Sem Influência escrita por British


Capítulo 1
Capítulo 1 – Reboot


Notas iniciais do capítulo

Aviso! Esta história é continuação de A Grande Influência, A Nova Influência, A Má Influência e Sob Influência. Todas elas estão disponíveis no meu perfil, caso vocês tenham curiosidade. Senão tiverem, podem começar por aqui mesmo. É isso! Boa leitura! Estou de volta em tempos de quarentena! Não se esqueçam dos comentários! Estou ansiosa para lê-los!



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A sensação de estar no topo é ótima, mas, infelizmente, não dura para sempre. Sakura sentia que tudo na sua vida havia alcançado o auge e que agora ia ladeira abaixo. Ela ainda era uma influenciadora digital renomada, mas outras mais jovens eram os nomes do momento. Sua marca mantinha estabilidade no mercado fashion, porém não estava mais em período de expansão. Atualmente, a estilista era mais chamada para entregar prêmios do que recebê-los. Como profissional, estava se sentido limitada pela primeira vez na vida e então entrou em crise.

De repente, o brilho de Sakura foi se apagando e isso se refletiu em sua casa. Seu casamento com o amor de sua vida não era mais o mesmo. Declarações açucaradas eram raras, demonstrações públicas de afeto praticamente inexistentes e o sexo ainda era bom, no entanto, os dois estavam na maior parte do tempo pensando em outra coisa: no trabalho ou nas crianças.

Os gêmeos Indra e Ashura agora estavam com 9 anos. Não eram mais tão pequenos, mas continuavam dando trabalho. Os pestinhas gostavam de brigar na escola e estavam tirando notas baixas, o que fazia Sasuke reclamar com ela. Sakura se perguntava também onde havia errado com eles, se havia mimado os caçulas demais. Já Sarada era uma mulher feita, mas Sakura se sentia na obrigação de ser uma mãe presente pelos anos que havia faltado para ela na infância.

Toda vez que Sarada se via sufocada com a maternidade era a mãe a quem recorria. Então, Sakura passou a fazer o papel de babá da neta para que a filha pudesse trabalhar na orquestra da cidade e fazer viagens para shows. Isso também atrapalhou a dinâmica do casal, que raramente ficava sozinho. Quando não estavam com os filhos pequenos, estavam com a neta. Os outros avós da criança, Hinata e Naruto, eram bastante presentes também. E Sakura acreditava que só por esta razão ela e Sasuke não brigavam ainda mais.

Sakura propôs que Sarada e Boruto contratassem uma babá para complementar o tempo que a pequena Saori, agora com 3 anos, não podia ficar na escolinha. Só que Sasuke achou isso uma ofensa e lhe soltou piada: “Quer ser uma avó ausente também?”. Toda vez que ele insinuava isso, machucava Sakura. Afinal, todos sabiam que ela não ficou ausente da vida de Sarada porque quis, mas por ser obrigada pela família Uchiha e seus próprios pais. Com o passar dos anos, Sasuke parecia ter se esquecido desse detalhe e sempre a acusava de priorizar a sua profissão em vez da família.

 A verdade era que Sakura estava exausta de tentar ser a influenciadora, mãe, avó e esposa perfeita ao mesmo tempo. Ela queria um tempo para si, só que nunca conseguia porque a família sempre vinha antes dela. No início, não foi um peso, mas agora parecia mais complicado. Por isso, ela não aguentou quando Sasuke a repreendeu pela enésima vez.

— Sakura, outra viagem? Pra que? Não tem como mandar a Shizune representar você nessa reunião? – Disse Sasuke.

— Quando você vai entender que esse é o meu trabalho, Sasuke? Eu sou a dona da marca La Haruno. Sou eu quem precisa estar na reunião com essa marca para a parceria. Por mais que eu tenha uma assistente maravilhosa, essa responsabilidade é minha. A palavra final é minha. – Argumentou Sakura, cansada de explicar ao marido as razões de sua viagem de trabalho.

— Mas pra que ficar uma semana por lá? Não podem ser só dois dias?

— Sasuke, querido, eu terei uma primeira reunião com a equipe da marca de cosméticos, conhecerei o escritório principal deles, os novos produtos que eles querem comerciar exclusivamente nas minhas lojas e dos quais eu serei a garota propaganda. Vou precisar fazer testes com os produtos, gravar reviews para o meu site e, além disso, aproveitar que estou numa viagem para apresentar a cidade aos meus seguidores numa série de vídeos. Sem falar do período de gravação do comercial e de fotos para estampar a campanha publicitária. – Explicou Sakura, mas Sasuke ainda não conseguia entender.

— Tá. Mas e como ficam as crianças?

— Indra e Ashura são bem grandinhos. Você pode tomar conta deles e, quando estiver trabalhando, eles podem ficar na casa dos avós. Seus pais não concordam com isso?

— Ok. E quando Sarada chegar do nada querendo que a gente tome conta da Saori por uma noite? – Disse Sasuke, arrumando mais um problema hipotético para Sakura resolver.

— A Sarada sabe que a mãe dela trabalha, que você também é ocupado e, certamente, compreenderá que terá que arrumar uma nova solução para esta questão que pode ser facilmente resolvida com um telefonema para a Hinata e o Naruto. Tenho certeza que os dois vão amar ficar com a neta deles, caso você ou até mesmo seus pais não possam. Quem sabe o Itachi e a Izumi possam ficar com ela? – Respondeu Sakura.

— Ok. – Disse Sasuke, sentindo-se contrariado.

— Sasuke, você ainda me ama? – Questionou Sakura, surpreendendo o marido.

— Você sabe a resposta. – Disse friamente e ela então se aproximou dele, e segurou o seu rosto com as duas mãos, forçando-o a encará-la.

— Você não me ama mais. – Constatou Sakura, antes de soltar o rosto de Sasuke.

— Para de falar besteira! – Gritou Sasuke.

— Não é besteira. Nós dois já fomos apaixonados um pelo outro, quando me casei com você pensei que seria realmente capaz de me amar para sempre, só que parece que tudo tem prazo de validade. Inclusive, nosso casamento. – Desabafou Sakura, magoada.

— Por que diz isso? Por que eu não quero que você viaje?

— Se fosse só a viagem, estaria tudo bem. A questão é que não é. Faz algum tempo que eu percebo você sempre reativo quando se trata do meu trabalho. A gente discutiu sobre isso no passado e eu pensei que você tinha entendido, mas parece que não.

— Me desculpe se passei a impressão errada. Eu amo você e admiro seu trabalho. Só sinto sua falta em casa, comigo, com as crianças, com a sua neta.

— Sasuke, eu viajo muito menos que alguns anos atrás.

— Talvez, eu tenha me acostumado com você mais por aqui e agora estou estranhando a sua ausência. – Justificou Sasuke.

— Eu preciso fazer com que o meu nome continue significante. Quero deixar a minha marca, a La Haruno, para Indra, Ashura, Sarada, e também para que a Saori colha esses frutos no futuro.

— Eles não precisam desse dinheiro. A família Uchiha já vai deixar pra eles o hospital, tem uma grande quantia aplicada em fundos para eles no futuro. Além disso, sua marca já rendeu o suficiente.  Você devia se conformar que a sua vez já passou.

— O que quer dizer com isso? Que uma mulher da minha idade não pode mais ser admirada?

— Não é isso, mas acho que você deveria ser admirada de outra forma. Escolha um novo rosto pra sua marca.

— Sasuke, você NUNCA vai me dizer como eu tenho que agir com a minha marca. Eu me meto nas suas aulas por acaso? – Retrucou Sakura.

— Não, mas...

— Mas nada! – Sakura interrompeu Sasuke.

—  Eu não vou mais discutir com você. – Disse Sasuke.

— Melhor assim. Eu estou indo pra minha viagem e espero que na minha ausência você possa repensar o que o que me falou. – Respondeu Sakura, pegando suas malas em seguida para colocar no táxi e sendo ajudada pelo marido.

— Cadê meu beijo? – Pediu Sasuke ao notar que a mulher ia entrar no carro sem se despedir direito dele.

— Sasuke... – Relutou Sakura, mas ele a puxou para mais perto.

— Não vá sem a gente fazer as pazes, por favor. – Pediu Sasuke, antes de beijar a esposa, que baixou a guarda e se entregou ao beijo caloroso do amado.

— Eu preciso ir. – Admitiu Sakura em tom baixo após o fim do beijo.

— Me perdoa? – Perguntou Sasuke e ganhou um sorriso dela.

— Sim, mas pense a respeito do que conversamos, ok? – Sakura pediu.

— Ok. – Concordou Sasuke, antes de vê-la partir.

[...]

Sakura chegou à Nova York e foi diretamente para seu apartamento. Por causa da família, ia muito pouco ao imóvel, mas não tinha esquecido todos os momentos felizes que passara ali. Sentia de certa forma que era o seu verdadeiro lar. Konoha era como uma parada obrigatória, mas estava longe de ser seu lugar favorito no mundo. Estava lá apenas por causa de Sasuke e das crianças. Ainda com esses pensamentos na cabeça, ela foi interrompida pelo som da campainha. Deveria ser Shizune, sua assessora para buscá-la.

— Oi, Shizune.

— Oi, Sakura. Vim o mais rápido que pude. Está pronta para a reunião?

— Acabei de chegar, mas estou pronta sim. – Conformou a digital influencer já pegando sua bolsa.

— Você está com um semblante cansado. Algum problema? – Questionou Shizune.

— Eu e Sasuke discutimos. – Admitiu a mãe de Sarada.

— Outra vez?

— Sasuke está voltando a ter velhos hábitos.

— Posso dar a minha opinião?

— Claro.

— Sakura, a verdade é que você adaptou a sua vida a do Sasuke. Foi você quem mudou pra Konoha, quem diminuiu o número de compromissos para passar mais tempo com ele e seus filhos no decorrer dos anos. Bem, isso teve um preço. Sua carreira parou de avançar de forma meteórica. Sua vida é estável, confortável, mas, quando você decidiu há seis meses a voltar a ter um ritmo intenso para buscar as posições de influência que perdeu, o Sasuke não curtiu. Assim, ele passou a atacar o seu trabalho da mesma forma como fazia quando vocês começaram a namorar. Quem mudou foi você.

— Tá. Eu mudei. Confesso que não estou feliz. Eu quero mais Shizune. Isso faz de mim egoísta?

— Claro que não. Você só precisa fazer com que se Sasuke se ajuste a você dessa vez.

— Mas e se ele não for capaz?

— Aí querida você terá que tomar uma decisão.

— Que decisão?

— Esse casamento ainda funciona pra você? Eu sei que tem mais variantes que interferem na resposta como os gêmeos, Sarada, sua neta, etc.

— Eu não quero me separar do Sasuke. Eu ainda o amo.

— Eu entendo seus sentimentos. Você vai pensar em algo para salvar tanto a sua carreira quanto seu casamento. Tenho certeza que será capaz de fazer isso, Sakura.

— Será?

— Eu aposto que sim, mas agora precisamos ir para a reunião fechar a parceria com a marca de cosméticos. Ok?

— Isso! Vamos trabalhar!

[...]

A reunião de Sakura com a marca de cosméticos foi perfeita. A digital influencer fechou o contrato com a equipe da empresa e, em seguida, foi fazer a visita ao escritório e testar os primeiros produtos. Quando saiu de lá, a empresária sabia que queria continuar fazendo um bom trabalho com a sua marca, a La Haruno. No entanto, sua cabeça ainda estava dando voltas com a briga que tinha tido com Sasuke. À noite, ela e Shizune foram para um bar num rooftop de Nova York.

— Champanhe, Sakura? – Ofereceu Shizune assim que se instaram numa mesa.

— Por favor! Eu preciso relaxar um pouco. – Disse Sakura.

— Eu vi você mais cedo falando com Indra e Ashura no celular. Eles também não gostam de ficar longe de você, né?

— Sasuke faz bastante a cabeça deles quanto a isso. Eu sempre falo que é o trabalho da mamãe e eles entendem, mas é difícil. Eu quero ser uma mãe presente, Shizune.

— Mas você é Sakura! Você viaja uma vez ao mês? Tem mês que você nem viaja! Eles reclamam de barriga cheia. Só eu vi quantos convites você já recusou por que precisava assistir a uma apresentação deles na escola, ir a alguma reunião, simplesmente ficar com eles em casa. Você é presente pra eles, pra Sarada e pro Sasuke. – Afirmou Shizune.

— Eu me cobro muito, né?

— Você dá conta de muitas coisas. Depois de ver perto a dinâmica da sua família, eu decidi não ter filhos. Sai já é pai. Eu prefiro focar no nosso trabalho.

— Falando do Sai, ele se adaptou à Nova York?

— Sim, ele gosta de tudo aqui. Então, Inojin pode morar com Himawari na casa que era dele. Moramos num apartamento alugado bem localizado. É como viver em lua de mel. Sai é um companheiro devotado. – Elogiou Shizune.

— Gostaria de dizer isso do Sasuke.

— Sakura, você sempre elogiou o Sasuke. O que mudou no último ano?

— Eu acho que o Sasuke não me ama mais.

— Por quê?

— Virei só a mãe dos filhos dele. Acho que ele tem a figura da dona de casa dentro da cabeça. No passado, ele quis que a Karin fosse assim e não deu certo. Quando nos casamos, eu expliquei que não era assim e por um tempo ele aceitou, mas, à medida que tem envelhecido, o Sasuke quer que eu me transforme na figura que a mãe dele é para o Fugaku. Sinto que está frustrado ao ver que não quero me aposentar do meu trabalho para servi-lo.

— Entendo. O Sasuke pensa dessa forma e te faz infeliz com isso. Você acha que se ele ainda te amasse continuaria se esforçando para ser um homem menos machista.

— Ele fez avanços, Shizune. Eu reconheço que o Sasuke de hoje é muito melhor do que o cara de quem eu engravidei na adolescência. Mas a questão é que não sou o tipo de mulher que o faz feliz.

— E qual é o tipo de mulher que faz ele feliz? – Perguntou Shizune, então a garrafa de champanhe chegou e elas foram servidas pelo garçom.

— Do tipo obediente. Karin era assim.  – Disse Sakura após beber o conteúdo da taça de uma vez só.

— Por que se lembrar da falecida? – Shizune bebeu também.

— Porque ele também lembra. – Respondeu Sakura.

— Você mesma me disse que o final do casamento deles foi ruim. Eles só brigavam e aí ela bateu o carro embriagada após uma discussão e morreu. – Relembrou Shizune.

— Eu acho que o Sasuke se culpa pela morte da Karin. Ele tenta reprimir as atitudes machistas que teve com ela comigo, mas, de vez em quando, algo escapa. – Relatou Sakura.

— Você sente que ele compara vocês duas?

— Ele não nos compara, mas, às vezes, eu fico me perguntando se ele estaria comigo se ela estivesse viva. Nunca vou ter essa resposta.

— Você antigamente não pensava sobre isso...

— Desde aquele breve reencontro com Rock Lee penso nisso. Ele comentou que eu sou a segunda opção. Que Sasuke jamais me escolheria se Karin estivesse viva. Então, comecei a me questionar se ele tem alguma razão.

— Já perguntou ao Sasuke?

— Ele disse na frente de Lee que eu não preciso dessa resposta.

— Concordo com o Sasuke. Você não precisa se martirizar por isso.

— Será? – Disse Sakura mais para si mesma do que para Shizune, deixando seu olhar vago.

[...]

No dia seguinte, Sakura seguiu a sua agenda com afinco. Estava comprometida a fazer uma bela parceria com a marca de cosméticos, queria ser reconhecida por mais esta conquista. Nas pausas entre um compromisso e outro, a Haruno ligava para os filhos e perguntava a eles se estava tudo bem. Ao perguntar por Sasuke, a resposta era sempre: “Tá trabalhando”. Assim como ela, o marido também era ocupado, só que com suas aulas na Universidade.

No fim do dia, Sakura recebeu um convite pra adiar sua partida de Nova York. O motivo era o lançamento de um produto da marca parceira. O time de marketing da empresa pediu para que Sakura permanecesse por mais um dia além do programado para ajudar na promoção da paleta de sombras que eles estavam colocando no mercado. Sakura sabia que isso poderia causar dor de cabeça com Sasuke, mas aceitou a proposta.

— Você podia ter dito não. – Lembrou Shizune.

— Eu quis dizer sim. Além disso, Sasuke precisa aprender a ceder. Esse evento servirá de lição pra ele, caso queira continuar casado comigo.

— O que planeja, Sakura?

— Shizune, vou surpreender Sasuke. Vou ligar pra ele hoje à noite, contar que adiarei minha partida, mas o convidarei para ir ao lançamento comigo.

— Sasuke detesta esse tipo de evento, não? Como vai convencê-lo a vir?

— Direi a ele que será recompensado caso venha. Atiçarei a curiosidade dele e ele prometerá vir. Conheço bem meu marido.

— E qual será a surpresa para ele?

— Uma noite especial em minha cobertura. Mandarei preparar um jantar com um menu que o agrade, um bom vinho, farei uma playlist com o melhor da música clássica que ele gosta e vou me declarar pra ele. O gran finale será uma noite de sexo inesquecível. Quero sentir que ele ainda me ama.

— Se isso não funcionar, não sei mais o que funcionaria. Torço para que ele venha.

— Se ele não vier, não saberei medir o buraco que ele fará em meu coração...

[...]

Ao chegar no apartamento, Sakura tirou os sapatos, se jogou no sofá e tirou o telefone da bolsa. Tinha que ligar para o marido logo, pois o relógio já marcava mais de 22h e Sasuke com certeza iria dormir dentro de uns 30 minutos. Então, ela se apressou para pegá-lo acordado, após certamente ter colocado os gêmeos para dormir. No terceiro toque, Sasuke atendeu ao celular.

 - Alô. – Disse o moreno do outro lado da linha.

— Sasuke, meu amor, como é bom te ouvir. – Comentou Sakura.

— Indra e Ashura me contaram que você ligou mais cedo. Estamos com saudades. – Afirmou Sasuke.

— Eu também estou.

— Volte logo. Estamos te esperando. Como seu dia?

— Foi agitado. Mas tenho algo a falar. Liguei por que minha volta para casa demorará mais um dia do que o combinado.

— Não gosto disso, mas não quero brigar com você.

— Eu sei. Por isso, quero te fazer um convite. Venha à Nova York na sexta à noite e passaremos o sábado todo juntos. De dia terei bastante trabalho e a noite o lançamento de um perfume para comparecer, mas, depois disso, tenho uma surpresa pra você. Venha e vou recompensá-lo pelos dias que passei longe.

— Que surpresa?

— Você só saberá se vier. Promete vir?

— Prometo. Não gosto desse tipo de evento, mas quero saber como vai me recompensar. Vou pedir para que meus pais cuidem de Indra e Ashura.

— Ótimo! Eu estou ansiosa para a sua chegada, meu amor.

— Sakura, eu sinto muito pelo o que disse antes da sua viagem. Você sabe que não foi a minha intenção, né?

— Nunca é sua intenção, Sasuke. Eu sei.

— Todo casal passa por crises. Vamos superar esta juntos.

— É o que eu mais quero, Sasuke.

— Bem, eu vou até você sexta à noite. Devo chegar de madrugada. Deixe a chave onde eu possa achar. Não precisa ir me buscar no aeroporto, ok?

— Ok.

— Preciso ir dormir, porque amanhã dou aula o dia todo. Tudo bem?

— Vá dormir. Eu também terei um dia cheio amanhã. Tenha bons sonhos.

— Terei. Sonharei com você. – Disse Sasuke, arrancando um sorriso de Sakura.

— Eu te amo. Boa noite. – Disse Sakura.

— Eu também. Boa noite. – Despediu-se Sasuke.

[...]

Os dias passaram rápido. Sexta-feira chegou num piscar de olhos. Tanto Sakura quanto Sasuke estavam ocupados demais em suas respectivas rotinas de trabalho. Ao mesmo tempo, ambos estavam ansiosos para o dia que queriam passar juntos, longe dos filhos, apenas como um casal. Para ganhar tempo, Sasuke havia deixado sua mala arrumada antes mesmo de ir para a faculdade dar aula. Seus filhos ficariam com seus pais logo após a escolinha e Sarada também estava avisada da rápida viagem do pai.

Com tudo combinado, Sasuke foi dar suas aulas em paz. No final do dia, ele olhou seu relógio e percebeu que tinha terminado tudo a tempo. Ainda faltavam duas horas para chegar ao aeroporto que era próximo.

Quando estava ajeitando sua mochila para sair da sala, ele ouviu alguém na porta. Pensou que seria algum aluno que tinha esquecido algo, mas ficou chocado com o que viu. Estaria ele alucinando? Parada diante dele, estava uma mulher de longos cabelos ruivos, estatura mediana, óculos e o rosto igual ao de Karin.

 - Você é o Sasuke? – Perguntou a mulher, enquanto Sasuke parecia atônito, piscando os olhos mais vezes que o normal para entender o que estava acontecendo.

— Karin? – Questionou confuso.

— Não, me chamo Karine. Sou irmã gêmea da sua falecida esposa. – Respondeu a moça de forma simpática.


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Notas finais do capítulo

Este foi o primeiro capítulo! O que acharam deles? O que esperam dos próximos? O que não gostaria que acontecesse de jeito nenhum? Tenho poucos capítulos escritos, então devo demorar um pouco para postar o próximo! Tenham paciência comigo!



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