O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 12
Melissa


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O Legado, espero que estejam gostando da fic, e leitores fantasmas apareçam, adoro conhecer gente nova.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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—Me desculpe, sei que estou atrasada, mas a reunião do concelho foi mais demorada do que pensei que seria. - disse me desculpando com Cíntia assim que a encontrei na porta do refeitório da empresa, por sorte não demorei procurando o local, pois havia um botão no elevador nomeado “Restaurante”, que parou na porta do mesmo.

—Não se preocupe, soube do escândalo que ocorreu na cúpula do comando. - Cíntia explicou enquanto passávamos pelas portas de vidro e entravamos em um ambiente iluminado, amplo, confortável e aquecido repleto de funcionários que mantinham conversas paralelas enquanto almoçavam.

O lugar parecia mais um restaurante de luxo do que o refeitório dos funcionários, ainda em choque diante do requinte do lugar, acompanhei Cintia até onde pegaríamos nossos pratos e talheres antes de irmos em direção ao buffet self servisse, que possuía uma variedade de saladas, carnes, molhos, opções vegetarianas, sobremesas e sucos. Me surpreendi mais uma vez com o cuidado que a empresa tinha com o bem-estar dos seus funcionários, dando inúmeras opções saudáveis para a nossa alimentação, o que era raro hoje em dia. O almoço com Cíntia estava sendo tranquilo, conversamos sobre várias coisas, como família, sonhos e relacionamentos e ela ficou surpresa em saber que nunca me envolvi com ninguém.

—É sério isso? Você nunca teve um namoradinho ou uma paquera se quer? - ela questionou chocada e neguei enquanto cortava meu frango com batatas douradas, que estava uma delícia.

—Ter dois irmãos mais velhos assusta qualquer interesse amoroso.

—E você nunca bateu o pé se impondo? - ela questionou e parei um tempo para pensar se havia feito isso alguma vez.

—Não. Acho que na realidade nunca gostei tanto de alguém, para impor a minha vontade.- disse suave e ela concordou, e gemi deliciada assim que coloquei mais um pedaço do meu frango na boca fazendo-a sorrir.

—É bom, não é?

—É maravilhoso, parece que estou comendo em um restaurante que possui um chefe incrível.

—É porque toda a equipe da cozinha já trabalhou em restaurante renomados, o conglomerado não economia quando a questão é o bem-estar dos seus funcionários.

—Acho que vou fazer um fã clube da empresa. - disse pensativa e Cíntia sorriu.

—Depois do almoço te mando o link dele para você se associar. - ela segredou e foi impossível não rimos enquanto continuávamos nosso almoço.

Marcamos de levar nossos sobrinhos para o parque no próximo sábado onde faríamos um piquenique, estava considerando seriamente levar a minha mais nova amiga como minha acompanhante no casamento do Daniel, enquanto pensava nessa possibilidade meu celular começou a tocar enquanto abria a porta da minha sala. Sorri assim que vi a foto no visor do celular, identificando que era a minha avó.

—Oi abelhinha, desculpe te ligar só agora, mas fomos visitar uma praia longe da casa de repouso, só voltamos agora e Judy me deu o seu recado. - vovó se justificou suave assim que atendi. -Aconteceu alguma emergência?

—Está tudo bem vó, não houve nenhuma emergência, só algo estranho. -disse após ter entrado em minha sala e me sentando, foi inevitável não olhar a echarpe rosa claro com detalhes cinzas amarrada na alça da minha bolsa.

—Estranho como?

—A echarpe apareceu vovó. -disse e ela soltou um grito de comemoração do outro lado o que me fez rir.

—Verdade Abelhinha? Quem a devolveu? Espero que ele seja bem bonito. - vovó disse com a voz conspiratória e foi impossível não rir.

—É verdade vó, quem me devolveu foi o meu chefe. - disse e decidi ocultar a parte sobre Benjamin ser bonito, não que ficasse analisando-o, e que o mesmo tem despertado sensações estranhas em mim, afinal minha avó já possuía a imaginação fértil demais.

—Seu chefe? Que inesperado. - ela disse surpresa do outro lado da linha. - Mas como ele é?

—Como assim vó?

—Não se faça de desentendida abelhinha. Quero saber se seu chefe é bonito e se senti algo por ele.

—Ele é o meu chefe, vó. Não posso sentir nada por ele, seria antiético.

—O amor não entende de ética Melissa, ele simplesmente acontece. Se está tão empenhada em desconversar, é porque senti algo por seu chefe. Apenas admita a verdade para a sua avó e para si mesma. -ela disse e antes que pudesse dizer qualquer coisa fui interrompida por uma batida em minha porta, que me fez agradecer por escapar do interrogatório da minha avó.

—Entre. - autorizei antes de voltar minha atenção ao telefone. -Vó tenho que desligar, estou no meio do expediente.

—Tudo bem, mas ainda não terminamos a nossa conversa Melissa. - vovó disse seria antes de nos despedirmos e desligarmos.

E o fato da minha avó me chamar pelo nome me deixou temerosa, pois ela nunca me chamava de Melissa ou Mel, era sempre abelhinha.

—Notícias ruins? - Benjamin questionou preocupado em minha frente.

—Graças a Deus não. Mas no que posso ajudá-lo? - questionei deixando minhas preocupações de lado antes de voltar minha atenção para o meu chefe.

—Posso me sentar? - ele questionou indicando uma das cadeiras que estavam em frente à minha mesa.

—Claro. - disse antes de Benjamin se sentar.

—Fiz questão de trazer seu dossiê medico da empresa, para que veja se não está faltando nada, antes de encaminhamos para o RH e para a rede de hospitais do conglomerado. - Benjamin disse me entregando uma pasta azul com o logo do conglomerado.

Enquanto verificava se as informações estavam corretas, me peguei pensando no quanto ele estava sendo gentil em trazer pessoalmente algo que poderia me enviar por e-mail, ou até mandar outra pessoa entrega-lo.

—Está tudo certo. - disse lhe entregando a pasta, mas o mesmo não aceitou.

—Essa cópia é sua. Seu contrato de admissão também está aí, assim como seu seguro de vida e saúde, em algumas semanas o setor de RH entregará seu cartão do seguro de vida e saúde, mesmo sem estar em posso deles você poderá usar seu seguro. Será que poderia me emprestar seu computador? Preciso confirmar que as alterações estão certas. - ele me pediu e concordei antes de me levantar da cadeira e dar lugar a ele.

—Benjamin, posso lhe fazer uma pergunta? - questionei enquanto o mesmo saia do meu login para entrar no seu.

—Claro Mel. - ele disse deixando o que estava fazendo de lado para me olhar nos olhos.

—Porque se deu ao trabalho de verificar pessoalmente se as informações da minha ficha medica estavam corretas?

—Porque ainda me sinto responsável pelo que houve no seu primeiro dia aqui, e preciso ter certeza de que estou fazendo todo o possível para evitar que aconteça de novo. - ele disse e percebi a culpa em seus olhos.

—Você não teve culpa de nada, na realidade não estaríamos tendo essa conversa se você não tivesse tido a frieza de me socorrer rapidamente. Então, obrigada por ter salvado a minha vida. - disse agradecida enquanto olhava em seus olhos castanhos.

—Não precisa agradecer Mel, estou feliz que esteja bem. - ele disse e percebi a verdade em suas palavras antes de deixá-lo terminar o seu trabalho. - Pronto, a sua documentação já foi enviada para o RH e para o a rede de hospitais, agora você faz parte do banco de condições medicas especiais do conglomerado.

— Banco de condições medicas especiais do conglomerado? - questionei confusa e ele sorriu culpado como se tivesse esquecido de me dizer algo.

—O conglomerado mantém um banco de todos os funcionários que possuem alguma condição medica especial, como alergias, intolerâncias, doenças autoimunes e etc. Isso nos permite proceder de forma correta para o seu socorro, quando houver necessidade, por exemplo, meu pai, eu e meu irmão estamos nesse banco, pois somos alérgicos a canela.

—Me lembro que você mencionou isso quando estava sendo socorrida, mas pensei que só você fosse alérgico.

—É uma deficiência genética da família do meu pai que só atinge os meninos, por isso eu e meu irmão herdamos dele.

—O quão alérgico você é a essa especiaria? - questionei preocupada, afinal se teria que passar tanto tempo com Benjamin enquanto trabalhávamos, era mais do que justo saber o que poderia lhe fazer mal.

—Digamos que se alguém quisesse me matar era só usar canela. -ele disse calmo e fiquei surpresa por sua alergia ser tão severa.

—Então, acho que devemos evitar qualquer coisa com canela. - disse preocupada e ele concordou.

—Mas em caso de emergência sempre tenho uma dessas a mão. - Benjamin disse tirando uma seringa de dentro do bolso do seu jaleco e me mostrando.

—Isso é adrenalina? - questionei assim que peguei a seringa em minhas mãos.

—Sim, é a única coisa que pode me estabilizar se tiver uma crise, até que eu possa ser socorrido adequadamente. - ele explicou e fiquei surpresa por uma coisa tão frágil ser capaz de salvar a vida de alguém.

—Você já chegou a usá-la alguma vez? -questionei enquanto lhe devolvia a seringa.

—Sim, quando era criança, foi um tremendo susto do qual não quero passar de novo. -ele explicou como se lembrasse de tudo.

—Eu entendo, já passei por isso quando criança, mas depois das crises minha mãe me enchia de sorvete. -comentei me lembrando daqueles momentos.

—A minha mãe fez bolo de chocolate só pra mim, mas acabei tendo que dividir com o Ethan e com o papai. - ele disse frustrado por isso e foi impossível não rir.

Naquele instante enquanto riamos, percebi que era tão natural e fácil conversar com Benjamin, algo que jamais desenvolvi com alguém nem com meus irmãos. Podia ser estranho, mas ao mesmo tempo parecia tão certo e confortável estarmos ali simplesmente conversando.

—Essa é a sua família? - Benjamin questionou enquanto indicava o porta retrato que havia em cima da minha mesa.

—Sim. - disse me levantando da cadeira em que estava e me aproximando dele.- Tiramos essa foto no ultimo ferido de ação de graças, quando meu irmão Danny, pediu a namorada em casamento.

—Seu irmão e a noiva dele parecem estar apaixonados. - ele comentou após ter indicado cada um na foto e ter dito o seu nome.

—Isso é verdade, nunca vi aqueles dois brigarem por nada na vida.

—Você se parece muito com a sua mãe. - ele disse desviando os olhos da foto para me ver.

—Todos dizem isso, mas e você? É praticamente uma cópia do seu pai. - segredei e ele sorriu negando.

—Nem tanto. - ele disse sem graça.

—Conheci seu pai pessoalmente Benjamin, e vocês são muito parecidos, tirando pequenas diferenças se paramos para analisar mais de perto...- disse enquanto olhava fixamente para o rosto de Benjamin, era como se estivesse hipnotizada ao ponto de não perceber que estávamos perigosamente próximos.

—Tipo quais? - Benjamin questionou com a voz rouca assim que se levantou da cadeira permitindo que ficássemos próximos, senti um leve cheiro adocicado que vinha dele, um cheiro que não se parecia com nada que já havia sentindo.

O cheiro de Benjamin me fez perder o sentindo do tempo e do espaço, era como se tivesse caído em um buraco sem fim, que me assustava por não saber o que me esperava  no final, mas havia algo dentro de mim que me impulsionava a confiar, a me aproximar e me entregar.

Era praticamente uma força invisível que me controlava, todas as vezes que me deixava levar pelas sensações conflitantes e estranhas que só Benjamin conseguia despertar em mim.

—Mel...-Benjamin sussurrou olhando nos meus olhos, estávamos tão próximos que podia sentir a sua respiração em meu rosto, mas isso não me incomodou tudo em mim me impulsionava e encurtar ainda mais a distância.

Estava tão entregue ao momento e as sensações que causávamos um no outro, que nos assustamos quando o telefone da minha sala tocou, fazendo com que nos afastássemos como se ambos estivessem com alguma doença contagiosa.

—Benjamin, eu...Desculpe. - sussurrei envergonhada por meu comportamento, afinal havia deixado claro essa manhã que não seria um caso para o meu chefe, e horas depois estava a um passo de beijá-lo.

—Não aconteceu nada para se desculpar, Mel. Se houve algo errado, sou tão culpado quanto você e peço desculpas por isso. - ele disse transtornado antes de sair da minha sala como se estivesse fugindo de algo ou melhor de alguém.

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—Como foi o seu dia querida? - mamãe questionou assim que nos sentamos a mesa para o jantar, nessa noite seriamos apenas meus pais e eu, já que Danny estaria jantando com o pais de Rafa e Theo resolveu levar a família ao cinema.

—Foi bom mãe, estou realmente gostando de trabalhar nos laboratórios Thompson. - disse antes de comer um pouco do meu purê de batatas.

Optei em não contar a minha mãe sobre o meu dia movimentado, desde a minha negociação trabalhista pela manhã até o fato de quase ter beijado meu chefe, pela segunda vez, após o almoço.

—Isso é maravilhoso querida, estou feliz que esteja realizada em seu trabalho. - meu pai disse se servindo de mais um pouco da salada de ervilhas. - E seus colegas de trabalho? Como lhe receberam?

—Da melhor maneira possível. Mesmo tendo idade para ser filha ou neta de alguns, eles me respeitam como profissional e sua superiora. Achei que talvez fosse ter algum tipo de problema com isso, mas graças a Deus não tive. - disse enquanto pedia ao meu pai a salada de ervilhas. - E acho que fiz uma nova amiga, ela se chama Cíntia, combinamos de levar nossos sobrinhos ao parque sábado.

—Fico tão feliz que esteja realizando seus sonhos meu amor, tenho certeza que esse será apenas mais um passo para o seu futuro reconhecimento profissional. -mamãe disse orgulhosa antes de voltarmos a jantar em harmonia.

Assim que terminamos de jantar, ajudei minha mãe a recolher as louças antes de começar a lavá-las, e ela fez questão de guarda-las dispensando a ajuda do meu pai para isso.

—E então querida, você conheceu alguém interessante por lá? - mamãe questionou curiosa enquanto enxugava um prato.

—Interessante como mãe? -questionei nervosa com o rumo daquela conversa, afinal minha mãe sempre soube o que se passava dentro de mim.

—Interessante como homens, Mel. Teve algum que despertou seu interesse? Ou que pareceu interessado em você?

—Acho que não mãe. E a senhora sabe muito bem de toda a minha vida amorosa, ou melhor, a falta dela. - disse desviando do assunto enquanto lavava a saladeira.

—Hei amor, olhe pra mim. - mamãe pediu tirando a saladeira das minhas mãos antes de me virar para vê-la.- Querida, você é linda por dentro e por fora, e é natural que se envolva com alguém. Você não pode ter medo de se apaixonar, Melissa. Sei que os homens da nossa família são ciumentos, mas eles só querem o seu bem meu amor, apesar de demonstrarem da maneira errada.

—E coloca errada mãe. - segredei e sorrimos. - Mas não há ninguém mãe.

—Não é o que vejo nos seus olhos querida. Alguma coisa mudou em você, é uma mudança sutil, mas há algo ai.

—Deve ser impressão sua mãe.- disse voltando a lavar as minhas louças, afinal nem eu entendia as reações estranhas do meu corpo perto de Benjamin.

 Gostava da sua companhia, achava o seu sorriso o mais lindo e sincero de todos e não podia deixar de admitir que ele era muito bonito. Além do meu coração sempre acelerar quando estávamos perto. Talvez tudo aquilo fosse fruto da minha imaginação, afinal um homem como ele jamais olharia para mim quando podia ter qualquer mulher ao seu lado.

—Talvez seja mesmo só impressão. - mamãe disse dando de ombros e voltamos a cuidar da louça em silêncio.

Depois que estava tudo limpo e organizado na cozinha subi para o meu quarto, afinal ainda tinha os relatórios do laboratório para ler, antes que pudesse retomar a minha leitura meu celular começou a tocar e gemi assim que vi a foto da minha avó na tela. Com certeza ela estava ligando para terminar a nossa conversa de mais cedo.

Respirei fundo algumas vezes antes de atender ao telefonema da minha avó.

—Oi vó. A senhora já jantou? Já tomou seus remédios? - questionei tentando evitar voltarmos ao assunto de hoje cedo.

—Já para as duas perguntas abelhinha. - ela disse amorosa e respirei aliviada por achar que ela havia esquecido dos seus questionamentos de hoje mais cedo.

—Que bom vovó, esqueci de lhe perguntar como foi seu passeio. A senhora gostou?

—Adorei, passamos a manhã toda na praia admirando as ondas, ficando em contato com a natureza e a areia da praia. Devia tentar abelhinha, é reconfortante.

—Vou considerar a ideia vovó. - disse considerando, talvez um lugar neutro e calmo me ajudasse a colocar meus sentimentos e a minha cabeça em ordem.

—Ótimo. Já que você não quis me dizer se seu chefe era bonito ou não, pedi ajuda a Judy para usar o tal do senhor Google, afinal todo mundo diz que ele tem tudo, e realmente ele tem abelhinha. Demorou um pouco mais consegui pesquisar sobre seu chefe. E abelhinha...Ele é lindo. - vovó segredou antes de sorrir do outro lado e pode ouvir outra risada ao fundo, só podia ser de Judy, a enfermeira responsável pela minha avó na casa de repouso. - Eu o aprovo como seu macho, abelhinha e estou louca para conhece-lo.

—Aproveita Mel. - Judy disse sorrindo do outro lado da linha e corei envergonhada.

—Vó e Judy, ele é o meu chefe e não há nada acontecendo entre nós. - assegurei e as duas ficaram descontentes com a minha resposta.

—Querida, se ele achou a sua echarpe e a devolveu, ele é o seu lobo, você precisa agarrá-lo antes que outra apareça.

—Concordo com a sua avó. Um homem lindo daquele, não aparece duas vezes na nossa vida garota, seria um pecado não agarra-lo.

—Um crime. - vovó disse concordando com Judy e sorri da animação delas.

—Acho que vocês duas estão lendo muitos romances sobrenaturais. Meu chefe não é um lobo e não estou interessada nele. - disse meio incerta, ainda mais depois do que aconteceu hoje, e isso não lhes escapou despercebido.

—Não é o que a sua voz diz abelhinha. Conheço um lobo quando vejo um, mesmo que não seja pessoalmente. Apenas se abra para novas possibilidades e se permita amar e ser amada. Você é especial demais para ficar sozinha, me prometa que se ele demonstrar que senti algo não deixará que essa chance passe. -vovó pediu suplicante e respirei fundo.

—Eu prometo vovó.

—Que bom, agora preciso desligar, tenho que ganhar alguns biscoitos de coco de alguns velhos no baralho. Te amo abelhinha.

—Também te amo vó. Tau Judy.

—Tau Mel, tenha uma boa noite. - Judy disse antes de desligarmos e me joguei na cama pensando no que a minha avó havia falado e nas palavras da minha mãe antes disso.

Era tão perceptível assim que estava mexida com a presença de Benjamin?

Será que ele também se sentia da mesma forma em relação a mim?

Seria certo arriscar o futuro da minha carreira por uma atração qualquer?

E a resposta surgiu clara como água...Não.

Não era certo arriscar a minha vida profissional por uma atração, ou sei lá o que estava sentindo por Benjamin Thompson.


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