Amar para se libertar. escrita por Albby Star


Capítulo 8
Capítulo XVII


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,desculpa pela demora mas a faculdade está me consumindo,mas aqui vai mais um capítulo e totalmente voltado para a nossa morena. Sinto informar que se você,assim como eu,ama a Sara,vai sofrer um pouco nesse capítulo (não só nesse,mas nos próximos também)



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Grissom tinha combinado de ir à casa de Sara após o turno, mas Conrad queria fazer uma reunião com ele, alegava ter um assunto urgente para conversar. Ele mandou uma mensagem para morena, avisando-a do imprevisto.

“Baby, vou ter uma reunião com Conrad e pelo jeito será demorada, passarei ai no horário do almoço.

Beijos, Grissom”

Ele escreveu e reescreveu várias vezes, não sabia se escrevia de um jeito mais carinhoso porém sem ser meloso, se daquele jeito estava bom ou se estava muito grosseiro. Se pegou pensando em como foi o turno, eles conseguiram ser muito profissionais, até mesmo quando Greg fez aquela brincadeira de mal gosto com ela.

“Aquele moleque — pensou Grissom — Alguém deveria o ensina-lo que não é educador ameaçar as pessoas com travesseiros, principalmente se for a namorada do chefe”.

Aquela última parte o fez sorrir, ele finalmente havia tomado coragem de ir até ela, de deixar ela entrar em sua vida. Ele sabia que ainda tinha muito o que mudar, mas iria aos pouquinhos, Sara já havia demonstrado ser paciente.

— Grissom — Conrad o chama triando de seus devaneios — No que estava pensando? Com certeza não era trabalho.

— O que você quer, Conrad? — o supervisor perguntou logo de cara — Disse que era algo urgente.

Conrad percebeu que Grissom não iria falar o que era e resolveu ir direto ao assunto — Bom, Stanford convidou você para uma palestra e eu disse que você aceitava — disse sem se importar — Será daqui duas semanas, já vou deixar a papelada certa para Catherine ficar no seu lugar.

— Você fez o que? — Grissom perguntou sem acreditar — Aceitou um convite que foi feio a mim, sem me consultar! — ele ficou nervoso

— Qual é Grissom? Você adora esse tipo de coisa — o careca falou — Vai me dizer que iria negar?

— Não iria negar, mas você não tem esse direito de aceitar as coisas por mim — o supervisor havia mudado seu tom de voz, estava mais grosso.

— tudo bem, me desculpe — Conrad disse — Mas vamos acertar os detalhes.

Os dois ficaram acertando os detalhes da viagem, mesmo depois de resolver tudo, Grissom ainda continuou lá, queria adiantar todas aquelas papeladas em sua mesa antes de ir viajar.

...

Sara chegou em casa exausta, aquele caso trazendo seu passado de volta, algo que se fosse possível apagaria da memória. Fez todo o seu ritual de tomar banho e procurar algo na geladeira, estava pensando em pedir algo para comer com Grissom no almoço mas logo recebeu outra mensagem de que não iria conseguir até sua casa. No fundo, ela sentia um alívio por ele não ir, queria ficar sozinha.

Lembrou das cervejas que estavam em sua geladeira e decidiu beber, fazia tempo que não fazia isso, que não sentia vontade de conversar com o álcool e fugir dos problemas. Ela tomou quatro latinhas e iria tomar mais, porém Grissom a bipou antes do horário previsto para o seu turno começar.

“Merda — ela pensou — Como vou esconder o hálito agora? Com certeza alguém vai perceber — estava desesperada, seu bip tocava pela segunda vez — Pensa Sara, pensa — colocou as mãos em sua cabeça — Já sei, vou comprar pastilhas para tosse e falar que estava começando a ter dor de garganta novamente” — Ela estava convencida que seu plano daria certo.

...

Sara parou na farmácia e comprou dois pacotes de pastilhas para garganta e depois seguiu para cena do crime, chegou junto com Nick que falava empolgado sobre a vítima.

— Mike Print é um figurão da vida noturna — fez uma pausa — Dizem que uma vez ele pagou 10 mil dólares para um artista entrar em um dos clubes dele, dar meia volta e sair.

Sara só o observava falar, tirou uma pastilha do bolso e levou a boca.

— O Sara, me dá uma dessa aí — apontou para a bala.

Ela parou por um instante, não imaginava que alguém fosse querer — Desculpa, acabou.

— Você está resfriados, Sara? — perguntou Brass

— Aaaah, eu estou me sentindo um pouco abatida — disse fazendo uma careta.

Brass a olhou por alguns segundos, já sabia o que estava acontecendo — Tá, é um condomínio fechado, o portão principal tem um guarda o tempo todo e o dos moradores fica na parte norte, só abre com código — fez uma pausa — São os únicos dois jeitos de se entrar e sair daqui — concluiu ele.

— E pensar que o forte desses condôminos é a segurança — Nick comentou com um sorriso irônico.

Eles foram até Grissom, que pediu para eles dividirem as tarefas, Nick e Sara iriam cobrir o perímetro. Sara aproveitou que não tinha ninguém olhando e pegou mais uma pastilha, andou mais um pouco e achou algumas bitucas de cigarro, se agachou no chão e retirou o óculos de sol, imaginou que o assassino tenha ficado ali esperando o momento certo para atacar.

— Nenhum sinal de arrombamento nos fundos — disse Nick

— Bitucas de cigarros, cascas de laranja e sementes — disse colocando os óculos novamente — Esperando a hora, talvez — a morena concluiu.

— Você ainda está com a mesma pastilha? — Nick perguntou a ela

—Tô, é — fez uma pausa pra pensar em alguma desculpa — Eu sou .. um pouco .. devagar — ela disse

Nick suspirou, sabia que ela estava mentindo mas não iria tocar no assunto aquele momento — Então, supondo que o assassino não more no condomínio — olhou para longe — Como é que ele entrou?

Nick achou um rastro e resolveu seguir, deixando Sara sozinha.

...

Brass está andando pelo corredor até que vê Sara sozinha na sala de descanso e resolve ir conversar com ela.

— Melhorou? — perguntou a ela

— Oi — sorriu — Como assim?

— Bom, você estava se entupindo de pastilhas para garganta na cena do crime — Brass disse a ela

— Eu achei que estava pegando um resfriado — foi se sentar na cadeira

— É — ele fez uma pausa — Eu entendo de resfriados — disse se sentado na cadeira e ficando frente a frente com ela, em seguida deu uma piscadinha —Sabe, em Jersey quando eu estava levando na cabeça da minha esposa e do meu trabalho — olhava para ela — A barra pesou e eu — fez uma pausa, era um assunto delicado — Eu procurei um alívio — fez um sinal de quem bebia — Curei meu resfriado.

Ele observou Sara tomando o chá, parecia incomoda com o assunto mas ele se sentia no dever de conversar com ela — E eu rezava para não pegar uma chamada matutina — respirou — Por causa daquele bafo, sabe como é — agora a morena olhava em seus olhos — E então eu fugi do meu chefe e comecei a — agora era o ponto delicado, não iria conseguir pular — Usar pastilha para tosse.

— Hã — a morena soltou, estava em choque, achou que ninguém iria perceber.

— Só estou dizendo que — pausou — Há mais problemas do que resposta no fundo de uma garrafa — ele conversava calmamente — Vai por mim.

— É — ela respondeu, fez uma pausa e tomou coragem para falar — Na verdade, eu tomei duas cervejas no café da manhã, quando acabou o meu turno — fez uma pausa — E aí eu fui chamada — concluiu a morena.

Brass a olhava, sabia que estava mentindo — Só duas? — perguntou arqueando a sobrancelha

— Só —ela respondeu, tentava transmitir segurança em suas palavras mas foi em vão

— Só estou cuidando de você — Brass sorriu pra ela, a encarou por alguns segundos e levantou.

Sara se sentiu querida naquele momento, eram poucas pessoas que se importavam com ela e o que Brass fez exigiu muita coragem, ela respeitava isso. Ficou ali sentada, observando o amigo sair enquanto ela tomava seu café. Isso a fez refletir um pouco, sabia que precisava de ajuda mas não sabia a quem pedir e nem como.

...

— Como vão suas mãos? — Warrick perguntou

— Doendo — ela continuava concentrada em preencher os papéis — Registrar cada nota ... É divertido — disse olhando para ele.

— Eu aplaudo os cassinos, eles sabem das coisas — condessou o moreno.

— Como assim? — a morena perguntou sem entender

O moreno parou o que estava fazendo e pegou um maço de dinheiro — Isso é um maço de 10 mil dólares — mostrou a ela —Certo? — ela concordou com a cabeça — Eu posso perder isso em uma mão de Black Jack, ou posso perder uma ficha vermelha. O que é pior? — perguntou a ela

— Pra mim, perder é perder — ela estava séria, estava diferente

— Sara — ele a chamou, ficou preocupado com o tom que ela usou

— Uma mancha de sangue — ela disse olhando para ele.

...

Sara foi até o laboratório de Greg para ele analisar o sangue, mas havia uma controvérsia.

— Olha, até onde eu sei depredar propriedade do governo é um crime federal — Greg disse a morena enquanto segurava o dólar em sua mão

— Não quando é registrado como evidência, Greg — disse explicando a ele — O sangue pode ser de um corte de papel.

— Tá bom — olhou para a nota — Você é minha testemunha — disse cortando a nota

— Compara com os nossos suspeitos — disse a ele e saiu

Greg ficou preocupado com a amiga, era notável que ela não estava bem.

...

No fim, o sócio da vítima havia mandado matar ele e a mulher. Assim que o caso se deu por encerrado, todos respiraram aliviados. Catherine saiu em disparada para se arrumar, iria sair e não quis revelar a ninguém com quem ia, os demais foram para casa, só restou Brass e Grissom.

— Sabe, eu acho que você deveria conversar com a Sara — Brass disse ao amigo

— Eu? Porque? — ele havia se assustado, será que Brass percebeu alguma coisa.

— Você não costuma se envolver com o pessoal, está sempre centrado no trabalho e talvez não tenha percebido, mas a Sara anda um pouco deprimida, já tem um tempo e hoje ela estava curando um “resfriado” — fez aspas no ar — Ela é uma boa menina, talvez esteja precisando de um amigo — disse olhando para ele.

— Como assim curando um “resfriado”? — o supervisor perguntou sem entender.

— Sabe Gill, você é tão inteligente para algumas coisas mas ao mesmo tempo tão lerdo para outras — Brass disse balançando a cabeça — Ela estava bebendo — Grissom se assustou com o que o amigo havia dito e não conseguiu esconder — Eu conversei com ela — Brass continuou falando — Disse que foi só duas cervejas no café da manhã, mas sabe Griss, eu já estive nesse lado da história e sei que não foi assim — concluiu o amigo.

— Eu vou conversar com ela, prometo — disse ao amigo — Assim que for possível.


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