Your Soul Is Mine escrita por Betahz


Capítulo 3
Descobrindo a magia


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como prometido, eis o capítulo de sábado.
Espero que gostem e queria agradecer aos comentários deixados. Eles me alegram bastante, obrigada!



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Eillen acordou lentamente, ainda entorpecida, em uma cama bastante acolhedora. Ao olhar ao redor não reconheceu o lugar, então milhões de imagens vieram a sua cabeça. “Edmund? ”, não conseguiu falar, sua língua estava pesada.

Esforçou-se para levantar, suas pernas estavam tão pesadas quanto sua língua, ao pisar fora da cama, sentiu que suas pernas não aguentariam, se preparou para queda que não veio. Olhou para o chão, estava a centímetros dele. Como era possível?

— Acalme-se. – Uma voz rouca e profunda disse ao seu lado. Eillen arregalou os olhos e colidiu com o chão.

— Edmund, onde ele está. – Forçou a voz.

— Eillen – A voz de Edmund chegou aos seus ouvidos, involuntariamente seus olhos encheram-se de alivio. O garoto, ao contrário do que pensara, estava com as bochechas rosadas e bem alimentado – Achei que você não ia acordar mais – A garota sentou-se, agarrou o pequeno como se ao soltar ele fosse desaparecer – Res... pirar.

— Perdão, meu pequeno.

Finalmente, com o coração calmo, pode olhar a pessoa que também estava ali. Seus olhos eram verdes, pétreos, sem brilho. Cabelos na altura do ombro, cacheados, pele alva e sua presença era ao mesmo tempo imponente e… bem cada pessoa sentia a presença daquele homem de maneira diferente.

— A encontrei atrelada a um cavalo furioso em meus portões. Adoraria saber quem és – Sarcasmo era evidente em sua voz.

— Seja gentil Salazar, estás bem, querida? – Uma moça de feições arredondadas e delicadas surgiu na entrada. Eillen assentiu em sua direção, ainda confusa – Peço que me perdoe, mas tive que olhar sua pequena bagagem, aqui está de volta, está segura aqui – Ela finalizou.

— Eu agradeço a hospitalidade – Eillen lentamente se levantou – Principalmente pelo cuidado evidente com Edmund, mas tenho que encontrar os padrinhos de Sir Edgar.

Ao dizer isso, o dono dos olhos verdes se pronunciou.

— Edgar Malfoy? – Era evidente que temia o pior.

— Sim, senhor, ele... – A garganta de Eillen se fechou e puxou o pequeno Edmund para mais perto – Ele me encarregou de trazer Edmund, ao senhor Slytherin, sr. Gryffindor, srt. Hufflepuff e a srt. Ravenclaw.

— Você já nos encontrou – Uma terceira voz foi ouvida, Eillen virou na direção de onde vinha, pôde ver um casal, uma lindíssima mulher de longos cabelos negros e um grande homem ruivo.

— O feitiço no cavalo trouxe vocês até o destino correto, não tema, estarão seguros aqui – Disse a bela mulher. – Seja bem-vinda à Hogwarts.

— Antes de mais nada – A loira se pronunciou – Vou leva-la para um banho, venha comigo, isso vai faze-la sentir-se melhor.

Helga levou a mais jovem até um grande banheiro, com uma gigantesca banheira.

— Pode entrar na banheira, gostaria de conversar com você enquanto se banha. Há algum problema? – Os olhos de Eillen estavam presos em uma figura, um ser, metade mulher, metade peixe, se movendo na janela.

— Como.... Como é possível?

— Você acredita em magia, Eillen?"

— Aprendi que magia é uma coisa destruidora, demoníaca. – Falou receosa.

— Nós somos bruxos, espero que você não se assuste. Edgar Malfoy, assim como Kathryn. Nós éramos muito amigos, vocês estarão seguros aqui.

 Eillen sentiu que ela estava contando a verdade. Não temia, pensou que no fundo já sabia que eles não poderiam ser pessoas comuns, eram especiais demais. Por causa deles acreditou que existia amor, uma família não ligada pelo sangue, mas pelo amor, puro e verdadeiro.

— Edmund estará seguro aqui? – Não pode evitar de perguntar. Helga indicou a banheira que agora tinha as torneiras ligadas, havia água de várias cores, enchendo a banheira de cores. Um pouco envergonhada, pela presença da delicada mulher que estava do seu lado, despiu-se do vestido, ficando apenas com a camisola fina que usava por baixo.

— Sim, ele está muito seguro, assim como você. Qual sua idade, Eillen? – Ela perguntou sentando na beirada da banheira, pegando os cabelos da outra, penteando com uma escova que até poucos minutos não estava ali. – Deixe-me ajudá-la.

— Estou próxima dos meus 17 anos. – Falou acanhada, a pobre, antes de tudo o que acontecera, já achava que estava envelhecendo, afinal já tinha idade de se casar, de ter tido os seus próprios filhos. Mas pensou em seguida “Quem quereria algo comigo? Uma serva vista como um demônio por todos da vila. ”

— Oh, eu tenho 21 anos, se quer saber. Ainda é nova, tem que aprender muito, principalmente sobre o nosso mundo.

— O seu mundo, a Senhora quis dizer, não? – Edmund faria parte desse mundo, ela não duvidara, – Eu sou apenas uma serva, só devo cuidar dele, se me for permitido ficar.

— Quer dizer que você não sabe? – Ela perguntou surpresa, Eillen virou seu rosto e a olhou nos olhos.

— Não sei o que?

— Eillen, querida, você também é uma bruxa, sinto sua magia. Você a possui, assim como eu, Edmund, Edgar. Sua magia é pura. Sinto-a forte, como uma ventania, ou o calor do fogo. Você tem magia em seu sangue, se quiser, poderá ficar aqui, como aluna, como uma de nós.

— Isso não seria inapropriado? Sou uma serva…

Seu pensamento se perdeu enquanto observava a água que tinha todas as cores, parecia que estava mergulhada em um arco-íris. “Parecia um sonho, talvez no fundo seja isso mesmo, um sonho. ”

— Aqui, você é uma bruxa, Hogwarts é uma escola. Foi feita para acolher bruxos neste período difícil ao qual vivemos. Em pouco tempo, muitos alunos chegarão, de todas as idades, se quiser, pode aprender tudo. Assim como em poucos anos Edmund também aprenderá. – E sorriu, um sorriso tão belo, tão cheio de esperanças e promessas que eu não pude evitar, lágrimas verteram de meus olhos.

— Eu agradeço muito… Não tenho onde ficar, não sei o que será de minha vida. Agradeço que poderei ficar – Falou tentando não soluçar.

— Tenho um vestido que vai ficar perfeito em você, termine seu banho, voltarei em poucos minutos para ajudá-la a se vestir. – E saiu andando suavemente.

Olhou novamente para aquele ser na janela. Sir Edgar tinha ensinado o nome dele. Encostou-se na borda da banheira mais calma e começou a pensar na vida que tinha com a família Malfoy.

'Sir Edgar passeava pelas ruas do pequeno vilarejo, era um nobre, muito respeitado e amado pelos cidadãos daquele lugar. Tudo estava como de costume, até que ele pôde ver um alvoroço entre as pessoas, algo estava acontecendo. Distinguiu um grito feminino, um tanto infantilizado. Provavelmente era mais uma Bruxa isso o perturbou, desceu do cavalo e se aproximou.

Pedindo passagem chegou ao meio do círculo, uma garota, de aproximadamente 12 anos estava no chão, com sangue nos lábios, ferimentos profundos e muitas marcas roxas.

O que pensam que estão fazendo. – Disse ele. – É uma CRIANÇA, como podem maltratá-la desta maneira? – Ninguém que estava ali ousou se pronunciar, por poucos minutos, Sir Edgar ficara assustador, nunca fora visto dessa forma. Sempre se mostrou gentil e prestativo com todos.

Ela é um demônio! – Gritou uma velha.

— Ela é uma criança, deveriam se envergonhar. Gostariam que fizessem isso com a filha de vocês? Gostariam que qualquer de suas crianças fossem mortas dessa forma? – Então Sir Edgar abaixou-se pegou a menina no colo, colocou-a no lombo de seu cavalo e saiu em direção de sua casa.

Ao chegar em casa, Sir Edgar gritou por ajuda de um cocheiro, que veio em seguida, pegando a menina no colo e levando-a para dentro. Entrou na sala de estar e ao ver sua esposa, com o pequeno Edmund, seu único e primeiro filho, seu coração ficou aliviado, assim que viu a menina, lembrou-se de sua própria irmã, que foi morta desta mesma forma, mas ao invés de odiar as pessoas que o fizeram, ele sentiu pena.

— Encontrei vários aldeões atacando uma menina, lembrei-me de Miranda. Pensei em Edmund, trouxe-a para cá. Ela tem magia. Uma essência forte." Lady Kathryn a acolheu como se fosse sua filha.

Ficou quase quatro anos naquele lugar, onde foi aprendendo várias coisas. Ao aprender a ler, dedicou-se a conhecer, Sir Edgar e Lady Kathryn a incentivavam diariamente, logo descobriu-se uma garota cheia de sede de conhecimento. Até aquela fatídica noite. Nem parece que faz alguns dias que estava cuidando de Edmund que ardia em febre."

— Acredito que este ficará bem em você. – Helga entrou sorrindo, tirando-a de suas lembranças, trazia um vestido azul como o céu, simples e delicado. Ela nunca usara um vestido de cores tão vivas, nem mesmo Lady Kathryn os usava, apesar de tê-los.

Helga ajudou a vestir-se. O vestido ficou um pouco folgado e curto, mas como a magia não entende limites de moldes Helga os ajustou. Trazendo a surpresa ao rosto da menina.

Enquanto caminhavam para o salão, lugar onde iriam almoçar, a gentil bruxa explicou o conceito básico da magia. Disse que todas as pessoas possuem magia, entretanto, só se pode realizar mágica, quem tivesse muito dessa magia em seu corpo, como se fosse um tipo de energia que o corpo produz. Quase como o sangue. Ensinou que sem um objeto especial, no caso a varinha, é muito difícil de se fazer magia, apesar de alguns seres conseguirem, mas que é muito raro bruxos conseguirem fazê-lo, era preciso que o bruxo possuísse uma quantidade exorbitante dessa energia em seu corpo.

— Helga, Edmund também aprenderá sobre isso? – Perguntou, ela sorriu quando disse seu nome, como de se esperar, Helga não gostava de ser chama de “Senhora”, odiava essas formalidades.

— Sim, quando tiver 10 ou 11 anos. – Disse isso e empurrou as grandes portas do salão. O lugar era muito maior do que Eillen jamais poderia imaginar, haviam quatro mesas extremamente longas, mas como haviam poucos pessoas todos estavam sentados em uma única mesa.

— Por que as mesas são tão longas? E por que quatro delas? – Não mediu a curiosidade. Edmund ouviu sua voz e veio correndo em seus braços, ele usava uma calça marrom, um suéter verde escuro e estava corado. Ele parecia feliz. Risonho, ainda não sabia o que aconteceu com os pais. Eillen sentiu um aperto no peito ao lembrar disso.

— Eillen estás tão bonita neste vestido. – Edmund disse brincando.

Colocou Edmund no chão e ele sentou-se ao lado de Salazar, Helga sentou-se do lado de Gregory e Rowena. Haviam mais três pessoas os acompanhando, eram os outros professores.

— Edmund não mente Eillen, estás muito bonita neste vestido. Azul fica bem em você. – Rowena disse sorrindo.

—Ainda não sabemos em que casa ela ficaria Rowe. Não tenha tanta certeza que seria a sua, ela pode ficar muito bem de vermelho. – Godric disse em seguida.

—Ou em amarelo – Helga disse cheia de sorrisos.

—Acredito que ela ficaria melhor em verde. Edmund fica muito bem em verde – Salazar falou encarando a jovem.

— Perdoem-me, mas não os compreendo.

— Você me perguntou o porquê de as mesas serem longas e haver quatro delas. Aqui em Hogwarts existem quatro casas. Hufflepuff a minha casa, a casa dos gentis e leais, representada por um Texugo. – Então um animal apareceu da ponta de sua varinha, sua cor era azulada e brilhante – E pelas cores amarelo e preto.

— Existe a casa de Gryffindor, a minha. A casa dos corajosos e determinados, somos representados por um Leão – Então o animal saiu da ponta de suas varinhas, assim como o de Helga – E pelas cores vermelha e dourado – Godric disse sorridente.

— A casa de Ravenclaw. A casa dos inteligentes e cheios de vontade. Somos representados pela Águia – Rowena disse orgulhosa, o pássaro saiu de sua varinha assim como o dos outros – E pelas cores Azul e Bronze.

— A minha casa chama-se Slytherin, a casa dos astutos e ambiciosos. Nosso animal é a serpente. Nossas cores são, verde e prata – Uma serpente dançou ao redor de Eillen, azulada e brilhante, como os outros – Por isso mesas longas e quatro delas. Um para cada casa.

— Ora! Por que não botamos o chapéu em Eillen? Podemos ver se o feitiço funciona perfeitamente – Sugeriu Godric.

— Esse chapéu .... Fará o que comigo? – Perguntou receosa.

— Não fará nada de mal. Pode confiar em mim – Godric terminou sorrindo – Accio chapéu.

— Venha – Salazar a conduziu até um dos bancos na mesa, todos os professores e Edmund se reuniram para ver a primeira ação daquele item extremamente poderoso.

  O Chapéu foi colocado na cabeça de Eillen, a garota sentiu algo mexendo bem a cima de si, os outros puderam ver o chapéu criando vida e movimentando-se, como se olhasse as pessoas ao redor. “Senhorita Eillen, nada conhece de magia, não é? Tem muito poder em seu ser, muita magia, certamente será uma bruxa poderosa e com um futuro de poder. Slytherin seria a melhor opção para realizar esse futuro poderoso. É corajosa, daria sua vida para salvar alguém que ama, não é mesmo? Gryffindor seria sua casa se buscar aventuras. É inteligente também, muito, apesar de não acreditar muito na sua inteligência. Em Ravenclaw desabrocharia essa vertente e jamais seria esquecida. Outra característica profunda que tens, és gentil minha cara, pensa no outro muito antes de pensar em si. Sua amabilidade seria muito bem-vinda em Hufflepuff”.

— Já decidi, sua casa é...


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Notas finais do capítulo

Feliz páscoa, cuidem da saúde de vocês e fiquem em casa se possível.



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