O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 17
Benjamin


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindo a mais um capitulo de O Legado, queria agradecer aos comentários lindos e parabenizações que recebi no dia do meu aniversário, obrigada por fazerem do meu dia ainda mais especial.
E dedico esse capitulo de hoje a DudaBlack, pela linda recomendação que recebi de presente de aniversário, espero que goste do seu presente.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Me senti tão culpado por esquecer, mesmo sem querer o meu sobrinho, apesar dele assegurar que não era culpa minha. Charlie explicou aos meus pais, que em uma hora estávamos ali conversando e na outra estava como um leão em busca da sua presa, e revirei os olhos, meu afilhado estava assistindo muito ao animal planet.

Ethan estava de plantão hoje e meus pais foram jantar com alguns amigos, decidi ficar em casa com os meus sobrinhos, fiz um balde de pipoca e nos sentamos no sofá para vermos ao novo filme do rei leão, uma escolha de Arthur e por incrível que pareça estava me divertindo muito com eles.

—Tio, Podemos ficar acordados a noite toda? - Arthur questionou elétrico enquanto pulava no sofá da sala após o termino do filme.

—Nada disso, dá próxima vez vou obedecer ao concelho da sua mãe e não te dá doces a noite, parece que você está ligado no 220 volts.- disse tentando segurar meu sobrinho caçula que sorriu antes de pular do sofá e correr pela casa.

—Eu disse que não era para dar doces pro Arthur. - Charlie disse sorrindo enquanto me via correr atrás do seu irmão.

Não podia negar que estava me divertindo com essa correria, mas por hoje a minha energia já havia se esgotado.

—Estraga prazeres. - Arthur reclamou assim que o peguei e o coloquei no meu ombro, levando-o para o seu quarto.

Foi uma verdadeira batalha fazer o menino dormir, Arthur parecia ter energia para abastecer um país inteiro. Sai com cuidado do seu quarto e fui até o do seu irmão que já estava dormindo, em seguida arrumei toda a bagunça que havíamos feito na sala, mesmo não precisando fazê-lo, mas meus pais nos ensinaram a arrumar e limpar tudo que bagunçávamos, afinal mesmo sendo pagos, nossos empregados não tinham obrigação de arrumar algo que bagunçamos.

Já com tudo arrumado, subi para o meu quarto tomei um bom banho e cai na cama apagando em seguida. Mas meu sono foi interrompido pelo toque do meu celular, gemi desgostoso e coloquei o travesseiro na minha cabeça, tentando em vão abafar o som, mas não obtive êxito.

Resignando, tirei o travesseiro de cima da minha cabeça e peguei meu celular, assim que vi o nome na tela meu coração bateu mais rápido.

Meu Deus, era ela.

Mas o meu momento de prazer foi substituído por preocupação, afinal se Mel estava me ligando a essa hora era porque alguma coisa tinha acontecido.

Só esperava que ela estivesse bem, pois não suportaria saber que algo havia lhe acontecido.

—Mel, aconteceu alguma coisa? - questionei com a voz sonolenta assim que atendi a ligação.

—Sim, tivemos um problema com a produção do lote de aspirinas, tentei resolver de todas as formas possíveis, mas não obtive êxito. -ela disse preocupada antes de começar a me explicar todo o problema que estávamos enfrentando.

—Entendo, não podemos atrasar mais esse lote, pois não teremos tempo de terminar a produção até segunda. Estou chegando em vinte minutos. -  disse e ela concordou antes de desligarmos, rapidamente me levantei da cama, tomei um banho rápido e coloquei uma roupa, em seguida fui até o quarto dos meus pais avisá-los que teria que sair.

—Tem certeza que todos estão bem? - mamãe questionou preocupada assim que saímos do seu quarto, para não acordarmos meu pai.

—Tenho mãe, o problema foi na produção, mas não tem ninguém machucado.

—Graças a Deus, tome cuidado enquanto dirigi. - ela pediu e concordei, em seguida mamãe me deu um beijo na testa e voltou para o seu quarto.

Antes de ir para o laboratório, parei em uma cafeteria e comprei alguns cafés, afinal pelo que imagino a noite seria longa. Quando cheguei no prédio, mostrei minha credencial ao segurança noturno que liberou a minha entrada, em seguida peguei o elevador e logo o mesmo se abriu no setor de produção, onde Célio o responsável dessa noite, estava brigando com Guilherme, o chefe do setor de TI.

—É por isso que não dá para confiar tudo nessas máquinas. Do que adianta serem de ponta, se não conseguimos abrir um simples arquivo, Guilherme. - Célio reclamou severo.

—Rapazes, vamos manter a calma. Tenho certeza que iremos resolver tudo, mas se ficarmos uns contra os outros não iremos resolver o problema. - disse sério e ofereci a bandeja de café que estava em mãos aos dois.

—O Ben tem razão. Devemos nos unir e não ficar brigando. - Célio disse aceitado o seu café antes de pedir desculpas para Guilherme e o mesmo idem.

—Ótimo, agora que os dois fizeram as pazes, vamos colocar a fábrica para funcionar novamente. - pedi e os dois concordaram, mas percebi que Mel não estava entre eles, o que me deixou preocupado. - Onde está a Mel?

—A doutora foi para o laboratório a horas e ainda não saiu de lá. - Célio disse e agradeci antes de seguir para o laboratório.

Assim que abri a porta do laboratório, fiquei encantado com o que vi.

Ao que parece, minha farmacêutica assistente, desistiu de esperar pela solução do problema na rede interna da empresa e foi para o quadro de vidro que possuíamos no laboratório, calculando manualmente a composição da aspirina que estava sendo fabricada.

Mel estava tão linda ali, concentrada em resolver o problema, seu cabelo longo estava em um coque desajeitado e fiquei surpreso por vê-la usando calça jeans, afinal só a via usando roupas sociais, mas ela não deixava de ser linda usando roupas casuais.

Eu era um afortunado por estar ligado a uma garota tão incrível como ela, que além de linda, sensível, amorosa e inteligente era comprometida com o seu trabalho.

—Espero que a sua hesitação não seja um aviso de que você não é bom com números, Benjamin. -  Mel comentou de costas, me surpreendendo por ter percebido a minha presença, afinal não havia feito nenhum barulho desde que abri a porta.

—Fazer cálculos de substâncias é meu passatempo favorito, Mel. - segredei sorrindo antes de fechar a porta e ir até ela, para ajudá-la com as contas.

Passamos horas ali resolvendo os cálculos e quando terminamos, me senti como se tivesse vencido a uma olimpíada. Anotei todas as quantidades e entreguei a Célio, que logo retomou a produção enquanto todos do setor de TI estavam empenhados em resolver o problema da nossa rede interna.

—Você salvou o dia doutora Hastings, por isso merece um prêmio. - disse me sentando ao lado de Mel nos degraus da escada que dava acesso as nossas salas, enquanto a mesma tomava um gole do seu chocolate quente, já que ela não gostava de café.

Algo que percebi na nossa primeiro vídeo conferencia juntos, quando Cíntia lhe ofereceu café e a mesma negou.

—Achei que o meu prêmio fosse o chocolate quente. E como soube que não gosto de café? -ela questionou antes de tomar mais um gole da sua bebida.

—Sou observador doutora Hastings, ainda mais com algo que seja do meu interesse. - segredei olhando em seus olhos e Mel corou em um vermelho lindo.

— Benjamin, não preciso de prêmio, só fiz o meu trabalho, e além do mais, você me ajudou com as contas. - ela desconversou assim que se recuperou do meu comentário.

— Só coloquei alguns números, você fez grande parte do serviço. E seu trabalho não era fazer as contas manualmente, para isso temos programas. Melissa, você foi além do que lhe era solicitado, se não tivesse sido proativa a produção ficaria atrasada. Então, por favor, me deixe agradecê-la, por ter nos ajudado a cumprir nosso cronograma. -pedi olhando em seus olhos e ela corou um pouco antes de concordar. -Obrigado Melissa.

—De nada. - ela disse sem graça antes de desviar os olhos dos meus.

—O que acha de sairmos para jantar? Assim posso lhe agradecer apropriadamente. -sugeri tentando soar sem segundas intenções, pois queria muito conhece-la além do dia a dia do escritório.

—Tipo um encontro? - ela questionou nervosa sem coragem de me olhar nos olhos, e respirei fundo antes de dizer algo, afinal estava entrando em um terreno perigoso.

—Isso é você quem decide, Melissa. - disse sincero e ela respirou fundo antes de desviar os olhos do copo de chocolate quente, que estava em suas mãos para me ver.

—Sabe quando você quer muito algo, mas tem medo de estragar o que construiu sendo impulsivo?

—Sim.

—É assim que me sinto. - ela sussurrou nervosa e fiquei surpreso por Mel estar sendo tão sincera, mesmo estando tímida enquanto falava. - Tenho medo de arriscar tudo que sempre quis na vida, por algo que pode não valer nada e ainda sair magoada como consequência.

—Você só vai saber se vale a pena, se ousar se arriscar. Você quer se arriscar? -questionei com o coração acelerado enquanto esperava pela resposta de Mel, mas antes que ela pudesse dizer algo fomos surpreendidos pela comemoração dos funcionários.

—Pelo jeito eles conseguiram resolver o problema da rede interna. - Mel disse mudando de assunto e concordei frustrado, e resolvi não insistir no assunto temendo assustá-la com a minha insistência. - Acho que devíamos ir lá dar uma olhada, não acha?

—Claro. - disse me levantando antes de oferecer a minha mão a ela que aceitou.

Assim que nossas mãos se tocaram, senti algo parecido a uma corrente elétrica percorrer meu corpo, fui inundado por sentimentos de prazer e conforto, e vi nos olhos de Mel que ela sentia o mesmo. Os laços que nos uniam desde aquela tarde, em que a vi pela primeira vez durante sua entrevista de emprego, se fortaleceram ainda mais, como se estivessem reforçando a sua escolha, confirmando para mim que Melissa era a escolhida, me dando a certeza de que não importasse os caminhos que percorrêssemos, no final acabaríamos juntos.

—Benjamin, Melissa, conseguimos resolver tudo. - ouvi Célio nos gritar enquanto ainda olhava para Mel, como se ela fosse a minha luz no fim do túnel.

—Acho melhor irmos. -  ela disse sem graça e soltou a minha mão, confuso concordei saindo do traze antes de irmos até Célio.


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