite quando resolvi sair, dei tchau para mamãe e voltei ao rio. A lua cheia estava branquinha e brilhante, várias estrelas também brilhavam pelo céu. Sozinho resolvi treinar os katas de espada que papai passou na forma humanoide de raposa. Escolhi um galho firme porem flexível era mais difícil do que parecia. Concentrei meu youki no galho fazendo-o pegar fogo sem queimar de verdade. Um truque para reforçar as coisas contra outros youkais que papai ensinou. Mais rápido, mais rápido... Pensava.

Do nada senti um arrepio na espinha o ar mudou e algo gélido estava perto. Me escondi com ilusões e fiquei em silencio torcendo para o que quer fosse não me percebesse. Percebi que não deu certo quando uma Bakemon-kitsune feita de fogo fantasma esverdeado apareceu. Uma, duas... Sete. Quase tantas quanto a mamãe. Fiquei em posição de ataque quando vi que a Bakemono se aproximar.

“Sinto cheiro de ratinho... Ratinho seja educado venha dar oi. Não adianta se esconder sinto o fedor de Inari e sua companheira de loooonge...”

Ele falava e falava e fava começando a ir em outra direção. Ainda bem que não mudei de postura pois do nada ele se virou e veio para cima como um raio. Com o coração a mil saltei e grudei em uma arvore. De cima joguei meu fogo de raposa contra ele que começou a rir.

“Cheiro de humano! Exorcistas? Monge? Miko? Não vejo isso a séculos!” Sem ligar para o meu ataque com simples movimento rápido de cauda me jogou no chão. “Cheira a humano, cheira a Inari... São amigos? Me conte onde ele está e te dou uma recompensa.”  Ele falou alegremente baixinho no meu ouvido. Me debati com toda a força que tinha, mas parecia estar grudado no chão. “Sempre se disse correto olha só, pai de hanyou! Espera até Tamamo no Mae saber disso!” Ele falava sozinho concentrei minha reiki como mamãe disse uma vez e tentei queima-lo com isso. “Isso doeu! A vingança será doce!”

Desesperado apelei para o Chakra a energia que mais tenho abundancia, não fere youkais como youki ou reiki, mas acerta. Como nos sonhos criei um manto que envolveu meu corpo e varias garras para tirar ele de cima de mim. Ele me perguntava sobre papai e eu me recusava a dar informação. Irritado ele começou a queimar tudo. Reforcei o manto de chakra e comecei a atacar com o que no sonho eu chamava de bijuudama. Bam Bam Bam torci para que o som de explosões alertasse os outros. Ele revidava com mais fogo e tentava me pisotear e morder, mesmo que conseguisse segura-lo ele era mais forte. No fundo do meu coração sabia que ia perder. Desejei que mamãe viesse me salvar, ela com certeza era mais forte que essa bakemono-kitsune. Papai não viria. Meu corpo ardia, mas não mais que meu coração doía de tristeza. No fim ninguém veio.

***vvwvvwvvw***

Acordei atordoado pontos brilhantes piscavam. Dor. Barulho. Coisas encostavam em mim tentei fugir. “Já disse que não vou contar nada!” e então o silencio e escuridão. Isso se repetira algumas vezes e eu seguia um instinto forte de não contar nada. Era isso que me mantinha firme mesmo com a mente confusa.

Uma vez foi diferente estava escuro e mais silencioso. Aos poucos minha mente foi voltando a funcionar e percebe que ouvia os sons da floresta, o cheiro era diferente da toca, mas tinha algo em comum o cheiro do papai.  Me levantei tenso a procura ele e percebi que ele estava enroscado ao meu redor, levantou sua grande cabeça e me encarou com os olhos dourados brilhantes.

“Ainda confuso?”

Ele estava preocupado comigo? Mexi as orelhas a procura de sons, farejei discretamente. Éramos só eu e ele.

“Você não é meu filho... ainda sim quase morreu para guardar nosso segredo... Por quê?” Ele disse calmamente.

Meu coração se apertou. O encarei. “Não sou covarde. Jamais colocaria mamãe e meus irmãos em risco para me salvar!” Não tinha intenção de falar com tamanha raiva. Fiquei surpreso do quantos suas palavras me machucaram. Eu achei que já tinha me acostumado com isso...

“Sua mãe e irmãos...”

Meus pelos se erriçaram. Ele ia falar... Ia falar o que eu já sabia... Não queria ouvir isso. Tenso eu esperei travado. Inesperada mente suas nove caudas me empurram para perto de seu corpo e sua enorme cabeça descansou em cima de mim.

“Não sei lidar com isso. Humanos... por anos... Passado... é passado. Vamos para casa.”

Papai me pegou entre os dentes com cuidado. Percebi que estávamos em um lugar diferente. Antes de chegar me casa reuni coragem para perguntar.

“Você me odeia?”

Ele parou.

“Humanos sim. Você, falsa raposa Minato Namikaze, não.

Não era exatamente o que eu queria ouvir, mas sentir a dor diminuir um pouco. Papai era rápido como vento logo chegamos em casa, assim que me soltou no chão meus irmãos vieram preocupados. Queria saber como eu estava. Se enroscavam e mim me lambiam, até mamão começou a me lamber. Natsuki riu do meu estado cheio de baba, no fim mamãe me puxou para o lado dela Natsuki se enroscou do outro lado, Yuukiko perto da minha cabeça, Yuuki nas caudas e resto se enroscou em cima de mim e Natsuki. O pensamento que devíamos parecer uma pilha de bolas de pelo e me fez rir.

Logo senti uma diferença na rotina sutil, mas que para mim fazia uma grande diferença. Nos treinos com papai não tinha mais a sensação de ser um intruso. Foi até estranho ver papai me olhando de uma maneira diferente e que ao mesmo tempo não era ruim. No treinamento com youki ele até encostou em mim para me mostrar o jeito de manipular para criar técnicas de fogo mais poderosas. Ele falava comigo mais do que o necessário. Encostou em mim para corrigir minha postura nos Katas mesmo quando estava na minha forma natural.

 No fim de uma tarde veio minha maior surpresa quando ele ficou sozinho comigo. Tirou uns papeis e um tinteiro do nada e os colocou no chão. O cheiro da tinta me deu aquela sensação de nostalgia gostosa.

“Minato. Isso que lhe ensinarei é uma arte antiga humana...”

Era a segunda vez que falava meu nome. Ouvi tudo que dizia com toda atenção que tinha. Me batia aquele sentimento estranho de nostalgia. Fuuinjutsu... essa palavra sempre surgia na minha mente, não conseguia parar de comparar sutras e feitiços com fuuinjutsu.

 Isso me deixava muito feliz. Fuuinjutsu me trazia alegria, esse treinamento com papai também. Podia sentir que ele gostava dos resultados também, não era o mesmo tipo de orgulho ou felicidade de quando Natsuki dominava algo, mas era bom.

Um dia criei coragem para perguntar como ele aprendeu algo que apenas humanos faziam. Sua resposta me deixara triste e pensativo. Como podiam aprisionar seres tão incríveis? Nem todos os youkais eram ruins e destrutivos. Subi bem alto numa arvore e descansei em um galho grosso admirando a lua. Essa noite em especifico uma memoria de uma ruiva sob o luar me surgiu. A presença de Natsuki me tirou da memória.

“Ei Minato... ainda está triste com papai?”

Enrosquei minhas caudas em mim. Essa pergunta... Me lembrei do reflexo no rio.

“Me considera seu irmão... de verdade?” Natsuki achatou as orelhas no crânio e suas caudas balançavam furiosamente.

“Claro que sim! Fui eu que trouxe você para mamãe Modoki!”

Modoki... isso de novo. Sei que o aniki não tem más intenções, ainda sim dói ouvir isso. Natsuki estendeu suas três caudas para mim. Olhei ele surpreso sem entender.

“Minato Namikaze. Eu Natsuki juro que sempre serei seu irmão mais velho!”

Meus olhos arderam, meu coração batia tão forte que dava para sentir no peito e ouvir. Tum, tum, tum...

“Natsuki. Eu Minato Namikaze juro que sempre serei seu irmão mais novo!”

 Minhas nove caudas se enroscaram em suas três, nossos youkis se misturaram. Ficamos assim um longo tempo até resolvermos voltar a toca. Mamãe e papai nos observaram um longo tempo aquela noite provavelmente conversavam mentalmente.

Ano 29, 01 Abril.

Brincávamos de ninja no entardecer o ar mudou do nada. Eu uma tarde quente de verão, nuvens escuras avermelhadas taparam o sol esfriou como o inverno e uma chuva ruim começou a cair. Nunca senti algo assim as gosta que pingavam doíam como se alguém jogasse pedrinhas com força.

“Fiquem juntos vamos para casa!” Natsuki rapidamente nos agrupou antes de sairmos.

“Achei as crias de Inari!” Uma Kitsune imensa de seis caudas fedendo a carniça apareceu do nada. Era de um preto opaco, magra cadavérica partes de seu corpo estavam expostos sem pele ou até músculos.

“Natsuki leve-os até a mamãe ou o papai eu seguro...”

“Ta maluco Minato? Temos...”

“Confia em mim não vai ser como da outra vez, se lutarmos juntos ele pode capturar um dos nossos irmãos como reféns!”  Eu disse enquanto liberava o manto vermelho e criava garras para segurar o inimigo. Senti o misto de sentimentos em meu irmão até que ele se decidiu.

“Irmão não perca para esse lixo!” Ele disse antes de sair para levar meus irmãos em segurança.

Mudei para a minha forma original, me sentia mais confortável lutando nela do que como raposa completa. Abri um pergaminho que criei com fuuinjutsu e peguei as armas de ninja que coletava no tempo livre, enquanto distraia com chakra eu colava os sutras nas kunais. Como meu irmão me ensinou criei ilusões minhas e comecei a atacar.

“Merdinha! Usar técnicas exorcistas é golpe baixo Hanyou de merda!” Ele rosnava irritado, o chão apodrecia ao seu redor. O fedor ia ficando cada vez pior era assustador. Era difícil manter a calma, o instinto de fugir lutava contra o de destruir o inimigo, o de proteger minha família ajudava a pesar na balança contra o de fugir. Usei minha velocidade que meu irmão tanto elogia para correr em volta dele. Suas caudas e patas me atacavam sem parar e em quanto desviava colocava discretamente os selos em volta assim que terminei ativei com minha reiki. Ele enlouqueceu dentro da barreira tentando quebra-la a todo custo.

Peguei um Tanto e comecei a reforçar ele com reiki, tinha que matar ele aqui.

“Olha o lixo querendo bancar o herói. Tamamo no Mae vai matar Inari hoje! Sua família vai virar comida para nós, não adianta se esconderem como ratos...”

Ele tentava me distrair, ignorei o que falava e continuei concentrado assim que senti o ponto, desativei a barreira e golpeei bem no pescoço. Um corte e a cabeça rolou. Só para ter certeza queimei o resto do corpo dele com Kitsune-Bi. Nessa hora tive uma ideia, fechei os olhos e me concentrei como mamãe falou, imaginei o universo infinito e uma esfera vazia usei todo youki que tinha, senti algo nas mãos e abri os olhos.

Acho que falhei, não pareci como mamãe descrevera um Hoshi-no-Tama. Parecia um globo de vidro qualquer... talvez sirva. Embrulhei em sutras para purificação e usei para absorver a energia da kitsune morta. Não pegou muito, mas meio que funcionou. Satisfeito guardei em um selo tatuado em meu braço. Sem youki usei meu chakra entrei no modo que podia ouvir tudo e senti mamãe com meus irmãos, senti papai cercado todos eram mais fracos que ele exceto por uma presença ruim. Por alguns instantes alucinei com uma aldeia pegando fogo e uma kyuubi vermelha destruindo tudo o sentimento era ruim e então sumiu. Sai do modo de ouvir tudo, estava quase vomitando com a sensação ruim o ser passava.

Mamãe e meus irmãos estavam a salvo, se papai perdesse a coisa ruim ia vir atrás de nós. Com esse pensamento decidir ir até o papai. Apaguei completamente minha presença como ensinaram, segurando o tanto com força utilizei o mínimo de chakra possível. Youkais não dão muita atenção a chakra aprendi com mamãe. Era fácil ver, uma clareira gigante e formara na floresta. Papai me disse uma vez que qualquer kyuubi pode ler a mente humana facilmente. Não podia se quer pensar em um plano.

Tentei relaxar e só assisti. Papai era poderoso destruía todos que se aproximavam em quanto lutava contra Tamamo- no-Mae. Os dois dançavam com as espadas, a de tamamo deixava um rastro de fogo enquanto a de papai deixar um rastro de raios. Ele cortou três das caudas dela ela levou lhe uma pata. Raízes surgiram do chão tentando prender Tamamo que começou a emitir fogo transformando tudo em carvão, esse instante de distração a fez perder mais uma cauda Furiosa arreganhou os dentes soltou uma baforada de fogo esverdeado, papai revidou com uma baforada de raios azulados. As coisas aconteceram tão rápido. Num momento papai estava prestes a dar o golpe final em outro uma horda de kitsunes o prendeu ele fritou todas com eletricidade porem esse foi o momento que a espada de Tamamo atravessou seu peito.

“Finalmente Inari. Devia ter se rendido olha o que nossa desavença nos custou. Morra sabendo que vai pagar por cauda que tirou. Vou caçar todos que um dia tiveram contato com você a pele de sua família servira de tapete para eu pisar...”

Sem pensar corri.

“Pai!!!!!!!!!!!”

A atenção dos dois voltaram-se para mim. Tammao riu de algo que disse para meu pai. Papai me olhou assustado e disse algo. Não ouvi nenhum dos dois. Senti o medo, fúria, ódio borbulharem como se algum eco na minha alma respondesse a isso. Me senti quente e vivo, meu único foco era destruir a raposa dourada mascarada. Puxei pela cauda e arremessei no chão, mordi, rasguei, mordi mais, explodi chakra concentrado nela... Uma hora ela sumiu. Comecei a procurar quando algo tentou me impedir por instinto eu mordi e unhei. Uma sensação calma começou a invadir e clarear minha mente da nuvem vermelha de ira.

Quando me percebi estava enorme, com os dentes fincados no flanco... de meu pai...

“Shhhhhhhh, não se preocupe... Isso...isso respire devagar. Precisamos voltar para casa.”

Papai me pegou no colo, me agarrei nele chorando. Queria me desculpar, pedir perdão. Só que era impossível falar, toda vez que tentava parar o choro recomeçava assim que soltava o ar. Não percebi quando chegamos. Quando finalmente consegui parar percebi que ao nosso redor só estavam papai, Natsuki e Yuuki. O choro simplesmente recomeçou, o peito doía de tanto chorar. Minha mente não conseguia parar de pensar no que eu fiz e no que aconteceu em casa. Nem senti quando dormi.

“Minato?... Consegue me ouvir?...”

“Pai?!” Acordei com alguém me chamando.

“Shhhhh. Não se mexa.  Já conversei com seus dois irmãos. Sua mãe estava certa. Queria ter entendido e aceitado antes...”

“Mas eu...”

“Apenas ouça. Sempre foi um bom filho para sua mãe, um bom irmão para seus irmãos e um bom filho para mim. Mesmo que não tenha sido um bom pai para ti. Quando percebi já era tarde demais. Sobre ontem estava assustado e bravo... Isso é uma má combinação. O que ouvi foi um acidente. Graças a você pude finalizar Tamamo-no-Mae. Yuuki e Natsuki estão vivos. Tenho certeza que Yuukimi está orgulhosa de você.” Ele se sentou e me colocou em seu colo. Com o braço machucado retirou uma esfera brilhante que me deu para segurar e uma espada linda que pôs em meu colo. “Sei que é tarde, mas estou orgulhoso de você Minato. Mesmo não sendo um pai para você ainda deseja ser meu filho?”

“Que tipo de pergunta é essa? Claro! Pra mim você é meu único pai!”

Ele fechou os grandes olhos dourados roçou a cabeça na minha. Pôs uma pata sobre a Hoshi-no-Tama e senti seu Youki escorrendo para dentro de mim.

“Não sei o quanto Yuukimi lhe explicou. Esse é o maior segredo das Kitsunes já mais conte a outra criatura. Muitos acreditam que nossos poderes vêm de nossas caudas. Isso é meia verdade. Nossa Hoshi-No-Tama é nosso bem mais precioso, mais que nossas caudas. Guardamos parte de nossas almas e magia nelas. Quando morremos parte de nós pode ficar na esfera e podemos esperar até arrumarmos um jeito de renascer ou podemos escolher passar nosso poder e vontade adiante. Sua mãe usou para salvar seus irmãos, estou morrendo. Shhhhh não fale apenas ouça. Antigamente humanos acreditavam que podiam realizar qualquer desejo se roubassem de uma Kitsune. Esta é outra meia verdade. Dividi metade de meu poder entre Natsuki e Yuuki...”

 Suas caudas se enrolaram em mim e começaram a passar youki, com uma garra fez um corte no meu braço. Fiquei quieto sem saber o que fazer.  Vi levar a pata a boca e rasgar o dedo um sangue prateado escorreu ele passou onde eu sangrava. Sentir uma corrente passar.

“Eu Inari reconheço Minato Namikaze o lado humano. Nomeio Kogane Modoki Kitsune o lado Kitsune e o reconheço. Reconheço ambas as partes com um inteiro, Minato a luz dourada que ilumina os ventos e as ondas. Filho de Inari. Irmão de Natsuki. Irmão Yuuki. Filho de sangue e alma.”

Quando ele parou de falar me senti estranho. Além de emocionado. Era quente e reconfortante.

“Não te transformei em um Kitsune. Sei o quanto queria ser, mas não é quem realmente é. Um dia se lembrara de quem foi e irá entender quem realmente é. O que eu fiz foi transformar seu lado semelhante a raposa em partes youkais verdadeiras, meu sangue e youki percorre esse seu lado como o de qualquer filho meu. Essa espada se chama Kogitsune-maru. Milenios atrás junto com o melhor ferreiro humano a forjei para um imperador, alguns séculos depois retomei a posse. Faça bom uso. Lhe ensinei o básico do kenjutsu das kitsunes, o restante do meu youki lhe ajudara a aprender o resto por instinto além de aumentar o seu naturalmente. Para um nove caudas tem pouco youki. Não chore por mim. Estou feliz com a vida que tive. Meu único arrependimento foi não poder proteger todos. Estou grato por ter mudado o destino. O meu e o de minha família o ultimo presente que lhe deixou e minha pele. Use a como proteção.”

Quando ele terminou de falar seu corpo de desfez no ar. Cai sobre a pele. Estava triste e feliz ao mesmo tempo. Me agarrei a pele exausto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No proximo capitulo Ame, os orfãos de ame e os Sanin principalmente Jirayia



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Namikaze Foxes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.