Amor Perfeito XIV escrita por Lola


Capítulo 17
Autodestrutivo?


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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"Mas ele já estava magoado, e isso o cegou."

 Alice Narrando

Não estava acreditando no que eu estava vendo, aquela pancadaria entre Arthur e Kevin não iria acabar nada bem se Rafael não conseguisse separa-los.

— Você voltou a ter como único objetivo de vida tirar tudo de mim. – ele falou olhando para o irmão quando o loiro finalmente o pegou pelos braços.

— O mundo não gira em torno de você irmãozinho, eu estou ocupado vivendo a minha vida. Mas pensando bem, agora que você falou... Eu acho que vai ser bem divertido fazer isso.

— Arthur para! – quase gritei. Ele tentava de soltar de Rafael de qualquer jeito.

— Você entra no meu carro. – ele me olhou furioso.

— Não. Você não vai mandar em mim assim. Ainda mais descontrolado dessa forma.

— Ele conseguiu né?!

— Ele não tentou NADA! Eu já te disse que fui EU que pedi um favor a ele. E se quer saber essa foi uma das melhores noites nos últimos tempos. – um grande silêncio se fez presente. Esse era um daqueles momentos que você diz algo e imediatamente se arrepende.

— Então fica aí com ele. – ele se soltou de Rafael que devia ter afrouxado o braço com o susto das minhas palavras.

— Arthur... – o chamei antes que ele se fosse. Ele se virou e me olhou.

— Não Alice. A gente vai voltar nisso e eu já vi que não dá.

— Você tá sendo injusto comigo. Nem sabe o que aconteceu!

— Nada é motivo suficiente para você se aliar a esse... Enfeitiçador de pessoas.

— Aliar? Agora eu sou um inimigo então? Legal. – Kevin perguntou e sorriu. Ele não facilitava nada as coisas. – O que você chama de feitiço eu chamo de carisma.

— Vou embora Alice. Quando eu estiver mais calmo a gente conversa. – depois de sua fala ele encarou Rafael. – Você vem comigo ou vai cuidar do seu namoradinho?

— O seu medo de perdê-lo está te deixando incontrolável... Você também é enfeitiçado pelo Kevin Arthur. E sabe que até ser inimigo dele é melhor que não ser nada. – Rafa respirou fundo. – Ele não precisa que ninguém cuide dele, vou com você.

— Rafael... Fica. – olhei para Kevin estranhando esse pedido.

— Ele tá jogando com você! – Arthur disse olhando para o loiro e depois fechou os olhos com muita raiva. – Ele é muito desgraçado.

— Não estou. Ele sabe que sou verdadeiro com ele. E correndo o risco de você usa-lo como arma contra mim, eu nunca vou mentir ou fazer jogos com ele.

— Então ele é um tipo de Murilo? – Arthur cruzou os braços e se virou totalmente para o irmão. Kevin deu uma risadinha debochada.

— Apenas nós dois sabemos o quanto isso é impossível.

— Então para. Não dê a ele a falsa ilusão de que um dia você poderá esquecê-lo. E não vem me dizer que já deixou claro a ele que isso não é possível quando você age como se fosse acontecer. – por incrível que pareça Kevin ficou totalmente sem palavras. Arthur entrou em seu carro e partiu.

— Você o ouviu. – ele afirmou olhando Rafael.

— Só tem uma pessoa pela qual você me rejeitaria... Acho que posso conviver com isso. Vem, precisamos ver os seus machucados. – ele disse e depois me olhou. – E eu quero saber tudo sobre essa sua loucura.

Agora que eu estava praticamente sem namorado o jeito era rir da situação e aproveitar o resto da noite ou madrugada.

Murilo Narrando

Eliot e eu tivemos nossa primeira noite juntos... O que eu poderia dizer?! Que eu não sei como consegui fazer aquilo, não estava presente e depois de tudo eu só tive mais certeza que eu estava mais perdido do que quando cheguei aqui. Mas eu não voltaria atrás, não podia fazer isso com ele que sempre tinha sido tão sensacional comigo.

— Quem está te ligando? – ele perguntou ao sermos acordados por meu celular e eu rejeitar a chamada.

— Meu pai.

— Você não quer falar com ele?

— Nós sempre acabamos brigando.

— Você deveria discutir com a sua terapeuta o seu relacionamento difícil com o seu pai invés de só falar do Kevin.  – o olhei.

— Por que você acha que eu só falo dele?

— Todas as coisas que me contou sobre a terapia o envolvem.

— Acho que não posso negar isso. – respirei fundo e passei a mão no rosto.

— Mudando completamente de assunto... – ele me olhou e sorriu. - Você comeu abacaxi ontem?

— Tá me deixando sem graça. – desviei o olhar.

— Foi um elogio seu bobo. – ele apertou meu rosto com carinho.

— Eu sei, mas não estou afim de discutir o gosto da minha porra.

— Você é tão indiscreto. – ele balançou a cabeça rindo.

— O Kevin diria: “Sua delicadeza me encanta”. – o olhei.

— Não sou o Kevin Murilo. – sua voz e seu olhar mudaram.

— Eu sei. E eu disse apenas para saber o que diria... Eu acho que você não está preparado para me ajudar a esquecê-lo.

— É agora que você diz que a ideia do namoro foi um erro?

— Eu acho que sim. – suspirei. – E nem preciso dizer que o problema é comigo.

— Não existe preparação para ajudar alguém a esquecer outra pessoa. Temos que fazer isso junto Murilo. – fiquei em silêncio. – Você quer estar comigo?

— Quero. Você... Você ficou estranho depois do inicio do namoro. Era todo compreensivo e agora não pode nem ouvir o nome dele.

— Eu me deixei levar pelo ilusório pensamento de que você é meu. Na verdade você não é. Pelo menos não ainda. Murilo... Antes de você chegar a minha vida era monótona, sem graça e sem emoção. Você me fez viver coisas que há muito tempo eu não vivo.

— A gente estava indo tão bem...

— Ele chamou sua atenção te bloqueando. Você não consegue mais focar em mim. – ele disse e deu um sorriso. – Agora mais que nunca eu quero ir com você até a sua casa.

— Por quê? – franzi a testa sem entender.

— Quero conhece-lo. Quero ver de perto o cara que consegue te dominar assim.

— Essa não é uma boa ideia. – o olhei. – Vá por mim e pela minha família. Não pense nele.

— Você não está ansioso?

— Eu vivo ansioso. – ele deu uma risadinha.

— Por falar nisso tá quase na hora do seu remédio. Você tem que comer. Enquanto você toma banho eu vou até a cozinha dizer que você exigiu que eu fizesse uma panqueca para você e você vai comer a melhor panqueca da sua vida.

— Não mereço você cuidando tanto de mim assim. – fiz carinho em seu rosto.

— Merece. – ele me beijou. – E se não merece, precisa. – seu sorriso me dizia que ele fazia aquilo sem esperar nada em troca e isso era o que mais me fascinava em Eliot.

— O que aconteceu? – perguntei depois que ele voltou. Sua expressão havia mudado.

— Antes de ir fazer a panqueca eu estava lá embaixo no banheiro dos funcionários tomando banho... – o interrompi.

— Por que você não tomou banho comigo?

— Sabe muito bem que se eu descesse com o cabelo molhado iria levantar suspeitas.

— Tem secador aqui sabia?!

— Devo te lembrar que quem te apresentou o quarto fui eu? Meu cabelo ficaria diferente... Eu sou cuidadoso. Mas acho que não estou sendo. Por que... Gardan me abordou lá no banheiro dizendo que precisa conversar comigo antes de eu ir embora. Urgente. – ele me olhou preocupado. – Vem comer. – nos sentamos á mesa.

— Ele já me perguntou se estava rolando algo.

— E você não me contou? Porra Murilo!

— Ia mudar o que? Ele já estava desconfiado.

— A gente evitaria sair e sei lá... – ele suspirou. – Esquece. – ele voltou a sorrir. – E aí? – ele ficou me olhando mastigar.

— Dá pra você fazer essa coisa deliciosa pra mim o resto da vida?

— Está me pedindo em casamento? – ele perguntou e riu. – Não. O cozinheiro aqui é você.

— Tá maravilhoso. Tem um gosto característico. Quais são os ingredientes?

— Se eu te contar perde a graça e você vai poder fazer pra você. – sorri. – Ela lembra a minha infância. Minha mãe costumava preparar sempre antes... – ele parou de falar.

— O acidente dela mexe demais com você né? – senti a dor dele.

— Ela sempre foi muito ativa. Eu faria qualquer coisa por ela, porque ela sempre fez tudo por mim. – fiquei o admirando. – Acho que você gostou mesmo. – ele observou a rapidez que comi. Depois ele se levantou e pegou meu remédio, assim que tomei vi que o meu celular chamava de novo. – É um pouco cedo Murilo... Seu pai deve tá querendo alguma coisa.

— Vai continuar querendo.

— Ainda vou te amansar... – o olhei. – Quero ir pra sua casa com você estando em um bom relacionamento com os seus pais.

— Tenho revolta demais em mim pra isso.

— Perdoa. – respirei fundo com a sua fala. – Não sei o que é, mas perdoar só vai fazer bem a você mesmo.

— É fácil falar. Mas uma dor de anos não se desfaz assim com um simples perdão.

— Converse sobre isso na terapia Murilo. É sério.

— Tá bom. Sabe... Você podia passar o sábado aqui.

— Não posso. Tenho que arrumar a casa e preparar as coisas para o passeio de amanhã que alguém inventou... – dei uma risada com a oposição dele.

Assim que Eliot se foi eu fiz o que eu sabia que iria fazer, conferir se o Kevin havia me desbloqueado. Não pensei que eu faria isso praticamente o dia todo. Depois de ligar pra minha mãe e dar tranquilidade a ela resolvi ligar para Alice.

“Oi.”— ela atendeu parecendo estar mal humorada.

— Devia ter feito chamada de vídeo para ver o motivo de tanto carinho e alegria. Estou atrapalhando?

“Você me acordou.”

— Dormindo três horas da tarde?

“Eu controlo quando você vai dormir?”

— Por que você tá tão nervosa Alice?

“Já disse, você me acordou.”

— Não. Você e Arthur brigaram. Me diz, o que você estava fazendo com Kevin ontem?

“Estava apenas andando com ele atoa. Ele é divertido, gosto dele. Que medo é esse dele me levar pra cama? Acho que vocês não entenderam ainda a parte que ele é GAY!”

— Em momento algum eu tive esse medo. Só que sair por aí com alguém que não é o Arthur não é uma atitude que eu esperaria de você. Além disso, você o deixou muito preocupado, a gente sabe que Kevin está voltando aos velhos hábitos.

“Confio nele. Ele não vai me manipular mais.”

— Por que você tem tanta certeza? – ela respirou fundo e demorou um tempo para responder.

“Porque agora ele ama o meu irmão. E ele não faria nenhum mal a mim, mesmo que esteja decepcionado e ferido.”

— Vou deixar você dormir de novo. Não faz mais isso Alice. Arthur te ama muito e se ele se preocupa é porque ele sempre foi o mais afetado por Kevin e sabe do que ele é capaz.

“Nem sei se existe mais eu e Arthur Murilo. Não estamos nos falando. Ele tá com raiva e eu dele. Ele deu um show desproporcional e avançou no irmão gerando uma pancadaria que não precisava. O Kevin tem esse jeito errado de ser, mas ele estava apenas querendo me ajudar e não fez nada de ruim comigo. Nada. E Arthur não deixou eu sequer falar. Não sei se quero continuar esse namoro.”

— Você não conhece o Kevin, talvez não fazer nada era o plano dele. Só te convencer a estar com ele já irritaria Arthur e ele sabia disso.

“É? Mas fui eu que o chamei. Como explica isso?”

— Não sei Alice.

“Vocês querem culpa-lo de qualquer jeito.”

— Não é culpa-lo. É que ele nos ensinou a desconfiarmos dele.

“Jura? Você foi o que mais confiou nele. Confiou até que ele poderia mudar.”

— E eu também o abandonei. Então eu espero tudo dele agora. – ela ficou em silêncio sabendo que eu estava certo. – Espero que consiga dormir de novo.

Depois que desliguei pensei em ligar para Arthur, mas ele poderia estar com Rafael e sinceramente... Eu não queria ver a cara daquele atirado por enquanto.

Desci e andei um pouco e quando voltei para o hotel decidi fazer algo que eu não fazia há muito tempo.

— Não sabia que tocava. – ouvi a voz de Eliot e me assustei. – Faz tempo que alguém não toca esse piano. Sabia que eu amo música clássica? – ele estava curvado encostado no instrumento e bem perto de mim.

— Eu gosto de jazz. – ficamos nos olhando. – Acho que estamos dando mole né?

— Muito. O que podemos fazer, a gente tá descobrindo coisas um do outro, você sabe tocar piano, gosta de jazz e tem uma queda por mim.

— Eu te beijaria aqui agora.

— Então é melhor manter o controle. – ele se levantou.  Respirei fundo.

— Acho que você chegou mais cedo.

— Vou voltar a desempenhar a minha função anterior a partir dessa noite. Achei que Gardan havia te dito. – comecei a ficar sem ar. – Murilo.

— Ele não pode fazer isso.

— Pode. Pode muito. Fica tranquilo, você vai ficar bem.

— Outra pessoa vai ficar comigo?

— Não. Ele disse que isso foi um erro. – ele suspirou. – Eu acho que o seu pai está te ligando o dia inteiro para que você volte pra casa.

— Ele não me faria odiá-lo mais.

— Ele sabe que você não está bem. Os medicamentos estão surtindo efeito em curto prazo demais e... Não dá pra você ficar dependente da minha companhia.

— Precisar do seu emprego fez você reproduzir o discurso dele?

— Você acha mesmo que se fosse o caso eu viria até você ao chegar aqui? Estou me arriscando Murilo. Do mesmo jeito que me arrisquei desde o início.

— Só vou embora antes do natal se o meu pai vier e me levar a força. E eu acho que ele não vai fazer isso.

— Quero que você melhore. E as suas crises não estão acabando.

— Então não é o Caleb. – respirei fundo. – A psicóloga acha que é ele. Mas não é. Estou longe dele. - o olhei. – Tipo... Tem que ter um gatilho.

— Ou vários. – seu olhar era triste. – Tenho que ir. Se eu for ao seu andar eu passo em seu quarto.  Você vai ficar bem?

— Não sei. Acho que sim.

— A gente se fala pelo celular.  Olha pra mim... Você não tá sozinho.

— Não é a solidão o problema...

— Eu sei. Eu vou te distrair. Você vai pensar só na nossa conversa.

— Você não pode usar o celular no trabalho.

— Eu também não posso me envolver com um hóspede...  – ele sorriu.

— Anda, vai logo. – ele me mandou um beijo discretamente e se foi. Fui para o meu quarto morrendo de medo de mim mesmo e torcendo para que a minha cabeça me ajudasse pelo menos um pouco.

Eliot Narrando

Estava no andar do Murilo e já havia batido em sua porta três vezes.  Ele havia parado de responder as minhas mensagens há uma hora e agora não atendia o celular.

— Sai. – cheguei à recepção e peguei o telefone, quase empurrando a minha colega de trabalho, o que poderia ser um problema, mas eu não conseguia ser racional nesse momento.

— Você nunca falou assim. O que está acontecendo? – ela me olhou assustada. Liguei no quarto dele e ele não atendia.

— O Murilo saiu? – perguntei já indo até as câmeras.

— Eu sabia que você poderia ser gay por nunca te ver namorando uma mulher, mas... Você não acha que esse menino é novo demais pra você não?

— Trabalhar muitos anos juntos gera uma intimidade desnecessária não acha?

— Qual é Eliot? Esse garoto é a maior chave de cadeia! – ela falou mais baixo. – Ele é um riquinho mimado que está se divertindo com a sua cara. E você vai acabar perdendo o emprego por causa dele, escuta o que eu estou te dizendo.

— Ele não saiu. – rodei a cadeira e comecei a ficar pensativo... Mandei mais mensagens e nada.

— Como conseguiu verificar tão rápido?

— Eu o conheço em qualquer velocidade.

— Deve conhecê-lo em qualquer posição também.

— É sério que você disse isso? – perguntei tentando ligar pra ele de novo.

— Além de tudo ele é surtado. Se ele comete um suicídio o nome do hotel vai perder o prestigio. Quem vai querer se hospedar aqui? Eu não ia querer.

— Você está conseguindo me deixar irritado. E sabe bem o quanto isso é difícil.

— Tá gostando mesmo dele né? – a olhei de relance. – Pensa na sua mãe Lio... Ela é tão importante pra você não é? Se continuar com esse lance só vai gerar problemas, eu aposto que ela não iria gostar.

— Ela que me incentivou. – não aguentei ficar calado. – Para de falar besteiras. Você não o conhece.

— Tá bom. Parei. Vamos trabalhar. Tem muito serviço e daqui a pouco chega hóspede. Nossa, você acredita que a senhora do trezentos e... – ela ficou reclamando de alguma coisa e eu nem ouvi mais nada. Estava preocupado demais.

— O Gardan está na sala dele?

— Sim. Furioso. Se eu fosse você não chegava perto dele. Parece que deu algum problema com... – a deixei falando sozinha.

— Desculpa entrar assim. – falei um pouco sem graça. – Acho que você devia pegar a chave e ir até o quarto do Murilo.

— Por que eu faria isso?

— Você não contou a ele que eu não ficaria mais lá. Ele não recebeu a notícia muito bem. E... Ele não desceu pra jantar. Fui até seu quarto e ele não atende, liguei em seu celular e nada...

— Esqueci. – ele respirou fundo parecendo estar cansado. – Sabe como são os fins de semana aqui. – ele ficou alguns segundos em silêncio. – Mas parece que tá tranquilo pra você já que tá com tempo pra vigiar os passos de Murilo.

— Gardan eu estou muito preocupado. Qualquer minuto a mais pode ser necessário.

— Por que isso Eliot? O Murilo é um rapaz tão feliz e brincalhão.

— Talvez ele não queira mais ter essas crises. Talvez ele... Não sei. Por favor, só verifica se ele está bem.

— Você tá pálido. Não quero te levar ao hospital também, calma. Vamos lá.

Aquele elevador parecia ter multiplicado o tempo que demorava a subir. Eu estava suando frio e mesmo que Murilo não desse indício nenhum de que seria capaz de algo desse tamanho eu não ia ficar em paz até ver que ele estava bem.

Assim que entramos vi a cama vazia. Meu coração gelou mais ainda. Gardan foi até a sacada e eu não conseguia me mover. O chuveiro estava desligado. Ele olhou o resto dos cômodos e quando ele entrou no banheiro ele voltou e eu sabia... Pelo pouco tempo que ele demorou que ele estava lá.

— Sai do quarto. – ele mandou sem alteração na voz. – Sai do quarto e liga pra emergência.

Queria falar que eu queria vê-lo, mas eu não tinha forças. Disquei aqueles três números de forma automática e falei o nome e endereço do hotel sem nem notar que eu estava falando. Escorreguei pela parede do corredor e sentei no chão. Revivi o dia do acidente da minha mãe e um pavor tomou conta de mim. E então fechei os olhos lembrando o último sorriso que ele me deu.

"Quando você abrir seus olhos eu estarei bem aqui, quero ouvir seu coração bater."


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Notas finais do capítulo

Até amanhã ♥



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