O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 26
Melissa


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de o Legado, lembrando que essa é a primeira parte sobre a viagem de Ben e Mel, que promete muitas emoções e fiquem ligados na minha comunidade do face, pois teremos uma surpresa nesse final de semana.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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—Procurei a tal sede no google...O local é fora de Londres, mas fica em uma cidadezinha linda, cheia de parques e restaurantes românticos. - mamãe disse sugestiva, assim que lhe liguei para avisar sobre a visita a sede de distribuição de medicamentos, enquanto tentava equilibrar meu celular pessoal na orelha e mandava alguns emais, tudo ao mesmo tempo.

—Mãe, não estamos indo para passear ou fazer turismo, vamos trabalhar. - esclareci e ela suspirou.

—Querida, apenas me prometa que deixará de pensar em trabalho, e aproveitará esse tempo com o seu namorado. - mamãe pediu e parei de respirar ao ouvir a palavra namorado, afinal Benjamin e eu só havíamos saído uma única vez, para que ela já o considera-se como meu namorado.

—Mãe, nós não estamos namorando. Só saímos uma vez, talvez duas, se contar o almoço ontem em sua sala. Então, por favor, não fantasia.

—Tudo bem, mas sinto que essa viagem de carro será muito boa para os dois...Te desejo sorte, filha.- mamãe disse amorosa e nos despedimos antes de desligar o telefone.

Depois que deixei minhas atividades do dia em ordem, fui até o banheiro que havia em minha sala, escovei os dentes, penteei meu cabelo colocando-o em ordem depois que Benjamin o soltou, após expressar a sua opinião sobre o meu cabelo preso, em seguida passei um protetor labial que possuía uma coloração rosada antes de sair do banheiro, por sorte hoje havia optado em vestir uma blusa branca de seda e uma saia lápis, pois queria parecer mais séria e profissional para a reunião com a equipe.

—Melissa? - Benjamin chamou assim que o autorizei a entrar em minha sala enquanto guardava algumas coisas na minha bolsa. - Você já está pronta?

— Sim, só estava terminando de guardar algumas coisas. - disse pegando minha bolsa e meu casaco antes de sair da minha sala.

Seguimos em silêncio até a garagem da empresa, onde estava o seu carro, assim que nos aproximamos do mesmo ele desativou o alarme e abriu a porta do passageiro para mim.

—Posso escolher uma música? - questionei assim que nos acomodamos em seu carro antes de Benjamin colocá-lo em movimento.

—Claro que pode, adoraria ter uma navegadora durante a viagem. - ele disse sorrindo enquanto fazia uma curva e sorri animada antes de ligar o som do carro, buscando uma rádio qualquer.

—É muita coincidência. - disse surpresa assim que parei em uma rádio, que estava tocando a música que dançamos em nosso encontro.

—Isso não é coincidência, Melissa é destino. - Benjamin disse sério enquanto desviava os olhos da estrada para me ver e senti meu corpo se arrepiar com seu olhar, mas antes que pudesse dizer algo seu o carro começou a apitar de leve anunciando que estava recebendo uma ligação, abaixei o volume do som enquanto ele apertava em um botão qualquer para atender a ligação.

—Querido, você já chegou à sede de distribuição de medicamentos? - a voz feminina questionou intima demais para o meu gosto.

—Ainda não Mônica, aconteceu alguma coisa na empresa? - Benjamin questionou preocupado, reconhecendo a voz assim que parou em um sinal vermelho.

—Não, mas fiquei sabendo que estava indo fazer uma visita a sede e queria lhe pedir um favor, e não se preocupe porque se não se lembra, sei muito bem como recompensá-lo.- Mônica disse e fiquei surpresa pela sua audácia, em sugerir algo intimo para Benjamin.

Quem ela pensava que era, para propor algo além de um simples obrigado, a ele?

—O que deseja Mônica? Não posso conversar muito, pois estou dirigindo. - ele disse frio enquanto eu sentia uma antipatia gratuita pela voz do outro lado da linha.

—Você está muito estressado Ben, está precisando relaxar...Lembra como nos divertíamos? - Mônica questionou sugestiva e fiquei surpresa, pois não acreditava que a sua ex, da qual nem sabia da existência, estava ligando para ele e o tratando como se os dois ainda tivessem algo.

—Mônica, se não tem nada relacionado a empresa para me falar vou desligar, porque não vou correr o risco de bater o carro me distraindo com conversa fiada. - Benjamin disse severo e ela suspirou resignada.

—Tudo bem, você pode passar no setor de marketing da sede de medicamentos e pegar alguns documentos na mão do Heitor, para mim? Seria eternamente grata por esse favor. -ela disse tentando soar sedutora, mas tudo que estava conseguindo era ser irritante ao meus ouvidos.

—Não se preocupe, vou pegar seus documentos. Amanhã entrego a Cíntia e peço que os entregue em sua sala. - Benjamin disse seco e ela concordou antes dos dois se despedirem.

—Você e essa Mônica parecem muito amigos. - disse séria enquanto olhava a paisagem pela janela, sem ter coragem de olhar nos olhos de Benjamin.

—Melissa, você está com ciúme de mim? - ele questionou direto e senti meu rosto esquentar, provavelmente deveria estar vermelha como um tomate.

—Não...Talvez...Eu não sei...Isso é tão confuso. - disse tentando entender a raiva gratuita que estava sentindo da tal de Mônica. - Tudo que sei, é que não gostei nenhum pouco de ouvi-la se insinuando para você.

Sem dizer uma palavra, Benjamin ligou o pisca a alerta do carro e o estacionou em uma calçada qualquer, antes de tirar o cinto e virar para me ver.

—Eu ainda não queria ter essa conversa com você, não antes de ter deixado claro que tipo de relação nós temos. Mas já que a Mônica te deixou com ciúmes, acho que é o momento certo para conversarmos sobre as outras relações que tive. - ele disse sincero enquanto olhava em meus olhos e senti meu coração se apertar ao ouvir que Benjamin havia tido outras relações.

Claro que sabia sobre a Sylvia, sua última namorada, e ainda estava tentando processar o envolvimento dos dois, mas saber que Benjamin já teve outras antes de mim, não me deixa nenhum pouco confortável e segura em relação aos seus sentimentos.

—Então, essa tal de Mônica foi a sua namorada também? - questionei com a voz embargada tentando segurar o choro, sem coragem de olhar em seus olhos.

—Meu anjo, olhe pra mim por favor. - Benjamin implorou e respirei fundo antes de encará-lo.-Não quero que chore ou fique insegura por causa do meu passado, Melissa. Se pudesse apagaria tudo que vivi antes de conhecê-la, mas não posso. Você não sabe o quanto me dói vê-la desse jeito, a respeito de algo que não tem nenhuma importância pra mim.

—Não foi o que pareceu. -disse séria e ele respirou fundo antes de encostar a cabeça no acento do motorista e fechar os olhos.  

Benjamin ficou alguns minutos daquela forma, acreditei que era à sua forma de dizer que não falaríamos mais daquele assunto, se isso acontecesse seria a prova que não deveria arriscar a minha carreira por causa da atração que sentia por ele. Afinal, pelo que percebi parecia que Benjamin tinha o péssimo hábito de se envolver com suas funcionárias, e não seria mais uma na sua lista de conquistas.

—Mônica e eu nos conhecemos desde a adolescência, estudávamos na mesma turma de espanhol no instituto Belmont. - Benjamin começou a falar assim que voltou a sua posição inicial. - Não chegamos a namorar, pois éramos jovens e não queríamos nada sério, mas ficamos várias vezes durante nosso ensino médio, terminamos antes da formatura e desde então nunca mais tivemos nada.

—Ela ainda parece nutrir algo por você. - apontei olhando em seus olhos castanhos que pareciam aflitos.

—Juro que nunca incentivei qualquer tipo de sentimento que ela ainda possa nutrir, depois que terminamos. Sempre deixei claro, que jamais voltaríamos a ter algo e nunca mais tivemos. Você acredita em mim, Mel? - Benjamin questionou suplicante enquanto me olhava nos olhos, tentando me fazer acreditar em suas palavras.

—Quero ir para casa, Benjamin. -pedi atordoada enquanto desvia os olhos dos seus, e olhava para o movimento dos carros que passavam na rua.

Nunca me senti tão confusa quanto agora, minha cabeça estava um caos diante dos sentimentos conflitantes e desconhecidos que haviam se apossado de mim, talvez em casa pudesse colocar meus pensamentos em ordem e entender tudo o que se passava dentro de mim.  

—Mel, por favor, não fuja de mim só porque está insegura com o meu passado. O que cheguei a sentir pela Sylvia ou pela Mônica, não chega nem perto do que sinto por você. Não me afaste de novo... Porque não vou conseguir viver longe de você. Por favor, meu amor, olha pra mim. -Benjamin implorou com a voz embargada e meu coração se quebrou ao ouvi-lo chorando por minha causa.

Apesar de Benjamin achar que iria afastá-lo novamente, sabia que não conseguira mais fazê-lo, pois ele havia conseguindo entrar em meu coração de uma forma que nenhum outro havia sido capaz. Eu o amava com todo o meu coração e sabia que seria assim para o resto da minha vida, e esse sentimento estava muito mais forte do que no dia que o descobri, depois que dançamos juntos no nosso primeiro encontro.

—Melissa, por favor, olhe pra mim...Eu te amo mais do que tudo nesse mundo...Por favor, não se afaste de mim... Não vou saber viver sem você, amor...-Benjamin soluçou com dor me despertando de meus pensamentos e virei para vê-lo.

Ele estava tão apavorado com a possibilidade de me perder, que chegava a tremer enquanto chorava e implorava para não deixá-lo... Como se pudesse fazer algo assim, agora que havia aceitado a verdade que tanto custei em negar.

Amava Benjamin com todo o meu coração e alma, mais do que já pensei ser possível amar alguém, e não abriria mão desse amor por nada. Sem pensar muito, tirei o cinto do passageiro que ainda usava e abracei o homem, que amava mais do que tudo no mundo, tentando acalmá-lo de qualquer temor que o estivesse afligindo naquele momento.

—Não me deixa Mel, por favor... Eu te amo mais do que tudo nesse mundo...Por favor, não se afaste de mim...- Benjamin implorou desesperado em meu pescoço e comecei a fazer um leve carinho em suas costas, tentando de alguma maneira acalmá-lo.

—Eu nunca vou te deixar Ben, prometo. - sussurrei em ouvido tentando soar calma para não assustá-lo ainda mais.

—Preciso que tente se acalmar, isso não te faz bem. - pedi suave ainda acariciando as suas costas de leve.

—Isso irá deixa-la feliz? - ele questionou em meu pescoço, provocando arrepios involuntários em minha pele.

—Sim, isso irá me deixar feliz. - disse tentando me concentrar no que falávamos e não no quanto seu corpo era quente, aconchegante e extremamente cheiroso.

—Então vou ficar calmo. -Benjamin disse e respirou fundo antes de soltar a respiração, que voltou a ficar regular, me deixando mais tranquila. -Já disse o quanto amo seu cheiro, amor? Você tem cheiro de canela e isso é tão tentador pra mim.

E meu coração bateu mais rápido quando ele começou a deslizar a ponta do seu nariz por meu pescoço, como se estivesse apreciando meu cheiro, sua respiração quente aliada à sua barba por fazer, provocavam sensações totalmente desconhecidas e prazerosas.

Era impressão minha ou o carro havia se transformado em uma sauna de repente?

—Sabia que sou louco pra ti beijar, desde a primeira vez que ti vi Melissa? -Benjamin questionou rouco assim que parou de beijar o meu pescoço e encostou sua testa na minha. - Que te amei assim que vi seus lindos olhos castanhos mel, e pensei que seria capaz de tudo para que você se apaixonasse por mim...Para que pudesse me amar do jeito que eu te amo. Porque sou completamente apaixonado por você, Melissa Hastings.

Ouvi-lo dizer que me amava encheu meu coração de felicidade e amor, como se não houvesse mais nada ao nosso redor, apenas nos dois.

   -Eu também te amo Benjamin e não consigo imaginar a minha vida sem você, nem quero imaginar. -confessei apaixonada e ele sorriu emocionado ao ouvir dizer que o amava.

—Eu também te amo, meu anjo...Amo...Amo...Amo...- Benjamin sussurrou apaixonado enquanto distribuía beijos por meu rosto me fazendo rir de leve, por causa da sua barba que provocava cocegas em minha pele.

Quando achei que ele finalmente fosse me beijar, fomos surpreendidos por uma batida na janela do carro, que nos assustou resultando em nosso afastamento prematuro. Confuso, Benjamin apertou o botão para abaixar a janela do motorista e demos de cara com um guarda de trânsito.

—Por favor, senhor me entregue a sua carteira de motorista e o documento do carro. - o guarda pediu enquanto alternava olharem desconfiados entre mim para Benjamin.

Meu Deus, não acredito que um guarda de trânsito atrapalhou o meu primeiro beijo, daquela forma?!

Só podia ser praga do meu pai e dos meus irmãos.


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Notas finais do capítulo

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