Amor Perfeito XIV escrita por Lola


Capítulo 25
Sem saída


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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Murilo Narrando

Eliot e eu estávamos no mirante que fomos quando ainda éramos amigos, amanhecia e ele fazia carinho em mim. Vi que seu olhar mudou de repente.

— O que foi? Não estamos há muito tempo juntos, mas eu já te conheço.

— Quero muito te falar uma coisa, mas sei o quanto isso vai te fazer mal.

— Você não quer ir lá pra casa? Se for isso eu não me importo, não quero te obrigar a nada. – ele não respondeu. – Eliot você sabe que não é legal fazer esse tipo de coisa comigo e eu...

— Eu te amo Murilo. – parei de falar e fiquei olhando pra ele. – E te faria mal por isso, por não corresponder. Sei que não sente o mesmo, não é novidade pra mim. Mas eu precisava te falar isso. Não se sinta pressionado a me amar de volta, tá?!

— Como? Como você tem certeza que me ama?

— A partir do dia que eu quase te perdi. E os dias que se seguiram, que eu tive que ficar em casa pra te dar um tempo... Pude pensar muito no que eu sentia.

— Sabe o que tenho medo? De te prender a mim e nunca te corresponder da mesma forma.

— Só seja sincero comigo Murilo... Existe alguma possibilidade de você voltar pra ele?

— Nenhuma. – respondi olhando em seus olhos. – Para pra pensar na nossa história. Eu sai do... – ele me cortou.

— Vocês não queriam que acabasse. Foram interrompidos.

— Mas eu continuaria lá se achasse que valia a pena lutar. Eu não achava.

— Olhando por esse lado você foi bem filho da puta.

— Sabia que ele ficaria no meu pé. Assim como ele ficou no início mesmo longe. Mas... Sua pergunta... Você acha que eu vou voltar pra ele?

— Não sei. Só tenho medo.

— Posso não te amar Eliot, mas eu sou apaixonado por você e eu tenho uma consideração enorme pela nossa história.

— Você vai vê-lo Murilo. Isso está me deixando apavorado.

— Isso não é certo que vá acontecer. Já te disse...

— Pelo que você me contou dele, acho que ele não vai perder a oportunidade.

— Não sei como vai ser minha reação Eliot. Só sei que no final o meu namorado será você. – nos beijamos. No hospital eu estava cheio de dúvidas, mas agora eu sabia que o que eu tinha com Eliot era muito especial e que por mais que eu ficasse balançado quando eu encarasse o que deixei em Torres, eu tinha que preservar nossa relação.

Estava no cinema do hotel com a minha mãe, eu comia pipoca e tomava cerveja e ela implicava comigo. Essa era a parte chata de estar com a mãe.

— O médico já disse que não tem problema. E é só uma dessa garrafinha pequeninha mãe, relaxa.

— Já comprei nossa passagem para irmos pra casa. – ela me olhou. – O aniversário do Kevin está chegando né? É na primeira semana de Dezembro.

— E? – a olhei.

— Ele tá tão legal... Pensei em levar um presente pra ele. O que você acha que ele iria gostar? – fiquei olhando pra ela. - O que foi Murilo?

— Não sei de qual Kevin você está falando porque o que eu conheço está indo de filho do Caleb para o próprio Caleb. Ele regrediu mãe. Pergunte a sua filha.

— Por que será? Ele estava tão bonzinho, teve um dia que...

— Mãe. Não quero saber. – falei irritado.

— Precisa disso? – fiquei calado. – Não falo mais no nome dele.

— Era o que já deveria estar fazendo e sabe disso.

Ela não disse mais nada e aposto que não entendia o motivo pelo qual eu ficava tão nervoso. Na verdade nem eu entendia. E não estava nem um pouco afim de pensar no assunto.

No outro dia liguei para Ryan e ele estava com o pessoal na casa dos meus avós. E eu dei o azar de, mesmo o Kevin estar sendo o babaca que sempre foi, ele ainda conversar com eles.

“Vocês chegam que dia?”— Lari perguntou se sentando ao lado de Ryan.

“Nossa isso só tem sal e pimenta, caralho! Vocês não sabem fazer nada. Quero um copo de água ou vou morrer.”— ouvi a voz dele antes que eu pudesse falar qualquer coisa.

“KEVIN CALA A PORRA DA BOCA.”— Larissa gritou quase subindo no sofá.

“Segura a emoção Kevinho. Não pode ouvir a voz do Murilo que fica querendo chamar a atenção.”— Ryan falou e riu.

“Você viaja hein? De onde você tira isso?”— ele perguntou parecendo estar bem incomodado com a afirmação.

“A Alice já mandou a gente ignorar esse idiota.”— Lari voltou a falar.

“A Alice manda em vocês? Vocês estão mal mandados hein?”— ele mais uma vez os provocou e eu vi que aquilo não acabaria.

— Acho melhor desligar e depois a gente conversa. – falei olhando para Ryan.

“Tá bom. Eu te ligo.”

Assim que nos despedimos, desliguei e olhei pra minha mãe, que estava deitada ao meu lado. Vi que ela queria falar alguma coisa.

— O que foi? – perguntei a encarando.

— Você deve estar com saudade deles, seus amigos.

— Muito. – sorri.

— Se quiser a gente vai antes, eu troco as passagens.

— Não. – respondi rápido. – Não precisa. E o Eliot também não conseguiria ir com a gente.

— Ele iria depois. – ela me olhou. – Se você não for antes talvez não o veja e acho que vocês dois precisam se ver e encerrar de vez isso.

— Já está encerrado mãe.

— Não tem mesmo nada a ser dito?

— Não. – direcionei toda a minha atenção a televisão e ela mais uma vez não disse mais nada. Seria bom se essa chance de não vê-lo fosse real, mas eu sentia que no fundo isso não ia acontecer.

Alice Narrando

Abri a porta de casa e sorri ao ver meu tio Gus. Depois que eu o abracei ele me olhou sério. Não gostava daquele olhar dele.

— Como é que tá o Arthur? – ouvi sua pergunta e fechei a porta.

— Como assim? – o questionei tentando entender.

— Ele estava estranho. – ele respondeu devagar.

— Ah... Os problemas de sempre com o Kevin. – falei e suspirei.

— Mas você é pontual mesmo hein? – meu pai o perguntou enquanto descia a escada e então eles saíram juntos. Era terça feira e estávamos todos empenhados em descobrir os planos dos irmãos, mas eu não conseguia me concentrar nisso com Arthur estando cada vez mais estranho e impaciente e tão diferente dele mesmo.

Na quarta iria ter um pequeno coquetel na casa dos meus avós para a comemoração do projeto da abertura de um novo hotel em Alela.

— Não entendi porque estamos aqui se estão os sócios dos hotéis e vários adultos. – Gioh comentou meio emburrada. Pelo visto ela preferia estar em casa.

— Por que nossos pais estão aqui?! – Lari perguntou e riu. – Temos pais atenciosos que não nos deixam sozinhos em casa, agradeça.

— Hum, quanta gratidão, que coisa mais linda. – um dos meninos debochou.

— Eu entrei em um universo paralelo onde o Arthur é divertido? – Kevin perguntou chegando perto de mim. – Ele está bebendo e socializando.

— É. – suspirei. – Ele anda agindo assim agora.

— Ah. Perfeito. – olhei para onde ele olhava. Danilo entrava com os pais e a irmã. – Os tais sócios surpresa são eles. Como eu não percebi antes?! O milagre é o meu pai não me querer fazendo nada sujo com um desses dois. Tem alguma coisa muito errada aí. – ele afirmou bastante preocupado.

— Ai meu pai, o Arthur tá indo em direção do Danilo Kevin. – ele foi correndo e evitou que o irmão arrumasse confusão.

— O que esse idiota pensa que está fazendo? – ele perguntou olhando pra ele.

— Esse idiota acabou de impedir que você batesse naquele imbecil e complicasse ainda mais as coisas. – Kevin respondeu e saiu de perto da gente.

— Arthur o que está acontecendo? Sério mesmo, eu já estou me cansando de ter perguntar isso.

— Então não pergunte mais. – ele saiu de perto e quando eu vi ele estava bebendo de novo.

— Você não acha que já bebeu demais? – perguntei indo até ele.

— A pergunta mudou, mas a minha vontade em não responder é a mesma. – fiquei olhando em seus olhos sem acreditar que ele estava agindo daquele jeito. Não adiantaria tentar conversar com ele agora.

— Você já viu o que o seu irmão está fazendo? – perguntei me sentando ao lado de Kevin.

— Não porque estou mais preocupado com o seu. – o olhei assustada.

— O que tem o Murilo?

— Sua mãe acabou de postar uma passagem bíblica, com certeza ele deu uma nova crise. Ela nunca posta essas coisas, há não ser quando está acontecendo algo ruim. Quando ele estava no hospital ela postava o dia todo.

— Desde quando você vigia as redes sociais da minha mãe? – franzi a testa.

— Alice vai até o seu pai e pergunta se ela ligou pra ele.

— Kevin não aconteceu nada.

— Aconteceu. O natal está cada vez mais próximo. Ele está mais ansioso. Já disseram a ele que não vou estar aqui? Pode dar essa certeza a ele? Acho que ele ficará mais tranquilo.

— Você se coloca em um lugar de importância... – arregalei os olhos.

— Não é isso. – ele respirou fundo. – Ele não deve querer me ver, por diversos motivos. Eu lembro coisas ruins. É natural que ele fique nervoso.

— Fica tranq... – meu celular começou a tocar me interrompendo. Vi que era a minha mãe, eu o olhei totalmente perplexa.

— Eu disse. – seu nervosismo não me ajudou muito.

— Oi mãe. – atendi sua chamada já esperando o pior.

“Estou ligando para o seu pai e ele não atende. Sabe onde ele está?”

— Sim. Bem em minha frente. Quer dizer... Não tão perto... Alguns metros. Estamos na casa da vovó. Mãe... Aconteceu alguma coisa?

“Não foi nada demais. Seu irmão ficou um pouco agitado hoje, mas eu fiz um chá calmante bem forte pra ele e adiantei em três horas o remédio. Eu só... Quero saber com o seu pai se não seria melhor adiantarmos a ida, as aulas de Murilo acabam daqui duas semanas.”

— Tem certeza que não foi nada demais? Você parece nervosa. Como ele está agora?

“Dormindo. Lógico que eu estou nervosa Alice, eu vi meu filho com palpitações e falta de ar sem poder fazer nada. Não sei mais o que fazer. O médico disse que o problema dele passou a ser patológico e que é persistente e de difícil controle mesmo, mas... Não pensava que seria tão complicado. Ele tá bem e... Ele começa a ficar inquieto, agitado, comer a unha até os dedos e chega nesse extremo, que hoje eu vi apenas o começo.”

— O problema é que Murilo nunca foi quieto, ele sempre teve esse jeito inquieto e agitado, então é difícil saber quando está piorando... Você quer falar com o papai?

“Sim, ele está ocupado? Que barulho é esse? Ah, é, esqueci. Ele me disse do coquetel, se você tá com ele certamente ele deixou o telefone em casa. Já desabafei e me acalmei um pouco.— ela deu um suspiro sofrido. – Peça a ele que me ligue quando chegarem em casa.”— concordei e nos despedimos.

— Como ele está? – nos olhamos.

— Bem. Você estava certo, mas parece que minha mãe resolveu com um chá muito forte e mudando o horário do remédio dele.

— Isso é certo? – ele parecia bem preocupado. Dei uma risada abafada.

— Minha mãe cuida do Murilo Kevin. Precisamos cuidar do Arthur.

— Você tá se ouvindo? Seu irmão tem um problema, o seu namorado tem um ataque de... Nem sei mais Alice.

— Por que você tá tão afastado do Rafael? – perguntei em um tom de choro e agonia. – Ele poderia nos ajudar, nós três juntos...

— Viramos uma espécie de liga da justiça? Combate a criminosos e luta por tudo e todos?

— A liga da justiça faz isso?

— Não sei Alice, eu sou gay. Não assistia e nem assisto esse tipo de coisa.

— A Otávia que habita em mim está me perturbando fortemente pra contestar essa fala.

— Eu quero que Otávia que habita em você vai para o quinto dos infernos. – ele falou e deu um sorriso fofo para completar ainda mais o seu deboche me fazendo rir bastante.

— Tá tão na cara que vocês dois se querem. – Diana disse parando em nossa frente.

— Sabe que às vezes eu preciso de uma coisa que só você pode me dar? – ele perguntou a ela e eu tinha certeza que não vinha coisa boa.

— Ah é? – ela cruzou os braços o encarando com um péssimo humor.

— Sua ausência. Tchau. – ele mandou beijo me fazendo rir de novo.

— Essa garota é apaixonada por você, não consegue ver?

— Irmãzinha nós conversamos. A gente não quer deixar a cidade. Lembra? – Danilo chegou a questionando. Olhei para Kevin que parecia analisar os dois.

— Você dá sorte que sabe demais. – Kevin riu após sua fala.

— É assim que quer me conquistar? Tá indo bem viu?

— Vem. – o irmão dela a tirou dali.

— Acha que eles estão mentindo?

— Não. Eles devem ter muito a perder. Já que a minha chantagem contra a chantagem dela deu certo eu vou ir embora e comemorar.

— Nem quero saber como. – respirei fundo. - Você me leva em casa? – ele me olhou irritado. – Tá, não precisa me dizer que não é meu motorista e muito menos meu amigo. Já sei disso. Peço o Yuri. – ele segurou meu braço antes que eu saísse.

— Vamos só avisar ao Arthur.

— Estou indo embora com o Kevin. – falei ao chegar perto dele. Ele fez carinho em meu rosto e iria me beijar. – Meu pai Arthur.

— Desculpa por hoje. Eu te amo.

— Também te amo. – correspondi seu olhar com igual tristeza.

— Conheço esse ciclo, o ato, a culpa... – Kevin falou baixo. – É inacreditável.

— Obrigado por ter ficado com ela hoje.

— Eu não fiquei com ela. Ela veio atrás de mim.

— Não finge que não se preocupa, a gente sabe que não é bem assim.

— Qual a diferença? Você só tem um irmão, não é mesmo? – Kevin saiu e eu suspirei.

— Amanhã a gente se fala. – fui atrás do tatuado e sorri ao entrar em seu carro.

— Não entendo muito de carros, mas esse parece bem caro. É lindo. – falei o olhando.

— Minha mãe exagerou por se sentir culpada por concordar com meu pai sobre eu não estudar na capital. – aquilo o irritava mais que tudo.

— Por que você quer tanto ir?

— Por que continuar aqui? – ele me olhou como se eu fosse louca. Suspirei.

— Ele vai ficar bem Kevin? – perguntei após um tempo.

— Você está sempre me fazendo essa pergunta, não sou um humano com super poderes que é capaz de prever o futuro. Se bem que sou inteligente o bastante para apostar em algumas respostas. Mas... Não sei Alice.

— E eu aposto que você sabe. – ele parou em frente a minha casa. – Mas enfim... Obrigada pela carona. – nos despedimos e eu entrei. Segui sua orientação de trancar tudo direito e não sair enquanto meu pai chegasse, o que não demorou muito.

A semana passou rápido, já que as provas finais estavam quase chegando e com os trabalhos e as revisões tudo ficava muito corrido e cheio. Já era sábado e iriamos para o sitio, para o aniversário da Otávia e do Ryan, eu estava acabando de me arrumar. Iriamos ir a noite e ficar o domingo inteiro.  

Kevin chegou a minha casa assim que eu me troquei, eu me assustei ao vê-lo na porta do meu quarto. Fiquei olhando pra ele esperando ele dizer o que fazia ali.

— O que está fazendo aqui? – perguntei.

— Temos que conversar. – ele entrou e se posicionou em minha frente.

— Tem que ser agora? – apontei para a minha maquiagem.

— Normalmente eu teria uma atitude totalmente diferente e não essa... E que fiquei claro desde um princípio que eu não quero fazer inferno nenhum, venho por pura preocupação.

— O que está acontecendo? – percebi que ele estava sendo verdadeiro.

— Arthur está usando drogas. – fiquei olhando pra ele sem reação.

— Como é que é?

— Estou em transição entre quem eu era e quem eu me tornei e você sabe, eu não tenho mais um bom relacionamento com ele, não consigo ajuda-lo, também não consigo ficar feliz com a ruína dele. E com esses irmãos aqui não é a melhor hora pra ele perder a razão.

— Eu sei que ele anda estranho, mas não pode ser. Ele não é disso.

— Alice ele tem mandado o Rafael ir ao morro pra ele. E quando eu descobri ele teve a coragem de depois tentar mentir pra mim dizendo que estava se desintoxicando. Não precisei vigiar muito para ver que o amigo dele continua indo até lá e pela velocidade que as coisas estão andando... Não vai demorar e ele estará em uma clinica. Ou... Em uma cama de hospital após um ataque cardíaco.

— Ai meu Deus! – sentei em minha cama.

— Os garotos normais, como os meninos, o seu irmão, experimentaram essas coisas mais cedo. Eu e ele nunca fizemos isso. Cada um por seu motivo. E agora ele estar assim é bem preocupante.

— Não estou acreditando... Kevin é do Arthur que estamos falando.

— Mas é real. E ele não está afim de parar.

— É... – Arthur apareceu na porta do meu quarto. – Olha só, o que está acontecendo aqui? – ele perguntou bem desconfiado.

— Eu tô falando para a Alice dos seus novos hábitos. – Kevin respondeu o olhando.

— Tá falando de que? – ele não acreditou que o irmão fosse capaz.

— Eu sei da droga Arthur. – o encarei bem descontente.

— Vou ir embora. – Kevin saiu nos deixando sozinhos. Arthur fechou a porta e ficou me olhando.

— Não vai negar ou tentar mentir? – perguntei vendo que ele não diria nada.

— Eu estou bem. – ele veio até a mim. – Isso não muda nada.

— Tá mudando você. – olhei em seus olhos.

— Preciso disso agora, mas vou parar.

— Você tá se ouvindo? Ninguém precisa disso.

— Ah tá, você e Kevin agora são os donos da verdade.

— Não tem a ver com o Kevin, mas com o que está acontecendo com você.

— Eu sei e tô dizendo que eu tô bem. Eu to bem. – ele disse a segunda frase mais alta e o meu pai deve ter ouvido do quarto dele ou no corredor e bateu na porta e a abriu.

— Tá tudo bem? – ele perguntou bastante sério.

— Tá, o Arthur já estava de saída. – falei e ele pareceu não acreditar no que eu disse.

— Eu achei que você acreditava em mim. – ele falou baixo antes de sair.

— É bom eu me acalmar antes de ir atrás dele. O que está acontecendo? – meu pai perguntou vindo até mim. Quando vi eu já tinha me afundado em seu corpo enorme e começado a chorar.

— Tem certeza que quer ir pra essa festa? – meu pai perguntou ao parar em frente ao sitio.

— E a outra opção seria ficar chorando em casa por causa do Arthur? Não mesmo. Quero ir.

— Só acho que você não está com clima pra festa.

— Mas eu vou melhorar.

— Acha que ele está aí?

— Claro. É a Otávia. Ele não iria perder o aniversário dela por uma briga nossa, por mais feia que fosse. – suspirei.

— Ele nunca gritaria com você. Vamos conversar sobre isso depois, ok?

— Tá bom pai. – dei um beijo nele e sai, entrando e vendo que já estavam todos lá. Esperava que eu me distraísse pelo menos um pouco e que ao mesmo tempo eu conseguisse convencer Kevin a me ajudar com Arthur.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã.♥



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