Amor Perfeito XIV escrita por Lola


Capítulo 6
Interrogações


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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"Esse tipo de amor não morre."

Alice Narrando

Estava olhando como estavam as minhas plantas, mesmo que eu não tivesse obrigação de fazer isso. Eu gostava. Comecei a pensar em como as coisas mudam. Primeiro eu e Arthur... Eu me declarei, tivemos um caso bem rápido e voltamos aos amigos que éramos antes. No meio do percurso senti frieza e afastamento, mas hoje parece que a distância entre Kevin e Murilo fez a gente querer estar mais próximos. Não entendia muito bem tudo isso.

Agora Kevin estava me evitando dizendo que eu lembrava o Murilo. Era melhor eu dar um tempo a ele, mesmo preocupada se ele viraria de novo aquele imbecil do passado. Mas tudo indicava que isso aconteceria se ele continuasse sem falar com ninguém e junto ao pai dele. Isso era o pior.

— Oi. – me assustei ao ver meu pensamento se materializar em minha frente.

— Tudo bem? – perguntei ao me recuperar.

— Indo. – ele olhou para o céu. – Notícias do seu irmão?

— Parece que saber que você está retrocedendo ao que era antes o deixou bem desmotivado a voltar a Torres.

— Que bom. – ele respondeu com a frieza que era corriqueira antes. E então ficou me encarando. Não de um jeito bom.

— O que foi? – aposto que ele amou o medo em minha voz.

— Você sabe o que foi.

— Ah não Kevin! Você só pode estar de brincadeira.

— Pode ter certeza que eu não estou.

— Eu não sou ele.

— Dividiu o mesmo útero. E o seu beijo é bem bom. Achei que seria uma boa ideia matarmos a saudade. – ele deu um sorriso quase que maligno.

— Não. Eu não sinto saudade. Muito pelo contrário. Ter me envolvido com você só me lembra que perdi Arthur.

— Você tá nessa ainda?

— Parece que eu nunca vou sair dessa. – suspirei. – Olha... Não vou contar isso a seu irmão para não ser mais uma decepção entre vocês dois, mas não tente mais nada comigo Kevin, por favor. Se eu quisesse estar com alguém que não fosse ele também não seria você. – ele olhou para o lado, não percebi que não estávamos sozinhos.

— Vocês dois se merecem. – ele disse olhando o irmão e saiu. Yuri que estava com Arthur foi atrás de Kevin.

— O que vocês estavam fazendo aqui? – perguntei curiosa.

— Yuri viu Kevin vindo pra cá e ficou preocupado que você estivesse em perigo.

— É um absurdo que agora tenhamos medo dele. – reclamei bem insatisfeita. Eu iria continuar reclamando e dizer o quanto ele havia mudado em tão pouco tempo, mas Arthur não deixou. Ele chegou mais perto, pegou meu rosto e me beijou. Do nada. Ele odiava beijos roubados e sabia que eu também, então para ele estar fazendo isso uma boa razão havia.

— O que você disse a ele é verdade? – ele perguntou ao separar nossas bocas e juntar nossas testas.

— Cometi o erro apenas uma vez. – o olhei e desviei o olhar, mas estávamos próximos demais. Tentei me afastar dele e ele não deixou. – Me deixa continuar o que eu estava fazendo.

— Eu acabei de te beijar. Isso não mexe nem um pouco com você?

— O que quer que eu diga? Que eu não te esqueci? Você sabe disso. Você já sabia antes e praticamente me ouviu dizer isso ao Kevin agora.

— Você vê as coisas que aconteceram como eu vejo. Tudo o que aconteceu... A gente deixou a minha mãe, meu pai, o medo da não aceitação do seu pai e tudo influenciar, mas o principal motivo de não estarmos juntos foi o ciúme que eu tive de você e do Kevin juntos. E eu nunca superei você ter se apaixonado por ele. Chegar aqui nesse abrigo e pegar vocês dois se beijando também foi demais pra mim. Mas... Isso passou.

— O que parece que nunca passa é esse sentimento. – ele entrelaçou nossas mãos. Olhei para baixo e depois olhei para ele novamente.

— A gente só precisava ser confrontados. Ele dar em cima de você foi um ótimo confronto. – ele respirou fundo. – Não me admiro se ele estiver fazendo isso de caso pensado.

— Não, não está. Ele tá mal e tá perdendo controle das próprias atitudes. – ele ficou me olhando e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Talvez... Não sei. Seria muito otimista pensar que ainda tem solução pra gente? – fiquei um tempo pensando.

— Também não sei. Tenho medo de você ser possessivo e se não for Kevin, ser outra pessoa o motivo de me julgar e não me querer.

— Sei que fui idiota. Não sou possessivo. Foi Caleb que conseguiu entrar em minha cabeça naquela noite.

— Mas voltando um pouco atrás, você mandava mil mensagens da universidade e se eu não respondia mandava mais ainda... Não pode ser assim Arthur.

— É que eu te quero o tempo todo. Sempre quis. – ele segurou meu rosto e passou seu rosto pelo meu, me abraçando em seguida.

— Qual a chance de darmos certo? – perguntei com a cabeça apoiada em seu ombro. – Diferença de idade, nossos pais não aceitam, a distância e... – ele se separou de mim e me beijou de novo. Dessa vez correspondi de uma forma mais natural e leve. Senti tanto a falta daquele beijo. Sabia que mesmo que eu beijasse vários não existiria outro igual. Ele juntou nossas testas novamente.

— A gente vai fazer dar certo. Pelo Murilo e por Kevin. Ajudamos tanto os dois para no fim acabar assim, precisamos de alguma forma mostrar que o amor pode sim prevalecer.

— É... Quem sabe não inspira Murilo a deixar de ser um pouquinho idiota?

— Eu te amo. – ele selou nossos lábios. – Eu quero que você seja minha o quanto antes, se quiser vou conversar com o seu pai agora.

— Não. Quero que a gente vá com calma.

— De novo escondidos Alice?

— O meu pai não vai aceitar Arthur. Mesmo que seja você. – dei um suspiro pesado. – A gente sempre vai estar rodeados de drama. Além disso, você toma decisões impulsivas e volta atrás o tempo todo.

— Para com isso, eu já falei que te amo. Não vou voltar atrás. – encostei-me a seu peito enquanto ele fazia carinho em mim. Não acreditava que finalmente poderíamos tentar ficar juntos. Não seria nada fácil e os obstáculos estavam apenas começando, mas... Ele estava ao meu lado. Era só isso que importava.

— Quantas vezes a gente ainda vai se afastar? - perguntei abraçada a ele. Ele beijou meu ombro e deu uma risada baixa. 

— Até dar certo. - a confiança em sua voz me fez ter ainda mais forças para encarar tudo o que viria.

Murilo Narrando

Acabei de me arrumar e desci, comendo em silêncio ao lado de Eliot. Depois ele passou na recepção para se trocar e saímos. Comecei a andar sem rumo com ele ao lado.

— Estou impressionado com o seu tempo em silêncio. – ele falou depois de andarmos algumas quadras. Não respondi nada. – Você tá bem Murilo? – o olhei irritado.

— Pareço estar tendo um ataque cardíaco? Estou com falta de ar? Se não estou ótimo.

— Você é difícil né? – ele perguntou um pouco baixo. – Digo... Tem a personalidade forte.

— Eu estou mal pra caralho. – falei quase engasgando.

— Vem cá. – ele virou uma rua e vimos uns bancos clássicos bem bonitos. Assim que nos sentamos ele me olhou. – Se o ama por que o evita tanto?

— Queria estar em uma jornada de autoconhecimento. Pensar em Kevin o tempo todo me distrairia desse meu objetivo.

— E sofrer por ele não distrairia?

— Isso não vai acontecer. – senti meus olhos se umedecerem. – Não vou chorar com um desconhecido.

— Ah, prazer Eliot Simon. Meu sobrenome significa “ouvir” e por coincidência hoje estou querendo te ouvir. Por que não estão juntos?

— O pai dele é um psicopata, sem exagero. Ele tentou impedir nosso namoro de todo jeito, e como resistimos, ele o torturaria se continuássemos juntos.

 - Que pesado! E por que você quer se autoconhecer?

— Porque eu quero me entender. Ainda mais agora que essas crises de ansiedade voltaram.

— Ele foi o primeiro garoto que você se envolveu?

— Como você sabe? Pelo que leu? Eu poderia ser precoce com eles também e esconder.

— Você sente muito por ele, imaginei que por te deixar assim ele fosse o primeiro.

— Nem sempre o primeiro é tão marcante.

— Sim. Nem sempre. Mas o meu foi. – o olhei completamente assustado. – Não preciso dizer que minha vida pessoal não é algo discutível da porta do hotel para dentro né?

— Você é muito chato. Como você conseguiu ficar com algum cara sendo chato desse jeito? – ele deu uma risadinha.

— Acho que são os meus lindos olhos. Ou o meu sorriso. Não sei.

— Às vezes eu penso que é melhor eu ficar por aqui... Sempre vai existir o pai dele entre a gente, tenho que ser realista. E eu estando em Torres e o vendo vou sofrer mais ainda.

— Mas ele não tem culpa do pai que tem. E ele te ama, se não o irmão dele não estaria te implorando para desbloqueá-lo naquela ligação.

— O Arthur é dramático. E intrometido.

— Então ele não te ama? – o olhei. – Talvez mais que você. Se fosse ele será que conseguiria estar fazendo as coisas que você está fazendo?

— Estou fazendo por ele. Sei que fui egoísta ao terminar. Só achei que era o melhor.

— Não tem problema se arrepender. Tá tudo bem, o desbloqueie e converse com ele. – peguei meu celular.

— Não consigo entrar na internet fora do hotel, ainda não mudei a maldição do número.

— Tenho internet, roteio para você. – ele pegou seu aparelho no bolso e ficou me olhando, mexeu nele quase sem tirar os olhos de mim. – Vamos. É tão simples. A senha é... – não o deixei continuar.

— Por que está fazendo isso?

— Por que não liga pra ele agora? – ele me apontou seu celular. – Tá vendo, só a ideia te deixa totalmente desconfortável. Só queria ter certeza que você está fugindo. E você está.

— Eu o deixei lá. Não lutei por ele. E ainda terminei tudo depois. Mesmo assim ele pediu pra voltar e eu o bloqueei. Acha mesmo que tenho direito de conversar com ele?

— Sim, eu acho.

— Devo perguntar como exatamente chegou a essa conclusão?

— Se não fizer nada irá se arrepender amargamente Murilo.

— Já me arrependo. Ele está... – respirei fundo. – Ele deu uma mensagem clara e direta. Não tem como voltar atrás. Ele era semelhante ao pai antes de ficarmos juntos, ele mudou muito, se arrependeu de todos os erros e tentou corrigi-los. Mas agora, ele está voltando a ser aquilo. Quando minha irmã me contou eu quase não acreditei.

— Sinto muito.

— Podemos não falar mais dele? – ele concordou. – Você tem namorado?

— Não. – ele me olhou de um jeito estranho.

— Perguntei demais?

— Não gosto de falar dessas coisas.

— Não entendo. Seu País é mais evoluído que o meu.

— Não é pelo preconceito. É que foi bem difícil pra mim passar por isso.

— Caralho, por que é difícil pra todo mundo menos pra mim?

— Não sei, algumas pessoas se sentem bem com sua sexualidade mesmo que ela seja diferente da maioria.

— A minha não é só diferente da maioria. Ela é desvairada mesmo. – ele deu uma risada.

— Você é engraçado. É extremamente mais divertido trabalhar com você do que no lounge do hotel.

— Acho que estamos começando a nos entender. – suspirei. – Como foi com você? Sei que foi difícil, mas você poderia contar?

— Por volta dos meus doze, treze anos quando se inicia a curiosidade sexual percebi que, diferente de grande parte dos caras, não eram apenas meninas que me atraiam, mas meninos também. Levaria tempo até contar para outra pessoa, principalmente por eu ter a sensação de que aqueles desejos eram clandestinos, como se houvesse algo errado comigo. Eu mesmo ainda não entendia. 

— Bem comum.

— Com o tempo tive as primeiras experiências com mulheres, os primeiros beijos e as primeiras transas. Acho que por isso foi mais fácil viver bastante tempo ignorando o meu tesão em homens. Estava lá, eu sabia, mas como só saía com mulheres e convivia apenas com pessoas heterossexuais, eu não fazia nada sobre isso. Talvez com exceção de uma punheta ou outra. Continuei vivendo como se fosse hétero.

— Até?

— Quando eu me formei no ensino médio fui fazer faculdade em outra cidade.

— Uau! – já imaginei tudo.

— Longe de casa e solteiro, foi a primeira vez em que realmente dei mais atenção a minha bissexualidade, sem o sentimento de culpa que havia em mim antes. Pela primeira vez transei com outro homem. E com outros depois do primeiro. Era um tesão diferente do que aquele que eu sentia com mulheres. E ainda uma sensação de estar fazendo algo proibido. Conheci todos os homens com que fiquei por um app no celular, acho que não preciso dizer qual. Até tentei conhecer outros homens pessoalmente, indo em bares gays, mas não me identificava com o lugar.

— Por quê?

— É quase como se os homossexuais não fossem bem vindos à sociedade e criassem a sua própria cultura, rompendo com a visão de como é ser homem, mas os bissexuais não conseguissem se integrar totalmente em nenhum dos dois mundos.

— Faz sentido mesmo.

— Não é difícil achar nos apps homens que vivem uma vida dupla, são casados ou tem namorada, mas procuram por sexo com outros homens na internet. Daí tem aquela discussão se são gays ou não. O que você acha?

— Muito relativo. Acho que depende de cada caso. Qual é a sua opinião?

— Um homem que sente atração por homens e mulheres não é gay enrustido. É bissexual.

— Mas por exemplo, eu senti atração por Kevin e mais ninguém. Me classificar como bissexual seria um erro. A sua história foi totalmente diferente da minha, eu nunca tive esse tesão sabe? Então acho que eu não sou assim, por isso eu não me classifico em nada. Mas quanto aos casados eu acho é muita falta de vergonha na cara, desculpa.

— Não estou tentando justificar esses casos. Apenas dizer que existem dificuldades para quem não se enquadra nas expectativas que existem e que é comum que essas expectativas sejam quebradas, em segredo, evitando exposição.

— Tá bom, mas se ele ama e sente atração pela esposa, por que trair com homens?

— Necessidade. E não conseguem se abrir com elas. Gostaria que fosse diferente, mas eu também não sou tão aberto sobre a minha bissexualidade. Nunca contei para família, nem para amigos, com poucas exceções. Acho mais fácil falar sobre o assunto com outras pessoas com as quais me relacionei.

— Nossa! E está falando comigo com quem nunca se relacionou. – dei uma risadinha.

— Presunçoso. Você se faz parecer confiável. E está sofrendo por um cara. Acabou me trazendo lembranças à tona.

— Sobre o primeiro? Conta sobre ele.

— Gay. Um pouco mais velho. Experiente. Sabe o que fazer e quando fazer. Isso é tudo que posso dizer.

— Ouço um pouco sobre o Kevin. – nos olhamos e rimos.

— As primeiras vezes com inexperientes são menos marcantes. Segundo alguns amigos.

— Que azar o nosso então. – o olhei mais uma vez.

— Me parece um pouco mais natural conversar sobre isso com homens gays que fiquei mesmo percebendo que a bissexualidade é um tanto inesperada. 

— Não sou um homem gay que você ficou.

— É isso que estou dizendo. É algo diferente pra mim. – ele me olhou e sorriu. – Você é um garoto rico que só quer confusão.

— Você pega muita mulher? – ele deu um sorriso safado.

— O que você acha? – dei uma risada.

— Sou um garoto rico incapaz de achar qualquer coisa.

— Às vezes. Mas não digo nada para mulheres que estou interessado, porque imagino que elas se afastariam.

— Já teve relações sérias com homens?

— Não. Apesar de querer. Com aquele.

— Por que não rolou?

— Estávamos em momentos diferentes. É por isso que eu te digo... Se tiver alguém na mesma página que você, não pode perder essa oportunidade.

— Me pergunto, caso não fosse uma regra de conduta reafirmar a masculinidade e negar qualquer homoafetividade, se não haveria mais homens curiosos a respeito de sexo com outros homens. E você? O que pensa?

— Você levanta qualquer debate para fugir do assunto amor né?

— Sim. Eu não quero ficar triste de novo.

— Mais? – ele respirou fundo. – Bom... Acho que haveria sim mais homens curiosos. Mas não podemos generalizar, nem todos tem essa curiosidade.

— Claro. – fiquei olhando pra ele.

— Por que está me analisando?

— Meu ex namorado tem vários dons, um deles é perceber as coisas bem antes das pessoas “normais”. Ele sabia que eu estava interessado nele bem antes de mim mesmo... Mas ele deu tempo e tomou tanto cuidado. Acho que não serei assim nunca. E se eu me interessar por um cara tipo você, por exemplo? Primeiro eu iria achar que você não curte. Já ia desistir de primeira. É, acho que nunca mais vou ficar com nenhum cara.

— Ah não ser os gays. Você vai saber que eles curtem. – ele me olhou e sorriu. – Eles são como uma letreiro piscando com um aviso bem grande.

— Mas acho que ele teria que ser um pouco mais discreto para chamar a minha atenção.

— Porque você vai ter como parâmetro o seu ex namorado, né?

— Definitivamente. – admiti.

— Dê oportunidade aos outros tipos. Você pode acabar conhecendo pessoas legais. Apesar que eu ainda acho que deveria ligar pra ele.

— Você fora do seu habitat natural fica bem abusado, saudades do “senhor” e da falta de opiniões na minha vida. – falei em tom de brincadeira e ele riu alto.

— Tá bom riquinho do conflito. – soltei um palavrão em sua língua e ele me olhou surpreso. – Não acredito. Você fala o idioma daqui?

— Eu não sou riquinho? Quantos idiomas você acha que eu falo?

— Por que não me disse?

— É bem mais confortável falar minha língua e tem algumas palavras que não pronuncio direito. Falta de prática. Qual é, vai mesmo ficar chocado assim?

— Foi sacanagem.

— Não foi. É o seu trabalho. Você fala tão bem, já tá acostumado.

— Por que o Gardan mentiu pra mim? Ele disse que você não falava nada de francês.

— Ele não me conhece tão bem, não deve saber que eu falo. Se eu soubesse que você ia ficar tão chateado nem tinha falado nada.

— Esquece. Vamos voltar para o hotel?

— Não. Qual é o problema? Será que você ainda não entendeu que pode ser sincero comigo?

— Eu fui muito sincero com você nessa noite. Mas isso é outra coisa.

— Tá bom Eliot. – me levantei. – Vamos. – fiquei em silêncio no caminho de volta. Eu iria descobrir o motivo desse aborrecimento dele. Só esperava não piorar as coisas, seja o que fosse.

"Agora eu vivo outra realidade."


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Notas finais do capítulo

Só peço ao Eliot que não desista de insistir para que Murilo corra atrás do Kevin, brigada de nada :)
Até amanhã ♥



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