Sem Influência escrita por British


Capítulo 5
Capítulo 5 – Opinião pública


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem com vocês? Espero que todos estejam bem! Corram para ler o capítulo e nos vemos nos comentários, fechado? Boa leitura! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788775/chapter/5

Assim que Sasuke deixou sua casa, após trazer Indra e Ashura de volta, Sakura foi olhar para ver se os filhos estavam dormindo como havia mandado. Então, a Haruno viu que os dois estavam num sono profundo, deviam ter gastado muita energia durante o dia. Em seguida, ela se aproximou de cada um e puxou o lençol para cobri-los melhor. Depois disso, Sakura foi para o seu quarto, vestiu o pijama e ao deitar na cama reparou no espaço vazio ao seu lado.

Era estranho não haver ninguém ali. Sakura ficou vidrada no lado vazio de sua cama por longos minutos pensando em como seria sua vida dali pra frente. Tinha decidido se separar, mas não sabia como seria uma rotina sem o Uchiha. Quer dizer, ele ainda frequentaria sua casa por causa dos filhos, mas seria visita num lugar que até outro dia chamava de lar.

Sakura continuou pensando sobre a vida de divorciada sem conseguir adormecer até que viu uma mensagem em seu celular. Era Shizune pedindo permissão para enviar uma nota em nome de Sakura avisando sobre o divórcio. No entanto, Sakura pediu para esperar. Ela queria mais alguns dias para entender o que se passava em seu coração primeiro. Então, ela determinou com Shizune que ela mesma escreveria uma carta-aberta à imprensa comunicando sobre o divórcio que seria replicada em seu site e em todas as redes sociais.

No dia seguinte, às 6h da manhã, Sasuke tocou a campainha. Embora ainda estivesse com a chave, ele não achou educado entrar na casa de Sakura. A Haruno atendeu a porta já pronta para seu dia de home office vestindo jeans e camiseta branca. Já Sasuke estava de calça social e blusa azul social também, pronto para dar sua aula. Ao ver o ex-marido, Sakura exaltou sua beleza por alguns segundos antes de soltar um bom dia simpático.

— Bom dia, Sakura. – Respondeu Sasuke, olhando o relógio em seguida. – Indra e Ashura estão prontos? Eu não quero me atrasar.

— Eles estão terminando o café da manhã. Você não quer entrar e comer conosco? – Ofereceu Sakura.

— Já tomei café. – Informou Sasuke.

— Vou colocar um pedaço de bolo de cenoura com chocolate num pote pra você lanchar durante o dia então. Entre logo! – Pediu Sakura e Sasuke obedeceu.

— Não preciso de um pedaço de bolo, Sakura.

— É seu favorito. Por favor, aceite. – Insistiu Sakura, enquanto Sasuke adentrava o antigo lar pela primeira vez após a separação.

— Ok. – Concordou Sasuke, enquanto seguia Sakura até a cozinha onde os filhos comiam torrada, tomavam um achocolatado e ainda tinham uma maçã esperando por eles.

— Aliás, coma um pedaço aqui mesmo enquanto eu guardo a outra fatia para você comer mais tarde. – Disse Sakura já procurando pelo pote. Sasuke ficou meio sem graça em recusar, então comeu a fatia.

— Está muito bom, Sakura. – Elogiou Sasuke depois de comer um pedaço.

— A mamãe fez esse bolo especialmente pro senhor. – Entregou Indra.

— Mas foi antes deles se separarem. – Completou Ashura e um silêncio ensurdecedor tomou conta da cozinha.

— Eu fiz o bolo momentos antes de te mostrar a capa da revista. Então, tudo aconteceu e não consegui te oferecer um pedaço antes. – Resumiu Sakura.

— Ata. – Disse Sasuke.

— Vocês estão esquisitos. – Analisou Indra.

— Tá parecendo um velório. – Comentou Ashura.

— Não é isso. É só diferente, pois não somos mais um casal. Vocês vão se acostumar e nós também. Aqui está seu bolo, Sasuke. – Disse Sakura.

— Obrigado, Sakura. Bem, Indra e Ashura, vocês já comeram. Peguem a maçã e comam no carro. Não quero me atrasar e ainda preciso deixar os dois na escola. – Disse Sasuke já se levantando da mesa, após engolir o restante da sua fatia de bolo.

— Ok, papai. Tchau, mamãe. – Disseram Indra e Ashura obedecendo ao pai em seguida.

— Vejo vocês mais tarde. – Disse Sakura antes de ver os filhos saírem acompanhados pelo pai.

[...]

Sakura tinha publicado um post completo sobre a sua nova parceria com a marca de cosméticos, quando ouviu a campainha de sua casa tocar. Então, ela foi atender e se surpreendeu ao reparar em que estava na sua porta: Karine.

— Oi, Sakura. Bom dia. Eu sou a Karine, irmã gêmea da Karin. O Sasuke está? – Perguntou a ruiva com um tom simpático.

— Oi, Karine. Não, ele não está. O que deseja? – Respondeu Sakura.

— Ah, é que eu liguei para devolver algo a ele, mas como o Sasuke não respondeu resolvi vir pessoalmente. – Explicou-se Karine.

— Se você quiser, eu posso receber o que você tem a entregar a ele. – Ofereceu Sakura por curiosidade.

— Não, só posso entregar em mãos. – Afirmou a ruiva.

— Entendi. Então, acho que não posso te ajudar. – Disse Sakura.

— Pois é... Vou procurá-lo na Universidade. Você sabe até que horas ele fica lá? – Questionou Karine.

— Hoje ele fica até à noite. – Informou Sakura.

— Obrigada.  Desculpe o incomodo, Sakura. – Disse Karin.

— Tudo bem. Não foi incomodo. Tenho que confessar que estava curiosa para te ver pessoalmente. Sasuke falou da irmã gêmea de Karin pra mim, mas é realmente impressionante ver como vocês são muito parecidas... – Comentou Sakura.

— Sasuke me disse o mesmo. Sinto muito que minha aparência remeta você a más situações da sua vida. Sei que Karin e você eram inimigas. – Disse Karine.

— Nunca fui inimiga de Karin. Talvez, Ino fosse. Mas eu nunca rivalizei com ela. Na verdade, nunca tive chance com o Sasuke naquela época. Na minha juventude, ele só me usou e jogou fora como fazia com tantas outras garotas. Eu só fui a mais burra de todas, a que acabou engravidando. – Relatou Sakura, dando uma visão desconhecida por Karine.

— Bom, acho que entendi as coisas de forma errada. – Soltou a ruiva.

— Você supôs que só porque eu engravidei do Sasuke odiava a Karin, mas não é verdade. Eu tinha pena dela por idolatrar o Sasuke a ponto de fazer maldade com outras garotas, sendo que ele a traía sem qualquer remorso. E confesso que também senti inveja dela quando Sasuke me disse que ela era a escolhida. – Revelou a Haruno.

— Se Karin estivesse viva, acha que Sasuke teria se separado dela para ficar com você? – Perguntou Karine curiosa.

— Eu já me fiz muito essa pergunta. Hoje, não quero mais ter essa resposta. Não me serviria de nada. – Afirmou Sakura.

— Entendo. Bom, Sakura, foi um prazer conhecê-la. Sinto muito por ter tomado o seu tempo. – Despediu-se Karine.

— Tudo bem... Só mais uma coisa.... Você fica até quando em Konoha, Karine?

— Não sei, mas por um longo tempo. Estou de mudança pra cá. – Afirmou a ruiva.

— Mudança? O que te traz à Konoha definitivamente?

— É o único modo que tenho de conhecer a minha irmã. Ela viveu toda a sua vida aqui, as memórias dela estão por essa cidade, suas histórias... Além disso, o túmulo de Karin fica no jazido da família Uchiha. Quero ir vê-la com frequência, rezar por sua alma. Pelo pouco que sei, o fim de vida de minha irmã foi cheio de perturbações... – Relatou Karine.

— Entendo seus motivos. Não tem outros parentes? Um namorado ou marido?

— Não. Minha única família era minha mãe, que faleceu recentemente. Também não tenho namorado. – Respondeu Karine.

— E vai trabalhar onde, Karine?

— Recepcionista no hospital da cidade. Eu vi a vaga antes de decidir vir pra cá e aí me candidatei, fiz a entrevista assim que cheguei e ontem me ligaram avisando que posso começar amanhã.

— Que ótimo! Você sabe que esse hospital é da família do Sasuke, né?

— Sei. Bom, Sakura, eu vou agora. Tenha um bom dia. Me desculpe mais uma vez por tomar seu tempo.

— Tenha um bom dia, Karine. – Respondeu Sakura.

[...]

Assim que deixou a casa de Sakura, Karine foi procurar Sasuke na Universidade. Assim que encontrou a sala em que o Uchiha aestava dando aula, ela resolveu aguardar do lado de fora por ele. Depois que os alunos saíram, ela entrou e flagrou o moreno arrumando seu material da aula na mochila.

— Oi, Sasuke. – Disse Karine, pegando-o de surpresa.

— Oi, Karine. Tudo bem? Pensei que ia ligar quando fosse entregar o diário da Karin. – Respondeu Sasuke sem afetação.

— Tudo bem e você? Eu liguei, mas você não atendeu. Aí fui à sua casa e também não te achei lá. Resolvi passar aqui. – Confessou a ruiva.

— Eu não atendi porque estava dando aula. Pera aí... você foi na minha casa? Falou com a Sakura?

— Sim, ela foi muito simpática comigo.

— Você não disse nada a ela sobre o diário, não é?

— Não disse nada. Cumpri o que combinamos. Aliás, aqui está o diário. Já li tudo e também tirei uma cópia pra mim. Espero que não se incomode. – Revelou Karine.

— Tudo bem. Conheceu melhor a sua irmã lendo o que ela escreveu?

— Um pouco. Mas você sabe que ela escrevia um dia e ficava meses sem escrever nada para só depois relatar mais alguma coisa. Além disso, muitas vezes só escrevia uma frase como resumo do dia. Sem falar que estão faltando as últimas páginas...

— Karin não era muito de escrever. Ela era de agir. Mas tudo o que tem no diário são sentimentos mais puros. Muita coisa que está escrita nesse diário ela nunca me disse, só descobri que ela tinha esse diário quando arrumei a caixa de coisas dela para doar.

— Você sabe alguma coisa sobre as últimas páginas?

— Elas já não estavam lá quando eu encontrei o diário. Karin deve ter arrancado.

— Você nunca ficou curioso para saber os últimos pensamentos dela?

— Bem, você não sabe se o que estava escrito eram os últimos pensamentos dela. Poderia ser uma lista de compra, um telefone, um endereço... Sei lá, poderia ser qualquer coisa.

— Você tem razão. Talvez, eu esteja imaginando demais.

— Bom, o diário foi entregue e você matou a sua curiosidade. Quando vai embora de Konoha?

— Eu não vou embora. Estou morando aqui e começo no meu novo trabalho amanhã. Sasuke, eu vim pra ficar. – Respondeu Karine, pegando o Uchiha de surpresa.

— Por que ficar?

— Quero viver um pouco onde minha irmã passou a sua vida. Acho que me sentiria mais próxima dela assim.

— Entendi. Karine, eu preciso ir dar a minha próxima aula. Espero que tenha uma boa vida em Konoha. Seja bem-vinda. – Desejou Sasuke.

— Obrigada. Eu já me sinto em casa. – Respondeu Karine, e, em seguida, Sasuke saiu da sala.

[...]

Após uma semana do divórcio ser oficializado, Sakura resolveu escrever a carta-aberta à imprensa e fãs sobre o assunto. Cada linha do que escreveu era difícil, mas ser honesta com todos era a melhor saída.

Prezados fãs e imprensa,

Venho por meio desta nota comunicar a vocês o meu divórcio. Há algum tempo meu casamento com Sasuke Uchiha terminou por diferenças irreconciliáveis.  Foram 15 anos de união que me ensinaram como ser uma mulher, esposa e mãe melhor. Sinto gratidão por todos os bons momentos que compartilhamos enquanto construímos nossa família. Por isso, peço que vocês compreendam o momento que estamos passando. Mesmo separados, eu e meu ex-marido continuamos unidos na missão de criar nossos filhos num ambiente de harmonia. Então, certamente, vocês nos verão juntos em algumas ocasiões. Agradeço o carinho de todos vocês e peço, mais uma vez, que nos respeitem.

 

Atenciosamente,

Sakura Haruno

Sakura enviou a nota com a certeza que estava fazendo a coisa certa. A medida que a novidade ia percorrendo o boca a boca, matérias com especulações sobre o motivo da separação começaram a circular, mas nada que fosse verdadeiro.

[...]

Karine estava trabalhando há uma semana no hospital da família. A maioria dos funcionários do local não havia conhecido Karin, então a ruiva conseguiu recomeçar a sua vida sem um fantasma da sua irmã a rondando. No entanto, uma pessoa que também trabalhava por lá conhecia bem Karin: Itachi. O irmão de Sasuke deixou todos os papéis que estava carregando caírem no balcão ao se deparar com gêmea da falecida na recepção.

— Karin? – Perguntou Itachi boquiaberto com a semelhança da moça a sua frente com a ex-cunhada.

— Meu nome é Karine, senhor. Mas entendo a sua reação. Eu sou irmã gêmea da Karin. O senhor é muito parecido com Sasuke e vejo no seu crachá que o sobrenome é Uchiha. Então devo deduzir que tem algum parentesco com Sasuke. – Supôs Karine.

— Somos irmãos. Engraçado... Eu não sabia que Karin tinha irmã, muito menos uma gêmea. Você conhece o Sasuke? – Respondeu Itachi, apanhando os papéis.

— Eu me apresentei a ele assim que me mudei para Konoha. Faz pouco tempo. Ele não deve ter tido tempo de contar ao senhor. – Disse Karine.

— Imagino... Ele tem mais problemas para se preocupar do que isso. – Falou Itachi.

— E tem mesmo. Só falam da separação do seu irmão e da Sakura, Itachi. – Disse Haku, outro recepcionista do hospital, se intrometendo na conversa.

— Pois é... um bando de fofoqueiros, Haku. – Recriminou Itachi.

— O Sasuke e Sakura se separaram? – Questionou Karine surpresa com a fofoca.

— Você não sabia? Faz uma semana que eles não estão mais juntos. – Revelou Itachi.

— Não sabia e olha que encontrei com ambos na semana passada. Acho que não quiseram dividir comigo algo tão pessoal. – Comentou Karine.

— Você não tem nada a ver com isso, né? – Perguntou Itachi desconfiado.

— Claro que não! Me pareço com Karin, mas não sou ela. Não tenho nada a ver com essa história. – Afirmou Karine.

— Claro, tem razão! Seja-bem vinda ao hospital, Karine. Trabalhamos duro por aqui. Aliás, preciso que você prepare crachás de visitação para essa lista de médicos aqui. – Itachi entrega a lista com cinco nomes - Terei reunião com eles assim que chegarem, então todos precisam estar liberados. Ok?

— Sim, senhor.

— É só isso. Teremos um longo dia de trabalho... – Despediu-se Itachi antes de sumir da recepção ao pegar o elevador para a sua sala.

— Ele é bonitão, né? – Comentou Haku com Karine.

— Ele é mais bonito que o Sasuke. – Admitiu Karine.

— E é casado. Muito bem casado. – Revelou Haku.

— Por que está me dizendo isso? Não fiquei interessada nele. O Itachi é nosso chefe. Devemos respeito a ele. – Disse a ruiva.

— Verdade. E ele não é só nosso chefe, mas chefe de todo mundo aqui. Na linha se sucessão de Fugaku Uchiha, é ele quem herda o hospital. O Sasuke não quer comandar isso aqui. – Fofocou Haku.

— Ele só trabalha na parte administrativa? Ou é médico também? – Questionou Karine.

— Bem, ele trabalha só na parte administrativa mesmo e sua primeira formação é Administração, mas Fugaku o orientou a fazer Medicina para entender melhor do assunto, da parte humana. Ele chegou a clinicar por um tempo, mas aí fez mestrado e doutorado em gestão de saúde e seguiu na direção do hospital.

— O hospital ficará em boas mãos então. Você sabe por que Sasuke nunca se interessou pelo hospital?

— Acho que é só um gosto pessoal mesmo. Ele prefere lecionar na faculdade de Engenharia.

— Algumas pessoas tem tudo e não dão valor, né Haku? O Sasuke tem um bom emprego, vai herdar parte disso daqui e tem uma família linda. – Comentou Karine.

— O Sasuke foi casado com a sua irmã, certo? Ela não teria parte disso tudo também?

— Depende do regime de bens. Eu não conheci a minha irmã em vida, mas imagino que tenham casado com separação total de bens.

— Deve ter sido isso mesmo. A família Uchiha é muito precavida.

[...]

Após receber os médicos que estava esperando, Itachi os convenceu a integrarem o quadro de médicos do hospital de sua família. Eram nomes importantes que dariam mais prestígio ao loca. Assim que se despediu deles, mal teve tempo ao ver Neji batendo em sua porta.

— Oi, Neji. O que quer? – Perguntou Itachi.

— Nada demais. Só saber se você contratou aqueles médicos. Tem algum pediatra entre eles? – Questionou curioso.

— Tem pediatra na minha lista sim, especializado em cirurgia pediátrica para te ajudar. Pode me agradecer pagando o meu almoço. – Relatou Itachi.

— Não vai almoçar em casa? – Perguntou Neji.

— Não vou ter tempo, já avisei Izumi. Muito trabalho por aqui. – Afirmou Itachi.

— Então, vou pagar seu almoço. Vamos logo! – Disse Neji, apressando o amigo.

— Ok, estou indo. – Concordou Itachi.

Durante o almoço na cantina do hospital, Neji reparou numa das notícias que passava na TV do lugar. Na chamada estava escrito: “Bomba! Sakura Haruno se divorcia de Sasuke Uchiha”.

— A Sakura se separou do Sasuke? – Perguntou Neji completamente boquiaberto para Neji.

— Não sei detalhes, mas eles se separaram sim. Sasuke se mudou pra casa dos meus pais. – Informou Itachi entre uma garfada e outra.

— Eles eram tão apaixonados. Pra mim, é muito esquisito que isso tenha acontecido. – Confessou Neji.

— Até que durou muito. Sasuke não é uma pessoa fácil. Sakura deve ter se enchido das rabugices dele. – Comentou Itachi.

— Quando eu conheci os dois, também me perguntava o que Sakura tinha visto no Sasuke. Mas depois entendi que eles tinham muita história. Uma relação assim é poderosa e deixa várias marcas. – Analisou Neji.

— Não conversei com Sasuke a respeito do assunto. As poucas vezes que o vi desde então na casa dos meus pais ou ele estava se negando a falar do assunto ou ocupado demais com as crianças. E claro que, com os gêmeos por perto, eu não quis tocar no assunto. Aliás, por falar em gêmeos, a irmã gêmea da falecida esposa do Sasuke tá trabalhando no hospital. Você já a conheceu? – Fofocou Itachi.

— Irmã gêmea da Karin? Não sei. Como ela é? – Questionou Neji.

— Você sabe como era a Karin? Já viu alguma foto dela? – Rebateu Itachi.

— Não. Só sei que ela era ruiva... Pera aí... É a menina da recepção a irmã da Karin? – Disse Neji surpreso.

— Isso aí, Neji. A Karine é irmã da Karin. Até no nome elas combinam. – Comentou o Uchiha.

— Foi o Sasuke que arrumou esse emprego pra ela?

— Certamente não. Mas eu acho que ele deveria ter me informado que a gêmea da falecida esposa dele trabalharia conosco.

— Por quê?

— Eu levei um susto ao vê-la na recepção. Era como encontrar um fantasma. – Analisou Itachi.

— Você acha que ela está envolvida no fim do casamento do Sasuke e da Sakura? – Perguntou Neji.

— Eu acho que não está, mas se esse boato se espalhar vai ser ruim pro Sasuke e pra Sakura. – Afirmou Itachi.

[...]

E não é que Itachi tinha razão? Se o boato se espalhasse realmente seria ruim para Sakura e Sasuke. Com alguns funcionários do hospital sabendo do parentesco de Karine com a falecida esposa de Sasuke Uchiha, o boato que a chegada dela teria atrapalhado o relacionamento do casal começou a ser compartilhado em grupos de WhatsApp. E não demorou muito para que a boataria chegasse ao ouvidos de um jornalista que resolveu publicar a história. Quando Sakura foi avisada por Shizune que uma matéria sobre o assunto havia sido publicada, a Haruno ficou furiosa.

— É mentira, Shizune! Karine não tem nada a ver com a minha separação com o Sasuke. Foi uma coincidência a chegada dela à cidade na mesma época. – Afirmou Sakura.

— Bom, pode até ser mentira, mas está sendo replicada por todos os sites de fofoca do país como verdade. “Chegada de gêmea de falecida esposa de Sasuke Uchiha dilacera casamento de Sakura Haruno”, diz uma das manchetes. Tem fotos de você com a Karin nos tempos de escola, aquelas fotos de turma e também fotos da gêmea da ruiva e fotos de você agora. Na matéria falam que Sasuke deve ter ficado confuso ao encontrar a gêmea da ex e que se lembrou de seu antigo amor, que você deve ter se sentido insegura, etc. – Revelou Shizune.

 - Vou processar todos eles. Pode acionar minha advogada, por favor, Shizune?

— Ok. Vou pedir retratação e direito de resposta. Quer redigir a nota ou mesma escrevo?

— Vou ditar pra você por aqui e aí você encaminha pode ser?

— Ok, Sakura.

— Escreva: “Eu, Sakura Haruno, venho por meio desta nota desmentir a matéria desse veículo. Pedi para que respeitassem o meu divórcio com Sasuke, mas o que fizeram foi distorcer as informações para criarem uma matéria fantasiosa. A irmã gêmea de Karin se mudou recentemente para Konoha, mas isso nada tem a ver com a crise do meu casamento que vem de tempos anteriores a tudo isso. Peço para que parem de falar essas mentiras a respeito de minha família e respeitem o momento do meu divórcio. Atenciosamente, Sakura Haruno”.

— Anotado, Sakura. Vou tomar as providências necessárias. – Avisou Shizune.

— Por favor, faça rápido. Não quero ter mais dores de cabeça com esse assunto. – Afirmou Sakura.

— E como estão as coisas com Sasuke após oficializarem o divórcio? – Questionou Shizune.

— Estão bem. Nos vemos todos os dias, por causa das crianças, mas os são diálogos curtos. Ele vem aqui de manhã pegar os meninos para levar na escola e alguns dias passa aqui para levá-los para jantar com ele e os avós.

— Vocês até que encontraram um bom equilíbrio...

— Eu sei. Estou orgulhosa da forma como ele tem se comportado.

— Você não se arrepende de não ter tentado mais uma vez? Você ainda o ama que eu sei...

— Ah, Shizune... Só amor não faz um casamento andar pra frente. Eu também o amava quando ele me engravidou e abandonou e também não ficamos juntos naquele tempo.

— Mas naquela época ele não te amava...

— E será que hoje ama?

— Por que está falando isso?

— Às vezes, me perguntou se eu só não supri a necessidade do Sasuke de ter uma família perfeita. Ele queria ter dado isso a Sarada e Karin não foi capaz de dar isso a ele.

— Ele poderia ter formado a família feliz com a Ino ou com qualquer outra mulher, mas não fez...

— Verdade. Acho que ele me amou por um tempo então.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sem Influência" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.