Sem Influência escrita por British


Capítulo 7
Capítulo 7 – Sinceras intenções


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem com vocês? Estou ansiosa demais para saber o que vocês acharam do capítulo! Por favor, me contem! Tenham uma boa leitura! Vejo vocês nos comentários! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788775/chapter/7

Sasuke estava ansioso para sua próxima sessão de terapia. Com a lista que foi pedida por Tayuya nas mãos, o Uchiha entrou no consultório pronto para receber respostas. Talvez, não fosse algo que ele gostaria de ouvir, mas, independente de qualquer coisa, ele precisava daquelas respostas. Ou a terapia o ajudaria a ganhar o perdão de Sakura ou seria o primeiro passo para esquecê-la. Sasuke não sabia ainda no que aquilo resultaria.

— Olá, Sasuke. Tudo bem? Vejo que fez a lista que pedi... – Começou Tayuya, observando o papel nas mãos dele.

— Eu fiz. Foi muito difícil. – Relatou Sasuke.

— É difícil mesmo encarar os próprios erros. Você pode me entregar a lista? – Pediu a terapeuta.

— Claro. Aqui. – Disse ele, passando o papel para a profissional.

— Você já tinha comentado comigo até o item 4 na última consulta. O que acha de discutirmos a quinta mágoa que causou à Sakura?

— Pode ser.

— Bom, aqui você diz: “A quinta vez foi quando Sakura reencontrou Sarada por acaso e proibi que ela se revelasse como a verdadeira mãe e exigi que a Haruno fosse apenas amiga da filha para não desonrar a memória de Karin e preservar a forma como Sarada a via”. O que Karin representa pra você? Acho que ela é um dos pontos-chave da sua atual situação.

— Karin foi alguém que eu amei. É isso o que ela representa. – Explicou Sasuke.

— Ok. E o seu amor por ela fez você pedir que a mãe biológica da sua filha respeitasse o seu desejo de que a menor na época continuasse vendo a sua falecida esposa como mãe?

— Eu sei que foi uma atitude egoísta. Tanto que pouco tempo depois mudei de ideia e aceitei que Sarada convivesse com Sakura como mãe e filha. – Tentou se explicar.

— Você já pediu perdão para Sakura por isso?

— Já.

— E ela o perdoou?

— Eu acho que sim, mas, talvez ainda se lembre disso quando senta raiva de mim.

— Ela hoje sente raiva de você?

— Às vezes, eu acho que sente.

— Entendi. No sexto item você diz: “Quando duvidei dos sentimentos de Sakura por mim e pensei que ela fosse capaz de me trair com o ex-noivo Kakashi”. Imagino que também tenha pedido perdão por isso, acertei?

— Sim, pedi. Por mais que outros homens se apaixonassem por ela, Sakura sempre foi fiel.

— Vamos prosseguir... Você diz que a sétima vez foi quando pensou que Sakura não acreditava em sua inocência quando Orochimaru tentou acusá-lo de sabotar a obra do viaduto da cidade, que desabou e matou Tenten Mitsashi, a esposa de Neji. Quem é Orochimaru e por que ele tentou sabotá-lo? E por que Sakura poderia duvidar de você? Eu me lembro de ler sobre essa história no jornal, mas quero saber sua perspectiva.

— Bem, Orochimaru trabalhava na mesma empresa que eu e queria o meu lugar lá. Sabotou o projeto para me arruinar. Eu não tinha como provar minha inocência imediatamente e Sakura ficou vacilante por um momento. Quer dizer, eu vi dessa forma, mas ela garante que não. Sei que suspeitar dela a magoou.

— Também pediu desculpas?

— Sim, pedi.

— Depois você diz que magoou a Sakura toda vez que brigou comela por sentir ciúmes de suas interações com Neji. Você já disse aqui que Sakura sempre foi fiel a você. Então, por que brigar?

— Neji gosta dela, mesmo que Sakura só o veja como um amigo. O meu ciúme é por saber disso. Estou errado em me sentir assim?

— Não estou aqui para julgar você. Você acha errado sentir ciúme dela?

— Não acho errado sentir, mas sei que estava errado por brigar quando ela não tinha culpa.

— Exato. Está aí o ponto Sasuke. Sakura não é culpada por ter cativado Neji. Você tem medo de perder a sua amada para ele?

— Medo? Sim, eu tenho... Neji é decente. Desde que nos conhecemos, ele e Sakura são amigos, ele é pediatra dos meus filhos, ou seja, tá sempre por perto. Talvez, agora eu tenha dado a ele a chance de se aproximar ainda mais. Isso me aflige.

— O que pensa em fazer a respeito disso?

— Quero me manter próximo da minha família. Não quero que Sakura mude a forma como vê Neji. Ela o acha legal, mas também não acho que ela vá me esquecer tão rápido. Se eu agir logo, posso impedir que ele tente algo. 

— No seu último item, você diz que também magoou Sakura toda vez que diminuiu o trabalho dela, sugeriu que ela entregasse sua marca nas mãos de outra pessoa ou que brigou com ela por viajar muito. Você acha que essas mágoas foram as que enterraram o seu casamento? Que esse último item foi o principal motivo do seu divórcio?

— Acho que sim. Eu odiava a profissão dela quando nos reencontramos, mas Sarada me fez perceber que estava sendo ridículo.  Então, engoli meu orgulho, pedi desculpas e recomeçamos. Mesmo não entendendo completamente o mundo do qual ela faz parte, eu respeitei tudo. Mas, de uns tempos pra cá, isso foi mudando. Quando ela caiu várias posições num ranking de influência, ela ficou desesperada. Sakura queria o seu mundo de volta e percebeu que tinha cedido o seu espaço por causa de mim e de nossa família, para estar conosco ela fez uma série de sacrifícios. Só que eu penso que a gente tem que ser prioridade sim, sempre. Mas ela quer relativizar isso, quer viajar pra fazer os trabalhos dela, quer ter toda a influência de antes. Não enxerga que o tempo dela já passou...

— O tempo dela passou, Sasuke?

— Que mal tem ela admitir que outras pessoas ocupam hoje o espaço que já foi dela um dia?

— Sakura influencia pessoas, perder esse tipo de poder deve ser difícil. Você não deveria ter sido companheiro dela em vez de criticá-la? Penso que ela esperava outra postura de você.

— Você está me dizendo que Sakura se separou de mim porque eu a critiquei?

— O que eu estou dizendo é que uma pessoa quando se casa está à procura de um companheiro pros bons e pros maus momentos. De repente, a Sakura estava enfrentando uma fase ruim na carreira dela, querendo rever ter isso e aí o homem que ela ama não a apoiou outra vez. – Enfatizou Tayuya.

— Como assim outra vez?

— Você virou as costas pra ela na adolescência, na gravidez, quando ela voltou atrás da filha de vocês, e aí ela tava precisando de você de novo e o que você fez Sasuke? Você disse pra ela abrir mão de quem ela é, do que ela construiu sozinha, só pra ficar mais tempo com você. – Disse Tayuya e só então Sauske abriu os olhos para o seu egoísmo.

— Eu fui egoísta com ela de novo?

— Você tem dúvida ainda? Olha pra sua lista...

— O que eu posso fazer pra ela me perdoar?

— Você pode começar apoiando Sakura em tudo o que ela for fazer. Acho que isso seria mais válido do que um novo pedido de desculpas. Se você quer esse casamento de volta, vai ter que arregaçar as mangas e lutar por isso. E vale lembrar que, mesmo que você faça tudo certo, ela pode escolher seguir em frente sem você. Afinal, ela já não fez isso antes todas as vezes que você virou as costas pra ela, não é mesmo?

— É.

A fala de Tayuya machucou Sasuke de um jeito que ele não esperava. Parte do Uchiha acreditava que sairia dali com uma solução pra se resolver com Sakura, mas o que escutou foi que, mesmo que ele evolua, se mostre arrependido e a apoie daqui pra frente, Sakura ainda poderá escolher seguir sem ele.

[...]

Sakura estava trabalhando feito louca. Ela precisava focar em algo que a fizesse parar de pensar em Sasuke. A presença diária de seu ex-marido em sua vida era um incômodo, no entanto não podia afastá-lo. Seria cruel com Indra e Ashura e só por isso ela não tinha coragem de pedir para Sasuke parar de lhe dirigir a palavra. Nenhum término pelo qual tenha passado era tão complicado quando o fim de seu casamento com o Uchiha. Ela precisava manter um diálogo aberto e franco com o ex-marido. Eles discutiam diariamente sobre a rotina das crianças, quem ia fazer o que no final de semana, quem ia às reuniões, pegar ou levar em algum lugar. Era como se eles continuassem casados, só que sem a parte prazerosa do sexo, e também sem as brigas horrorosas.

Sakura havia terminado de publicar um texto sobre sua próxima coleção de roupas no site do La Haruno. Ela o releu em voz alta assim que apertou o botão de enviar e o entregou ao mundo.

Olá, aqui é Sakura Haruno.

A próxima coleção da La Haruno é um desafio pra mim de muitas formas. Não apenas como profissional, mas também como pessoa. Aqueles que me acompanham desde o início e viram a marca crescer e atingir o topo sabem que há alguns meses as coisas saíram do prumo. Não estou falando apenas da queda do meu nome em rankings, mas de uma perda mais profunda que isso.

Quando eu construí a La Haruno tinha um foco. Precisava me estabelecer como profissional par ir à busca de algo pessoal: a minha filha Sarada, na época com 12 anos. Quinze anos atrás, vocês conheceram a história de minha tragédia quando ela foi revelada cruelmente numa revista. Sim, era fofoca. Sim, também era verdade. Mas, no meio da dor, eu evoluí. Tudo em mim mudou após esse episódio. Deixei Nova York para viver em Kohona, terminei um noivado e me casei com um amor da adolescência, tive mais filhos. Enfim, as coisas se transformaram e a La Haruno mudou junto comigo.

Quando a marca começou a decair e meu nome passou a ter menos influência, notei que algo grave havia acontecido. Eu estava estagnada, assim como a marca que tanto amo. Passei então a me propor voltar ao antigo ritmo e encontrei obstáculos emocionais que me impediam de fazer isso. Como quebrar correntes tão fortes? Como sair de uma situação difícil sem magoar quem amamos? Juro que tentei e que também falhei. Sou humana, oras. No entanto, nada é desculpas para não dar o seu melhor, mesmo que isso não signifique muito.

Dou muito valor ao trabalho artesanal e eles estará presente na minha próxima coleção. Também acho que todos possam e devam vestir minhas roupas, por isso, a próxima coleção não terá um gênero definido. As cores predominantes serão preto, branco, cinza e azul. Use. Experimente. Se reinvente. As roupas que vão chegas às minhas lojas nessa temporada são reflexo de um desejo simples: ser feliz.

Eu espero do fundo do meu coração que tudo que criei sirva para você, coloque um sorriso em seu rosto, te faça se sentir especial e único. A coleção que desenhei foi feita para reiniciarmos nossas vidas. Uma nova era começa aqui. Quero que você esteja comigo em minha nova empreitada.

Junto com a publicação do texto, Sakura revelou alguns croquis e fotos de modelos com as peças, especificando os materiais usados para cada roupa. Além disso, a página também contava com um calendário que tinha uma data marcada em vermelho: 23 de julho.

Sim, esse dia também era aniversário de Sasuke Uchiha. O motivo de Sakura escolher essa data para lançar a sua nova coleção era que a Haruno desejava ter esse dia como símbolo de renascimento, além de um motivo para estar sorrindo num dia que a faria triste por se lembrar de todos os outros aniversários que passou com o ex-marido. Ela queria apenas ressignificar a data. 

[...]

Karine havia tido um longo dia de trabalho no hospital, então resolveu relaxar jantando num restaurante agradável próximo ao seu emprego. Lá, pediu um belo prato de comida, vinho e estava nos seus planos um petit gateau de sobremesa. Enquanto esperava seu prato chegar, a ruiva resolveu pegar a cópia do diário de sua irmã que havia mandado fazer para reler um texto que tinha chamado a sua atenção outro dia.

“Os Uchiha são muito práticos. Eles têm regras para tudo, quando acordar, comer, dormir. Às vezes, me pergunto se eles se dão a chance de viver alguns prazeres sem terem planejado isso antes. Minha sogra, Mikoto, me odeia. Ela nunca falou isso abertamente comigo, mas seus olhares pra mim entregam. Nunca fui o que ela sonhou para o Sasuke. Ela parece estar sempre atenta aos meus erros pronta para me julgar. Fugaku, meu sogro, finge que sou invisível naquela casa. Ele só quer saber de Sasuke e  de Sarada. Sasuke diz que me ama, mas muitas vezes parece que é da boca pra fora. Queria entrar na cabeça dele e desvendar seus pensamentos sobre mim. E tem Itachi, meu cunhado. Ele não mora mais aqui, mas sempre que visita a família me faz companhia. Gosto dele.

Quando Karine terminou de ler o trecho do diário, sua comida chegou. Então, ela ficou ali aproveitando aquele breve momentinho de felecidade após um dia de trabalho árduo. No momento em que estava se deliciando com a sobremesa, ouviu alguém chamar seu nome e ao olhar reparou que era Itachi.

— Acho que mais alguém do hospital descobriu qual é o meu restaurante favorito. – Comentou Itachi.

— Você costuma comer aqui? – Perguntou Karine.

— Sempre. Aliás, a minha mesa é aquela ali – Itachi aponta – Estou esperando a minha esposa chegar. – Informou Itachi.

— Ah, a sua esposa, eu ouvi falar dela. Izumi, certo? – Questionou Karine.

— Exatamente. Ela é maravilhosa, você vai ver. – Disse Itachi.

— Ela conheceu a minha irmã? – Perguntou Karine.

— Não, não pessoalmente. Ela sabe quem Karin é, mas quando eu e Izumi começamos a namorar a sua irmã já tinha falecido. 

— Entendi. No diário da minha irmã, ela disse que você era a única pessoa da família Uchiha, além do Sasuke, que gostava dela.

— Talvez, ela tenha dito isso porque eu sou o único que vi um lado de Karin que ela não mostrava pra muita gente.

— Que lado era esse?

— Um lado gentil. Karin não era assim com todo mundo. – Respondeu Itachi, então ouviu alguém chamar seu nome. Era Izumi, que havia acabado de chegar. Então, ele se virou rapidamente, sorriu e chamou a esposa para perto. – Querida, venha conhecer Karine, a irmã gêmea de Karin.

— Oi, Karine. É um prazer conhecê-la A família Uchiha tem falado muito de você. Eu sou a Izumi, acredito que também já tenha ouvido falar de mim.  – Apresentou-se a esposa de Itachi.

— Claro, só ouvi coisas boas sobre você. É um prazer conhecê-la pessoalmente, Izumi. Estava ouvindo de Itachi curiosidades sobre minha irmã. – Relatou Karine.

— Itachi tem muitas histórias sobre Karin. – Comentou Izumi.

— Não são tantas assim. Sasuke tem muito mais histórias que eu. – Retrucou o Uchiha.

— Vou adorar ouvir todas as histórias sobre ela. Não conheci a minha irmã em vida, então quero saber mais sobre ela. – Admitiu a ruiva.

— Vou adorar contar, mas agora preciso ir jantar com a minha esposa. Depois nos falamos, certo Karine? Tenha uma boa noite. – Disse Itachi.

— Claro. Tenham um bom jantar e uma boa noite! – Respondeu Karine.

— Uma boa noite para você também, Karine. Com licença... – Falou Izumi antes de sair com Itachi do lugar.

[...]

Sarada tinha ido jantar com sua mãe, seus irmãos e Saori, já que Boruto ligou para ela dizendo que trabalharia até tarde. Na casa da mãe, a Uchiha ficou surpresa ao olhar a nova coleção de sua mãe, assim como a data do mega evento que ela estava planejando para o lançamento. Enquanto as duas conversavam na sala, Indra e Ashura brincavam com a sobrinha Saori.

— Mãe, a coleção ficou linda! Eu adorei todos os detalhes, os tecidos, os bordados, as cores... Ainda não sei como estar presente no dia do lançamento, mas darei um jeito. – Comentou Sarada.

— Você acha que errei em marcar o lançamento no dia do aniversário de seu pai? – Perguntou Sakura.

— Eu imagino que a senhora tenha pensado em ressignificar a data, então não vejo problema. Só não sei se poderei estar presente, porque certamente papai fará alguma comemoração, mesmo que seja um almoço em família.

— Não se prenda por mim. Eu entenderei se você não estiver lá. Afinal, o lançamento será em Nova York, você tem Saori para tomar conta também fora o fato de ser o aniversário de seu pai.

— Obrigada, mãe. Eu sabia que a senhora entenderia. Mas estarei presente lá de coração. – Afirmou Sarada.

— Estou pensando em fazer um lançamento especial nas lojas daqui de Konoha também. Aí fica mais fácil de você ir. Deve ser depois do de Nova York.

— Shizune deve estar trabalhando em todos os detalhes, né?

— Sim, dei bastante trabalho a ela. Estamos convidando a imprensa e alguns influenciadores e empresários amigos meu.

— Kakashi estará lá?

— Sim, estará. Ele continua sendo um grande amigo. – Confirmou Sakura.

— Papai morrerá de ciúme quando souber. – Riu Sarada.

— Não convidei Kakashi para provocar Sasuke. Aliás, não quero que você nada pra ele sobre a minha nova coleção e seu lançamento. Sasuke não se interessa por essas coisas e não quero se metendo em minha vida.

— Ok. E o que vai dizer pra ele quando deixar Indra e Ashura na casa dos meus avós?

— Que tenho trabalho fora da cidade e só.

— Tudo bem. Eu fico contente que, apesar de tudo, vocês dois estão se esforçando por Indra e Ashura.

— Não é fácil, Sarada. Mas entendo que é importante a presença dele aqui em casa. Acredita que até hoje ele não devolveu a chave?

— Sério?! Acho que ele ainda tem esperança de vocês voltarem. – Soltou Sarada.

— Ele me ligou outro dia falando sobre essa possibilidade, acredita?

— Acredito! – risos – Papai é insistente.

— Ele não se dá por vencido. Algumas vezes isso é ótimo, mas não nessa situação. Eu realmente quero seguir em frente.

— A senhora quer dizer que deseja viver um novo amor?

— Não é isso. Não me acho capaz de viver outro relacionamento no momento. Quero focar em meu trabalho e nas crianças.

— A gente não é mais criança! – Retrucaram Indra e Ashura ao mesmo tempo.

— Até parece pirralhos! Vocês nem saíram da escola ainda e já querem ser adultos, nos poupem, ok? – Disse Sarada.

— A irmã de vocês tem razão. Vocês ainda não muito pequenos. Daqui a alguns anos vocês estarão crescidos e, ainda assim, serão pra para sempre minhas crianças. – Respondeu Sakura.

— Eles crescem tão rápido, né mãe? Lembro de quando segurei Indra e Ashura no colo pela primeira vez. Sem falar na Saori... Olha só como está grande! – Comentou Sarada.

— Verdade. O tempo passa muito rápido.

— Mas voltando ao nosso assunto... Sei que a separação ainda é recente e a senhora está fechada para o assunto. Mas já pensou sobre isso? – Insistiu Sarada.

— Shizune outro dia estava me falando para namorar de novo, ou pelo menos experimentar um novo relacionamento. Mas ela está louca.

— Já temos candidatos? A senhora sempre abalou os corações... Tinha Kakashi, Sasori, Lee, o papai... – Lembrou Sarada.

— Sem candidatos. Kakashi casou. Sasori morreu. Lee ficou com raiva de mim e sumiu. Seu pai nem conta mais.

— Shizune tinha alguém em vista para apresentá-la? Se ela insinuou a possibilidade é porque o radar dela entregou que tem um possível candidato por perto...

— Ela insinuou sobre o Neji, mas é impossível.

— Por que impossível?

— Oras, Sarada! Porque é!

— Impossível a senhora gostar dele? Impossível ele estar interessado na senhora? Ou impossível por que só tem espaço no seu coração para Sasuke Uchiha?

— Impossível, porque eu sempre amei Sasuke Uchiha. Satisfeita? – Respondeu Sakura.

— Sim, satisfeita. – Sorriu Sarada.

— Vai sair correndo pra contar a ele isso? – Questionou Sakura.

— Não, acho que ele não precisa ouvir isso de mim. Olha, eu to do seu lado. Apoio a decisão do divórcio.

— Mas preferia que eu e sei pai estivéssemos juntos, não é?

— Que filho não gostaria dessa possibilidade? Mas, é claro, que isso só deve acontecer se estiver bom para as duas partes.

— Obrigada pela compreensão.

— De nada – Sarada sorri – Agora me fala mais do evento de lançamento da coleção. O que terá?

— Além das roupas, é claro, quero que tenha o melhor buffet da cidade, música ao vivo e estou projetando a passarela no 25º andar do Empire State Building. Quero que o cenário também deixe transparecer a influência de Nova York nas minhas criações. – Revelou Sakura.

— Será perfeito. E quem cantará ao vivo? – Perguntou Sarada.

— Estou fechando com Shinki. Acho que ele é perfeito para essa função.

— Ele é maravilhoso mesmo. Boa escolha. – Concordou Sarada.

[...]

Karine precisava entregar os prontuários dos pacientes para Neji, então correu para pegar o elevador antes que ele fechasse a porta, então, notou que uma mão a ajudou a obter sucesso nessa missão. Era Itachi, que gentilmente havia feito tal gesto e a ruiva sorriu ao constatar a presença dele no elevador.

— Obrigada, senhor. – Disse Karin ainda ofegante.

— De nada. Para onde vai com tanta pressa? Parecia que ia tirar o pai da forca. – Comentou Itachi divertido.

— O doutor Neji Hyuuga pediu os prontuários com urgência, então não quis perder o elevador. – Explicou-se a ruiva.

— Entendi. Não deixe o doutor Hyuuga esperando, especialmente quando ele está de mau humor. – Aconselhou o Uchiha e então apertou o andar em que ficava a sala de Neji.

— Compreendo, senhor. – Respondeu Karine.

— Eu odeio que você de chame de senhor. É como se eu tivesse a idade do meu pai, quando te escuto me chamando assim. – Realatou Itachi.

 - Falei que é por respeito, já que o senhor é meu chefe. Fora do hospital tudo bem. Aqui não. – Enfatizou Karine.

— Entendi.

— Quando o senhor vai me contar as histórias sobre minha irmã que sua esposa disse que tem? – Perguntou Karine.

— Almoce comigo hoje e eu te contou. – Propôs Itachi.

— Ok. Onde nos encontramos e que horas? – Perguntou Karine.

— Passo na recepção ao meio-dia. Me espere lá mesmo. – Disse Itachi.

— Combinado. Até mais. – Respondeu Karine antes do elevador parar no andar em que ela precisava sair.

— Até, Karine. – Disse Itachi.

[...]

Karine aguardou por Itachi como havia mandado. O Uchiha atrasou dez minutos, mas a ruiva continuou ali até que ele surgiu.

— Desculpe pelo atraso, mas não consegui chegar antes. Vamos almoçar? – Disse Itachi.

— Vamos! – Respondeu Karine sorrindo.

Eles foram conversando amenidades até chegarem ao restaurante do outro dia, em que pediram uma mesa para dois e o prato do dia. Então, durante o almoço, Itachi teve a oportunidade de falar melhor sobre Karin para sua irmã.

— O que quer saber sobre Karin? – Perguntou Itachi.

— Tudo. – Afirmou Karine.

— Vou contar sobre o dia que a conheci. Foi num aniversário do Sasuke. Eles já estavam saindo há algum tempo, mas só naquele dia eles começaram a namorar oficialmente. Karin parecia vibrante. Acho que nunca a vi tão sorridente como naquele dia. Dava pra ver a metros de distância o quanto ela amava o Sasuke. Era muito bonitinho. – Revelou Itachi.

— E o seu irmão a amava do mesmo jeito? – Questionou Karine.

— Sim, ele a amava do mesmo jeito. Sasuke nunca foi de muitas palavras sobre o que sentia por Karin nem comigo, mas a forma como ele sempre olhou pra ela demonstrava o que sentia. Não foi à toa que ele quis se casar com ela. – Respondeu Itachi, entre uma garfada e outra em sua comida.

— Você não acha que ele se sentia obrigado a casar com ela depois de todas as traições?

— A única pessoa com quem ele deveria se sentir obrigado a se casar era Sakura e, mesmo assim, ele optou por Karin. Ele não tinha dúvidas sobre ela naquela época. – Itachi foi franco.

— E depois?

— Não vou mentir. Não foi um casamento fácil pra nenhum dos dois. Eles eram duas crianças praticamente criando um bebê. Ficaram desesperados. Se não fosse por meus pais, não sei o que teria acontecido com eles. Enfim, depois, eles se ajeitaram, mas as brigas existiam. Sasuke não era de falar nada pra mim, mas durante minhas visitas Karin gostava de conversar.

— E o que ela te falava sobre o casamento?

— Não espere nada muito revelador. Ela só falava que Sasuke não era um bom marido, assim como não foi um bom namorado.

— Entendo. Você parece ser um bom marido, Itachi. Será que não poderia ter ensinado sobre o assunto para Sasuke? Teria feito a vida de minha irmã mais fácil.

— Ah, Karine... Eu não era marido de ninguém na época. Talvez, eu fosse tão errado quando o Sasuke na época.

— Duvido. Você tem cara de ser muito certinho.

— Minha cara de santo não entrega, mas eu também era mulherengo como o Sasuke naquela época. Só parei quando comecei a namorar Izumi.

— Os irmãos Uchiha eram o terror da mulherada. – Riu Karine.

— Ainda bem que esse tempo já passou. – Afirmou Itachi.

[...]

Alguns meses depois...

Sarada foi visitar o pai no final de semana junto com Saori e Boruto. Além deles, Indra e Ashura estavam na casa da família Uchiha e ficaram tomando conta de Saori, enquanto a irmã, o pai e o Uzumaki conversavam.

— Mamãe já falou com o senhor sobre a viagem dela em julho. – Comentou Sarada.

— Viagem? Não, ainda não. Quando ela vai viajar? – Questionou Sasuke.

— Dia 22 de julho. – Respondeu Sarada e Sasuke ficou surpreso.

— É na véspera do meu aniversário. – Respondeu o Uchiha.

— Isso aí, padrinho. Ela quer passar a data longe de você. – Entregou Boruto e levou uma cotovelada de Sarada.

— Cala a boca. – Disse Sarada.

— Isso dói! – Gritou Boruto.

— É isso Sarada? Ela quer ficar longe no meu aniversário? – Perguntou Sasuke.

— Ela me disse que quer ressignificar a data. Será o lançamento da coleção nova dela num mega evento em Nova York. – Contou Sarada.

— Você irá ao lançamento? – Questionou Sasuke.

— Falei com ela e pedi para faltar para estar presente no seu aniversário. – Revelou Sarada.

— Não faça isso. Quero que esteja com sua mãe nesse dia. É uma data importante pra ela. – Respondeu Sasuke.

— Tem certeza? – perguntou Sarada.

— Deixa ele, Sarada... Obrigado, padrinho. Não queria perder o festão que a Sakura vai dar. – Comentou Boruto.

— Vai ficar só com os gêmeos então? – Indagou Sarada.

— Não, Indra e Ashura também devem estar lá. Aliás, eu vou estar lá. – Afirmou Sasuke.

— O que? – Disseram Sarada e Boruto ao mesmo tempo.

— É isso o que você ouviu. Eu vou prestigiar o lançamento da coleção da Sakura. Acho que toda a família deva estar lá a aplaudindo. Você acha que Shizune consegue um convite pra mim?

— Acho que sim. Posso falar com ela. – Disse Sarada.

— E eu não quero que sua mãe saiba da nossa presença. Quero fazer uma surpresa. Está bem? – Pediu Sasuke.

— Ok. – Concordou Sarada.

— Será que a Sakura vai gostar? – Indagou Boruto.

— O senhor não vai pedir pra reatar o casamento na frente de todo mundo não, né? – Perguntou Sarada.

— Não, eu não vou constranger a sua mãe. Só quero estar lá, que ela veja você, Indra e Ashura lá também. Quero que ela sinta que eu me importo. Ela vai estar acreditando que todos estamos celebrando o meu aniversário, mas, na verdade, nós estaremos lá com ela. – Revelou Sasuke.

— Boa ideia, padrinho. – Elogiou Boruto.

— Tenho certeza que ela vai amar ver todos nós lá. – Afirmou Sarada.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E agora? Me contem o que vocês esperam do desfile da nova coleção da Sakura, ok?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sem Influência" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.