Sua Única Opção 2 - O namoro escrita por NatynhaNachan


Capítulo 6
Cap 6 : Encontros e Tensões


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a ausência! Passei por uma semana complicada , mas está tudo ok e voltando a todo vapor!
Capítulo super recheado com muito romance e atividades noturnas no ryokan. Partiu? Boa leitura!



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Após o entardecer retornaram aos aposentos e resolveram se unir à uma sessão happy hour no quarto de Tomoyo e Eriol. A não ser pelo esquema de cores, pouquíssimas coisas eram diferentes entre os apartamentos dos casais, incluindo pufes gigantes e confortáveis, já ocupados pelas moças.

— Pois eu acho que poderia morar aqui. – Tomoyo observava a paisagem enquanto sorvia mais um gole de seu saquê morno. – Olha esse horizonte. – A testa ligeiramente franzida dava um ar comicamente intrigado a ela. – Pra que mais na vida?

Os rapazes riram baixo, sentados na mesa de tampo de vidro próxima, em confortáveis cadeiras.

— Pois podemos nos mudar pra cá, meu amor – Eriol piscou ,brincalhão. – Abandone os negócios com a sua prima e eu deixo o Syao arranjar outro braço direito. Pronto, resolvido.

— Boa essa sua confiança em deixar um emprego que paga tão bem com um patrão , e amigo, tão excelente. – Syaoran estreitou o olhar e brindou com o rapaz. – Só te desejo boa sorte, vai precisar para conseguir morar aqui para sempre.

— Ou então vocês dois viram os donos daqui e teremos um lugar para passar férias e feriados gratuitos para sempre! – Sakura levantou um brinde com Syaoran, que estava ao seu lado, sorridente.

— Ah que prima mais interesseira, meu Deus. – Tomoyo suspirou profundamente, se apoiando no joelho do namorado ao seu lado. – Seu amigo não está muito atrás, Eriol. – O drama da expressão de desapontamento dela era impagável.

— Só queremos a felicidade de nosso casal de amigos favorito, não Sakura? – A japonesa abriu um sorriso 18 quilates enquanto ele enchia os copos de todos com mais saquê.

— Claro que sim. – Ela recebeu sua dose, encarando o chinês.

As amêndoas das íris dele a hipnotizaram mais uma vez, a impedindo de prestar a atenção a qualquer outra coisa no mundo.Sakura prendeu a respiração alguns segundos e quase não se lembrou que segurava um recipiente delicado.Por pouco não o derrubou.

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Noite adentro rapazes e moças se separaram para frequentar o onsen : o banho em àguas termais quentes, com propriedades medicinais e relaxantes.

Sakura tomava cuidado com a prima, que estava um pouco mais relaxada do que o normal; teve que ajuda-la a sair do yukata e a se limpar antes de entrar na piscina natural.

— Tomoyo, aproveite a chance pra recuperar um pouco da sobriedade. – Sakura olhava o arranjo das pedras ao redor, entrando devagar e segurando de leve o braço da prima. – Fique aqui, no raso.

Tomoyo respirou fundo, se soltou da prima e obedeceu. Pegou sua toalha, enrolou e colocou atrás de seu pescoço.

— Talvez eu tire um cochilo rápido. – Ela se ajeitou confortavelmente. – Aproveitando que estamos só nós aqui, mesmo. – Ela sorriu de leve. – Posso mesmo ter exagerado um pouquinho. – E fez um gesto mínimo com os dedos, mostrando a quantia.

Sakura riu.

— Um pouquinho é muita bondade sua, Moyo. – Sakura andava pela piscina natural, olhando cada folhagem e cada canto dos limites da ala feminina.

Cascatas, hidromassagem e até mesmo aquários podiam ser vistos como parte da decoração.

— Se estiver preocupado com ela, creio que conseguimos chama-las daqui mesmo – Syaoran explorava os arredores da ala masculina do onsen. – A divisão é feita por esse banco de pedras, com certeza tem uma brecha em algum canto. – Ele olhou mais atentamente para o paredão à sua frente.

— Tomoyo está sob supervisão de Sakura, não tenho com o que me preocupar; está pra nascer alguém mais responsável ou preocupado do que ela. – Eriol recostava os ombros, afundando ais seu corpo  na água quente. – E também não acho uma boa ideia que ela te pegue a espiando, Xiao.

O chinês deu as costas para as rochas e encarou o rosto malicioso do amigo.

— Definitivamente seria uma péssima conduta. – E passou os dedos pelos cabelos rebeldes, num meio sorriso; riram baixo enquanto Syaoran afundava sua cabeça, tentando dissipar suas vontades e pensamentos mundanos.

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Não demorou muito tempo até que se vestissem em seus yukatas novamente e fossem agora até o quarto e Sakura e Syaoran, para comerem juntos o jantar servido no quarto.

Era uma variedade de pratos tradicionais e delicados, um banquete para os olhos e para o corpo.

Logo estavam sentados na espaçosa varanda, as estrelas caprichando em seu brilho, a lua crescente pairando no céu. Todos satisfeitos e progressivamente sonolentos.

Tomoyo e Eriol ocupavam um canto com um sofá de cisal envernizado e estofado elegantemente num tecido verde-escuro; ela estava com a cabeça no ombro dele, olhos fechados e sono leve. Ele a abraçava de lado , sua face tocando os cabelos dela.

— Moyo – ele decidiu sussurrar levemente. – Vamos pro nosso quarto? – Ele afagava os cabelos dela.

Vagarosamente ela ensaiou abrir os olhos, mas desistiu no meio do caminho. Simplesmente acenou a cabeça positivamente.

Eriol se conteve em sorrir e ajeita-la em seus braços enquanto levantava, ele já a tinha habilidosamente em seu colo.

Observando a cena, Sakura se adiantou e se colocou ao lado deles.

— Bela habilidade . – Ela olhou da prima para o rapaz. – Creio que já não seja a primeira tentativa? – Ela arqueou uma sobrancelha sabichona.

— Não é. – Ele segurou o riso, caminhando para a porta.

Syaoran abriu a porta para o amigo.

— Obrigado Syao; boa noite aos dois. – E uma piscadela mal-intencionada fechou a despedida entre o inglês e o casal, que fechou a porta atrás dele.

Sakura não evitou respirar levemente mais fundo.Afinal estava mesmo sozinha...

Com ele.

Syaoran voltou para a varanda e passou a olhar para o céu e Sakura se colocou ao lado dele.

 – Não sei pra onde olho  - Ele apoiava o queixo em sua mão fechada, expressão sonhadora. - A competição está grande. – Ele passou a olhar o rosto da japonesa que exibia um belo e pequeno sorriso nos lábios.

— Pois eu acho o mesmo. – Ela olhou o rosto dele e espiou rapidamente as constelações, voltando seus olhos para suas mãos que estavam se entrelaçando ; estava dando o máximo de si para ser o mais natural possível com ele. Mas o leve tom avermelhado no rosto mostrava que ainda estava indo um pouco contra sua natureza tímida.

— Vamos unir essas beldades numa foto noturna , então? – Ele retirou o celular do bolso e a abraçou, buscando um ângulo apropriado.

Um sorriso discreto dela e um galanteador dele. O clique estava feito.

Ambos examinaram o resultado.

— Tá ótimo; que tal mais uma? – Ele arqueou a sobrancelha, em uma dúvida amistosa, celular a postos.

— Claro. - Ela assentiu, se arrumando novamente.

De súbito ele começou a fazer cócegas, e ela tentou se vingar , em vão; ele cutucou levemente a barriga e das costelas dela, que já não conseguia parar de rir e nem se desvencilhar dos dedos dele.

— Para, para ,por favor, para! – Ela secava lágrimas, estapeando as mãos dele. – Chega de tortura. – Se endireitou, ainda rindo.

— Ok, eu paro . – Ele se afastou de leve e se reposicionou ao lado dela, a abraçando . -  Respire fundo e diga “xis” agora. – Ele retomou o celular em sua mão, sorriu abertamente e ela fez o mesmo, já mostrando um largo sorriso descontraído.

Ambos voltaram a checar a foto.

— Agora temos a versão tímida e a extrovertida. – Syaoran mostrou a ela e voltou a guardar o celular em seu bolso, a olhando divertido.

— E qual você prefere? – Sakura apoiava um dos cotovelos no corrimão da varanda, ainda de frente a ele, tentando firmar o olhar na face do namorado; a leve brisa estava jogando algumas mechas de seu cabelo para trás.

— Pergunta impossível de responder. – Ele a encarava com o olhar sorridente. - Em ambas fotos você está presente e mostrando um lado diferente seu; não tenho um preferido. – Ele agora ajeitava algumas mechas do cabelo dela. – O que me importa é que seja você.

Aos poucos ficaram mais sérios e concentrados um no outro.

— Eu nunca sei o que dizer quando você me elogia assim. – A japonesa confessou, mirando brevemente os pés. – Gostaria de retribuir à altura... – Ela voltou a olha-lo, já recebendo uma carícia no rosto vinda dele; pegou a mão forte dele e o encarou bravamente. – Meu muito romântico e atencioso namorado. – Sorriu minimamente, já sentindo sua face esquentar de novo.

— Não precisa dizer nada. – Um passo a frente e a moça já estava sendo envolta pelos braços dele, ambos engatando um beijo sem chance de deixa-los respirar um pouco mais.  

Estavam dando vazão a um lado de seu relacionamento que ainda permanecia não totalmente explorado, e Syaoran estava disposto a deixa-la cada vez mais confortável nessa área.

Os beijos acabaram se dissipando, mas Syaoran queria dar continuidade; desse modo ele prolongou um abraço, suavemente a virou de costas e começou a massagear a junção de seu pescoço e seus ombros.

— Tanta tensão nesses ombros delicados  - Ele repousou beijos suaves em seus ombros, seu pescoço, nuca...Muito devagar. – Chega a ser inapropriado.

—S-Syaoran- A respiração dela tornou-se mais superficial, seus olhos fechados, coração palpitando.

— Sim, minha Sakura? – Ele falou rouca e vagarosamente num tom baixo em seu ouvido. – O que você deseja?

TRRRIIIIMMMM

O telefone tocava aos berros. Sakura pulou em seu lugar, segurando seu peito; Syaoran soltou um suspiro frustrado e foi atender a linha interna.

— Alô -  Syaoran observava uma Sakura quase imóvel na sacada.

— Yukito-san? – Uma voz feminina parecia temerosa do outro lado da linha.

— Ah...O que? – O tom de sua voz era frustrado, quase um grunhido.- Não há Yukito algum aqui; quem fala é Li Syaoran – Ele se continha numa voz grave um tanto impaciente.

— Ah, mil perdões, alguém o enviou ao quarto errado e achamos que poderíamos encontra-lo aí.Desculpe a intromissão, tomaremos conta do assunto.Tenha uma boa noite.

Sakura o olhava a alguns passos.

— Algo errado? – Ela já se dirigia para a área com os futons, como se os avaliasse. – Era da recepção?

Antes que ele respondesse, batidas foram ouvidas na porta.Sakura, que estava mais próxima, foi atender e deu de cara com...

— Yukito? – Ela se ajeitou em seu lugar e sorriu alegremente. – O que faz aqui? – O simpático sorriso o interrogava.

— Boa noite, Sakura. – Ele meneou ligeiramente a cabeça para o lado, como se observasse algo repentinamente interessante, seu sorriso gentil presente. – Mas que surpresa agradável ! – Ele sorria ternamente, ainda assim a olhando com atenção por debaixo da armação de seus óculos. – Uma coincidência estarmos no mesmo lugar ao mesmo tempo.

— Pois não me chamam pra festa? – Syaoran abriu mais a porta e surgiu atrás de Sakura, fazendo com que o sorriso de Yukito virasse somente um traço meio amargo – Boa noite, Yukito-san; a recepção te deu o número do quarto errado e ligou aqui atrás de você. – O rapaz não fazia muito esforço para soar simpático, suas palavras saíram mais automáticas; tinha pressa para que Yukito se retirasse o mais rápido possível.

— Ah, que pena; sempre fico nesse quarto quando venho aqui. – Ele ajeitou a armação dos óculos em seu rosto. – Os donos daqui são meus amigos de longa data, fui o responsável pela arquitetura e o design desse hotel alguns anos atrás. – Ele alisou o batente da porta, como se ameaçasse entrar. – Espero que estejam gostando do quarto.

Sakura não conteve a admiração.

— Fez um esplêndido trabalho, adoramos o quarto , não é Syaoran? – Ela olhou brevemente para o namorado, tentando faze-lo perder a expressão assassina no rosto por alguns instantes. – Parabéns pela competência.

— Sim, deve ter demorado muito tempo com os detalhes, está tudo bem feito. – Syaoran não negava sua racionalidade, apesar da antipatia que sentia. – Quem sabe posso recomenda-lo para alguns empreendimentos uma hora dessas.

— Muito obrigado, agradeceria muito poder fazer novos contatos de trabalho. – Yukito agradeceu seu olhar afável. – Pode me contatar através de Sakura.... Já peguei seu telefone novo com o Toya. – O alto rapaz deu uma piscadela divertida para Sakura, em tom e confidência.

Syaoran precisou respirar um pouco mais fundo; agora seus braços estavam cruzados à frente de seu corpo.

— Sem dúvidas, vou fazer isso sem demora. – Syoran abraçou a namorada de lado. – Então boa noite.

Sakura o olhou rapidamente, um tanto confusa pelo chinês estar cortando a conversa nesse instante.

— Ah, sim, desculpe a intromissão novamente. Boa noite aos dois e até breve. – Yukito se curvou rapidamente, olhando mais uma vez para o rosto de Sakura antes de sair e a seguir voltando para a recepção do ryokan.

— Não dá pra acreditar nesse sujeito– Ele apoiou um dos braços em sua cintura, numa pose imponente, a outra mão bagunçou seu cabelo castanho. – Continua sendo cara-de-pau e te devorando com os olhos.

Respirou audivelmente fundo dessa vez.

— Calma, Syaoran, ele só estava sendo simpático,vai. – Sakura voltou à àrea dos futons, tentando arruma-los.

— Simpatia,claro. – Syaoran ajudava Sakura com as arrumações dos futons, batendo um pouco mais forte do que o necessário nos travesseiros . – Não é isso, Sakura; é pura cobiça. – E se sentou em um dos futons.

Ela não evitou arregalar os olhos com a afirmação. Respirou um pouco mais fundo e se colocou atrás dele, com os joelhos apoiados no futon, o segurando pelos ombros e começando a massagea-los.

— E quem está tenso aqui agora, hein? – Ela sorriu por detrás dele. – Eu acho sua imaginação um tanto fértil demais, Li Xiao Lang.

 Ele abriu um meio sorriso e se virou de frente a ela, segurando suas mãos .

— Você só está negando o fato para acalmar meus ânimos,eu sei . – Ele arrumou uma mecha de cabelo atrás da orelha dela, a olhando. -  Não pode ser que você esteja sendo tão ingênua quanto ao poder de atração que você tem... – Ele desceu uma das mãos para afagar o rosto dela, os olhos dançando nas íris menta.

Ela engoliu seco.Uma palavra seria muito difícil de ser dita agora.Simplesmente cedeu aos impulsos e reclinou seu pescoço, o encontrando no meio do caminho; ambos empenhados em retomar o contato que havia sendo interrompido anteriormente.

Foi em questão de minutos que o sentiu retirando suas peças de roupa entre beijos e ela mesma o havia ajudado a passar seus braços para fora de sua camisa; gradualmente estavam se posicionando entre os lençóis já com as suas últimas peças de roupa.

— Agora sim. – A voz dele soou muito mais rouca do que o normal no ouvido dela, que sentia os pelos de sua nuca se levantarem. – Vou ter uma excelente noite depois de tanto tempo ...- Ele já pousava leves beijos em seu colo, já guiando-se para as costas dela a fim de libertá-la de seu sutiã branco rendado. – Quero que você também tenha. – E logo a mão dele começou e descer pela barriga dela lentamente, ladeando sua coxa e chegando na borda da costura de sua calcinha azul clara.

— Syaoran... – Um sussurro baixo era o que conseguia emitir enquanto , em certo desespero, afagava o abdômen definido do rapaz acima de si, tentando livra-lo também de sua derradeira e última peça de roupa, uma samba-canção de seda na cor preta.

A confusão que o calor do toque dele provocava estava sempre presente; não sabia como lidar, ainda , com as sensações físicas que se manifestavam quando entravam em contato íntimo.

— Você está gostando, minha Sakura? – Ele capturou o lóbulo de uma das orelhas dela levemente com os lábios, um ligeiro riso rouco. – Está tentando me despir, olha que atrevimento. – Ele afundou o nariz no pescoço dela, ela engoliu uma respiração profunda, somente conseguindo abrir seus olhos nesse momento.

Sorria com um brilho de desejo no olhar.

— Eu já consegui. – Ela pegou a peça de seda e mostrou a ele, quase com uma expressão vitoriosa.

— Eu também. – Ele arqueou uma sobrancelha e mostrou a lingerie branca, genuinamente convencido. – Podemos continuar os trabalhos por aqui , agora? – Ele alongou seu torso sobre ela como um gato se espreguiçando.

Ela esticou os braços para cima, meio que se alongando ainda deitada, se endireitando, o encarando com ansiedade.

— Podemos sim. – Ela estendeu os braços para envolver o pescoço dele e voltaram a se beijar ardentemente.

Nesse momento ela percebeu que não conseguiria ir dormir tão cedo.


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Notas finais do capítulo

Bem, e assim o casalzinho teve sua privacidade. Não, eu não sou uma escritora de detalhes sórdidos, por assim deizer. Fica pra imaginação!
Para mais, vejam as cenas dos próximos capítulos. Rs
Comentários, pedidos (vai saber, vai que eu atendo?) e dúvidas, sintam-se à vontade :)



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